Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,4% e 0,7%, respectivamente.
• No Brasil, (i) técnicos do Ibama assinaram um parecer que recomenda a manutenção da decisão de não emitir a licença ambiental para a Petrobras perfurar um poço no bloco FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial – contudo, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, em ofício encaminhado à Petrobras, abriu espaço para que a estatal apresentasse esclarecimentos aos pontos levantados no parecer, antes de uma decisão final; e (ii) a Klabin atraiu um investidor que vai injetar R$ 1,8 bilhão no caixa da companhia, tornando-se sócio da empresa em terras excedentes adquiridas no projeto Caetê - o acordo foi assinado com a TIMO (Timber Investment Management Organization), um veículo de investimentos criado por investidores institucionais para investir em florestas.
• No internacional, durante a COP16 em Cali, sete países, incluindo Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido, e a Província de Quebec anunciaram US$ 163 milhões para o Fundo Global de Biodiversidade (GEF) – o investimento se soma a outros US$ 407 milhões prometidos anteriormente e tentam caminhar para preencher uma lacuna de US$ 200 bilhões anuais para a conservação e uso sustentável da natureza até 2030.
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Brasil
Empresas
BNDES aprova R$ 37,6 milhões para Geo expandir produção de biometano
"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou na segunda (28/10) a aprovação de um financiamento de R$ 37,6 milhões para a Geo bio gas&carbon ampliar a produção de biometano e biogás na unidade de Tamboara, no Paraná. Ao todo, o projeto é estimado em R$ 41 milhões. Os recursos desembolsados pela instituição de fomento incluem R$ 33,6 milhões do Fundo Clima e R$ 3,9 milhões do Finem Padrão B (destinado à aquisição de máquinas e equipamentos importados novos, sem similar nacional). O objetivo é ampliar a capacidade de produção de biometano de 70 Nm³/h para até 1.500 Nm³/h. E de biogás, de 1.750 Nm³/h para até 3.500 Nm³/h. Inaugurada em 2012, a unidade de Tamboara foi a primeira planta de produção comercial de biogás em larga escala no Brasil a processar resíduos da produção sucroenergética, como torta de filtro, vinhaça e palha. Quase todo o biogás produzido era utilizado na geração de eletricidade. Agora a intenção é direcionar o energético para a produção de biometano, um biocombustível idêntico, na molécula, ao gás natural fóssil, mas com a diferença de ser renovável e possuir atributos ambientais. unidade prevê a produção constante de biometano ao longo do ano, independente de safra e entressafra. A planta utiliza tecnologia de biodigestão anaeróbica capaz de processar torta de filtro e outros resíduos sólidos, possíveis de serem estocados sem perda de matéria orgânica, fornecendo gás de forma constante. “O incentivo à produção de biometano é uma diretriz importante do governo do presidente Lula porque tem grande impacto ambiental."
Fonte: Eixos; 29/10/2024
Parecer do Ibama recomenda manter veto ao pedido da Petrobras para explorar Foz do Amazonas
"Vinte e seis técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram um parecer no qual recomendam manter a negativa à emissão de uma licença ambiental para a Petrobras perfurar um poço no bloco FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial. Os servidores listaram questões técnicas que, na visão deles, inviabilizariam reverter a decisão anterior contra a emissão da licença. O parecer foi corroborado por instâncias superiores, porém, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, em ofício encaminhado à Petrobras, abriu espaço para que a estatal apresentasse "esclarecimentos" aos pontos levantados no parecer, antes de uma decisão final. Procurada, a estatal não respondeu até o momento. Em maio de 2023, o Ibama havia negado o pedido de licenciamento ambiental da Petrobras para a perfuração de um poço em águas profundas na Foz do Amazonas. A estatal recorreu ao próprio órgão e apresentou uma série de documentos que revisavam planos ambientais, a fim de reverter a negativa do órgão. Os principais pontos em discussão na revisão do plano envolviam o impacto de operações de apoio aéreas no Aeroporto de Oiapoque (AP) sobre comunidades indígenas e o plano de resgate de fauna em caso de vazamentos. No parecer 223/2024, ao qual o Valor teve acesso, os 26 analistas ambientais afirmam que a revisão dos planos ambientais apresentados pela Petrobras não apresenta "alternativa viável" que mitigue de forma satisfatória perda de diversidade em caso de acidente com vazamento de óleo."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
Dow e Ambipar vão explorar novos negócios com plástico reciclado
"A Dow e a Ambipar anunciaram nesta terça-feira (28) a assinatura de um memorando de entendimento para explorar, em conjunto, potenciais oportunidades de negócio com plásticos reciclados, inicialmente com foco no mercado brasileiro. A proposta é unir conhecimento e tecnologias da petroquímica, uma das maiores produtoras de resinas plásticas do mundo, à expertise da Ambipar na gestão de resíduos, em uma nova plataforma de reciclagem que tem a ambição de chegar à liderança em polietileno pós-consumo reciclado (PE PCR) no país até 2030, com 60 mil toneladas anuais — resultantes da transformação de 80 mil toneladas de resíduos. Por enquanto e no período de testes, que viabilizaram a assinatura do novo memorando, a capacidade instalada é de 2 mil toneladas de PE PCR por ano. Dow e Ambipar já haviam firmado uma parceria em reciclagem de plásticos em 2021, que se encerrava na entrega do material a ser reciclado para a Dow. Agora, as companhias buscam estruturar um novo modelo de negócio no decorrer dos próximos cinco anos. Pelo modelo proposto, caberá à Ambipar a captação dos resíduos e sua reciclagem mecânica, de forma que a Dow receberá a resina reciclada já pronta para comercialização. Além da força de vendas e de distribuição, a multinacional contribuirá com pesquisa e desenvolvimento, para assegurar que a resina reciclada possa ser aplicada em produtos de maior valor agregado. A Dow já oferece um portfólio de resinas PCR, sob a marca Revoloop. As próximas etapas compreendem o desenvolvimento do modelo financeiro da operação, baseada em reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo e considerando todos os custos do processo, até a aplicação do material reciclado em produtos de maior valor agregado."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
Cenário de mudança climática requer gestão mais ativa dos riscos, diz CNseg
"O presidente do Conselho Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, afirmou hoje em Londres, que o mercado de seguros deve registrar um crescimento de cerca de 11% no ano que vem, mesmo percentual já projetado para 2024. Ele destacou que alguns segmentos do setor, mais conectados com investimento e atividade econômica, se expandem a uma taxa de 20% ao ano. No evento Lide Brazil Conference, Oliveira ressaltou que o setor está vivendo um momento de aumento dos riscos devido aos impactos das mudanças climática. Ele citou como exemplo o Estado do Rio Grande do Sul, que teve uma perda total de R$ 100 bilhões por conta da tragédia climática. Isso resultou em 60 mil pedidos de indenização e um impacto de R$ 6 bilhões para o setor de seguros. Outro exemplo mencionado foi o do Estado do Mato Grosso, que teve queda de produção de grãos por conta da seca. “O Brasil tem a impressionante marca de menos de 10% da área plantada coberta com seguro rural. Esse novo cenário de mudança climática traz a necessidade de uma gestão mais inteligente, mais ativa dos riscos aos quais estamos submetidos enquanto atividade empresarial, enquanto atividade econômica e enquanto pessoas”, comentou. Diante do fato que os mais pobres sofrem mais com o impacto das mudanças climáticas, o presidente da CNseg defendeu novamente a criação de um seguro social de catástrofe para possibilitar o pagamento rápido de uma indenização de R$ 10 mil por família para se reorganizar diante dos desastres naturais. “Há um sistema perverso. Nós precisamos, então, criar mecanismos dentro da sociedade de redistribuir esses custos”, frisou."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
Consumidor valoriza ações de impacto social
"Empresas que investem em ações de impacto social e apoiam a resolução de problemas da população ganham mais notoriedade entre os consumidores. É o que indica o ranking Marcas Socialmente Responsáveis, elaborado pela primeira vez pela consultoria Design Bridge and Partners Brasil. A lista foi estruturada com base nos dados do brand asset valuator (BAV, ou “avaliação dos atributos da marca”), metodologia de avaliação estratégica de marcas, e analisa a percepção de imagem de organizações “purposeful” (com propósito) ou socialmente responsáveis. “Marcas como o Sebrae, que empodera [o público] pela educação; e Reclame Aqui, que promove a transparência nas relações comerciais, conquistaram a liderança no ranking, colocando o acesso à informação e a resolução de conflitos como pilares da responsabilidade social”, explica Renor Sell Júnior, líder de estratégia na Design Bridge and Partners Brasil. “Nomes do consumo e varejo que investem em inclusão financeira e logística sustentável, como Mercado Livre e Natura, também são destaques.” Na avaliação do especialista, alguns pontos-chave influenciam a percepção de responsabilidade social dos grupos. Como, por exemplo, a construção de uma narrativa simples sobre como promovem benefícios reais na vida das pessoas, exemplifica. “Além disso, são organizações que se preocupam com o bem-estar do planeta e ações de diversidade e inclusão.” Foram essas características que levaram o Sebrae ao topo do ranking Marcas Socialmente Responsáveis”. “Somente em 2023, atendemos 34 milhões de brasileiros que produzem resultados de empreendedorismo”, contabiliza Décio Lima, presidente do Sebrae. “No acumulado deste ano [até outubro], foram 36,5 milhões de atendimentos realizados.”"
Fonte: Valor Econômico; 30/10/2024
"Sob impacto de incêndios devastadores que consomem milhares de hectares de biomas em todas as latitudes de seu território há meses, o Brasil tenta atrair pesos pesados do mercado financeiro para a missão de manter florestas de pé. Quer que bilionários fundos de pensão, bancos e investidores mundo afora apliquem no Tropical Forests Forever Facility, ou TFFF, ideia que lançou na COP28, em Dubai, e que espera ver em operação a tempo da COP30, no meio da Amazônia, em novembro de 2025. Quanto mais florestas, maior o cinturão de proteção contra incêndios. É difícil encaixar a resistência das florestas no cálculo de conter o aumento da temperatura global em até 1,5o C, como acertado no Acordo de Paris. Embora os cientistas tenham sido chamados de alarmistas, eles foram conservadores. “Fizeram previsões que estão acontecendo um pouco mais rápido do que se esperava. O que a gente tem que fazer é manter a integridade da floresta. O importante aqui é entender que cerca de 50% da água que chove vem da evapotranspiração”, diz Garo Joseph Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, ao Valor. Ou seja, se não há planta, diminui o volume de água disponível para circular na atmosfera. “E aí a floresta fica mais seca. Com isso, as outras que ficarem em pé vão se tornar mais secas. Uma floresta para existir tem que ter um fluxo de chuva mínimo mensal e um mínimo anual”, afirma. O Brasil se comprometeu a 12 milhões de hectares de restauração até 2030. Embora o trabalho tenha diminuído nos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, Batmanian diz que a meta continua valendo."
Fonte: Valor Econômico; 30/10/2024
Klabin levanta R$ 1,8 bilhão atraindo sócio para terras excedentes
"A Klabin atraiu um investidor que vai injetar R$ 1,8 bilhão no caixa da companhia, tornando-se sócio da empresa em terras excedentes adquiridas no projeto Caetê. O acordo foi assinado com uma TIMO (Timber Investment Management Organization), um veículo de investimentos criado por investidores institucionais para investir em florestas. A maioria das TIMOs hoje são americanas ou europeias e, no Brasil, há apenas uma relevante: a TTG, do BTG Pactual. A Klabin não revelou o nome da TIMO que fez o investimento, mas disse que já fez outras operações com este mesmo parceiro. O acordo — que reduzirá a alavancagem da Klabin — envolve a criação de 4 SPEs que serão controladas pela empresa. A Klabin terá 57% do capital total (16% das PNs e 92% das ONs) e a TIMO, o saldo. A Klabin aportará nas SPEs 60 mil hectares de terras plantadas e 43 mil hectares de terras produtivas. A maior parte dessas terras são do projeto Caetê — a aquisição que a Klabin anunciou em dezembro passado — mas a empresa também vai aportar outras terras que já possuía. O CFO Marcos Ivo disse ao Brazil Journal que a decisão de criar 4 SPEs foi para “respeitar a vocação de cada área.” Enquanto em algumas das áreas a melhor alternativa para gerar valor é a venda da terra para agricultura, em outras o melhor retorno pode vir de replantar os terrenos. Segundo o CFO, com a transação de hoje a Klabin está executando o que prometeu na aquisição de Caetê, “mas de uma forma ainda melhor.” “Estamos entregando a monetização do excedente de maneira antecipada e mais inteligente,” disse Ivo. “Com essa operação eu já tiro quase tudo do balanço de uma vez, e vou ter um parceiro que vai ficar plantando madeira e abastecendo a gente.""
Fonte: Brazil Journal; 30/10/2024
Política
RenovaBio: relator apresenta nova proposta para divisão de CBIOS com plantadores de cana
"Relator do PL 3149/2020 na Comissão de Minas e Energia da Câmara, o deputado Benes Leocádio (UNIÃO/RN) apresentou, nesta terça (29/10), um parecer preliminar sobre a divisão dos créditos de descarbonização (CBIOs) do RenovaBio, entre produtores de etanol e fornecedores de matéria-prima. O substitutivo prevê que o produtor de cana-de-açúcar destinada à produção de biocombustível tenha direito a uma participação de, no mínimo, 60% das receitas com a comercialização de CBIOs referentes ao volume de etanol derivado da sua matéria prima. Esse percentual vale para quem fornece dados padrão. Já aqueles que conseguem apresentar informações mais detalhadas sobre a origem da matéria-prima (perfil específico), o que costuma garantir uma nota de eficiência energético-ambiental maior e, consequentemente, mais créditos, poderão receber 85% da receita adicional da venda de CBIOs, além do piso de 60%.Essa receita adicional deve ser calculada a partir da diferença entre a receita oriunda da comercialização dos CBIOs gerados com a nota de eficiência energético-ambiental utilizando o perfil específico agrícola e aquela que seria obtida com a nota de eficiência energético-ambiental utilizando o perfil padrão. A proposta acolhe um acordo costurado em maio de 2024 pela Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia) com fornecedores de cana representados pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan PB) e Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP)."
Fonte: Eixos; 29/10/2024
Brasil estuda adesão a regras internacionais de reciclagem ambientalmente adequada de navios
"A Marinha do Brasil encaminhou ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) a proposta de adesão do país à Convenção Internacional de Hong Kong para a Reciclagem Segura e Ambientalmente Adequada de Navios, da Organização Marítima Internacional (IMO, da sigla em inglês). As normas devem entrar em vigor em junho de 2025, com medidas para prevenir e minimizar os riscos ambientais, de saúde ocupacional e de segurança, relacionados à reciclagem de navios. Também devem considerar as características específicas do transporte marítimo e a necessidade de assegurar, ao final de suas vidas úteis, a retirada adequada do ambiente. A Marinha coordena a Comissão para os Assuntos da IMO (CCA-IMO), colegiado interministerial formado por representantes de 14 órgãos da administração pública federal. O documento enviado ao MRE busca a adaptação da frota nacional para cumprir a Convenção. Após receber os pareceres dos ministérios que compõem o colegiado, será remetido pela Casa Civil ao Congresso Nacional, para discussão e votação. De acordo com informações da Marinha, uma vez que a Convenção entre em vigor internacionalmente e o Brasil finalize os processos de adesão junto à IMO e de internalização no arcabouço legal nacional, será preciso enfrentar alguns desafios na fase de implementação. “Assim sendo, a Autoridade Marítima Brasileira realizará a normatização das ações, em sua área de competência, devendo ocorrer o mesmo no âmbito das demais autoridades envolvidas. Caso pertinente, poderá ocorrer a busca por apoio técnico e treinamento no âmbito da IMO, a qual conta com um extenso programa de cooperação técnica”, explica em nota."
Fonte: Eixos; 29/10/2024
Sugestão do grupo de trabalho da CAE tira petróleo e põe plástico no imposto seletivo
"O grupo de trabalho da Comissão de Assuntos Econômicos (GT/CAE) do Senado sobre a regulamentação da reforma tributária compilou sugestões de alteração do projeto de lei complementar nº68 (PLP 68), dentre as quais a inclusão dos plásticos de uso único no imposto seletivo (IS) e retirada do petróleo e gás natural do IS. Apenas o carvão mineral usado em térmicas foi mantido. O documento, apresentado pelo senador Izalci Lucas (PL/DF) nesta terça (29/10), traz o balanço das discussões junto a entidades de diversos setores e propostas de alterações. As sugestões serão entregues ao senador Eduardo Braga (MDB/AM), relator do projeto, responsável pelo relatório final do PLP, que conta com mais de 1.400 emendas. A sugestão do GT/CAE acolhe 18 emendas sobre a exclusão de produtos do IS, dentre elas a de nº 245, de autoria do senador Laércio Oliveira (PP/SE), que justificou a proposição com o fato de o setor de petróleo e gás natural já possuir royalties e participações especiais como instrumentos arrecadatórios para reparar danos ambientais e socioeconômicos pela potencial prejudicialidade da atividade de exploração e produção fazendo com que o imposto seletivo gere “bitributação” do setor. O texto sugere, também, a inclusão imediata do etanol hidratado no regime monofásico de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A inclusão, conforme o relatório, representa maior eficiência tributária ao centralizar a arrecadação em uma única etapa, otimizando a fiscalização e reduzindo a sonegação e práticas ilegais. No PLP aprovado pela Câmara dos Deputados, o início da monofasia estava definido para 2033."
Fonte: Eixos; 29/10/2024
Internacional
Empresas
"O governo do Reino do Marrocos firmou um pré-contrato de reserva de terras com o consórcio liderado pela TE H2 (joint venture entre a TotalEnergies e o grupo Eren) e as empresas dinamarquesas Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) e A.P. Møller Capital, para o desenvolvimento do projeto Chbika. A assinatura ocorreu na presença do Rei Mohammed VI do Marrocos e do presidente da França, Emmanuel Macron. O projeto, que será realizado na costa atlântica na região de Guelmim-Oued Noun, tem como objetivo a construção de um complexo de energia renovável com capacidade de 1 GW de fontes solar e eólica. A produção de hidrogênio verde será por meio da eletrólise da água do mar dessalinizada, e terá capacidade de 200 mil toneladas anuais de amônia verde, que serão destinadas ao mercado europeu. Este será apenas o início de um programa de expansão, que prevê estabelecer o Marrocos como um hub mundial de hidrogênio verde, incluindo uma possível conexão via gasodutos com a Espanha. Nos próximos meses, o consórcio dará início aos estudos de pré-viabilidade (pré-FEED). O presidente e CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, disse que o projeto integra a estratégia global da empresa, que visa investir em países com grande potencial de recursos renováveis. “Graças à sua proximidade geográfica e à qualidade de seus recursos solares e eólicos, o Marrocos possui os melhores ativos para se tornar um parceiro fundamental da Europa nas metas do Green Deal. A TotalEnergies pretende contribuir com essa ambição”, disse o CEO."
Fonte: Eixos; 29/10/2024
Hyundai investirá em elétricos independentemente da eleição nos EUA, diz CEO
"Chang Jae-hoon, executivo-chefe (CEO) da Hyundai, disse que a empresa sul-coreana continuará a entregar veículos elétricos competitivos para clientes dos Estados Unidos, mesmo sem subsídios do governo, seja quem for o novo presidente eleito em 5 de novembro. As empresas sul-coreanas estão enfrentando incertezas sobre seu ambiente de negócios nos Estados Unidos após a eleição presidencial, principalmente devido à Lei de Redução da Inflação (IRA) do governo do presidente Joe Biden, que atraiu bilhões de dólares em investimentos de empresas coreanas, incluindo a Hyundai. Enquanto a candidata democrata e vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, apoia o programa IRA, o candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu revertê-lo. "Quem quer que vença, estamos preparados para qualquer cenário. Devemos ter nossa própria competitividade eventualmente, não dependendo de subsídios", disse Chang, em entrevista ao “Nikkei Asia” na segunda-feira em Tóquio, à margem do Global Management Dialogue, um fórum organizado pelo “Nikkei Asia” e pela escola de negócios suíça IMD. "Os subsídios são temporários de qualquer maneira", disse ele. O governo Biden paga até US$ 7.500 em subsídios aos compradores de veículos elétricos produzidos em solo americano sob o IRA, levando a Hyundai e outras montadoras a estabelecer instalações de produção no país. Chang disse que a Hyundai fabricará seus veículos elétricos com baterias mais eficientes, aumentando sua densidade com materiais de melhor desempenho, incluindo alto níquel."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
Política
Em carta a Lula e Petro, lideranças pedem ‘ano de ação’ por clima e natureza
"Nomes já conhecidos na sustentabilidade, um grupo com mais de 70 lideranças de diferentes esferas da sociedade publicaram uma carta aberta endereçada ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, com um apelo para que os líderes trabalhem em conjunto pelo “ano de ação pelo clima, natureza e transformação alimentar”. “Como anfitriões da COP16 [da Biodiversidade] e da COP30 [do Clima], Colômbia e Brasil podem criar uma Parceria Latino-Americana que mostre ao mundo a conexão entre o clima e a natureza”, traz o texto. Também há um pedido para que os esforços para proteção da natureza estejam alinhados com a açãoclimática, e que considerem “a urgente transformação dos sistemas alimentares” nos avanços para um futuro mais sustentável Entre os signatários, estão Paul Polman, ex-CEO da Unilever, Christiana Figueres, uma das principais arquitetas do Acordo de Paris, o vice-presidente de ação climática da Salesforce, Tim Christophersen, e o ex-chefe do fundo de pensões estatal do Japão, o GPIF, Hiromichi Mizuno. Empresas como Unilever, Ajinomoto, Danone e Nestlé apoiaram institucionalmente. Do Brasil, destacam-se o CEO da Natura, João Paulo Ferreira, a fundadora do Instituto Talanoa e colunista do Reset, Natalie Unterstell, o cientista professor Carlos Nobre, a liderança indígena Cristiane Julião Pankararu, e representações da sociedade civil, como a Coalizão Brasil Clima Floresta Agricultura e o SOS Mata Atlântica. O documento chega em um momento crítico para essa discussão, enquanto quase 200 países negociam a implementação do Marco Global da Biodiversidade e se preparam para apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) do clima atualizadas."
Fonte: Capital Reset; 29/10/2024
COP16: sete países anunciam US$ 163 milhões para Fundo Global de Biodiversidade
"Embora ainda distante do que é necessário para apoiar as metas estabelecidas para proteção da biodiversidade, o dia temático de financiamento na COP16 em Cali, na Colômbia, foi marcado por um avanço: sete países anunciaram US$ 163 milhões para o Fundo Global de Biodiversidade (GEF). São eles: Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido e a primeira contribuição subnacional, vinda da Província de Quebec. O investimento se soma a outros US$ 407 milhões prometidos anteriormente e tentam caminhar para preencher uma lacuna de US$ 200 bilhões anuais para a conservação e uso sustentável da natureza até 2030. Entre as metas específicas do Marco Global da Biodiversidade (GBF) firmado na COP15 em Montreal, também está o financiamento de US$ 20 bilhões anuais para nações em desenvolvimento até 2025, e que sobe para US$ 30 bilhões até 2030. O GEF, estabelecido em 2022, teve inicialmente o apoio de Canadá, Japão, Luxemburgo e Espanha. "As contribuições dos países desenvolvidos são bem-vindas e demonstram uma disposição crescente para financiar a proteção da biodiversidade. No entanto, o desafio que temos pela frente exige uma escala muito maior de investimentos e uma vontade política mais assertiva", disse Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-Brasil. Para além das promessas, o especialista defende ser fundamental uma definição de mecanismos inovadores e efetivos para mobilizar os US$ 200 bilhões anuais estabelecidos pelo marco até 2030. Ás vésperas da COP29 em Baku e há dois meses para fechar o ano, o momento "é um prazo que se espera para que os países desenvolvidos entreguem os US$ 20 bilhões anuais", reteira Michel."
Fonte: Exame; 29/10/2024
"Na terça-feira, a Colômbia lançou uma coalizão com outros 20 países nas negociações sobre biodiversidade da COP16 da ONU, buscando fazer “paz com a natureza”, já que os líderes alertaram que a rápida destruição do meio ambiente pode colocar em risco a própria extinção da humanidade. A cúpula de quase 200 países, que está sendo realizada na cidade de Cali, com suas montanhas, tem a tarefa de descobrir como interromper o declínio da natureza até 2030, à medida que os seres humanos promovem a perda de habitat, as mudanças climáticas, a poluição e outras atividades que destroem a biodiversidade. A coalizão inclui países de quatro continentes, incluindo México, Suécia, Uganda e Chile, mas nenhum da Ásia-Pacífico. A coalizão está aberta a países que concordam com um conjunto de princípios que visam mudar o relacionamento da humanidade com a natureza, para viver em harmonia com o meio ambiente. Isso inclui a mobilização de dinheiro para a conservação e o desenvolvimento sustentável, a cooperação internacional e a mobilização de toda a sociedade para a preservação da natureza. Na abertura da reunião da COP16 na terça-feira, com seis presidentes e mais de 100 ministros, os líderes alertaram que, ao destruir a natureza, a humanidade está matando a si mesma. “Estamos começando a era da extinção humana. Acho que não estou exagerando”, disse o presidente colombiano Gustavo Petro. Petro disse que o mundo não pode esperar que seja lucrativo salvar a natureza e que o mercado não salvará os seres humanos, acrescentando que o valor da vida deve ser colocado acima do dinheiro."
Fonte: Reuters; 29/10/2024
Presidente da Colômbia propõe pacto das Américas na COP 16
"O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sugeriu um pacto nas Américas como base para ampliar a democracia, investir em energias limpas, evitar o êxodo de latino-americanos, mudar modos de produção e consumo e ter uma resposta regional para a crise do clima. Petro falou durante 30 minutos ao abrir o segmento político da Conferência de Biodiversidade em Cáli, na Colômbia, a COP 16. Brilhou sozinho, em um palco sem o presidente Lula, que não pode vir por motivos de saúde. “Temos que ter um pacto nas Américas que solucione a imigração. Se nestas terras não existisse fome, nenhum latino-americano sairia para o deserto”, disse. “Um pacto das Américas implica um pacto dos povos”, seguiu, para depois mencionar um tema que considera essencial: “Porque não trocamos dívida por clima?”. Petro reclamou da falta de ação global diante do que considera o principal problema da humanidade: “Estamos começando o tempo da extinção humana e não estou dizendo algo exagerado”. “Aqui está a capital da biodiversidade do mundo”, disse, referindo-se a Cáli, refutando a ideia de que é simplesmente uma cidade violenta, dominada pelo narcotráfico, ou a “capital da salsa”. Lembrou que a Colômbia é o segundo país mais biodiverso do mundo, depois do Brasil, “mas o mais biodiverso por quilômetro quadrado”. O presidente colombiano chama o cenário político mundial de “barbárie imensa de um ano 1933 global”. Explicou: “1933 é o ano em que Hitler chegou ao poder na Alemanha. Mas já não é na Alemanha, ou em Berlim, é em todo o planeta”. E arrematou: “As expressões políticas são expressões da crise climática”."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
BID aprova mais de US$ 2 bilhões em financiamento à natureza em 2023
"O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o BID Invest aprovaram juntos mais de US$ 2 bilhões em financiamento para a natureza em 2023, o que representa 13% do total aprovado. É a primeira vez que as duas instituições monitoram o financiamento para a natureza, um passo crucial para apoiar as metas e os 23 objetivos do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal adotados há dois anos. O anúncio foi feito nesta terça-feira, na Conferência de Biodiversidade das Nações Unidas, a COP 16, que acontece em Cáli, na Colômbia, pelo vice-presidente executivo do BID Jordan Schwartz, durante a plenária de alto nível. “Conservar e restaurar a biodiversidade é um dos desafios de desenvolvimento mais importantes de nossa era, agora que a crise climática e a perda de biodiversidade estão interligadas”, disse o vice-presidente executivo. Do total, US$ 1,33 bilhão foi destinado ao setor público e US$ 765 milhões ao setor privado em países da América Latina e Caribe. Os recursos foram destinados a ações para conservar e restaurar a biodiversidade além do monitoramento e prestação de contas dos financiamentos para a natureza. A meta 19 do Acordo Global prevê a mobilização, de todas as fontes, de US$ 200 bilhões ao ano para a biodiversidade."
Fonte: Valor Econômico; 29/10/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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