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Brasil promoverá multilateralismo climático na COP30, diz André Correa do Lago | Café com ESG, 06/03

Primeiro discurso oficial do presidente da COP30, André Corre do Lago; BP reporta emissões para o ano de 2024

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,2% e 0,4%, respectivamente.

• Do lado das empresas, (i) uma análise publicada ontem pelo centro de estudos climáticos InfluenceMap revelou que mais da metade das emissões de carbono do mundo provém dos combustíveis fósseis produzidos por apenas 36 empresas - de Saudi Aramco, Coal India, ExxonMobil a Shell, essas 36 companhias foram responsáveis pela produção de carvão, petróleo e gás que resultaram em mais de 20 bilhões de toneladas de emissões de CO₂ em 2023; e (ii) as emissões escopo 1 e 2 da BP aumentaram para 322 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente em 2024, conforme divulgado pela empresa em seu relatório anual publicado hoje - esses números representam um aumento de quase 3% vs. 2023.

• Na política, em seu primeiro discurso formal como líder da COP30, André Correa do Lago dirigiu-se ontem à Assembleia Geral da ONU em Nova York, enfatizando a necessidade de colaboração internacional na cúpula de novembro em Belém - segundo ele, o Brasil promoverá o multilateralismo e o respeito à ciência.

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Brasil

Empresas

Instituto BRF seleciona quatro projetos para combater desperdício de alimentos

"Quais negócios estão à frente de ações voltadas a redução do desperdício de alimentos? O Instituto BRF, braço social da BRF, anunciou os projetos selecionados no Desafio IBRF Perda Zero, uma iniciativa desenvolvida em parceria com o HUB BRF para ajudar a combater o problema no Brasil. Na liderança das iniciativas estão startups, organizações da sociedade civil, cooperativas e instituições de ensino, reforçando o potencial transformador do setor. As soluções escolhidas serão implementadas em seis cidades onde a BRF tem operações: Lajeado (RS), Toledo (PR), Lucas do Rio Verde (MT), Uberlândia (MG), Rio Verde (GO) e Concórdia (SC). Cada projeto receberá mentoria e investimento financeiro para garantir o impacto positivo nas comunidades. Raquel Ogando, diretora de Reputação e Impacto Social da BRF, destacou que as iniciativas reforçam o compromisso da companhia em combater a perda de alimentos e gerar um legado socioambiental."

Fonte: Exame; 05/03/2025

Defesa do multilateralismo climático é fundamental para a liderança do Brasil, diz presidente da COP30

"O Brasil utilizará sua presidência das negociações climáticas globais anuais das Nações Unidas para promover o multilateralismo e o respeito à ciência, afirmou o presidente designado da COP30, André Aranha Correa do Lago, na quarta-feira, em uma resposta ao presidente dos EUA, Donald Trump, sobre questões climáticas. Em seu primeiro discurso formal como novo líder da COP30, Correa do Lago dirigiu-se à Assembleia Geral da ONU em Nova York, enfatizando a necessidade de colaboração internacional na cúpula de novembro na cidade amazônica de Belém. Seu discurso foi proferido em um momento turbulento na política climática dos EUA, com Trump retirando o país — o maior emissor histórico — do Acordo Climático de Paris e reduzindo o financiamento climático global americano durante suas primeiras semanas no cargo. Além disso, Trump também retirou os EUA das principais avaliações da ONU sobre mudanças climáticas. Na semana passada, seus assessores, em um esforço para reduzir o tamanho do governo federal, demitiram centenas de funcionários da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, uma agência que realiza pesquisas climáticas cruciais. “O Brasil tem a firme convicção de que não há progresso futuro para a humanidade sem uma cooperação profunda, rápida e sustentada entre todos os países”, disse Correa do Lago, sem mencionar explicitamente as políticas climáticas de Trump. “As instituições multilaterais podem e devem apresentar resultados proporcionais à escala do desafio climático”, acrescentou."

Fonte: Reuters; 05/03/2025

Brasil buscará traduzir os 10 anos do Acordo de Paris em resultados palpáveis, diz presidente da COP30

"A defesa do multilateralismo e o respeito pela ciência serão os pilares da presidência brasileira na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que buscará encontrar soluções "estruturais e avançadas" para acelerar a implementação do Acordo de Paris, que neste ano completa dez anos de assinatura. "Nossas instituições multilaterais podem e devem entregar resultados proporcionais à escala do desafio climático", afirmou o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, em discurso nesta quarta-feira (5), na Assembleia Geral da ONU sobre as prioridades e preparativos para a conferência, que acontecerá em novembro, em Belém, no Pará. "O Brasil tem a firme convicção de que não há progresso para a humanidade sem uma cooperação profunda, rápida e sustentada entre todos os países", afirmou Lago na abertura de seu discurso, que durou quase 20 minutos. Ele lembrou que 2024 foi o ano mais quente da histórica, com a temperatura média global excedendo 1,5 grau acima de seu nível pré-industrial. Por isso, defendeu que a COP30 foque em buscar meios de os países acelerarem a implementação do Acordo de Paris. "Agora, não apenas ouvimos sobre riscos climáticos, mas também vivemos a urgência climática. Ela chegou às nossas portas, alcançando nossos ecossistemas, cidades e vidas diárias", disse Lago. Diante da urgência climática, a complexidade da nossa tarefa à frente é fortalecer a governança climática e fornecer agilidade tanto na tomada de decisões quanto na implementação [do Acordo de Paris]", completou."

Fonte: Valor Econômico; 05/03/2025

União cobra R$ 76 milhões de infratores por danos ambientais

"A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com 12 ações civis públicas (ACPs) na Justiça contra 23 infratores ambientais pela destruição de vegetação nativa nos biomas da Amazônia, Mata Atlântica, do Cerrado, Pampa e Pantanal. Ao todo, os pedidos cobram o pagamento de R$ 76 milhões pelos infratores. As ações protocoladas somam uma área de 6,8 mil hectares em 11 Estados e foram elaboradas a partir de autos de infrações e laudos produzidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo a AGU, os valores cobrados dos réus se referem ao montante necessário à recuperação das áreas degradadas e à indenização por dano moral coletivo, interino e residual e enriquecimento ilícito relativo ao dano ambiental. As ações foram ajuizadas no âmbito do AGU Recupera, grupo estratégico ambiental instituído em 2023 para atuação em demandas judiciais prioritárias, visando à proteção dos biomas brasileiros e do patrimônio cultural. “Esse primeiro lote de 2025 do AGU tem extrema relevância diante de toda proteção que o meio ambiente carece, tendo em vista o efeito das ações ajuizadas na defesa dos mais diversos biomas brasileiros por meio da recuperação das áreas degradadas, pois, além da Amazônia, foram contemplados o Cerrado, o Pantanal, a Mata Atlântica e os Pampas”, afirma Filipe Araújo Cavalcante, integrante da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente da AGU (Pronaclima)."

Fonte: Valor Econômico; 05/03/2025

Defesa encerra uso das Forças Armadas em ações de apoio ao combate aos incêndios na Amazônia Legal

"O ministro da Defesa, José Múcio, encerrou o emprego “temporário e episódico” das Forças Armadas em atividades de apoio às ações de combate aos incêndios e à estiagem na Amazônia Legal. Segundo portaria publicada nesta quarta-feira (05) no Diário Oficial da União (DOU), o uso das Forças Armadas foi encerrado no dia 31 de janeiro."

Fonte: Valor Econômico; 05/03/2025

‘COP é chance única para Brasil se tornar líder global em clima’, diz executivo

"Veterano de conferências do clima da ONU, as COPs, o francês Michel Frédeau, conselheiro sênior do Boston Consulting Group (BCG), deve passar um período maior no Brasil neste ano, já que Belém, vai sediar a COP30 em novembro. Para ele, sediar a COP é um investimento significativo, tanto em termos financeiros quanto em termos de mobilização política e institucional, mas é também uma chance única para o Brasil se posicionar como um líder global nas soluções climáticas. “É um custo significativo e também uma grande responsabilidade. Por isso, nada mais justo que o país anfitrião aproveitar essa oportunidade para enviar uma mensagem ao mundo. O Brasil está fazendo isso por um motivo: promover o país e contribuir para a agenda climática”, diz o executivo já soma mais de 40 anos de experiência no BCG."

Fonte: Valor Econômico; 06/03/2025

Internacional

Empresas

Metade das emissões mundiais de CO2 vem de 36 empresas de combustíveis fósseis, diz estudo

"Mais da metade das emissões de carbono que aquecem o clima no mundo vem dos combustíveis fósseis produzidos por apenas 36 empresas, revelou uma análise publicada nesta quarta-feira (5) pelo centro de estudos climáticos InfluenceMap, sediado em Londres. Segundo o documento, as 36 principais empresas de combustíveis fósseis, incluindo Saudi Aramco, Coal India, ExxonMobil, Shell e várias companhias chinesas, produziram carvão, petróleo e gás responsáveis por mais de 20 bilhões de toneladas de emissões de CO₂ em 2023. Se a Saudi Aramco fosse um país, seria o quarto maior poluidor do mundo, atrás apenas da China, dos EUA e da Índia. Já a ExxonMobil é responsável por emissões equivalentes às da Alemanha, o nono maior poluidor global, segundo os dados. Os pesquisadores disseram que os dados de 2023 reforçam o argumento de responsabilizar as empresas de combustíveis fósseis por sua contribuição para o aquecimento global. Versões anteriores do relatório anual já foram usadas em processos judiciais contra empresas e investidores. “Essas empresas mantêm o mundo dependente dos combustíveis fósseis sem planos para reduzir a produção”, disse Christiana Figueres, que chefiava a ONU para o clima quando o Acordo de Paris foi assinado em 2015, em declaração no documento. “A ciência é clara: não podemos retroceder para mais combustíveis fósseis e mais extração. Em vez disso, devemos avançar para as muitas possibilidades de um sistema econômico descarbonizado que funcione para as pessoas e o planeta.”"

Fonte: Valor Econômico; 05/03/2025

As emissões da BP aumentaram em 2024, segundo o relatório anual

"As emissões sob controle operacional da BP e o uso de seus produtos aumentaram para 33,6 milhões de toneladas métricas e 322 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente, respectivamente, em 2024, conforme divulgado pela empresa em seu relatório anual na quinta-feira. Esses números representam um aumento em relação a 32,1 milhões e 315 milhões de toneladas em 2023, respectivamente."

Fonte: Reuters; 06/03/2025

Suprema Corte discute o poder de licenciamento de armazenamento de resíduos nucleares da agência dos EUA

"Na quarta-feira, a Suprema Corte dos EUA debateu se a Comissão Reguladora Nuclear (NRC) tem autoridade para licenciar determinadas instalações de armazenamento de resíduos nucleares, em meio a objeções apresentadas pelo estado do Texas e por interesses do setor petrolífero. Os juízes ouviram os argumentos em uma apelação do governo dos EUA e de uma empresa que recebeu uma licença da NRC para operar uma instalação no oeste do Texas, contestando a decisão de um tribunal de primeira instância que declarou o arranjo de armazenamento ilegal. A NRC é a agência federal responsável pela regulamentação da energia nuclear nos Estados Unidos. Alguns juízes conservadores expressaram ceticismo em relação à alegação da NRC de que o Congresso lhe conferiu autoridade para licenciar instalações temporárias de armazenamento de resíduos nucleares fora do local. Por outro lado, alguns juízes liberais questionaram se os autores da ação deveriam ter permissão para contestar a licença após sua concessão. A Suprema Corte, que possui uma maioria conservadora de 6 a 3, tem demonstrado ceticismo em relação à autoridade das agências reguladoras federais em várias decisões importantes nos últimos anos. O caso da NRC está sendo discutido em um momento em que o governo do presidente Donald Trump tem atacado diversas agências em sua campanha para reduzir e reformar o governo dos EUA, além de demitir milhares de funcionários federais."

Fonte: Reuters; 05/03/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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