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Eletrificação em foco: Ford mira híbridos, UE reduz tarifas da Tesla, e Trump ameaça fim de crédito fiscal para VEs | Brunch com ESG

Nossa visão sobre as principais notícias da semana na agenda ESG

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Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Ford muda estratégia de veículos elétricos em meio à desaceleração da demanda

Na mídia. Ford se afasta mais de elétricos em mudança que pode custar até US$ 1,9 bi – Bloomberg Línea, 21 de agosto (link)

Nossa visão. Nesta semana, a Ford anunciou ajustes significativos em seus planos para veículos elétricos, incluindo: (i) redução dos gastos com elétricos em cerca de 10%; e (ii) redução de sua linha de SUVs totalmente elétricos em favor de modelos híbridos. Em nossa visão, à medida que o crescimento das vendas de veículos 100% elétricos desaceleram, especialmente nos EUA, várias montadoras (incluindo a Ford) estão revisando suas estratégias, com o objetivo de reduzir ou adiar os investimentos, voltando-se para os híbridos como uma solução alternativa. Conforme mencionado em nossa nota “Radar de velocidade à frente: As vendas de veículos elétricos estão desacelerando?” (link), a baixa autonomia de direção e a infraestrutura de carregamento limitada são as principais barreiras que prejudicam o crescimento da demanda adiante.

#2. UE revisa e reduz tarifa para veículos da Tesla fabricados na China

Na mídia. UE reduz tarifa para carros da Tesla produzidos na China – Valor Econômico, 20 de agosto (link)

Nossa visão. Nos últimos meses, as nações ocidentais (especialmente os EUA e a UE) têm aumentado as tarifas sobre os veículos elétricos importados da China devido à escalada das tensões comerciais - por exemplo, a UE atualmente impõe tarifas que variam de 17% a 36,3% sobre as montadoras chinesas. Em resposta, os registros de veículos elétricos chineses caíram 45% em julho/241. No entanto, após uma solicitação da Tesla, a UE reduziu significativamente o imposto de importação sobre os veículos da marca fabricados na China, de 20,8% para 9%. Em nossa visão, essa decisão deve impulsionar as vendas de veículos elétricos da Tesla no bloco europeu, enquanto as altas tarifas devem continuar afetando as montadoras chinesas.

#3. Donald Trump reitera sua oposição ao crédito fiscal para veículos elétricos

Na mídia. Trump diz que pode acabar com o crédito fiscal para veículos elétricos – Reuters, 20 de agosto (link)

Nossa visão. Durante atos de campanha, Trump prometeu repetidamente desfazer parte das políticas climáticas de Biden, incluindo a suspensão dos mandatos de veículos elétricos. Contudo, na nossa visão, mesmo considerando um governo publicamente um pouco mais hostil à transição energética, reverter as leis existentes continua sendo uma tarefa desafiadora que depende da aprovação do partido e maioria no Congresso. Com relação ao potencial resultado das eleições nos EUA, embora reconheçamos que uma vitória democrata possa ligeiramente favorecer as políticas climáticas e os veículos elétricos, não vemos uma reversão significativa das iniciativas apenas com base em uma vitória republicana.

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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