Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV subindo 0,12%, enquanto o ISE recuou 0,37%.
• No Brasil, (i) a Petrobras e a Gerdau firmaram um memorando de entendimento para explorar potenciais parcerias quanto às estratégias de diversificação e descarbonização de ambas as empresas – segundo o diretor de transição energética da petroleira, Maurício Tolmasquim, a parceria envolve a avaliação de potenciais modelos de negócio para combustíveis de baixo carbono, hidrogênio e seus produtos e CCS; e (ii) o Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética anunciaram ontem que começaram o estudo Impactos das Mudanças Climáticas no Planejamento da Geração de Energia Elétrica – o projeto vai simular o impacto de possíveis mudanças climáticas sobre o sistema elétrico brasileiro, analisando fatores como temperatura, precipitação, vento e irradiação solar.
• No internacional, segundo um relatório do Global Energy Monitor (GEM), a China está desenvolvendo novas minas de carvão suficientes para produzir 1,28 bilhão de toneladas métricas de carvão por ano – de acordo com o estudo, 35% dessa capacidade já está em construção, o que já leva a um aumento considerável no lado da oferta de carvão para os próximos três anos.
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Brasil
Empresas
Petrobras e Gerdau assinam acordo para estudo de negócios de baixo carbono
“A Petrobras e a Gerdau firmaram memorando de entendimento para explorar potenciais parcerias quanto às estratégias de diversificação e descarbonização de ambas as empresas. O diretor de transição energética da petroleira, Maurício Tolmasquim, disse que a parceria envolve a avaliação de potenciais modelos de negócio para combustíveis de baixo carbono, hidrogênio e seus produtos e CCS. “Também inclui projetos de P&D relativos à integridade de materiais em ambiente marítimo e de produção de aço via “redução direta” a gás natural”, destaca. O processo de redução direta é uma alternativa ao processo de produção de aço convencional, que utiliza gás natural em vez de carvão. Em junho, a siderúrgica contratou a Petrobras para o suprimento de gás natural à Cosigua, usina localizada no Rio de Janeiro e que produz aços longos em Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ). Esta é a primeira migração de um consumidor de gás cativo para o mercado livre no estado. A siderúrgica é cliente da petroleira desde 2021. A parceria teve início com o atendimento à unidade da Gerdau localizada em Ouro Branco (MG) e, agora, está sendo expandida para a Cosigua. A migração da Gerdau se dá também depois de a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) aprovar, em abril, o modelo do novo Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD) – o contrato assinado entre usuários livres e a concessionária estadual de gás canalizado pelo uso da rede. A Gerdau é uma das pioneiras do mercado livre de gás no Brasil, ao lado da Unigel.”
Fonte: Eixos; 09/09/2024
Fumaça continua a atingir diversas partes do Brasil e pode chegar a 60% do país, diz Inpe
“A fumaça de incêndios florestais que afeta diferentes regiões do Brasil nas últimas semanas deve continuar a se propagar pela América do Sul. A situação fica ainda pior devido à seca que atinge o país. Nesta época do ano, de agosto a outubro, o fogo na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado e queimadas em países vizinhos geram fumaça suficiente para cobrir uma área da ordem de 5 milhões de quilômetros quadrados, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Essa cobertura ocupa cerca de 60% do território nacional, que se estende por 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Mas segundo a pesquisadora Karla Longo, do Inpe, a área coberta por fumaça pode dobrar se forem considerados os países vizinhos e parte do Oceano Atlântico.A situação é considerada típica, mas ocorre em um momento de seca histórica no Brasil, que atinge ao menos 3.978 municípios, segundo boletim publicado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) na última terça-feira (3), e 58% do território nacional — número que coincide com o da fumaça, mas é relacionado ao indicador de seca do órgão. A fumaça tem causado transtornos à população de diversas regiões do Brasil, como municípios no sul do Amazonas e no entorno de Porto Velho (RO), incluindo a capital rondoniense.”
Fonte: Valor Econômico; 09/09/2024
Política
MME e EPE anunciam estudo sobre impactos das mudanças climáticas na matriz elétrica
“O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) anunciaram, nesta segunda-feira (9/9), que começaram o estudo Impactos das Mudanças Climáticas no Planejamento da Geração de Energia Elétrica. O projeto, que é parte da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, vai simular o impacto de possíveis mudanças climáticas sobre o sistema elétrico brasileiro. Entre os fatores que serão analisados estão a temperatura, a precipitação, o vento e a irradiação solar. A metodologia da pesquisa consiste, primeiramente, na utilização de modelos computacionais de planejamento da operação e expansão energética para combinar oferta e demanda. Depois, serão utilizadas três matrizes futuras possíveis para realizar simulações da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) no contexto de mudanças climáticas. Com previsão de conclusão para junho de 2025, o objetivo é integrar energias renováveis e eficiência energética no SIN, além de obter um diagnóstico do comportamento da matriz elétrica em diversos cenários climáticos, a fim de planejá-la para ser mais resiliente. “As iniciativas do MME estão entre as mais imponentes do mundo, com atuação direta na produção e uso de energia. Esse importante estudo vem para agregar ainda mais na formulação de políticas para a transição energética estratégica e, assim, gerar benefícios para brasileiras e brasileiros”, comentou o ministro Alexandre Silveira (PSD).”
Fonte: Eixos; 09/09/2024
Lula avalia anunciar presidente da COP30 na Assembleia-Geral da ONU
“Em meio a uma das piores e mais extensas secas do Brasil, o presidente Lula articula discurso e agendas na Assembleia-Geral da ONU para fortalecer a atuação do país no combate à emergência climática. O encontro acontece entre 24 a 28 de setembro em Nova York, mas o presidente chegará antes para outras agendas. Para chamar ainda mais atenção ao tema, Lula avalia anunciar nos EUA o nome do presidente da Conferência do Clima (COP30), que vai acontecer no ano que vem, em Belém. Integrantes do governo afirmam que o petista já definiu o escolhido, mas mantém o nome em segredo. A Assembleia-Geral da ONU é vista como o melhor palco para apresentar o nome à comunidade internacional, já que o Brasil tem papel de destaque na agenda. Além disso, o anúncio permitiria formar o time completo até a edição deste ano da Conferência do Clima, que acontece em novembro no Azerbaijão. É neste momento que o Brasil pegará oficialmente o bastão do evento.”
Fonte: O Globo; 09/09/2024
Internacional
Política
A China planeja incluir aço, cimento e alumínio em seu mercado de carbono em 2024
“A China está buscando feedback do público sobre um plano para incluir a produção de cimento, aço e alumínio em seu esquema de comércio de emissões de carbono até o final do ano, informou o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente na segunda-feira. A inclusão desses três setores adicionais poderia elevar o gás de efeito estufa coberto pela troca para cerca de 60% do total do país, disse o ministério, mais do que as emissões dos EUA. O plano estará aberto para análise pública até 19 de setembro. A China expandirá o ETS em dois estágios, familiarizando os participantes com seus processos entre 2024 e 2026 e melhorando o gerenciamento e a qualidade dos dados de emissões, enquanto reduz as alocações de cotas para empresas a partir de 2027. As cotas de permissões de carbono, que permitem que as empresas emitam um determinado volume de dióxido de carbono, serão inicialmente alocadas gratuitamente às empresas. Na primeira etapa, não haverá limite máximo para as permissões, e as empresas que emitirem mais receberão uma cota maior. Pequim estabeleceu a Bolsa de Comércio de Emissões de Carbono da China em julho de 2021 como parte de um esforço para reduzir as emissões de carbono a um pico antes de 2030 e se tornar neutra em carbono até 2060. Mas o mercado só abrangeu o setor de energia desde sua criação. As tarifas de carbono iminentes da União Europeia pressionaram a China a acelerar a descarbonização dos setores industriais pesados. As tarifas da UE foram introduzidas para lidar com o problema do “vazamento de carbono”, que permite que as empresas evitem os custos de carbono adquirindo produtos de países com menor conformidade climática.”
Fonte: Reuters; 09/09/2024
UE concede à África do Sul US$ 35 milhões em subsídios para planos de hidrogênio verde
“Na segunda-feira, a União Europeia se comprometeu a conceder à África do Sul dois subsídios no valor de cerca de US$ 35 milhões para acelerar seus planos de hidrogênio verde. Os projetos de hidrogênio verde usam energia renovável para dividir a água em hidrogênio e oxigênio, produzindo combustível que pode ser usado em setores como o de transporte, petroquímico e siderúrgico. A primeira subvenção da UE, no valor de 140 milhões de rands (US$ 7,8 milhões), é para ajudar a Transnet, empresa estatal sul-africana em dificuldades, com os custos de infraestrutura, apoiando ferrovias, portos, oleodutos e outras logísticas. O outro subsídio, no valor de 25 milhões de euros (US$ 27,6 milhões), ajudará a economia mais industrializada da África a desenvolver sua cadeia de valor do hidrogênio verde. O hidrogênio verde é visto como fundamental para os esforços de descarbonização na África do Sul e na Europa. Os países europeus têm investido em projetos de hidrogênio verde em toda a África para garantir o fornecimento futuro do combustível. “Essas duas subvenções da União Europeia serão implementadas de forma a contribuir para os objetivos estratégicos da África do Sul”, disse Kadri Simson, comissário europeu para energia, a repórteres em Pretória, a capital administrativa da África do Sul. “Acreditamos que o hidrogênio verde oferece algumas das melhores oportunidades para que o país realmente se industrialize”, disse Kgosientsho Ramokgopa, ministro de energia e eletricidade da África do Sul.”
Fonte: Reuters; 09/09/2024
A China tem mais de 1 bilhão de toneladas/ano de novas minas de carvão em construção, diz relatório
“A China é responsável por mais da metade do fluxo de novas minas de carvão do mundo, o que pode causar um aumento significativo nas emissões de metano, segundo um novo estudo publicado na terça-feira. A China está desenvolvendo novas minas suficientes para produzir 1,28 bilhão de toneladas métricas de carvão por ano, disse o relatório do Global Energy Monitor (GEM), com sede nos EUA, que incluiu grandes minas com pelo menos 1 milhão de toneladas de capacidade anual em abril. Ele disse que 35% dessa capacidade já está em construção, o que significa que um aumento na produção é esperado em três a cinco anos. “A expansão da capacidade de produção de carvão é atualmente uma prioridade da política nacional e uma tarefa política. As empresas estatais, que dominam o setor, muitas vezes são obrigadas a cumprir esse objetivo”, disse a gerente de projetos da GEM, Dorothy Mei. O sistema de contratos de longo prazo da China garante a lucratividade das empresas de carvão, acrescentou Mei. As minas existentes na China a tornaram responsável por 70% das emissões globais de metano das minas de carvão de grandes minas de tamanho semelhante e, se todos os projetos propostos forem concluídos, esse número aumentará para 75%, segundo o relatório. “O aumento da nova produção contrasta fortemente com as metas de dupla neutralidade de carbono da China”, afirmou. As emissões de metano são provenientes de atividades como produção de energia, agricultura e aterros sanitários e têm vida curta na atmosfera, mas são muito mais potentes do que o dióxido de carbono como gás de efeito estufa. Elas são responsáveis por cerca de um terço do aumento das temperaturas globais desde a Revolução Industrial.”
Fonte: Reuters; 09/09/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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