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Gol (GOLL4) e Vibra (VBBR3) fazem acordo para compensar emissões de CO2 através do SAF | Café com ESG, 19/06

Primeiro acordo da América Latina "book-and-claim" para compensar emissões;

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,41% e 0,20%, respectivamente.

• Do lado das empresas brasileiras, (i) a Gol e a Vibra concluíram o primeiro acordo “book-and-claim” da América Latina para compensar emissões de carbono por meio da compra de créditos provenientes do uso do combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) – segundo os executivos, o sistema deve ajudar a reduzir a pegada de carbono da companhia aérea enquanto a oferta de SAF ainda não está amplamente disponível; e (ii) com uma série de inovações que combinam tecnologia e sustentabilidade, a conclusão do Projeto Puma II, maior investimento da história da Klabin, representa um dos maiores avanços na agenda ESG da companhia em 2023 – segundo Cristiano Teixeira, CEO, a planta de gaseificação de biomassa permitiu a substituição do consumo de óleo combustível fóssil em um dos fornos de cal da fábrica pelo Syngas, um gás de síntese produzido a partir da biomassa, contribuindo para a redução de mais de 67.000 toneladas de CO2 equivalente por ano. 

• No World Agritech South Summit, o maior evento sobre inovação no agronegócio da América do Sul, que começou ontem, a Minerva pediu o fim do monopólio da informação para garantir a rastreabilidade – segundo Edison Ticle (CFO), os desafios enfrentados pelos frigoríficos brasileiros em fazer a rastreabilidade total da cadeia da pecuária são claros e podem ser em parte mitigados caso o governo compartilhe mais informações com o setor.

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Brasil

Empresas

Mineradoras precisam acelerar investimentos para atender demanda de transição energética, diz ICMM

“A transição energética vai exigir um aumento significativo na produção de minerais críticos, como cobre, níquel e lítio, usados em projetos de geração de energia fotovoltaica, eólica, em motores de veículos elétricos, entre outros. Nesse cenário, as mineradoras precisarão acelerar investimentos que englobem aumento de produção e respeito à biodiversidade. E, para que esses projetos deslanchem, os governos precisam dar celeridade à avaliação e liberação de lavras de exploração mineral. A avaliação é do presidente e CEO do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), Rohitesh Dhawan, que está em visita ao Brasil. Até 2030, o investimento necessário para satisfazer a procura pelos minerais e metais necessários para a transição energética global será de US$ 360 bilhões a US$ 450 bilhões, segundo o ICMM. “Não é apenas uma questão de dinheiro, tem mais a ver com aumentar a velocidade na emissão das licenças de mineração, reduzir a burocracia em torno do licenciamento, sem reduzir o padrão de exigência de mineração responsável”, afirmou o executivo, em entrevista ao Valor. No mundo, observou Dhawan, 127 novas minas começaram a ser exploradas nos últimos 20 anos. Em média, as mineradoras demoraram em torno de 16 anos desde a descoberta de minério no local até obter as licenças para começar a extração. “É um prazo muito longo para atender às necessidades de transição energética. Os governos são os principais intervenientes para nos ajudar a mudar isso”, disse Dhawan. O executivo considera que os governos despertaram nos últimos cinco anos para a necessidade de acelerar o passo, para fazer a transição energética.”

Fonte: Valor Econômico; 18/06/2024

Petrobras assina protocolo de intenções com o governo do Rio para estudos sobre eólica offshore

“A Petrobras assinou, nesta terça-feira (18/6), Protocolo de Intenções com o Governo do Estado do Rio de Janeiro para a realização de estudos conjuntos para avaliar viabilidade de implantação de um projeto piloto de energia eólica offshore. O acordo prevê o estabelecimento de mecanismos de cooperação, com o alinhamento do projeto aos programas e políticas estaduais e fomento de ações de melhoria da região onde o piloto será implementado. “A Petrobras tem um histórico de utilização intensa de tecnologia para a viabilização de grandes projetos em ambiente marítimo e a execução de projetos piloto é uma das ferramentas de aquisição dos conhecimentos necessários, em conjunto à iniciativa da maior campanha de mapeamento eólico offshore no Brasil”, lembrou o diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim. De acordo com a empresa, a construção de um projeto piloto de geração eólica no mar do Rio possibilitará o teste e qualificação de novas tecnologias. Isto contribuirá para a definição de elementos de aumento de competitividade e dos principais desafios a serem superados para o desenvolvimento de futuros projetos em escala comercial. Serão avaliados diversos aspectos da geração eólica offshore, de modo a identificar gargalos e desafios técnicos, considerando as particularidades da região, que tem forte potencial de geração offshore. O projeto também apresenta potencial para integração com a descarbonização das atividades de E&P da Petrobras. A empresa já vem realizando, desde 2020, uma campanha de medição de potencial eólico com a tecnologia Lidar (Light Detection and Ranging) na Plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1), na Bacia de Campos.”

Fonte: Epbr; 18/06/2024

Gol e Vibra, do Brasil, concluem o primeiro “book-and-claim” de SAF na América Latina

“A companhia aérea brasileira Gol e a distribuidora de combustível Vibra concluíram o primeiro acordo “book-and-claim” para compensar as emissões de carbono por meio de combustível de aviação sustentável (SAF) na América Latina, disseram executivos de ambas as empresas à Reuters. O sistema “book-and-claim” permite que as companhias aéreas compensem as emissões por meio da compra de créditos provenientes do uso de SAF por outras companhias aéreas, e é visto como uma forma de ajudá-las a reduzir suas pegadas de carbono enquanto o SAF ainda não está amplamente disponível. O setor de aviação tem a meta de atingir emissões líquidas zero de carbono até 2050 e, embora se espere que o SAF seja responsável por 64% desses esforços, atualmente ele representa apenas 0,2% do uso global de combustível de aviação. O acordo entre a Gol e a Vibra foi resultado de um projeto piloto para analisar como o “book-and-claim” funcionaria no Brasil, onde as companhias aéreas ainda não são obrigadas a usar SAF ou a reduzir as emissões – algo que deverá acontecer somente a partir de 2027. A transação foi de pequeno porte, na qual a Vibra forneceu combustível de aviação tradicional para a Gol, cujas emissões de 180 toneladas métricas de CO2 foram então compensadas pelo uso de 50 toneladas de SAF à base de óleo de cozinha usado fornecido pela SkyNRG para o Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã. A aeronave abastecida com esse SAF não utilizou os créditos de carbono originários, que, por sua vez, foram vendidos à Gol. “A ideia era entender como funciona todo o processo”, disse o diretor do Centro de Controle de Operações da Gol, Eduardo Calderon, observando que o equivalente às emissões de 10 voos entre o Rio de Janeiro e São Paulo foi compensado.”

Fonte: Reuters; 18/06/2024

Empresas que estabelecem planos de transição climática aumentam 44% em 2023, mostra pesquisa

“O número de empresas que afirmam ter um plano de transição climática alinhado com a meta mais ambiciosa do mundo aumentou quase pela metade, mas muitas não fornecem aos investidores informações suficientes para verificar as afirmações, de acordo com o rastreador de dados sem fins lucrativos CDP. Uma em cada quatro empresas que forneceram dados à única plataforma independente de divulgação ambiental do mundo, ou 5.906 no total, afirmou ter um plano alinhado com a limitação do aquecimento global em 1,5 grau Celsius acima da média pré-industrial. Fazer isso é fundamental para evitar os piores impactos da mudança climática, mas as Nações Unidas disseram em dezembro que o mundo estava no caminho certo para registrar um aumento de temperatura de 2,9 graus Celsius. Os órgãos reguladores dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros países estão tornando cada vez mais obrigatória a divulgação de informações pelas empresas, mas em muitos países ela continua sendo voluntária, e as ações de alguns conselhos de administração estão ultrapassando as mudanças dos formuladores de políticas. Para ajudar os investidores a monitorar a qualidade dos planos, o CDP selecionou 21 indicadores que, segundo ele, uma empresa deve procurar fornecer, como dados de emissões de toda a sua cadeia de suprimentos, clareza sobre qualquer garantia fornecida e o grau de supervisão do conselho. Das empresas que reivindicaram um plano de transição alinhado a 1,5 graus Celsius, 39% divulgaram informações sobre pelo menos dois terços das métricas-alvo do CDP, mas apenas 1% das empresas, cerca de 140, forneceram informações sobre todas as métricas.”

Fonte: Reuters; 18/06/2024

Palmeiras de dendê geram renda e protegem a floresta em iniciativa no Pará

“A renda de parte dos agricultores da comunidade de Vila Jutaí, no município paraense de Moju, vem de culturas como mandioca, pimenta-do-reino, cacau e açaí. Durante muito tempo, foi comum no plantio o uso do método de derruba e queima, que degrada rapidamente o solo e emite carbono. Esse não é o único problema. “Apesar de plantar e colher várias culturas, às vezes a gente não consegue vender porque não tem quem compre”, conta o agricultor Raimundo Nonato Pompeu (na foto acima). Agora, ele tem uma expectativa mais animadora. Pompeu faz parte de um grupo de 17 famílias que começou a plantar 227 hectares de mudas de palmeira de dendê em 2023. A expectativa é ter uma renda estável com esse esforço a partir de 2026, quando as árvores passam a produzir os cachos de frutos dos quais são extraídos os óleos. “É um investimento alto, mas dá segurança”, diz o agricultor. Implementar a cultura da palma pode custar R$ 19 mil por hectare e fazer as mudas vingarem exige trabalho árduo. Mas os frutos têm comprador garantido: a Agropalma, maior produtora sustentável de óleo de palma do Brasil e das Américas. A empresa encabeça o projeto de produção responsável de dendê, do qual também participam a Prefeitura de Moju e a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, vinculada ao Ministério da Agricultura). Os produtores rurais da região não precisam – e nem devem – abandonar seus outros cultivos. Nas entrelinhas, espaço entre uma fileira e outra de árvores, podem plantar as culturas tradicionais: cacau, pimenta-do-reino e mandioca. Já o açaí é extraído de árvores que crescem nas bordas das propriedades, próximas a cursos de água.”

Fonte: Capital Reset; 18/06/2024

Minerva pede fim de “monopólio da informação”para garantir rastreabilidade

“Maior evento sobre inovação no agronegócio da América do Sul, o World Agritech South America Summit começou nesta terça-feira, 18 de junho, em São Paulo, com um posicionamento inédito de uma das maiores companhias do país na área de produção de alimentos. Coube a Edison Ticle, CFO da Minerva Foods, deixar uma mensagem clara sobre as dificuldades dos frigoríficos brasileiros em fazer a rastreabilidade total da cadeia da pecuária, uma exigência que tem sido cada vez mais forte sobre o setor. Ao falar no painel de abertura do evento, que tinha como tema o papel do Brasil na sustentabilidade global – em que subiu ao palco ao lado de Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Fabiana Alves, CEO do Rabobank no Brasil, Marcio Santos, CEO da Bayer e Michel Roy, novo CEO da LDC no País –, ele afirmou que seria possível cumprir o objetivo de ter 100% do rebanho rastreado caso o governo contribuísse compartilhando informações com o setor. Segundo Ticle, a Minerva tem uma meta clara para os próximos anos: 80% de todo gado comprado pela empresa, seja pelos fornecedores diretos ou indiretos, será completamente rastreado. Os 100% seriam possíveis, na visão de Ticle, se não fossem a falta de incentivos econômicos para o setor e a burocracia estatal. Ele cita particularmente o fato de o Mapa possuir o que chamou de “monopólio da informação” das GTAs (Guia de Trânsito Animal), documento oficial e de emissão obrigatória para o trânsito interdistrital einterestadual de animais para qualquer finalidade.”

Fonte: AGFeed; 18/06/2024

Prêmio para a soja de baixo carbono? Bayer e Louis Dreyfus têm opiniões diferentes

“As grandes empresas do agronegócio têm multiplicado esforços para provar ao mercado internacional que estão comprometidas com a busca de uma agricultura de menor impacto ambiental, que ajude a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Algumas delas participaram nesta terça-feira do primeiro painel do World Agri-TechSouth America Summit, na capital paulista, um dos principais eventos do ano quando atarefa é aproximar multinacionais, agtechs e investidores. Executivos das empresas Bayer, Louis Dreyfus (LDC), Rabobank e Minerva Foods defenderam ações conjuntas para que o Brasil siga avançando em práticas sustentáveis e na comunicação do que já está sendo feito. O painel teve a moderação da secretária de inovação e sustentabilidade do Ministério da Agricultura, Renata Miranda. Após o debate, o AgFeed conversou com dois dos CEOs sobre os desafios para que o Brasil avance na descarbonização do planeta, atendendo exigências internacionais, com mudanças nas práticas agrícolas. “Acredito que estamos no ritmo correto”, avaliou o CEO da Bayer no Brasil, Marcio Santos. O executivo disse estar otimista com a contribuição que a agricultura pode darneste processo.“Primeiro porque já temos técnicas de manejo extremamente sustentáveis e segundoporque a tecnologia permite que se use recursos hoje, que não se imaginava há 10 anos”,afirmou. Na visão de Santos, Imagens de satélite e blockchain, por exemplo, serão aladas para permitir a rastreabilidade dos produtos agrícolas. Já o novo CEO da Louis Dreyfus no Brasil, Michel Roy, que assumiu na semana passada o cargo de “Head para o Norte da América Latina”, substituindo Murilo Parada, mostrou menos otimismo.”

Fonte: AGFeed; 18/06/2024

Klabin evita emissão de 67 mil toneladas de CO2 por ano com novo projeto

“Com uma série de inovações que combinam tecnologia e sustentabilidade, a conclusão do Projeto Puma II, maior investimento da história da Klabin, em Ortigueira, Paraná, com o início da startup da Máquina de Papel 28, representa um dos maiores avanços na agenda ESG da Klabin em 2023. Como explica Cristiano Teixeira, diretor-geral da companhia, a unidade fabril foi totalmente idealizada para ser referência mundial em sustentabilidade e tecnologia. Desde a fase de planejamento, o projeto é alinhado aos princípios da indústria 4.0. Graças ao projeto, as ações implementadas no Puma II permitem aproveitar com inteligência os subprodutos gerados ao longo da cadeia produtiva, o que os torna economicamente viáveis e com destinação responsável. A planta de gaseificação de biomassa, por exemplo, permitiu a substituição do consumo de óleo combustível fóssil em um dos fornos de cal da fábrica pelo Syngas, um gás de síntese produzido a partir da biomassa. Com isso, houve a redução de mais de 67.000 toneladas de CO2 equivalente por ano. Hoje, 98% dos resíduos gerados na operação do Puma II não vão parar em aterros, mas têm como destino algum tipo de reaproveitamento, segundo o conceito da economia circular. Outra inovação do novo complexo paranaense é a planta de sulfato de potássio, que, por meio do tratamento de cinzas geradas na caldeira de recuperação, obtém a substância, empregada na formulação de fertilizantes. “Esse é um processo inédito no mercado, que torna a Klabin autossuficiente no insumo”, diz o diretor-geral. A operação da planta de ácido sulfúrico, que processa resíduos industriais para produzir o insumo, é outro exemplo de reaproveitamento de resíduos e é responsável por tornar a Unidade Puma autossuficiente. A unidade conta ainda com uma iniciativa que usa o óleo gerado das resinas extraídas após o cozimento de pinus, o tall oil, como biocombustível nos fornos de cal. Hoje, segundo a Klabin, a unidade tem 96% de combustíveis renováveis em sua matriz energética.”

Fonte: Exame; 18/06/2024

Raízen reutiliza cana-de-açúcar e economiza 2 bilhões de litros de água

“Na safra 2023/2024, a Raízen economizou 2 bilhões de litros de água, equivalentes a 871 piscinas olímpicas, por meio do programa ReduZa, que reutiliza água da cana-de-açúcar. Em maio, a empresa inaugurou sua segunda usina de etanol de segunda geração, produzindo 82 milhões de litros por ano. A produtividade cresce 50%, com pegada de carbono 80% menor que a da gasolina e 30% menor que a do etanol de primeira geração. A vice-presidente de Sustentabilidade e Estratégia, Paula Kovarsky, destaca o compromisso da Raízen com a transição energética. Em 2024, a empresa planeja usar inovações para avançar em combustíveis sustentáveis para aviação e transporte marítimo, em parceria com a Wärtsilä. “

Fonte: Exame; 18/06/2024

Gerdau: 71% do aço é produzido a partir de sucata reciclada

“A Gerdau continua como maior recicladora de sucata na América Latina. Para cada tonelada de sucata reciclada, evita-se a emissão de 1,5 tonelada de CO₂e. A siderúrgica recicla aproximadamente 11 milhões de toneladas por ano e consegue produzir 71% de seu aço partindo desse material. O desempenho dá à empresa uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,86 tonelada de CO₂e por tonelada de aço, o que representa cerca de metade da média global do setor, de 1,91 tonelada de CO₂e por tonelada de aço (worldsteel). Paralelamente, a Gerdau avança no programa de redução de emissões de gases de efeito estufa. Por exemplo, com o uso de biomassa em substituição ao carvão de origem mineral.”

Fonte: Exame; 18/06/2024

Política

Senado adia votação do marco do hidrogênio verde para quarta-feira

“O Senado adiou para esta quarta-feira (19) a votação do projeto de lei que estabelece o marco legal para a exploração de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. A iniciativa partiu do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que argumentou que foram apresentadas 20 novas emendas. Pacheco chegou a sugerir que a matéria retornasse à comissão especial, mas após críticas do relator da matéria, Otto Alencar (PSD-BA), da falta de participação dos colegas no colegiado, decidiu pela votação do projeto nesta quarta-feira. “Lamentavelmente, nas reuniões [da comissão], participamos eu e o senador Cid Gomes (PSB-CE). Foi exaustivamente debatido, pediram vistas na comissão e agora foi encaminhado ao plenário do Senado”, disse. “Eu entendo que voltar essa matéria para a comissão seja desnecessário. Será que os senadores que não foram debater o tema por várias oportunidades, aqui e fora daqui, vão agora querer debater o tema na comissão? Me parece que não”, acrescentou o relator. hidrogênio verde é produzido através da eletrólise da água, um processo que utiliza eletricidade para dividir a água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) a partir de uma fonte energia limpa. O marco legal do hidrogênio verde é parte da “agenda verde” para incentivar a descarbonização da matriz energética do País. O estabelecimento de um marco legal do hidrogênio verde é considerado importante na atração de investimentos externos para o País. Segundo o relator, o Brasil terá uma produção do hidrogênio de baixa emissão de um milhão de toneladas em dois anos.”

Fonte: Valor Econômico; 18/06/2024

Balanço Energético Nacional destaca crescimento da oferta de energia na matriz brasileira e aumento da renovabilidade

“O total de energia disponibilizada no Brasil cresceu 3,6% em 2023 em relação ao ano anterior, aponta o Balanço Energético Nacional (BEN) 2024. O documento, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com Ministério de Minas e Energia (MME), foi divulgado nesta terça-feira (18/06). Segundo a publicação, a participação de renováveis na matriz elétrica aumentou para 89,2% e foi marcada pela manutenção da oferta de energia hidráulica, crescimento da geração eólica e solar fotovoltaica e redução da geração por gás natural e derivados de petróleo. O documento aponta também que o aumento expressivo da oferta de biomassa, e das fontes eólica e solar, contribuíram para que a matriz energética brasileira aumentasse sua renovabilidade para 49,1%. O percentual é muito superior ao observado no resto do mundo, em torno de 14,7%. No consumo final, foi destaque o crescimento do consumo de biodiesel no país em quase 20%, oriundo do aumento da mistura obrigatória do biodiesel no diesel fóssil a partir de abril de 2023. O consumo de eletricidade também se destacou por crescer 5,2% puxado principalmente pelo setor Residencial que cresceu 14,1 TWh (+9,1%). O Balanço Energético Nacional divulga, anualmente, uma extensa pesquisa e a contabilidade de dados relativos à oferta e consumo de energia no Brasil, levantados pela EPE. O relatório contempla as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia. Até o fim desta semana, o Ministério de Minas Energia divulgará uma série de matérias detalhando os principais destaques do BEN 2024 em relação aos setores de energia elétrica, planejamento energético, petróleo, gás natural e biocombustíveis.”

Fonte: Gov.br; 18/06/2024

Internacional

Empresas

A UE esboça um plano para isentar os voos de longa distância das novas regras de emissões

“A Comissão Europeia elaborou planos para isentar inicialmente os voos de longa distância das regras de monitoramento de suas emissões que não sejam de CO2, depois que as companhias aéreas internacionais fizeram lobby para que fossem excluídas, segundo documentos vistos pela Reuters. A UE está desenvolvendo planos para exigir que as companhias aéreas monitorem e relatem sua contribuição para a mudança climática a partir de janeiro de 2025 – não apenas de dióxido de carbono, mas também de fuligem, óxidos de nitrogênio e vapor de água. As emissões de gases que não sejam CO2 das companhias aéreas contribuem para o aquecimento global pelo menos tanto quanto sua produção de CO2, de acordo com a autoridade de segurança da aviação da UE. Um esboço da proposta da Comissão para as novas regras, visto pela Reuters, excluiria os voos internacionais – definidos pela UE como aqueles que partem ou aterrissam na Europa de destinos não europeus – das regras de divulgação de emissões por dois anos, limitando-as até 2027 a apenas voos dentro da Europa. “Essa comunicação só será exigida em relação a rotas que envolvam dois aeródromos localizados no Espaço Econômico Europeu”, disse, acrescentando que os voos do EEE para a Suíça ou a Grã-Bretanha também seriam cobertos. Não foi apresentada uma justificativa para a exclusão. A isenção reflete as regras atuais da UE que exigem que as companhias aéreas divulguem e paguem taxas por suas emissões de CO2 produzidas em voos somente dentro da Europa, embora essas regras devam ser reavaliadas em 2026. As novas regras propostas dividiram o setor. O grupo de lobby da Associação Internacional de Transporte Aéreo tem buscado uma isenção para voos de longa distância, enquanto as transportadoras europeias de baixo custo Ryanair, easyJet e Wizz Air afirmam que todos os voos – incluindo viagens internacionais de longa distância – devem ser incluídos.”

Fonte: Reuters; 19/06/2024

Política

Reguladores da UE propõem uma reformulação dos rótulos de investimento sustentável

“Na terça-feira, os órgãos reguladores da União Europeia propuseram mudanças radicais nas regras do bloco sobre a rotulagem de investimentos sustentáveis, a fim de fornecer aos investidores informações mais simples e claras e impedir os riscos de “greenwashing”. As propostas incluem a marcação de produtos financeiros que ainda não são sustentáveis como produtos de “transição” e a introdução de um indicador de sustentabilidade que classificaria os fundos de investimento. A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, está revisando as regras para os administradores de ativos, conhecidas como regulamentação de divulgação de informações financeiras sustentáveis (SFDR), para coibir o “greenwashing”, que se refere a alegações exageradas de compatibilidade com o clima. As simplificações consistem em duas categorias voluntárias de produtos, ‘sustentável’ e ‘transição’, que os participantes do mercado financeiro devem usar para garantir que os consumidores entendam a finalidade dos produtos”, disseram os órgãos de fiscalização dos mercados, bancos e seguros do bloco, ESMA, EBA e EIOPA, em um “parecer” conjunto, abre nova aba para a consulta da Comissão. Isso permitiria o investimento de “transição” em ativos que visam a se tornar sustentáveis ao longo do tempo. “As regras para as categorias devem ter um objetivo e critérios claros para reduzir os riscos de “greenwashing.” Os órgãos de controle disseram que as regras atuais podem ser complexas e difíceis de entender e recomendaram que a Comissão considere a introdução de um indicador de sustentabilidade que classificaria os produtos financeiros, como fundos de investimento, seguros de vida e produtos de pensão.”

Fonte: Reuters; 18/06/2024

Senado dos EUA aprova projeto de lei para apoiar a implantação de energia nuclear avançada

“O Senado dos EUA aprovou na terça-feira um projeto de lei para acelerar a implantação da capacidade de energia nuclear, inclusive acelerando o licenciamento e criando novos incentivos para tecnologias avançadas de reatores nucleares. A expansão da energia nuclear tem amplo apoio bipartidário, com os democratas vendo-a como fundamental para descarbonizar o setor de energia para combater as mudanças climáticas e os republicanos vendo-a como uma forma de garantir o fornecimento confiável de eletricidade e criar empregos. Uma versão do projeto de lei já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados e agora será encaminhada ao presidente Joe Biden para que seja assinada e se torne lei. Ele foi aprovado no Senado por 88 votos a 2, abre uma nova guia. “Em uma grande vitória para o nosso clima e para a segurança energética americana, o Senado dos EUA aprovou a Lei ADVANCE com apoio esmagador e bipartidário”, disse o senador Tom Carper, um democrata, que é presidente do Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado. “Hoje, enviamos a Lei ADVANCE para a mesa do presidente porque o Congresso trabalhou em conjunto para reconhecer a importância da energia nuclear para o futuro dos Estados Unidos e conseguiu realizar o trabalho”, disse a republicana Shelley Moore Capito, membro graduado do comitê. Entre outras coisas, o projeto de lei reduziria os custos regulatórios para empresas que buscam licenciar tecnologias avançadas de reatores nucleares, criaria um prêmio para a implantação bem-sucedida de reatores de próxima geração e aceleraria o licenciamento de instalações nucleares em determinados locais. O projeto de lei poderia beneficiar empresas como a TerraPower, apoiada por Bill Gates, que está tentando construir um reator Natrium de US$ 4 bilhões em Wyoming, no local de uma antiga usina de carvão, mas está lutando para obter uma licença importante.”

Fonte: Reuters; 18/06/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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