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No Brasil, imposto do pecado avança, enquanto Natura (NTCO3) foca em soluções sustentáveis | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Câmara dos Deputados avança com o “imposto do pecado”, e discussões sobre seus impactos ganham escala

Na mídia. Mesmo com pressão de última hora das empresas, Câmara manteve Imposto Seletivo para produtos como carros, minerais e bebidas – O Globo, 11 de julho (link)

Nossa visão. No dia 10 de julho, a Câmara dos Deputados manteve o imposto seletivo (“imposto do pecado”) na regulamentação da Reforma Tributária – como contexto, o “imposto do pecado” é um imposto federal de fase única sobre transações envolvendo bens e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Impactando vários setores, os principais produtos sujeitos ao imposto incluem: (i) carvão e minério de ferro: tributados em 0,25%, menor do que o esperado anteriormente (1%); (ii) bebidas alcoólicas e açucaradas: alíquota específica ainda a ser definida; (iii) veículos de passageiros, incluindo veículos elétricos: as taxas variam de acordo com potência, eficiência energética, reciclabilidade do material, pegada de carbono e densidade tecnológica; e (iv) petróleo e gás: tributado em até 0,25%, também abaixo do esperado anteriormente (1%). O texto segue agora para votação no Senado em meio à repercussão negativa de empresas e associações industriais com relação aos impactos diretos e indiretos do imposto na economia.

#2. Natura capta R$ 1,3 bi em títulos verdes para ampliar seu portfólio de bioinsumos amazônicos

Na mídia. Natura capta R$ 1,3 bilhão em títulos verdes – Valor Econômico, 10 de julho (link)

Nossa visão. O mercado de títulos vinculados a metas de sustentabilidade surgiu como uma alternativa interessante para as empresas que buscam: (i) financiar projetos de sustentabilidade; e (ii) expandir e diversificar sua base de investidores, conforme mencionado na nossa nota de feedback da reunião com a S&P (link). Para 2024, o volume de emissões ESG deve crescer, podendo chegar a US$ 1 trilhão até o final do ano (+12% em relação ao ano anterior), de acordo com a Climate Bonds Initiative (CBI). Com o aumento das emissões rotuladas, vemos com bons olhos o título ESG da Natura (captando R$1,33 bilhão), que está condicionado a meta de atingir 49 bioinsumos da Amazônia em seu portfólio até 2027 (acima dos 44 atualmente). Entre as características relevantes, destacamos: (i) penalidade por não conformidade: se a empresa não atingir a meta, um prêmio será pago aos investidores; e (ii) papel dos bancos de desenvolvimento e multilaterais: a captação da Natura incluiu um aporte de R$300 milhões da Corporação Financeira Internacional (CFI) como investidor âncora, que é fundamental para aumentar a confiança do mercado e a credibilidade dos títulos. Na nossa visão, a expansão do uso de bioprodutos fortalece a gestão ambiental ao incentivar a contratação de fornecedores que praticam a agricultura sustentável. Além disso, os títulos vinculados à sustentabilidade são fundamentais para promover o cumprimento das metas de sustentabilidade, e, ao mesmo tempo, reforça o compromisso de longo prazo da Natura com a agenda ESG.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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