Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,06% e 1,25%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a geração de eletricidade a partir de usinas termelétricas alimentadas por biomassa cresceu 4% em 2023 (vs 2022), alcançando 53,854 TWh, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – a fonte é a terceira maior fornecedora de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN), atrás das hidrelétricas (425,996 TWh) e das turbinas eólicas (95.801 TWh); e (ii) a Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) vai buscar um marco regulatório específico para discutir com a Petrobras a inserção do coprocessado no mercado de diesel - a expectativa é que o marco fique fora do projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), que aguarda relatório do Senado Federal.
• No internacional, o Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB) informou ontem que publicará orientações para harmonizar a forma como as empresas de todo o mundo publicam informações sobre seus planos de transição para atingir as metas de emissões líquidas zero - de forma geral, o objetivo é reduzir a fragmentação das informações fornecidas no mercado.
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Brasil
Empresas
Setor de biodiesel articula para blindar Combustível do Futuro de coprocessado
"A Frente Parlamentar do Biodiesel afirma que é possível buscar um acordo com a Petrobras para a inserção do coprocessado, um diesel produzido pela companhia com uma parcela de biomassa renovável (batizado de Diesel R). Desde que o tema seja excluído do projeto de lei do Combustível do Futuro. Na sexta (21/6), um grupo de parlamentares e representantes dos produtores de biodiesel se reuniu com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. “Nós discutimos claramente que não tínhamos como ter o coprocessado no mesmo marco regulatório que estamos votando. Ela estabeleceu que pelas plantas que ela dispõe, ela quer 1% do mercado e, portanto, nós vamos buscar um marco regulatório específico (…) fora do Combustível do Futuro”, disse o deputado Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da FPBio. O projeto ainda aguarda o relatório do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB), no Senado Federal, enquanto o governo Lula (PT) tenta convencer os parlamentares a aprovarem o texto da Câmara. A sanção chegou a ser prevista para junho. – Com a proximidade do recesso parlamentar, a criação do programa corre o risco de ficar para o segundo semestre. Em nota à agência epbr, a Petrobras afirmou que “reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do setor de biocombustíveis no Brasil”, sem comentários adicionais sobre a reunião. – Foi o primeiro encontro de Chambriard com representantes do setor, desde que assumiu a Petrobras em maio. A próxima reunião da Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês) para discutir a transição do setor em direção ao net zero está marcada para 30 de setembro de 2024 e o Brasil levará seus biocombustíveis para as discussões."
Fonte: Epbr; 24/06/2024
Geração de energia elétrica a partir de biomassa cresceu 4% em 2023
"A geração de eletricidade a partir de usinas termelétricas alimentadas por biomassa cresceu 4% em 2023, em relação a 2022, e alcançou 53,854 TWh, de acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A fonte é a terceira maior fornecedora de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN), atrás das hidrelétricas (425,996 TWh) e das turbinas eólicas (95.801 TWh). A solar fotovoltaica ficou logo atrás, em quarto lugar, com 50.633 TWh. No ano passado, a geração de energia com resíduos como bagaço de cana, lenha e lixívia superou, pela segunda vez consecutiva, o gás natural, que em 2023 registrou contribuição de 38.589 TWh para a matriz. Nuclear (14.504 TWh), Carvão (8.770 TWh), Outras fontes (13.932 TWh) e Derivados de Petróleo (6.041 TWh) completam o mix. Em junho de 2024, considerando todas as fontes, o Brasil registrou 20,9 GW de capacidade instalada de cogeração em operação comercial, o que representa 10,3% da geração centralizada no país, aponta a Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen). Em maio entraram em operação comercial 135 MW de bagaço de cana dos empreendimentos São José, Barra Grande 2 e São Martinho Bioenergia, bem como 8,14 MW de óleos vegetais da BBF Baliza e 26 MW de resíduos de madeira da Inpasa Dourados. A associação tem defendido ajustes na regulação para permitir que as usinas de açúcar e etanol possam negociar os excedentes da cogeração, acima da garantia física, no ambiente de contratação livre (ACL), uma vez que essa indústria já comercializa mais de 2/3 de sua energia no mercado livre. “[A comercialização dos excedentes] hoje é limitada pela portaria 564 de 2014 do Ministério de Minas e Energia. Essa limitação desestimula o aumento da produção, uma vez que as usinas que excedam sua garantia física ficam limitadas a liquidar esse excedente de energia ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) e, em função da significativa judicialização do setor, a maioria delas acaba levando muitos anos para receber os valores devidos pela oferta dessa energia excedente”, explica o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte."
Fonte: Epbr; 24/06/2024
ANP avalia venda de bunker da Petrobras com biodiesel
"A Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade dos Produtos (SBQ) da Agência Nacional do Petróleo (ANP) avalia o pedido da Petrobras para comercializar bunker (combustível marítimo) em mistura com biodiesel ao consumidor final. A ANP informou à epbr que o assunto ainda está sendo avaliado internamente. A Superintendência de Distribuição e Logística (SDL) já se manifestou, dizendo não haver óbice. Em ofício encaminhado internamente, a SDL explicou: “Sendo a Petrobras um produtor de derivados e a adquirente um consumidor final, não há regramento de comercialização a ser aplicado por esta SDL no caso em análise”. Petrobras e Transpetro vem realizando testes de abastecimento no Terminal de Rio Grande, em navio transportador de GLP. O combustível foi testado pela companhia em diferentes percentuais de biodiesel, sendo o teste mais recente com 24% de mistura, executado após piloto bem sucedido com a adição de 10%. Além do aumento do volume, a companhia acrescentou sebo de boi como matéria-prima renovável, no percentual de 30%. O restante é óleo vegetal de soja. O óleo vegetal e o sebo de boi são insumos habituais da produção do biodiesel veicular no Brasil. A Petrobras está testando misturas maiores de biodiesel no bunker, em razão das características dos motores das embarcações, menos sensíveis ao combustível, quando comparados às dos veículos pesados, com motores Proconve P8 – o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. O navio objeto dos testes foi afretado pela Transpetro e pertence à Maersk Tankers. A embarcação é usada em rotas de cabotagem no litoral brasileiro e recebeu 570 mil litros do combustível marítimo com a renovável."
Fonte: Epbr; 24/06/2024
"O governo de Mato Grosso do Sul decretou, nesta segunda-feira, situação de emergência nos municípios afetados pelos incêndios no Pantanal. A medida vale por 180 dias. Eduardo Riedel (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul, justificou no fato de as condições de seca no estado terem se intensificado e acarretado em um "aumento exponencial dos focos de calor". Conforme o decreto, três municípios sul-mato-grossenses estão em condições de seca severa. O documento também destaca a "situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos" na bacia do Rio Paraguai. Em situação de emergência, o governo de Mato Grosso do Sul autoriza "a mobilização de todos os órgãos Estaduais para atuarem, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS), nas ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução". Também fica permitida a entrada nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação, e usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, com a indenização do proprietário em caso de dano. Neste domingo, viralizaram imagens das celebrações do Arraial do Banho de São João em Corumbá, no interior do estado, no momento em que ocorria um incêndio de grandes proporções na região. As imagens do fogo consumindo a vegetação enquanto as pessoas se divertem na festa, que é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil, provocaram críticas nas redes sociais. Nos perfis da Prefeitura de Corumbá, diversos internautas reclamaram pela opção de manter a celebração a despeito da situação no Pantanal. Os moradores de Corumbá têm convivido com a fumaça provocada pelas queimadas desde o fim do mês passado."
Fonte: O Globo; 24/06/2024
Logística Verde: Desafios e oportunidades rumo a um futuro sustentável
"A logística verde, também conhecida como logística sustentável ou eco-logística, tornou-se uma preocupação fundamental para empresas que possuem uma cadeia logística em suas operações, seja ela interna ou terceirizada. Um estudo de 2021 realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revelou que a combustão gerada pela queima de combustíveis fósseis é um dos principais fatores que contribuem para a emissão de gases de efeito estufa. Desta forma, diante da preocupação com as externalidades geradas a partir de suas operações, diversas empresas têm dedicado esforços para adotar práticas sustentáveis e de maior responsabilidade sobre o uso de recursos naturais, olhando para a logística como ponto focal para reduzir emissões de CO2, tendo em vista que a maior parte das emissões acontecem no transporte, seja ela para a chegada de matéria prima ou na distribuição de produtos. A gestão eficiente e sustentável dos processos logísticos implica na redução do impacto ambiental por meio da otimização de rotas, uso de combustíveis não poluentes, veículos elétricos e a implementação de tecnologias ecoeficientes. Tais iniciativas contribuem para a redução da pegada de carbono, conservação dos recursos naturais, diminuição da poluição e, para a mitigação do trânsito em grandes capitais. Dessa forma, estão sendo foco de empresas que querem reduzir suas emissões, já que grande parte delas ocorre na cadeia de valor. Do ponto de vista econômico, uma otimização de frotas e uso eficiente de combustíveis contribui para a redução de custos e riscos na cadeia. Além disso, a conscientização sobre logística verde estimula a inovação em tecnologias e processos, beneficiando o meio ambiente e construindo uma reputação positiva para empresas comprometidas com a responsabilidade ambiental."
Fonte: Valor Econômico; 24/06/2024
Ação pede R$ 3,6 bi a Vale, BHP e Samarco por violência de gênero em reparação por desastre
"Os Ministérios Públicos Federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo, e as Defensorias Públicas de Minas Gerais, do Espírito Santo e da União ajuizaram na 4ª Vara Federal de Belo Horizonte uma ação civil pública contra a Fundação Renova, a Samarco e suas sócias Vale e BHP Billiton. As instituições acusam as empresas e a fundação de cometer violência de gênero no processo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015, e pedem indenização de pelo menos R$ 3,6 bilhões por danos morais coletivos. Na ação, os órgãos de justiça também pedem indenização mínima de R$ 135.552 para cada mulher atingida pelos danos materiais causados pela violação sistemática aos direitos humanos e pelo menos R$ 36 mil pelos danos morais sofridos. De acordo com o documento enviado à justiça, as mulheres vítimas do rompimento da barragem de Mariana teriam sido invisibilizadas no processo de reparação e prejudicadas por uma série de violações de direitos por parte das empresas e da Fundação Renova, durante o cadastramento e processo de reparação de danos. Dados fornecidos pela Fundação Renova demonstram que, mesmo tendo um cadastro integrado, realizado pela mulher, com quantitativo semelhante entre homens e mulheres, há reduzida participação da mulher já na oitiva para levantamento de dados primários, segundo a ação. “Apenas 39% das pessoas entrevistadas eram do gênero feminino e apenas 34% de mulheres foram elencadas como responsáveis economicamente pela casa”, cita a ação. Ainda conforme a ação, a Fundação Renova usou o conceito de “família patriarcal” como única espécie de família, o que seria uma violação de direitos. Isso gerou para as mulheres dificuldade de acesso aos seus dados pessoais inseridos na plataforma gerida pela fundação e também para requerer a correção dos dados incorretos, condicionando o ato à autorização de seus maridos."
Fonte: Valor Econômico; 24/06/2024
Áreas embargadas e limitações ao crédito rural: caminho para a sustentabilidade?
"Cada vez mais não basta ser sustentável, é preciso parecer sustentável, na linha da famosa frase atribuída a César. A busca por transparência, rastreabilidade e compliance com normas ambientais que incluam toda a cadeia produtiva tem invadido discussões internacionais e refletido nas novas regulamentações que impactam tanto as exportações quanto as regras para o financiamento das atividades agropecuárias. As exportações do agro brasileiro foram recordes em 2023 e atingiram mais de R$ 166 bilhões em vendas, respondendo por 49% da pauta exportadora nacional, segundo a Associação Brasileira do Agronegócio. Em 2024, os números continuam subindo e as vendas externas em abril foram quase 4% maiores do que no mesmo período do ano anterior. China, Europa e Estados Unidos continuam sendo os principais destinos das nossas exportações. É nesse cenário que as novas regulações, como a aprovada na União Europeia contra o desmatamento e que impõe regras para que apenas produtos ‘livres de desmatamento’ possam entrar no bloco, vão impactar toda a cadeia do setor. Commodities como café, soja e carne vão precisar comprovar que não contribuíram para degradação florestal e, consequentemente, para emissão de gases de efeito estufa. Aqui, não importa se a supressão de vegetação foi autorizada pelas leis do país de origem ou se foi ilegal. Quanto maior a classificação de risco do país produtor, maior será o número de documentos e dados que precisam ser apresentados. O impacto das medidas vem sendo sentido por produtores e empresas que começam a se preparar para as novas regras. O escrutínio é cada vez maior nas áreas com embargos e uma verdadeira transformação das regras de concessão de crédito rural e avaliação dos riscos socioambiental e climático está em andamento no Brasil."
Fonte: Valor Econômico; 25/06/2024
Élis Energia, do Pátria, quer triplicar usinas solares mirando energia por assinatura
"A Élis Energia planeja triplicar a potência dos projetos que opera no Brasil e chegar a 300 megawatts (MW) de capacidade instalada em usinas fotovoltaicas voltadas para a geração distribuída compartilhada até o final de 2025. Na geração distribuída, o consumidor pode gerar a própria energia que consome. No modelo de negócios da Élis, a energia gerada nas usinas gera créditos que são compensados na fatura de luz dos assinantes. A negociação com os clientes finais é feita por parceiros, como a Evolua e a FIT Energia. A opção é vantajosa sobretudo para consumidores que buscam a fonte solar fotovoltaica, mas não podem instalar painéis solares. Fundada em 2023 pelo Fundo IV de Infraestrutura da gestora Pátria Investimentos, a Élis tem cerca de 100 MW de potência instalada em usinas prontas, que estão sendo conectadas ou aguardando conexão. A companhia inaugurou nesta segunda-feira (24/6) em Pontal do Araguaia (MT) uma usina fotovoltaica com capacidade de 6,6 MW no pico, o suficiente para abastecer 5.600 residências. Ao todo, a previsão é investir R$ 250 milhões apenas no Mato Grosso para a construção de 11 usinas no estado. A empresa também também tem projetos no Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e no Distrito Federal, além de ter intenção de entrar no Piauí. O CEO da Élis, Pierre-Yves Mourgue, conta que um dos desafios é a conexão dos projetos à rede elétrica, por estarem localizados muitas vezes em regiões distantes. “É usina por usina. Eventualmente, em um lugar onde a conexão é muito simples, vai chegar até antes do final da construção da usina. Há outras que necessitam, por exemplo, uma travessia de estrada e a concessionária tem que obter esse direito, ou pode ser necessário ter trabalhos mais ou menos intensos na subestação, com o fornecimento de materiais que podem atrasar”, exemplifica."
Fonte: Epbr; 25/06/2024
Do glitter às fraldas, o que pensa o brasileiro sobre consumo sustentável
"Quando chega o Carnaval, basta abrir qualquer rede social e você irá se deparar com dezenas de conteúdos alertando para a quantidade de microplásticos presentes no glitter tradicional. O glitter biodegradável aparece como alternativa – assim como fraldas ecológicas, ecobags e carros elétricos para outras situações. Em meio ao sentimento generalizado de responsabilidade para com o planeta, o que o brasileiro quer é sentir-se útil ao adotar práticas mais sustentáveis. A conclusão é de um estudo recém-publicado pela Orbit Data Science, uma startup fundada há dois anos que combina análise humana e inteligência artificial para mapear tendências de consumo e opinião pública. A Orbit coletou 44,7 mil comentários no TikTok, X (ex-Twitter), YouTube, Instagram e Facebook, de 11 de abril de 2023 a 15 de abril de 2024, para entender quais os principais hábitos e comportamentos no país quando se trata de sustentabilidade e da relação entre consumidores e marcas neste tema. A busca foi feita com palavras como “marcas sustentáveis”, “marca ecológica” e “eco friendly”. Entre tweets e comentários nas publicações, a equipe leu 13.250 comentários e considerou 1.080 para compor o estudo, com base na qualidade das opiniões, na identificação do contexto que levou à opinião expressa e na representatividade da rede social em relação a toda base de dados. A maioria das conversas girou em torno da conscientização e hábitos (57%). Indústria da moda (15%), percepção sobre as marcas (15%), produtos (9%) e embalagens (4%) vêm na sequência. Os comentários foram classificados em 91 categorias criadas pela equipe de pesquisa. A que mais se repetiu foi a de adoção de práticas ecológicas na rotina, que se mostra uma preocupação em 16% das opiniões coletadas."
Fonte: Capital Reset; 25/06/2024
Política
FPBio negocia coprocessado com Magda Chambriard, fora do Combustível do Futuro
"A Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio) vai buscar um marco regulatório específico para discutir com a Petrobras a inserção do coprocessado no mercado de diesel, mas fora do projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), que aguarda relatório do Senado Federal. Na sexta (21/6), um grupo de parlamentares e representantes dos produtores de biodiesel se reuniu com a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. “Nós discutimos claramente que não tínhamos como ter o coprocessado no mesmo marco regulatório que estamos votando. Ela estabeleceu que pelas plantas que ela dispõe, ela quer 1% do mercado e, portanto, nós vamos buscar um marco regulatório específico (…) fora do Combustível do Futuro”, disse o deputado Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da FPBio. Segundo Moreira, a reunião ocorreu por iniciativa de Magda, que busca uma aproximação com o agronegócio. “Ela deixou a porta aberta para nós [setor de biodiesel], junto com o pessoal da Petrobras, construir esses textos que são interessantes para nós, tanto para o marco regulatório quanto para o mandato”. Essas informações foram antecipadas pelo político epbr. Em nota à epbr, a Petrobras afirmou que “reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do setor de biocombustíveis no Brasil”, sem comentários adicionais sobre a reunião. Ao longo da tramitação do PL 528/2020 a Petrobras tentou mandatos para a parcela renovável do diesel coprocessado no espaço reservado ao biodiesel, depois no do diesel verde. A mais recente emenda sobre o tema, da senadora Tereza Cristina (PP/MS), incluía a possibilidade de considerar a parcela renovável no mercado que seria reservado ao diesel verde."
Fonte: Epbr; 24/06/2024
Internacional
Empresas
"A maioria dos projetos de energia renovável onshore da Grã-Bretanha não está conseguindo passar da fase de planejamento, de acordo com uma análise que destaca os desafios que o país ainda enfrenta para atingir suas metas de energia limpa. Sessenta e três por cento dos cerca de 4.000 pedidos apresentados para projetos eólicos, solares e de baterias entre 2018 e 2023 foram recusados, abandonados, retirados ou tiveram sua permissão de planejamento expirada, de acordo com a Cornwall Insight, uma consultoria de energia. Outros 18% foram enviados de volta para revisão, deixando apenas um quinto dos projetos aguardando uma decisão de planejamento ou prontos para serem construídos. Tanto o Partido Conservador quanto o Partido Trabalhista prometeram reformas de planejamento antes das eleições gerais de 4 de julho, com o Partido Conservador prometendo reduzir de quatro para um ano o tempo típico que leva para aprovar grandes projetos de infraestrutura. "O Reino Unido estabeleceu metas ambiciosas para aumentar a capacidade de energia renovável", disse Lucy Dolton, gerente de ativos e infraestrutura da Cornwall Insight. "Esses números revelam um déficit substancial no cumprimento dessas metas, algo que é amplamente impulsionado pelo ritmo lento do progresso na implantação de projetos de energia renovável." As descobertas, compartilhadas com o Financial Times, ocorrem no momento em que o Reino Unido está sob pressão para aumentar rapidamente a capacidade de energia renovável a fim de cumprir sua meta legalmente obrigatória de reduzir as emissões de carbono a zero líquido até 2050 e descarbonizar o sistema de eletricidade bem antes disso. A baixa taxa de projetos bem-sucedidos reflete, em parte, um aumento nas solicitações especulativas, de acordo com pesquisadores da Cornwall Insight, uma vez que os desenvolvedores enviam vários planos na expectativa de que nem todos serão bem-sucedidos."
Fonte: Financial Times; 24/06/2024
ISSB busca harmonizar as divulgações sobre planos corporativos de transição climática
"O Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB) informou na segunda-feira que publicará orientações para harmonizar a forma como as empresas de todo o mundo publicam detalhes sobre seus "planos de transição" para atingir as metas de emissões líquidas zero. Esses planos estão se tornando cada vez mais importantes à medida que as empresas enfrentam uma série de prazos para reduzir as emissões de carbono na tentativa mundial de limitar o aquecimento global. Eles já são obrigatórios para as empresas listadas na União Europeia, de acordo com a regulamentação de divulgação de sustentabilidade corporativa do bloco. As empresas fora do bloco, como na Grã-Bretanha, no Canadá e na Ásia, devem aplicar as divulgações redigidas pelo ISSB que exigem a divulgação de informações sobre planos de transição, caso a empresa tenha esse plano. "Para apoiar a aplicação dessas exigências de divulgação e reduzir a fragmentação das informações fornecidas no mercado, o ISSB planeja apoiar o trabalho de simplificação e consolidação de estruturas e padrões para divulgações sobre planos de transição", disse o ISSB em um comunicado. "O foco do ISSB nesse sentido continuará a ser o fornecimento de informações de alta qualidade e úteis para a tomada de decisões sobre os planos das empresas… em vez de exigir que as empresas se envolvam em um planejamento de transição, por si só." Inicialmente, o ISSB elaborará orientações com base nas melhores práticas existentes no setor privado antes de considerar a necessidade de endurecer sua aplicação. Os órgãos reguladores veem os planos como um elemento fundamental, voltado para o futuro, no pacote mais amplo de divulgações relacionadas ao clima. "O foco do ISSB nesse sentido continuará sendo o fornecimento de informações de alta qualidade e úteis para a tomada de decisões sobre os planos das empresas… em vez de exigir que as empresas se envolvam no planejamento de transição, por si só.""
Fonte: Reuters; 24/06/2024
O BCE poderá tomar medidas contra empresas que não cumprirem as metas climáticas
"O Banco Central Europeu planeja estabelecer metas de redução de emissões para as empresas que fazem parte de sua carteira de títulos e poderá tomar "medidas corretivas" se elas não cumprirem as metas, informou na terça-feira. O BCE detém cerca de 350 bilhões de euros (US$ 375,73 bilhões) em títulos corporativos, adquiridos quando a inflação ainda estava muito baixa, e tem pressionado as empresas incluídas nessa vasta carteira a se tornarem mais verdes. Ele até mesmo inclinou os reinvestimentos em seu Programa de Compra de Ativos (APP) e Programa de Compra de Emergência Pandêmica (PEPP) para emissores mais verdes, mas o último desses reinvestimentos termina no final de 2024 e o banco agora precisa de uma nova ferramenta para incentivar a participação das empresas. "Serão estabelecidas metas provisórias de redução de emissões para os portfólios corporativos no APP e no PEPP", disse o BCE, acrescentando que os regulamentos da UE serão usados como orientação para a definição das metas. "Se forem identificados desvios da trajetória desejada, as medidas corretivas serão avaliadas, dentro de nosso mandato, caso a caso", acrescentou o BCE. O banco não forneceu nenhum detalhe sobre as medidas específicas que poderá tomar ou se tais decisões serão tornadas públicas, mas a prática usual do BCE normalmente incluiria o desinvestimento total entre suas opções. O BCE também ainda não definiu um cronograma para esse processo e pode ser necessária uma nova decisão do Conselho do BCE antes que ele entre em vigor. A carteira de títulos corporativos do BCE está diminuindo rapidamente com o vencimento da dívida e pode cair cerca de 40 bilhões de euros no próximo ano, de acordo com o BCE."
Fonte: Reuters; 25/06/2024
As represas hidrelétricas da Europa elevam a produção de eletricidade limpa a novos patamares
"Um salto de quase 18% na produção de eletricidade hidrelétrica de janeiro a maio em relação aos mesmos meses de 2023 ajudou a impulsionar a geração de eletricidade limpa na Europa para novos patamares. A geração de eletricidade a partir de represas hidrelétricas em toda a Europa foi de 388 terawatts-hora (TWh) de janeiro a maio de 2024, de acordo com o think tank de energia Ember. Esse total se compara a 330 TWh durante os mesmos meses do ano passado e é o mais alto para esse período de cinco meses em pelo menos nove anos, após chuvas acima da média em grande parte da Europa continental até o momento em 2024. Juntamente com a produção recorde dos parques eólicos e solares, o alto total de geração hidrelétrica ajudou a elevar a geração de eletricidade limpa da Europa a um recorde de 1.260 TWh de janeiro a maio deste ano, o que representa um avanço de 9,4% em relação aos mesmos meses de 2023. A maior produção de energia limpa permitiu que os produtores de energia da Europa reduzissem a produção de eletricidade gerada por combustíveis fósseis em mais de 9%, atingindo o menor total acumulado nos primeiros cinco meses do ano desde pelo menos 2015. O menor uso de combustível fóssil, por sua vez, reduziu as emissões do setor de energia da Europa em cerca de 9%, atingindo o nível mais baixo em mais de 9 anos, segundo dados da Ember. A recuperação da geração de eletricidade hidrelétrica foi observada em toda a Europa continental. De 1º de janeiro a 23 de junho, a geração hidrelétrica na França - o maior produtor hidrelétrico da Europa continental - foi de 3,7 milhões de gigawatts-hora (GWh), de acordo com dados compilados pela LSEG. Esse total representa um aumento de mais de 50% em relação aos 2,4 milhões de GWh gerados durante o mesmo período em 2023, e é 12% maior do que a média de longo prazo durante esse período."
Fonte: Reuters; 25/06/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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