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Situação no RS alerta sobre a necessidade de planejamento para adaptação climática | Café com ESG, 07/05

WEG vai produzir turbinas eólicas nos EUA; Governo Federal pensa em linha de crédito para o RS

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O Ibovespa encerrou o pregão de ontem de lado (0,03%), enquanto o ISE apresentou leve queda de -0,46%.

• No Brasil, as atenções estão voltadas para o Rio Grande do Sul, com os temporais e enchentes reacendendo o alerta sobre a necessidade de planejamento para reduzir riscos e adaptar as cidades do país a eventos climáticos extremos – dos 5.570 municípios do Brasil, 1.580 estão no cadastro nacional de risco, de acordo com dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM); contudo, apenas 729 (13%) contam com um Plano Municipal de Redução de Risco, conforme prevê a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, instituída pela Lei Federal 12.608/2012.

• No internacional, (i) os investimentos na fabricação de tecnologias limpas somaram cerca de US$ 200 bilhões em 2023, um aumento de mais de 70% em relação a 2022, segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) publicados ontem – do total, os investimentos em fabricação de sistemas de geração solar fotovoltaica e baterias responderam juntos por mais de 90% do total do volume de investimentos no ano passado, seguindo uma tendência observada em 2022; e (ii) segundo dados da Administração Geral de Alfândega da China, o cronograma de elevação de alíquotas de importação de veículos elétricos e híbridos tem provocado a antecipação de embarques de carros da China para o Brasil neste início de ano – no primeiro trimestre, o país asiático exportou US$ 1,17 bilhão em automóveis para o Brasil, mais de metade do que foi vendido em todo o ano passado e mais de cinco vezes os US$ 239,42 milhões exportados em iguais meses de 2023.

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Brasil

Empresas

Petrobras recebe prêmio por revitalização de campos de petróleo na Bacia de Campos

“A Petrobras foi premiada no domingo (5) pelo programa de revitalização de campos maduros em águas profundas na Bacia de Campos. A Offshore Technology Conference (OTC) concedeu à companhia o prêmio “Distinguished Achievement Award” por iniciativas no campo de Marlim, que elevaram a produção em 230 mil barris por dia. O programa envolveu a substituição, no ano passado, de nove plataformas mais antigas pelos navios-plataformas (FPSO, na sigla em inglês) Anna Nery e Anita Garibaldi. Além da maior produção, as unidades evitaram a emissão de 55% das emissões de gases de efeito estufa, disse o presidente da companhia, Jean Paul Prates.”

Fonte: Valor Econômico, 06/05/2024

WEG produzirá turbinas eólicas nos Estados Unidos

“A WEG anunciou que vai produzir turbinas eólicas, destinadas à geração em terra, para atender o mercado americano na fábrica de motores e geradores de alta tensão, localizada em Mineápolis, nos Estados Unidos. O diretor superintendente da WEG Energia, João Paulo Gualberto da Silva, diz que a decisão aprovada pelo conselho levou em conta os benefícios oferecidos pelo Inflation Reduction Act (IRA), pacote verde do governo de Joe Biden que garante investimentos na agenda climática voltada a atrair recursos para energia limpa. “O IRA prevê cerca de US$ 370 bilhões de incentivo para transição energética ao longo de 10 anos e créditos para quem fabricar os componentes localmente, como o hub [peça onde encaixa as pás] e a nacele [estrutura que abriga componentes do aerogerador], com abatimento de imposto de renda federal”, diz o executivo. Gualberto conta que as empresas não ganham incentivo na fabricação dos equipamentos, mas o cliente que comprar de empresas que fabricam nacele e hub nos Estados Unidos têm um adicional de US$ 2,5 em cada megawatt-hora produzido.”

Fonte: Valor Econômico, 07/05/2024

Política

Não queremos fazer a COP como fizeram em Dubai, quem vier a Belém verá florestas e rios, diz governador

“O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse nesta segunda-feira (06) que a Conferência Nacional das Nações Unidas (COP) 30 do ano que vem, que vai ocorrer no Pará, será “a maior experiência ambiental de todas as COP”. “Não queremos fazer a COP como fez Dubai, com seus grandes prédios, as suas grandes avenidas. Quem queria hotel seis estrelas, hotel dos mais altos níveis globais, quem queria prédio de 50, 70 andares teve a oportunidade de viver essa experiência no ano passado, em Dubai”, provocou. “Agora quem quiser ver os grandes rios, as grades árvores e ver os povos da floresta será em Belém do Pará a COP das florestas, a maior experiência ambiental de todas as COP”, afirmou o governador. Barbalho participa nesta manhã do anúncio de R$ 1,3 bilhão em investimento para melhoria da infraestrutura de Belém (PA). A cerimônia, que ocorre no Palácio do Planalto, conta com a presença dos ministros da Casa Civil Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o Meio Ambiente, Marina Silva, de Cidades, Jader Filho, Secretaria-Geral, Márcio Macêdo,além do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, diretores da Itaipu, representantes de órgãos públicos e autoridades federais, estaduais e municipais.”

Fonte: Valor Econômico, 06/05/2024

Belém será capaz de entregar infraestrutura para receber COP30, diz Barbalho

“O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu nesta segunda (6/5) que a capital Belém será capaz de entregar as obras de infraestrutura necessárias para receber, em novembro do ano que vem, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). “O presidente [Lula] talvez dissesse: ‘vamos fazer em uma cidade que está pronta, que está acostumada a grandes eventos’. Estamos colocando que a COP30 não será apenas um evento, é um novo paradigma para a floresta, para a Amazônia e para o Brasil”, disse o governador durante evento de anúncio de recursos da Itaipu para as obras da cidade. Na manhã desta segunda, o governo federal assinou três convênios com a Itaipu Binacional destinando R$ 1,3 bilhão para investimentos em infraestrutura na capital do Pará. Belém foi escolhida pelo governo brasileiro para sediar a maior cúpula internacional sobre o clima por ser uma cidade amazônica. “É muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia e o clima conheçam de perto a região. Para que possam discutir a Amazônia a partir de uma realidade concreta”, disse Lula (PT) em novembro de 2022, quando anunciou, na COP27, que o Brasil iria receber a cúpula de 2025.”

Fonte: ENPR, 06/05/2024

Agência dos EUA anuncia investimento de US$ 21 milhões em projetos na Amazônia

“A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) anunciou nesta segunda-feira (6) um investimento de US$ 21 milhões para apoiar a implementação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI) na Amazônia brasileira. A agência americana cita dois projetos que serão incentivados. Um é o “Nossa Terra, Nossa Mãe” e o outro é a “Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental”, que foram concebidos por associações indígenas e organizações indigenistas parceiras. Ambos têm como objetivo promover a proteção, restauração, conservação e o manejo sustentável das terras indígenas, além de implementar ações climáticas e promover o bem-estar dos povos nos Estados do Amazonas, Maranhão, Pará, Tocantins e Roraima.”

Fonte: Valor Econômico, 06/05/2024

Haddad fala em linha de crédito para RS e possibilidade de diferimento a empresas

“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) que o governo estuda mais medidas de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul, em função dos estrados provocados pelas chuvas, e destacou a possibilidade de uma linha de crédito específica para o estado. “Nós queremos concluir esse trabalho o mais rapidamente possível. Tudo dando certo, eu submeto ao presidente amanhã alguns cenários para, na quarta-feira, nós definirmos a questão dos tributos das empresas, a questão do crédito”, disse em entrevista a jornalistas, em Brasília. “Vai ter que ter uma linha de crédito específica para reconstrução das casas das pessoas, a maioria das pessoas não têm cobertura de seguro”. Entre as preocupações do governo quanto à recuperação da região, o ministro destacou o futuro tratamento sobre a dívida do estado e como manejá-la para garantir a recuperação da capacidade de investimento local.”

Fonte: CNN, 06/05/2024

Enchentes reforçam necessidade de planejamento, dizem especialistas

“Os temporais e enchentes sem precedentes no Rio Grande do Sul desde o fim de abril reacenderam o alerta sobre a necessidade de planejamento para reduzir riscos e adaptar as cidades do país a eventos climáticos extremos. Na visão de especialistas, essas medidas deveriam ter sido tomadas há pelo menos duas décadas e, mais do que nunca, são urgentes. Dos 5.570 municípios do Brasil, 1.580 estão no cadastro nacional de risco, de acordo com dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) reportados no ano passado referentes a 2021. Mas apenas 729 (cerca de 13% do total) contam com um Plano Municipal de Redução de Risco, conforme prevê a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, instituída pela Lei Federal 12.608/2012. “A questão climática está posta há uns 20 anos e nada mudou significativamente em termos da adaptação. Precisamos respeitar e ouvir a ciência, que tem de subir ao mais alto nível de tomada de decisão, sem achar que a questão climática não é séria, porque é. Infelizmente não temos mais escolha”, diz Sergio Margulis, que foi economista de ambiente do Banco Mundial por 22 anos e é pesquisador associado à WayCarbon, consultoria responsável pelo plano de adaptação climática em algumas cidades brasileiras, incluindo Porto Alegre.”

Fonte: Valor Econômico, 07/05/2024

Após um ano de temperaturas recordes, chuvas extremas castigam o planeta

“Rompimentos de barragens no Quênia e no Brasil, uma rodovia que desliza pela encosta de uma montanha no sul da China, pistas de aeroporto submersas no deserto em Dubai, minas inundadas na Austrália: grandes partes do mundo estão inundadas. As chuvas extremas e inundações que atingiram o mundo nas últimas semanas eram inesperadas tanto na localização quanto na potência. Combinadas com infraestruturas despreparadas para esses dilúvios, as chuvas intensas provocam mortes, destruição e desabrigados em massa em vários continentes. As fortes chuvas são resultado de padrões climáticos naturais que foram sobrecarregados por um ano de temperaturas globais recordes. À medida que o planeta fica mais quente, ele também fica mais úmido. Simplificando, quanto mais quente fica o ar, mais água ele pode reter. Os cientistas ainda não sabem se esse calor global recorde no último ano, e as chuvas intensas que o acompanham, representam um ponto fora da curva estatística ou se requerem uma reconfiguração para um futuro mais quente e mais úmido que testará as infraestruturas nacionais, aumentará os prêmios dos seguros e complicará a produção mundial de alimentos.”

Fonte: Valor Econômico, 07/05/2024

Internacional

Empresas

Fabricação de tecnologias limpas movimentou US$ 200 bi em 2023

“Os investimentos na fabricação de tecnologias limpas somaram cerca de US$ 200 bilhões em 2023, um salto de mais de 70% em relação a 2022, mostram novos dados da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) publicados nesta segunda. Com o mundo buscando novas alternativas aos combustíveis fósseis – seja para cumprir metas climáticas, seja para reduzir gastos com gasolina, diesel e gás natural – a demanda por painéis solares, baterias e veículos elétricos manteve aquecido o parque industrial de China, Estados Unidos e União Europeia – que hoje concentram quase 90% da fabricação dessas tecnologias. De acordo com a IEA, os investimentos em fabricação de sistemas de geração solar fotovoltaica e baterias responderam juntos por mais de 90% do total do volume de investimentos no ano passado, seguindo uma tendência observada em 2022. O investimento na fabricação de energia solar fotovoltaica mais do que dobrou para cerca de US$ 80 bilhões em 2023, enquanto o investimento na fabricação de baterias cresceu cerca de 60% para US$ 110 bilhões.”

Fonte: Epbr, 06/05/2024

China acelera venda de carro para evitar imposto

“O cronograma de elevação de alíquotas de importação de veículos elétricos e híbridos provocou antecipação de embarques de carros da China para o Brasil neste início de 2024. Em janeiro e fevereiro, a China exportou US$ 589,9 milhões em automóveis para o Brasil. Em março, o ritmo se acelerou e foram outros US$ 580 milhões, somando no primeiro trimestre deste ano US$ 1,17 bilhão, mais de metade do que foi vendido ao Brasil em todo o ano passado e mais de cinco vezes os US$ 239,42 milhões exportados em iguais meses de 2023, segundo a Administração Geral de Alfândega da China. O Brasil, que era o 19º maior destino de veículos para passageiros embarcados pela China no primeiro bimestre de 2023, ficou em quinto lugar em iguais meses deste ano. Com os dados de março, o Brasil subiu para a quarta posição no acumulado do primeiro trimestre, atrás de Rússia, Bélgica e Reino Unido, e deixando o México para trás, embora com pouca diferença, de menos de US$ 50 milhões.”

Fonte: Valor Econômico, 07/05/2024

Política

Ciclo eleitoral europeu coloca em risco a transição para carros elétricos

“Uma mudança repentina de direção política nas próximas eleições europeias poderia colocar em xeque a difícil e custosa transição para o carro elétrico. A União Europeia tomou a histórica decisão em 2022 de proibir os carros com motor a combustão em 2035. Isso significa deixar todo o mercado para os automóveis com baterias elétricas ou que funcionam com hidrogênio, para eliminar essa fonte de geração de CO2, em 15% do total na UE. Para seus críticos, este regulamento põe em risco a indústria europeia, líder em motores a combustão, diante das importações da China, que se tornou líder em veículos elétricos. Também limita o acesso dos motoristas a veículos novos, já que os modelos elétricos seguem como opção muito mais cara. O cancelamento do prazo limite de 2035 se tornou um tema essencial da agenda política dos partidos de extrema direita. O grupo CRE, que inclui Fratelli d’Italia e Vox da Espanha, insiste em seu programa no qual “o motor de combustão é um testemunho da criatividade europeia” e deveria continuar sendo “viável durante muitos anos mais”, com novos investimentos em pesquisa, especialmente em combustíveis ‘de baixas emissões’.”

Fonte: Exame, 06/05/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


Nossos últimos relatórios

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Abastecendo o futuro: O papel dos biocombustíveis na transição energética(link)

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O que escutamos do Diretor da Toyota em reunião sobre eletrificação com investidores? Veja os destaques (link)

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WEGE3 e POMO4 entram no Mover; PL das eólicas offshore volta ao Senado; Repsol aposta no biometano (link)

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