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PL do mercado regulado de carbono deve ser votado em setembro, diz senadora Leila Barros | Café com ESG, 22/08

Votaçao do mercado de carbono no Senado; Blackrock reduz apoio a ESG

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território misto, com o IBOV subindo 0,27%, enquanto o ISE andou de lado (0,02%).

• No Brasil, os presidentes da República, Senado, Câmara e Superior Tribunal Federal assinaram, ontem (21/8), um pacto entre os Três Poderes pela transformação ecológica, em um ato simbólico que busca demonstrar alinhamento em relação a agendas ambientais que se arrastam desde o início do governo Lula – entre o Executivo e Legislativo, o compromisso é colocar em votação, ainda em setembro, os projetos de lei do mercado regulado de carbono e o Combustível do Futuro.

• No internacional, (i) uma queda significativa nas permissões para novas usinas de carvão na China sugere uma mudança na política energética do país para um desenvolvimento mais renovável, segundo relatório divulgado hoje da Global Energy Monitor – o documento diz que a China aprovou apenas 10 novas usinas a carvão no primeiro semestre de 2024, uma queda de 83% em relação ao ano anterior; e (ii) uma pesquisa global da consultoria Russell Reynolds Associates aponta que 82 CFOs foram nomeados no 1T24, sendo 24% executivas mulheres, a maior proporção observada nos últimos dois anos – o levantamento analisou as movimentações de 1.822 corporações participantes de mais de dez índices de mercados de ações, como S&P 500 (Estados Unidos) e Nikkei 225 (Japão).

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Brasil

Empresas

Organização acusa Copel de omitir R$ 1 bi em passivos ambientais antes da privatização

“O Instituto Internacional Arayara entrou com uma Ação Civil Pública contra o estado do Paraná e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) acusando as partes de negligência e irregularidades na operação da única usina termelétrica a carvão do Paraná, a UTE Figueira, localizada no município de Figueira, divisa com a cidade de Ibaiti, às margens do Rio Laranjinha. A ação protocolada na terça (20/8) também denuncia a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por emitir a autorização da operação comercial da UTE Figueira sem exigência de licenciamento ambiental. Segundo Juliano Bueno de Araújo, diretor técnico da organização ambiental, a usina apresenta um histórico de acúmulo de rejeitos tóxicos e radioativos, cuja disposição inadequada jamais teria sido devidamente fiscalizada pelas autoridades competentes. “São verdadeiras montanhas de rejeitos tóxicos e radioativos que nunca foram fiscalizados. Pesquisadores da Arayara conduziram investigações durante nove meses, coletando amostras em dois municípios afetados, Ibaiti e Figueira” afirmou Araújo à agência epbr. Os dados contidos na ação são de fontes secundárias, obtidos a partir de pesquisas realizadas ao longo das últimas sete décadas. Contudo, Araújo afirma que o próprio instituto realizou análises de campo e coletas, que “estão guardadas atendendo normas técnicas para fins de prova material”. O Instituto Arayara pede que a Copel, o IAT (Instituto Água e Terra – antigo Instituto Ambiental do Paraná) e o Estado do Paraná sejam condenados a arcar com os custos de recuperação ambiental, estimados em R$ 1,1 bilhão.”

Fonte: Epbr; 21/08/2024

Brasil vai precisar de metas mais agressivas para SAF no futuro, diz executivo da Honeywell

“O Brasil vai precisar adotar mandatos mais agressivos no futuro para os combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês), em comparação aos que estão sendo discutidos hoje no projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), defende o diretor de Vendas da Honeywell Energy & Sustainability Solutions para a América Latina, Leon Melli. Segundo o executivo, as metas previstas no PL em discussão no Senado são importantes para ajudar a formar um mercado para o SAF no Brasil e para viabilizar os primeiros investimentos, mas demandarão revisão no longo prazo. “Como no passado aconteceu com o etanol e com o biodiesel, esse tipo de mandato é fundamental para que se comece a formar um mercado. Neste momento, é fundamental que se replique essa fórmula de sucesso”. O projeto de lei prevê que a partir de 2027 as companhias aéreas em operação no país terão que reduzir as emissões de carbono em 1% a partir de 2027, percentual que vai aumentar para 10% até 2037. Hoje, o Brasil consome cerca de 110 mil barris/dia de querosene de aviação (QAV). Para cumprir o mandato de descarbonização, será necessário substituir parcelas do combustível fóssil, o que levará a uma demanda inicial de SAF estimada em mil barris por dia. “São valores ainda modestos comparado com outras regiões do mundo. Mas, sem dúvida, é um passo inicial bastante importante para que a gente consiga ajudar a fomentar essa indústria e formar esse mercado”, diz Melli. A expectativa é que parte do volume produzido no Brasil seja exportado, mas o diretor da Honeywell ressalta que vai ser importante que o país dê o exemplo com o fomento ao mercado nacional.”

Fonte: Epbr; 21/08/2024

Atlas fecha parceria com ArcelorMittal para fornecer energia solar na produção de aço

“A geradora de energia Atlas Renewable Energy e a produtora de aço ArcelorMittal fecharam contrato para o fornecimento de energia renovável. O acordo engloba o investimento para a construção de uma usina fotovoltaica de 315 megawatts-pico (MWp) de capacidade instalada para atender ao fornecimento às unidades produtivas da ArcelorMittal no Sul e Sudeste do Brasil. A usina está localizada no complexo solar Luiz Carlos, em Paracatu (MG), que possui 787 MWp de capacidade e mais de R$ 2,32 bilhões em investimentos. Este complexo, em construção pela Atlas, visa atender a grandes consumidores intensivos em energia. Deste total, 60% da capacidade já está comprometida em um contrato de longo prazo com a Votorantim Cimentos,enquanto os 40% restantes serão destinados às operações da ArcelorMittal. O contrato foi firmado na modalidade conhecida pela sigla BOT (que, na tradução para o português, significa construir, operar e transferir), por meio de uma joint venture que será criada após a aprovação dos órgãos de controle. O plano é que após a entrada em operação da usina, a ArcelorMittal compre a participação da Atlas nesta parte do complexo, ficando com 100% da usina, contando ainda com o suporte da Atlas para a operação. A planta toda deve entrar em operação no fim de 2025. “[O capital inicial] é aportado pela Atlas, e após a aprovação da transação, a ArcelorMittal entrará com 50% do investimento até a conclusão da obra. Quando a usina entrar em operação, eles farão a aquisição de nossa participação”, destaca o diretor-geral da Atlas no Brasil, Fábio Bortoluzo. A Volt Robotics, uma consultoria do setor de energia, analisou os números do ONS.”

Fonte: Valor Econômico; 21/08/2024

Na Nestlé, um plano “agropecuário” para descarbonizar a cadeia (e atrair produtores)

“Chocolate, café, leite em pó, ração e até “baby food” de baixo carbono. O desafio da gigante mundial de alimentos Nestlé para atingir metas de redução nas emissões de gases causadores do efeito estufa está acelerando uma proximidade cada vez maior da empresa com os produtores rurais. Em entrevista exclusiva ao AgFeed, a gerente executiva de agricultura sustentável da Nestlé Brasil, Bárbara Sollero, explicou que a empresa acaba de criar uma área específica que tem como principal objetivo incentivar a integração com produtores rurais e garantir que a companhia passe a adquirir cada vez mais as matérias-primas de “baixo carbono” Zootecnista por formação, Bárbara tem 14 anos de Nestlé e uma longa experiência na implementação de programas junto a produtores de leite. Até pouco tempo, a prioridade era melhorar qualidade do produto e garantir a segurança alimentar. São temas que continuam importantes, mas que agora demandam muito mais das grandes empresas de alimentos. É preciso fazer a rastreabilidade dos produtos, garantir que não há inconformidades pelos padrões ESG e, mais que isso, buscar nas fazendas formas de produção que reduzam as emissões de carbono, para dar conta das metas
que companhias como a Nestlé precisam atingir, globalmente. A multinacional assumiu o compromisso de reduzir 20% das emissões de CO2 na atmosfera até 2025, avançar para 50% até 2030 e ser uma empresa Net Zero em 2050. Sollero explica que 70% das emissões da Nestlé no Brasil estão relacionadas aos ingredientes usados na produção de alimentos, ou seja, naquilo que vem do campo. Em função disso, há uma meta para o Brasil, que é chegar em 2025 já comprando 30% da matéria-prima de produtores rurais que adotam práticas regenerativas.”

Fonte: AGFeed; 21/08/2024

A rede elétrica do Brasil limita a energia eólica e solar, ameaçando projetos renováveis

“Os produtores de energia eólica e solar no Brasil alertaram que estão reconsiderando futuros investimentos no país depois que a operadora da rede nacional limitou repetidamente a quantidade de energia que eles poderiam fornecer no ano passado, o que reduziu seus lucros. O Brasil fez grandes avanços ao incentivar as empresas a investir em energia eólica, solar e outras fontes renováveis de geração de energia, oferecendo financiamento e subsídios generosos. Mas toda a eletricidade gerada por elas sobrecarregou a rede. Mais de uma dúzia de executivos e representantes do setor disseram que os investimentos em energia renovável eram menos viáveis sob a atual política de “cortes” do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que limita temporariamente a quantidade de energia que o ONS aceita de usinas eólicas e solares. A pressão tem sido mais forte no nordeste do Brasil, região relevante para investimentos em energia renovável. Há gargalos nas linhas de transmissão que transportam eletricidade para São Paulo, Rio de Janeiro e outros lugares na região sudeste, mais populosa. O ONS tem administrado a rede com mais cautela desde agosto de 2023, quando uma queda de energia no nordeste se espalhou pela maior parte do país. Isso significou mais cortes quando a geração de eletricidade excede o consumo ou quando há falta de capacidade de transmissão. O ONS disse que as interrupções não foram excessivas e foram necessárias para a segurança. A operadora disse que seus dados mostram que apenas 3% da eletricidade gerada foi perdida devido a cortes no mês passado.”

Fonte: Reuters; 22/08/2024

Política

Mercado de carbono, biocombustíveis e eólicas offshore em mais um ‘pacto ecológico’

“Os presidentes da República, Senado, Câmara e Superior Tribunal Federal assinaram, nesta quarta (21/8), um pacto entre os Três Poderes pela transformação ecológica, em um ato simbólico que busca demonstrar alinhamento em relação a agendas ambientais que se arrastam desde o início do governo Lula (PT). Entre o Executivo e Legislativo, o compromisso é colocar em votação, ainda em setembro, projetos de lei do mercado regulado de carbono e Combustível do Futuro. No caso do Judiciário, uma das iniciativas previstas é integrar bancos de dados imobiliários, ambientais, cadastrais e fiscais, com dados georreferenciados, para garantir segurança jurídica sobre a titularidade das terras públicas e privadas no país. É uma medida que pode ajudar em temas como credibilidade de créditos de carbono e combate ao desmatamento e garimpo ilegal. No último domingo (18/8), reportagem do Fantástico contou como a Operação Greenwashing da Polícia Federal expôs um esquema de corrupção envolvendo a falsificação de registros de terras e a criação de empresas de fachada para legitimar a posse dessas áreas e viabilizar a comercialização de créditos de carbono e madeira oriunda de desmatamento ilegal. O caso não é isolado. Em outubro de 2023, a Defensoria Pública do Pará entrou com ações judiciais contra cinco empresas brasileiras e três estrangeiras que venderam créditos de carbono a multinacionais certificados pela Verra, utilizando florestas públicas no estado. Ao todo, são 26 matérias prioritárias, divididas em três eixos: ordenamento territorial e fundiário; transição energética; e desenvolvimento sustentável com justiça social, ambiental e climática.”

Fonte: Epbr; 21/08/2024

Mercado de carbono deve ser votado no início de setembro, diz senadora

“A senadora Leila Barros (PDT/DF) afirmou, nesta quarta (21/8), que há um acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que a votação do PL do mercado de carbono ocorra ainda na primeira quinzena de setembro. “Existe um trabalho incansável para que possamos aprovar esse projeto tão importante na primeira semana de setembro”, disse durante a reunião da Comissão do Meio Ambiente no Senado. A senadora expressou otimismo sobre a construção de um consenso em torno do projeto, após várias idas e vindas entre senadores, deputados e governo federal. As recentes divergências entre Leila, relatora no Senado, e o deputado Aliel Machado (PV/PR), relator na Câmara, levaram Pacheco a convocar uma reunião na semana passada para tentar mediar um acordo. O presidente do Senado afirmou que a matéria só seria levada a votação quando houvesse consenso. A senadora também destacou a assinatura, nesta quarta-feira (21/8), do Pacto pela Transformação Ecológica entre os presidentes dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. A iniciativa tem como um dos objetivos impulsionar a votação de projetos de lei (PLs) cruciais para o desenvolvimento sustentável do Brasil, incluindo o marco legal do mercado de carbono, e o estímulo à produção de biocombustíveis, por meio do PL Combustível do Futuro. “Estamos diante de uma oportunidade única para moldar os rumos da nossa política ambiental e climática”, afirmou a senadora. Além da tramitação dos projetos no Legislativo, o documento estabelece que o Judiciário deverá adotar medidas para acelerar a resolução de questões ambientais e climáticas, enquanto o Executivo ampliará o financiamento e reduzirá o custo do crédito para práticas sustentáveis.”

Fonte: Epbr; 21/08/2024

PF revê despacho que dava o.k. para projeto de lei que reduz reserva em áreas de florestas da Amazônia Legal

“A Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (Damaz) da PF reviu um despacho enviado na semana passada ao Ministério da Justiça que subsidiava uma nota técnica favorável à alteração do Código Florestal. O documento havia sido entregue à CCJ do Senado na discussão do projeto de lei que altera o Código Florestal, e dava sinal verde. à redução da reserva legal em áreas de florestas da Amazônia Legal nos municípios com mais 50% do seu território ocupado por áreas protegidas de domínio público. Em novo despacho enviado ao Ministério da Justiça, a Damaz se coloca contra as premissas do projeto de autoria de Jaime Bagatoli, ruralista do PL de Rondônia. O PL é relatado por Marcio Bittar (União/AC). Eis um trecho do despacho: “Preliminarmente, insta esclarecer que a redução da Reserva Legal em áreas de florestas da Amazônia Legal por si só impacta a Política de Proteção ao Meio Ambiente na Amazônia, considerandoque todos os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil se voltam ao incremento da proteção aos biomas, sobretudo o Amazônico. A justificativa apresentada para a alteração legislativa, de que os produtores da região amazônica seriam prejudicados pelo critério discriminante, também não merece guarida, uma vez que, tratando-se de sopesar dois princípios constitucionais, o da propriedade e o da garantia de um meio ambiente saudável para as atuais e futuras gerações, certo é que deve-se buscar a aludida compensação aos produtores de outra maneira.” De acordo com as entidades ambientalistas, a proposta deve diminuir em 30% as áreas hoje protegidas. A Damaz foi criada na gestão Flávio Dino para combater crimes ambientais na região amazônica.”

Fonte: O Globo; 21/08/2024

Internacional

Empresas

A queda nas aprovações de usinas de carvão na China sinaliza uma mudança na política energética, diz relatório

“Uma queda acentuada nas permissões para novas usinas de carvão na China sugere que o maior construtor mundial de usinas de energia poluentes está direcionando sua política energética para um desenvolvimento mais renovável, embora o carvão continue desempenhando um papel importante, segundo um relatório divulgado na quinta-feira. A China aprovou apenas 10 novas usinas a carvão com 9 gigawatts de capacidade no primeiro semestre de 2024 – uma queda de 83% em relação ao ano anterior, de acordo com um relatório do Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo (CREA), com sede em Helsinque, e do Global Energy Monitor, com sede nos EUA. O relatório constatou que a China adicionou mais de 400 GW de energia eólica e solar desde 2023, o que levou a uma queda de 7% na produção de energia a carvão entre junho de 2023 e junho de 2024. “Com as novas construções de energia renovável agora capazes de atender a toda a demanda incremental de energia na China, a necessidade de carvão novo está diminuindo, e há sinais de que o governo central pode estar adotando essa mudança”, disse o relatório. “Essa potência econômica transformou a energia limpa de um componente da política climática em uma pedra angular das estratégias energéticas e econômicas mais amplas da China”, afirmou. O órgão de planejamento econômico da China, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, não quis comentar o relatório. Outros exemplos da mudança de política incluem a decisão da China de não aprovar nenhuma usina siderúrgica a carvão no primeiro semestre de 2024 e a iniciativa de Pequim de priorizar as reduções de emissões de carbono, onde o progresso era medido anteriormente por melhorias na eficiência energética.”

Fonte: Reuters; 21/08/2024

BlackRock reduz ainda mais o apoio a ESG

“O apoio da BlackRock a propostas de acionistas em questões ambientais e sociais caiu para níveis baixíssimos em comparação aos do ápice em 2021, segundo a gestora revelou ontem, apesar de seu respaldo a temas relacionados a governança corporativa ter crescido. Nos 12 meses até o fim de junho, a BlackRock apoiou apenas 20 das 493 propostas sociais e ambientais apresentadas por acionistas em assembleias anuais, cerca de 4% do total, segundo seu relatório de supervisão dos investimentos anuais. No relatório de 2021, a porcentagem havia sido de 47%. No de 2023, já havia caído para 7%. “A gestora está decepcionando os poupadores e aposentados que investem nos fundos dela”, disse Lara Cuvelier. O declínio se dá depois de os esforços das companhias para lidar com as mudanças climáticas e a desigualdade – questões antes também agrupadas com a governança, sob a sigla ESG – terem se tornado um tema político delicado. Alguns conservadores criticam a BlackRock e outras grandes gestoras de ativos por usarem suas amplas participações em empresas para promover um capitalismo “woke” – o movimento pelo “despertar” da consciência racial e social. Por outro lado, ativistas climáticos reclamam que os investidores não têm pressionado o suficiente pela redução das emissões de carbono. Por sua vez, as atividades relacionadas à governança, com o objetivo de proteger os direitos dos acionistas e promover conselhos de administração mais fortes, têm se salvado de críticas do tipo. A gestora de recursos que reúne US$ 10,6 trilhões revelou ter votado no total em um número recorde de 867 propostas de acionistas e que, em sua avaliação, bem poucas das referentes a temas ambientais e sociais estavam no melhor interesse de seus clientes.”

Fonte: Valor Econômico; 22/08/2024

Há mais mulheres nas diretorias financeiras

“Mais mulheres estão chegando às diretorias financeiras das empresas, um setor historicamente ocupado por homens. Uma pesquisa global da consultoria de busca e desenvolvimento de lideranças Russell Reynolds Associates aponta que 82 CFOs (diretores financeiros, da sigla em inglês) foram nomeados no primeiro trimestre de 2024, sendo 24% executivas, a maior proporção observada nos últimos dois anos. Em 2022, a representatividade feminina nesse grupo marcou 17%, sobre 66 nomeações, e em 2023 chegou a 22%, entre 72 trocas. O levantamento, obtido com exclusividade pelo Valor, analisou as movimentações de 1.822 corporações participantes de mais de dez índices de mercados de ações, como S&P 500 (Estados Unidos) e Nikkei 225 (Japão). “No Brasil, verificamos uma tendência semelhante, com várias mudanças de posições nos últimos meses”, analisa Fernando Machado, sócio-diretor e líder de práticas financeiras da Russell Reynolds. “Percebemos que a procura é maior por CFOs que conseguem unir uma visão estratégica de negócios a uma atitude ‘hands-on’ [mão na massa], ao contrário de demandas anteriores, centradas em gestores próximos ao mercado de ações, por conta da abertura de capital das empresas.” “A mulher precisa se provar ‘em dobro’, mostrando que possui uma capacidade muito além da requerida”, disse Chyou Pey Tyng. De acordo com o consultor, a indústria de tecnologia foi a que marcou a maior rotatividade entre os líderes de finanças, com 37% a mais de substituições do que a média global para a cadeira, e a com mais progressos de equidade, com 38% de mulheres entre as nomeações, no intervalo analisado.”

Fonte: Valor Econômico; 22/08/2024

Política

Índia acelera programa de descarbonização e pode beneficiar etanol brasileiro

“A Índia é o país mais populoso do mundo com 1,4 bilhão de habitantes desde o ano passado, quando superou a China, mas também possui a maior concentração de cidades poluídas do planeta, o que torna cada vez mais urgente a busca por soluções sustentáveis em sua matriz energética, principalmente com biocombustíveis. O Relatório Anual de Qualidade do Ar no Mundo, da IQAir, indicou para a Índia um índice de poluição 10 vezes superior ao limite fixado pela Organização Mundial da Saúde OMS) como prejudicial para as pessoas. feito o governo indiano acelerar suas metas de descarbonização. Além de implementar projetos que visam reduzir a dependência de combustíveis fósseis importados e promover uma economia mais sustentável, a Índia tem adotado por lá uma diretriz que já vem sendo praticada no Brasil: ampliar a mistura de etanol na bomba de gasolina. A meta do governo indiano era ampliar a mistura de etanol na gasolina para 20% até Mas a medida vem sendo antecipada e, atualmente, 15 cidades já utilizam a taxa de 20%, com expectativa de que o restante do país também antecipe a medida entre o final deste ano e o início do ano que vem. “Podemos ter emoções com a política de etanol indiana”, diz Pedro Fernandes, diretor de Agronegócios do Itaú BBA, ao analisar as perspectivas para o mercado nacional – e
global – da commodity, a partir das políticas que vêm sendo adotadas pelo país asiático. A Índia é uma das maiores produtoras e consumidoras do mundo de cana-de-açúcar, com grande influência no mercado global. Além de ter a meta de se tornar net zero até 2070, a Índia tem desenvolvido políticas para reduzir sua dependência de óleo e gás.”

Fonte: AGFeed; 21/08/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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