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Departamento de Energia dos EUA pretende reduzir financiamento de projetos de baterias e captura de carbono | Café com ESG, 07/04

Departamento de Energia dos EUA avalia reduzir financiamento para projetos de baixo carbono; Petrobras avança na Margem Equatorial

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado terminou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa e o ISE caindo 3,5% e 0,7%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV recuando 3,0% e o ISE 2,6%.

• No Brasil, a Petrobras concluiu a construção do centro de fauna localizado em Oiapoque (AP) e recebeu da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá a licença para sua operação - este espaço atenderá animais que possam ser afetados por eventuais vazamentos de óleo durante a perfuração de um poço de petróleo no bloco FZA-M-59 da Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

• No internacional, (i) o Departamento de Energia dos Estados Unidos está avaliando a possibilidade de cortar bilhões de dólares em financiamento para projetos destinados a demonstrar o armazenamento de energia e a captura de carbono, de acordo com uma lista obtida pela Reuters - entre os possíveis projetos afetados estão quatro projetos-piloto de captura de carbono que receberam um total de US$ 309 milhões em 2024; e (ii) a Comissão Europeia informou na sexta-feira (4) que as emissões de dióxido de carbono reguladas pelo sistema de comércio de emissões da União Europeia (ETS) caíram 5% em 2024, impulsionadas por cortes no setor de energia (queda de 12% vs. os níveis de 2023) - aproximadamente 45% da produção de gases de efeito estufa da União Europeia é regulamentada pelo EU ETS.

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Brasil

Empresas

Riscos regulatórios são maior barreira para investimentos em transição energética, aponta pesquisa

"Em 2024, ativos ligados à transição energética atraíram entre US$ 10 milhões e US$ 1 bilhão anuais de investidores brasileiros, considerando dados de uma pesquisa recente da consultoria KPMG. Entretanto, as cifras poderiam ser ainda mais robustas se o cenário global das políticas em torno do tema estivesse mais sólido. O diagnóstico é observado a partir do estudo global “Perspectivas de Investimento na Transição Energética: 2025 em diante”, lançado pela consultoria, em fevereiro deste ano. Conforme a pesquisa, para 36% dos executivos que fazem esses investimentos, os riscos regulatórios e políticos são a principal barreira enfrentada por eles para financiar a transição energética. Segundo o mapeamento, os investidores brasileiros temem que mudanças abruptas em políticas governamentais possam interromper planos de investimento de longo prazo. Além das citações sobre as questões regulatórias, as incertezas sobre o desempenho de tecnologias (28%) e a volatilidade do mercado (26%) aparecem como preocupações adicionais. A consultoria ouviu 1,4 mil executivos do Brasil e de mais 36 países, incluindo Estados Unidos, China, Arábia Saudita e África do Sul. Os entrevistados atuam em organizações que têm investimentos ativos em transição energética, como representantes dos setores bancário, petróleo e gás, capital de risco, transporte, energia, entre outros. De acordo com a sócia-líder de ESG da KPMG para Américas, Nelmara Arbex, a preocupação com regulações mais estáveis apresentada pelos investidores brasileiros é compartilhada com seus pares globais."

Fonte: Estadão; 04/04/2025

Petrobras conclui centro de fauna e recebe licença de operação de órgão ambiental do Amapá

"A Petrobras concluiu a construção do centro de fauna localizado no Oiapoque (AP) e recebeu da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá a licença de operação do centro, que atenderá animais que possam vir a ser afetados por eventuais vazamentos de óleo durante a perfuração de um poço de petróleo no bloco FZA-M-59 da Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. Segundo a Petrobras, o centro de fauna funciona como uma espécie de hospital, ao contar com ambulatório, salas de estabilização, atendimento, centro cirúrgico e outros espaços dedicados a atender aves, mamíferos marinhos, tartarugas, golfinhos e peixes-boi. A petroleira afirmou que o início da operação do centro no Oiapoque ainda depende da realização de uma inspeção pelo Ibama. "A Petrobras informou ao órgão regulador que a instalação está disponível para vistoria a partir da próxima segunda-feira, 07/04", disse a companhia em comunicado, na noite de sábado (6). A "Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna" é um dos pontos centrais do recurso que a estatal impetrou junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em meados de 2023, a estatal teve a licença para a perfuração do poço negada pelo Ibama, com a alegação de não atendimento de algumas condicionantes, entre as quais o centro de atendimento à fauna. A Petrobras construiu um centro de despetrolização em Belém, mas foi considerado distante da área de perfuração e o Ibama exigiu a construção de uma unidade no Amapá."

Fonte: Valor Econômico; 04/04/2025

Santander e BNDES apoiam projetos de reflorestamento da Mombak, utilizando fundo climático brasileiro

"A startup de reflorestamento Mombak garantiu 100 milhões de reais (17,8 milhões de dólares) em um acordo com o Santander Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme informado na segunda-feira, visando o rápido crescimento do mercado de remoção de carbono. A Mombak, que compra terras degradadas de agricultores e pecuaristas ou faz parcerias com eles para replantar espécies nativas na floresta amazônica, será a primeira a financiar um projeto de reflorestamento com o apoio do “Novo Fundo Climático” do Brasil. Essa iniciativa, lançada pelo governo brasileiro em 2023, destina 10 bilhões de reais para financiar projetos relacionados ao clima. O Santander atuará como intermediário financeiro para o negócio, destacando o crescente interesse de credores privados no setor emergente. O BNDES havia oferecido uma linha de crédito de até R$ 160 milhões à Mombak em agosto, mas a startup precisava de um agente financeiro que fornecesse as garantias necessárias para acessar o capital. “Há um desafio entre conseguir essa aprovação e poder de fato usar o capital. Estamos atingindo um marco muito importante”, afirmou o cofundador da Mombak, Gabriel Silva, em uma entrevista. Atualmente, a Mombak administra 45.000 acres, uma área três vezes maior que Manhattan, e espera ter plantado 8 milhões de árvores na maior floresta tropical do mundo até junho."

Fonte: Reuters; 07/04/2025

Política

Governo estabelece regras de doação de equipamentos para fiscalização do biodiesel

"O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério da Gestão e Inovação definiram nesta quinta-feira (3/4) os procedimentos para doação de equipamentos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que permitirão verificar in loco a mistura de biodiesel em postos de combustíveis. A medida busca combater fraudes no setor, que tem aumento de 12% para 14% na mistura obrigatória prevista para março deste ano. A fiscalização mais ágil permitirá punir postos que não cumprirem a determinação “garantindo o cumprimento do mandato vigente”, conforme nota do MME. Entre os aparelhos que serão doados está o espectrofotômetro FTIR, capaz de medir o teor de biodiesel no diesel diretamente nos postos. Segundo anunciou o diretor do Instituto Combustível Legal (ICL), Carlo Faccio, na reunião desta quinta, a instituto já se comprometeu em doar cinco unidades desses equipamentos portáteis. A ANP coordenará os trâmites com sindicatos e associações do setor de combustíveis que manifestem interesse em realizar as doações, a serem formalizadas pelo Sistema de Doações do Governo Federal para acelerar o processo, afirma o MME. Para Marlon Arraes Jardim, diretor de Biocombustíveis da pasta, “trata-se de um processo importante que vai ajudar a equipar a ANP, em pareceria com o setor privado, de uma maneira transparente e em menor espaço de tempo possível”."

Fonte: Eixos; 04/04/2025

Em ano de COP30, Fundo Brasil destinará R$ 2,5 milhões para agenda climática

"Pela primeira vez na história, o Brasil será palco da Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30) e terá uma oportunidade única de protagonizar soluções verdes. Pensando em acelerar a agenda climática, o Fundo Brasil de Direitos Humanos anunciou que destinará R$ 2,5 milhões para apoiar 40 projetos de organizações de povos indígenas, comunidades tradicionais, quilombolas e trabalhadores do campo e da cidade. A organização sem fins lucrativos tem como principal missão promover os direitos humanos e desde sua fundação em 2006, já doou mais de R$ 96 milhões. Desta vez, o objetivo será promover soluções para uma transição energética justa e inclusiva e mitigar os impactos da crise do clima, em um momento crucial para o planeta. O edital está com inscrições abertas até 25 de abril e busca projetos com práticas sustentáveis alinhadas aos maiores desafios globais. Cada um dos selecionados irá ganhar de R$ 50 mil a R$ 100 mil. Entre as organizações já beneficiadas está a Cúpula dos Povos, sediada no Pará. A iniciativa promove ações preparatórias para a COP30 e reúne povos indígenas, coletivos e movimentos sociais para debater temas-chave como a transição energética justa, prevenção de desastres, acesso a água, saneamento e a luta contra o racismo ambiental. Segundo a organização, a prioridade do fundo é apoiar as populações mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas e que tem as atividades cotidianas e modos de vida diretamente ameaçados."

Fonte: Exame; 05/04/2025

Internacional

Empresas

Projetos de parques eólicos offshore dos EUA diminuem à medida que a oposição de Trump aumenta obstáculos

"As empresas de energia desaceleraram a construção de parques eólicos offshore nos EUA por vários motivos nos últimos anos, incluindo, mais recentemente, a oposição do governo do ex-presidente Donald Trump. A energia eólica offshore foi um pilar fundamental da promessa do ex-presidente Joe Biden de que o combate às mudanças climáticas criaria empregos e revitalizaria a economia. No entanto, em 2023 e 2024, várias empresas de energia eólica offshore enfrentaram bilhões em baixas contábeis, prejuízos e outras taxas de cancelamento, após determinarem que não poderiam mais concluir projetos de forma lucrativa devido à disparada dos custos de construção, taxas de juros mais altas e problemas na cadeia de suprimentos. Após Trump suspender o arrendamento de novas usinas eólicas offshore em seu primeiro dia no Salão Oval, em janeiro, vários analistas de energia previram que novos projetos eólicos offshore, além daqueles já em construção, não avançariam nos próximos anos. Atualmente, há quatro parques eólicos offshore em funcionamento e produzindo energia nos EUA, além de outros quatro projetos em construção que devem entrar em operação entre 2025 e 2027. Também existem vários projetos em desenvolvimento avançado. Recentemente, alguns analistas alertaram que os projetos já em construção podem não estar a salvo de ações do governo Trump. “Sem a previsão de conclusão de novos projetos além dos que estão em construção (mesmo esses estão em risco), o setor nascente está precariamente posicionado”, afirmaram analistas do banco de investimentos americano Jefferies em uma nota esta semana."

Fonte: Reuters; 04/04/2025

Política

Projetos de baterias e de captura de carbono dos EUA são alvo de cortes na lista do DOE

"O Departamento de Energia dos Estados Unidos está avaliando a possibilidade de cortar bilhões de dólares em financiamento para projetos destinados a demonstrar o armazenamento de energia e a captura de carbono emergentes, de acordo com uma lista obtida pela Reuters. O cancelamento do financiamento para esses projetos representaria um grande golpe para as novas e promissoras tecnologias de redução de emissões de carbono, que dependem fortemente do apoio do governo, uma vez que a maioria dos investidores tradicionais do setor privado as considera muito arriscadas. Entre os projetos marcados como “cortados” na lista de mais de duas dúzias financiados pelo Escritório de Demonstrações de Energia Limpa do DOE, estão quatro projetos-piloto de captura de carbono que receberam um total de US$ 309 milhões no ano passado, além de três projetos de demonstração em estágio avançado na Califórnia, Texas e Dakota do Norte, que receberam US$ 890 milhões para tecnologias integradas de captura, transporte e armazenamento de carbono. “Todos os nossos membros estão defendendo a ideia de que esses projetos são extremamente importantes, portanto, recuar neste momento é catastrófico”, afirmou Jessie Stolark, diretora executiva do grupo comercial Carbon Capture Coalition, em uma entrevista. Ela acrescentou que alguns projetos já estão começando a executar poços de teste ou iniciar a construção. A lista também revelou cortes de financiamento planejados para seis dos nove projetos de armazenamento de bateria de longa duração."

Fonte: Reuters; 04/04/2025

Emissões do mercado de carbono da UE caem 5% em 2024, no caminho para atingir a meta de 2030

"As emissões de dióxido de carbono reguladas pelo sistema de comércio de emissões da União Europeia (ETS) caíram 5% em 2024, impulsionadas por cortes no setor de energia, informou a Comissão Europeia na sexta-feira. Aproximadamente 45% da produção de gases de efeito estufa da União Europeia é regulamentada pelo EU ETS, que é o principal esquema do bloco de 27 nações para combater o aquecimento global, cobrando pelo direito de emitir dióxido de carbono (CO2). O sistema obriga fabricantes, empresas de energia e companhias aéreas a pagarem pelo CO2 que emitem por meio da devolução das permissões de carbono. “As emissões do ETS estão agora cerca de 50% abaixo dos níveis de 2005 e no caminho certo para atingir a meta de -62% até 2030”, afirmou a Comissão da UE em um comunicado. A maior queda ocorreu no setor de energia, que registrou uma redução de 12% nas emissões em comparação com os níveis de 2023. “Essa redução se deve a um aumento de 8% na produção de eletricidade a partir de fontes renováveis e de 5% na energia nuclear, juntamente com uma diminuição de 8% no uso de gás e de 15% no carvão”, explicou a Comissão. As emissões da indústria permaneceram estáveis, com um corte de 5% nas emissões do setor de cimento compensado por um aumento de 7% no setor de fertilizantes. As emissões do setor de aviação aumentaram cerca de 15%, o que, segundo a Comissão, se deveu à ampliação da cobertura geográfica, incluindo voos não domésticos. O ETS foi expandido para incluir algumas emissões marítimas no ano passado, com 72 milhões de toneladas de CO2 registradas para 2024."

Fonte: Reuters; 04/04/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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