Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,22% e 1,45%, respectivamente.
• No Brasil, o presidente Lula criou, por decreto, o Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR), com o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e a resiliência das cidades brasileiras diante dos impactos causados pela mudança do clima - o programa será executado prioritariamente nos territórios mais vulneráveis das cidades, com vistas a reduzir as desigualdades sociais e os riscos climáticos.
• No internacional, (i) a Comissão Europeia anunciou nesta semana um mecanismo piloto que visa conectar produtores (tanto europeus quanto estrangeiros) e potenciais consumidores de hidrogênio, com início previsto para 2025 - a iniciativa espera acelerar investimentos ao fornecer uma visão mais clara da situação do mercado, facilitando contatos entre as duas pontas; e (ii) um grupo de investidores institucionais, incluindo BNP Paribas Asset Management e Robeco, se juntaram para pedir que as empresas forneçam informações mais detalhadas sobre os impactos de suas operações nos oceanos do mundo, destacando lacunas de dados em setores que vão da mineração em alto mar ao transporte marítimo e petróleo e gás.
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Brasil
Empresas
Governos propõem a mineradoras R$ 109 bilhões de reparação no caso Mariana
"A União, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, Ministérios Públicos e Defensorias Públicas dos três entes federativos apresentaram nesta quinta-feira (6) uma petição judicial com nova proposta de repactuação do acordo de Mariana. Os órgãos públicos apresentaram ao desembargador federal Ricardo Rabelo, mediador do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, responsável pelas negociações, uma contraproposta no valor de R$ 109 bilhões para fechar o acordo com as empresas Samarco, e suas sócias Vale e BHP Billiton. Essa cifra não inclui valores já gastos pelas mineradoras em ações de reparação e compensação. Também não inclui o valor estimado para a execução de obrigações que continuarão a cargo das empresas, como a retirada de rejeitos do Rio Doce. Desde 2021, os órgãos negociam com as empresas uma repactuação do acordo de reparação pelos danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015. O rompimento da barragem causou a morte de 19 pessoas e destruição ambiental sem precedentes no país. A contraproposta prevê o pagamento do valor em 12 anos. O prazo leva em conta a proposta feita pelas empresas para que o repasse fosse feito em 20 anos, descontados os oito anos passados desde o rompimento da barragem. O valor é destinado ao financiamento das medidas de reparação e compensação ambiental e socioeconômicas, que serão assumidas pelo poder público."
Fonte: Valor Econômico, 06/06/2024
Dividendos da Petrobras impedem maiores investimentos em baixo carbono, aponta estudo de sindicatos
"Os investimentos da Petrobras em baixo carbono estão abaixo das projeções internacionais, de acordo com um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o levantamento, o plano estratégico atual de 2024-2028, que prevê 11% do investimento da estatal em ativos dessa natureza, decepciona direcionamentos da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que prevê que os valores devem ser superiores a 40%. Segundo o economista do Dieese e um dos autores do estudo, Luan Cândido, em nota, o alto pagamento de dividendo da Petrobras é um “empecilho” para o aumento de investimentos no geral, incluindo os de baixo carbono. Ainda segundo o estudo do Dieese, o plano da Petrobras não menciona iniciativas para adaptar trabalhadores ao contexto da transição energética."
Fonte: Valor Econômico, 06/06/2024
Política
Lula cria Programa Cidades Verdes Resilientes diante dos impactos causados pela mudança do clima
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou, por decreto, o Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR), com o objetivo de aumentar a qualidade ambiental e a resiliência das cidades brasileiras diante dos impactos causados pela mudança do clima, por meio da integração de políticas urbanas, ambientais e climáticas, do estímulo às práticas sustentáveis e da valorização dos serviços ecossistêmicos do verde urbano. O programa será executado prioritariamente nos territórios mais vulneráveis das cidades, com vistas a reduzir as desigualdades sociais e os riscos climáticos. O foco é a população de áreas urbanas, observados os critérios de diversidade de gênero, raça, etnia, idade, deficiência, renda e localização no território, e priorizarão das regiões metropolitanas e dos municípios com alta vulnerabilidade social e climática. Dentre os objetivos da iniciativa estão: potencializar os serviços ecossistêmicos nas cidades, com a criação, a ampliação, a recuperação, a conexão e as melhorias das áreas verdes, da arborização e dos recursos hídricos, de forma integrada com outros sistemas de estruturação territorial; e propor a normatização de parâmetros para orientar o planejamento e a gestão urbano-ambiental sustentável e resiliente. Além disso, conforme decreto publicado nesta quinta-feira (06) no Diário Oficial da União (DOU), o programa visa desenvolver e fortalecer a capacidade institucional dos entes federativos, com vistas a qualificar diagnósticos, planejamentos, governança, gestão e projetos, com foco em mitigação de emissões de gases de efeito estufa e adaptação à mudança do clima em áreas urbanas; e apoiar o avanço, a disponibilização e a difusão da pesquisa científica e das soluções tecnológicas nas áreas de desenvolvimento urbano sustentável."
Fonte: Valor Econômico, 06/06/2024
Governo de SP cria fundo para financiar projetos de transição energética
"O governo estadual de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (06) a criação do Fundo de Aval de Eficiência Energética (FAEE), um mecanismo de financiamento específico para projetos de transição energética de pequenas médias empresas. O fundo nasce com um aporte de 8 milhões de euros (aproximadamente R$ 46 milhões) captados junto à agência alemã de cooperação internacional, a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), responsável pelo lançamento, o FAEE será um instrumento de política pública para ajudar pequenas e médias empresas a colocarem em prática projetos de redução no consumo de energia, transição para fontes limpas de energia e modernização tecnológica. A ideia é que os recursos desse fundo cubram também financiamentos para eficiência energética no âmbito do Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria (PotencializEE). Com isso, o mecanismo terá potencial de alavancar cerca de R$ 420 milhões em investimentos de eficiência energética viabilizados por linha de crédito da Desenvolve SP, agência de fomento do governo estadual vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O argumento da Semil é o de que o FAEE, assim como o Finaclima SP, lançado por decreto do governador Tarcísio de Freitas na quarta-feira (05), ajudará a destravar gargalos e acelerar investimentos em ações de resiliência climática no Estado."
Fonte: Valor Econômico, 06/06/2024
Lula cria assessoria extraordinária para a COP30
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou a assessoria extraordinária para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) que funcionará até 31 de março de 2026. A medida consta de decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). O órgão estará vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e será responsável por presidir a Comissão Preparatória do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para a COP30, a ser criada por meio de ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A COP30 será realizada em novembro do ano que vem em Belém (PA)."
Fonte: Valor Econômico, 06/06/2024
"O Porto de Luís Correia em construção no litoral do Piauí está sendo planejado para exportar combustíveis derivados de hidrogênio verde, como amônia, metanol e SAF (sigla em inglês para combustível sustentável de aviação), já de olho na futura demanda por produtos descarbonizados, segundo o governador Rafael Fonteles (PT). “Não tínhamos um porto até pouco tempo, temos um porto ainda em construção, só a primeira fase foi entregue, mas ele está sendo todo pensado para a estrutura de exportação. Quando eu digo exportação não necessariamente para outro país, pode ser para outros portos brasileiros, de combustíveis líquidos derivados do hidrogênio”, disse a jornalistas durante evento com investidores internacionais em Teresina no início da semana (4/6). O estado quer atrair empresas para formação de um hub de hidrogênio a partir da eletrólise com energias renováveis, e aproveitar sua matriz elétrica 100% limpa. Ao mesmo tempo, precisa superar uma contradição: o custo da eletricidade, que é alto para o consumidor. Em novembro de 2023, a União Europeia anunciou 2 bilhões de euros para financiar a produção de hidrogênio a partir da eletrólise no Brasil, com parte dos recursos destinada ao projeto da Green Energy Park, no Piauí. Também no final do ano passado, o governo piauiense lançou a pedra fundamental dos dois projetos de produção de hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do estado."
Fonte: Epbr, 06/06/2024
Incêndios nas zonas húmidas do Brasil aumentam 980%, prevê-se uma seca extrema
"Os incêndios no Pantanal brasileiro aumentaram quase dez vezes este ano, atingindo os níveis mais altos desde 2020, quando o bioma sofreu as piores queimadas já registradas. Dados de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostraram um aumento de 980% no número de incêndios no Pantanal até 5 de junho, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números alarmam a região, que entra na estação mais arriscada para incêndios florestais, que geralmente começa em julho e atinge o pico em agosto e setembro. “É um dos piores inícios de ano em termos de focos de calor desde o início da série histórica, em 1998”, disse Vinicius Silgueiro, coordenador de inteligência territorial da ONG local Instituto Centro de Vida. O Pantanal, que tem cerca de 10 vezes o tamanho dos everglades da Flórida, abriga onças-pintadas, antas, jacarés, sucuris e tamanduás-bandeira. As chuvas fracas do final do ano passado interromperam as inundações sazonais habituais, deixando a região mais vulnerável a incêndios. “O mais preocupante é que, mesmo na estação chuvosa, tivemos esse aumento de incêndios”, disse Silgueiro. Ele alertou que o Pantanal deve enfrentar outra forte seca este ano, após uma estação chuvosa com chuvas 60% abaixo da média, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) do Brasil. O mais recente surto de incêndios ocorre após incêndios atípicos no final de 2023, quando o fenómeno climático El Nino atrasou a estação das chuvas, levando a 4 134 incêndios registados em novembro, em comparação com uma média histórica de 584 para o mês."
Fonte: Reuters, 06/06/2024
Internacional
Empresas
A China afirma que nunca utiliza subsídios para veículos eléctricos proibidos pela OMC
"A China nunca recorre a subsídios para veículos eléctricos que tenham sido proibidos pela Organização Mundial do Comércio, afirmou na quinta-feira um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. As empresas chinesas estão a produzir ondas de veículos eléctricos de baixo preço que alguns temem que possam prejudicar os grandes fabricantes de automóveis dos EUA, alguns dos quais se concentraram recentemente em grandes veículos utilitários desportivos movidos a gasolina. “Os novos produtos energéticos da China, incluindo os veículos eléctricos, são muito populares no mercado internacional”, disse Mao Ning, o porta-voz, numa conferência de imprensa regular. “São o resultado dos efeitos combinados das vantagens comparativas e das leis do mercado”. Os comentários vieram em resposta a uma pergunta sobre as observações do presidente dos EUA, Joe Biden, de que a China fornece subsídios para inundar o mercado dos EUA com veículos elétricos, preocupações repetidas por outros funcionários da administração. Os subsídios não podem compensar a competitividade industrial, disse Mao, acrescentando: “Não há subsídios proibidos estipulados pela OMC”. Os novos produtos energéticos são o resultado dos esforços das empresas e não dos subsídios do governo, acrescentou Mao. "No ano passado, a China exportou apenas 13.000 veículos eléctricos para os Estados Unidos. Como eles podem inundar o mercado dos EUA? Biden prometeu aumentar as tarifas sobre uma série de setores chineses, com medidas como quadruplicar os direitos de importação de seus EVs para mais de 100%, enquanto dobra os direitos de semicondutores para 50%."
Fonte: Reuters, 06/06/2024
"Os dois anos de isenção de direitos aduaneiros nos EUA para os painéis solares provenientes do Sudeste Asiático expiram na quinta-feira, o que faz com que os promotores de projetos americanos comecem a utilizar a enorme quantidade de equipamento que armazenaram com isenção de direitos durante esse período até ao final deste ano.
Esta dinâmica poderá resultar num mini-boom nas instalações solares americanas, já em plena expansão, ao mesmo tempo que irrita a incipiente indústria transformadora nacional, que está interessada em ver os promotores de projectos mudarem para equipamentos fabricados nos EUA. Os desenvolvedores de energia solar dos EUA acumularam cerca de 35 gigawatts (GW) de painéis importados nos armazéns dos EUA desde que o presidente Joe Biden suspendeu as taxas sobre a Malásia, Tailândia, Camboja e Vietnã em 2022 para ajudar a acelerar os projetos domésticos de combate às mudanças climáticas, de acordo com a empresa de consultoria em energia Clean Energy Associates. Isso é quase tanta capacidade solar quanto os EUA instalarão durante todo o ano de 2024, de acordo com a empresa de pesquisa Wood Mackenzie. Acredita-se que a grande maioria do inventário tenha vindo dos países visados e, quando as tarifas voltarem a ser aplicadas a 6 de junho, as empresas terão apenas 180 dias para utilizar esse stock do Sudeste Asiático ou terão de pagar. As empresas já aumentaram drasticamente a construção de projetos, tendo as instalações à escala de serviços públicos aumentado 135% para 9,8 GW no primeiro trimestre, de acordo com a Wood Mackenzie."
Fonte: Reuters, 06/06/2024
Republicanos pedem banimento de fornecedores de baterias da China ligados à Ford e Volkswagen
"As principais empresas chinesas de baterias com ligações com a Ford Motor e a Volkswagen deveriam ser proibidas de enviar mercadorias para os Estados Unidos, na avaliação de um grupo de legisladores republicanos. Eles alegam que suas cadeias de abastecimento utilizam trabalho forçado. Os legisladores americanos enviaram duas cartas ao governo Biden pedindo que a Contemporary Amperex Technology, maior fabricante mundial de baterias para carros elétricos e parceira da Ford, e a Gotion High-Tech, empresa de baterias parcialmente controlada pela Volkswagen, fossem adicionadas imediatamente a uma lista de proibição de importação. Os legisladores pediram que a Contemporary Amperex, também conhecida como CATL, e Gotion fossem adicionadas ao que é conhecido como lista de entidades sob a Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur. As cartas enviadas ao subsecretário do Departamento de Segurança Interna, Robert Silvers, vieram do deputado John Moolenaar, chefe do Comitê da Câmara para o Partido Comunista Chinês; deputado Mark Green, presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara; senador Marco Rubio; e outros. A CATL disse que está comprometida em manter uma cadeia de abastecimento responsável. “Qualquer sugestão de que o CATL tenha utilizado trabalho forçado, ou tenha qualquer ligação com o trabalho forçado, é absolutamente falsa”, disse um porta-voz. Gotion, Ford e Volkswagen não responderam aos pedidos de comentários."
Fonte: Valor Econômico, 06/06/2024
Nio tem prejuízo maior que esperado no 1º trimestre com queda na venda de veículos elétricos
"O prejuízo da Nio aumentou no primeiro trimestre, com as vendas de veículos elétricos sazonalmente lentas. A fabricante chinesa de veículos elétricos registrou prejuízo líquido de 5,26 bilhões de yuans (US$ 725,7 milhões), em comparação com um prejuízo de 4,80 bilhões de yuans um ano antes. A receita trimestral caiu 7,2%, para 9,91 bilhões de yuans, ficando abaixo da estimativa de 10,44 bilhões de yuans em uma pesquisa da FactSet com analistas. A empresa atribuiu a queda nas vendas de veículos aos preços médios de venda mais fracos e aos efeitos sazonais. O prejuízo por ação de US$ 0,36 veio maior do que a projeção de Wall Street de prejuízo de US$ 0,33, e a receita de US$ 1,4 bilhão ficou abaixo da expectativa de US$ 1,5 bilhão, de acordo com a FactSet. A Nio entregou 30.053 veículos no primeiro trimestre, uma queda de 3,2% em relação ao ano anterior, atendendo a sua projeção reduzida de cerca de 30 mil unidades. A concorrência de preços tem sido um problema para todos os fabricantes de veículos elétricos na China. “Apesar da intensificação da concorrência no mercado, o posicionamento de marca premium da Nio, as tecnologias líderes do setor e a inovadora experiência de energia ‘carregável, trocável e atualizável’ foram reconhecidos por sua competitividade excepcional, levando a um crescimento sequencial robusto nas entregas de veículos nos últimos meses em abril e maio" disse o diretor-presidente William Bin Li, em comunicado à imprensa."
Fonte: Valor Econômico, 06/06/2024
BNP Paribas AM e outros investidores pedem melhores dados sobre os oceanos do mundo
"São necessárias informações mais detalhadas sobre os oceanos do mundo, incluindo a pesca em alto mar e o abastecimento da cadeia de abastecimento, para ajudar as empresas a fazer investimentos que possam ajudar a proteger a biodiversidade, afirmou na sexta-feira um grupo de empresas de serviços financeiros. Os principais investidores BNP Paribas Asset Management, Federated Hermes Limited, Robeco, Mirova e Storebrand Asset Management destacaram lacunas de dados em setores que vão da mineração em alto mar ao transporte marítimo, petróleo e gás offshore e portos. Afirmaram que dados de maior qualidade relacionados com os oceanos são cruciais para que os investidores compreendam as dependências, impactos, riscos e oportunidades enfrentados pelas empresas, à medida que os países agem para implementar um acordo internacional histórico em 2022 para proteger a biodiversidade. As empresas afirmaram que o acordo para proteger 30% das terras e águas interiores do planeta, áreas marinhas e costeiras até 2030 era um empreendimento crucial, uma vez que os oceanos são o maior ecossistema, cobrindo 71% do planeta, contendo 1-2 milhões de espécies. e proporcionando um valor económico de 2,5 biliões de dólares por ano. "Para ajudar os investidores a tomar decisões informadas e a investir em empresas e atividades que estão a causar ou a resolver estes danos significativos à biodiversidade dos oceanos e a alocar capital de uma forma que forneça soluções para proteger a biodiversidade, são cruciais dados credíveis, consistentes com os padrões internacionais, ", disseram os investidores."
Fonte: Reuters, 07/06/2024
Política
Países da União Europeia pressionam para enfraquecer as regras de greenwashing
"A maioria dos países da UE está a pressionar para atenuar as novas regras para evitar o greenwashing, à medida que Bruxelas sofre pressão crescente por parte dos políticos para flexibilizar partes da sua histórica lei climática. O enfraquecimento da agenda verde do bloco ocorre num momento em que os cidadãos da UE começam a votar neste fim de semana numa maratona eleitoral que determinará a forma do seu parlamento e definirá a direção para os próximos cinco anos de política. O Green Deal da UE, que visa atingir zero emissões líquidas até 2050, tem sido um tema de campanha acalorado, com os partidos da direita a culpar a legislação por contribuir para o declínio industrial da região e por impor um pesado fardo burocrático às empresas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que propôs a legislação climática em 2020 após uma onda de apoio aos partidos verdes nas eleições de 2019, recuou em vários pontos importantes numa tentativa de obter o apoio de grupos mais conservadores na preparação para o votação. Após o enfraquecimento das regras sobre resíduos de embalagens e da devida diligência ambiental durante o processo legislativo, os Estados-Membros pretendem agora suavizar a directiva sobre alegações verdes, de acordo com um documento que descreve as mudanças e visto pelo Financial Times. As regras sobre reivindicações ambientais, propostas em março de 2023 como parte do Green Deal, foram concebidas para evitar que as empresas fizessem alegações falsas sobre as suas credenciais ecológicas."
Fonte: Financial Times, 06/06/2024
União Europeia lança plataforma para conectar produtores e consumidores de hidrogênio
"A Comissão Europeia anunciou nesta semana um mecanismo piloto que visa conectar produtores e potenciais consumidores de hidrogênio. A iniciativa, com início previsto para 2025, espera acelerar investimentos ao fornecer uma visão mais clara da situação do mercado, facilitando contatos entre as duas pontas. “Ao facilitar a correspondência entre fornecedores e consumidores, contribuiremos decisivamente para acelerar o desenvolvimento do nascente setor de hidrogênio da Europa”, disse Maroš Šefčovič, vice-presidente executivo para o Acordo Verde Europeu. Caberá ao Banco Europeu de Hidrogênio coletar e disponibilizar informações sobre a oferta e a demanda de hidrogênio renovável e de baixo carbono, permitindo que consumidores europeus possam se conectar tanto com fornecedores europeus quanto estrangeiros. Segundo o comunicado da Comissão, atualmente existem 254 projetos de hidrogênio renovável no bloco, dos quais 170 estão em operação e 84 em construção, correspondendo a quase 3 GW de capacidade instalada. Um adicional de 8 GW de capacidade está previsto com a implementação dos projetos de eletrolisadores selecionados no primeiro leilão para hidrogênio renovável. Globalmente, apenas 4% dos projetos de hidrogênio renovável e de baixo carbono anunciados chegaram à decisão final de investimento, e apenas 12% da potencial oferta de hidrogênio limpo produzida até 2030 tem um comprador identificado. “Ainda há poucos projetos avançando para decisões finais de investimento e poucos compradores assinando contratos para mudar para o hidrogênio."
Fonte: Epbr, 06/06/2024
Turquia implementará sistema nacional de comércio de emissões em breve, diz vice-presidente
"A Turquia implementará em breve um sistema nacional de comércio de emissões em linha com o Acordo Verde da União Europeia (UE), disse o vice-presidente turco, Cevdet Yilmaz, na sexta-feira, num evento sobre economia climática e financiamento da sustentabilidade em Istambul."
Fonte: Reuters, 07/06/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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