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BNDES aprova financiamento de R$566mi para projetos de redução de emissões da Gerdau | Café com ESG, 23/06

BNDES aprova financiamento para a Gerdau; Primeira licença ambiental para projeto eólico offshore

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em território misto, com o Ibovespa andando de lado (-0,1%), enquanto o ISE avançou 0,2%. Já o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV caindo 1,1% e o ISE 1,3%.

• No Brasil, (i) o BNDES aprovou um financiamento de R$ 566 milhões para a Gerdau construir um mineroduto e um rejeitoduto em Ouro Preto (MG), além da implementação de um centro de reciclagem de sucata em Pindamonhangaba (SP) - de acordo com o banco de desenvolvimento, os empreendimentos vão reduzir as emissões de mais de 100 mil toneladas de gases do efeito estufa equivalente por ano; e (ii) o Ibama vai anunciar, nesta semana, a primeira licença ambiental para um projeto de eólica offshore no país - o projeto prevê a instalação de uma planta piloto do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis a 20 km da costa de Areia Branca, no Rio Grande do Norte.

• No internacional, a Comissão Europeia decidiu abandonar oficialmente a proposta que buscava estabelecer regras para o uso de termos ligados à sustentabilidade, como “carbono neutro”, “biodegradável” e “ecológico”, em produtos e campanhas de marketing - a norma pretendia combater a prática de greenwashing e proteger consumidores de afirmações enganosas que fabricantes e comerciantes fazem sobre atributos ambientais, sociais e climáticos de seus produtos e serviços.

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Brasil

Empresas

Agricultores brasileiros de soja devastam a floresta amazônica, apesar do pacto contra o desmatamento

"Os produtores brasileiros de soja estão avançando ainda mais na floresta amazônica para expandir suas plantações, pressionando um acordo histórico firmado há duas décadas com o objetivo de frear o desmatamento. Muitos estão aproveitando uma brecha na Moratória da Soja Amazônica, um acordo voluntário assinado em 2006 pelos principais comerciantes globais de grãos, que se comprometeram a não comprar soja cultivada em terras desmatadas após 2008. A Moratória protege florestas tropicais antigas que nunca foram desmatadas, mas exclui diversos outros tipos de vegetação e florestas que se regeneraram em áreas previamente desmatadas, conhecidas como florestas secundárias. Embora essas áreas também sejam importantes para a preservação do frágil bioma amazônico, os agricultores podem desmatá-las para plantar soja sem violar os termos da Moratória, chegando até a comercializar essa soja como livre de desmatamento. O relatório anual oficial mais recente sobre a Moratória, referente ao ano agrícola de 2022-2023, indicou que a soja plantada em florestas virgens quase triplicou entre 2018 e 2023, alcançando 250 mil hectares, ou 3,4% de toda a soja cultivada na Amazônia. A área de estudo do relatório se limita a municípios com mais de 5 mil hectares de soja plantada. No entanto, Xiaopeng Song, professor do departamento de ciências geográficas da Universidade de Maryland, que acompanha a expansão da soja nas últimas duas décadas, identificou uma perda florestal mais de quatro vezes maior."

Fonte: Reuters; 20/06/2025

BNDES aprova R$ 566 milhões para mineroduto e centro de reciclagem da Gerdau

"O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 566 milhões para a Gerdau construir um mineroduto e um rejeitoduto em Ouro Preto (MG). O crédito também será utilizado na implementação de um centro de reciclagem de sucata em Pindamonhangaba (SP). Os recursos são oriundos do Finem e do Fundo Clima. De acordo com o BNDES, os empreendimentos vão reduzir as emissões de mais de 100 mil toneladas de gases do efeito estufa equivalente por ano e gerar cerca de 4.500 empregos diretos e indiretos. O projeto prevê a construção de um mineroduto com 13 quilômetros de comprimento entre a Mina de Miguel Burnier, em Ouro Preto, e a unidade de produção de aço localizada em Ouro Branco, ambas em Minas Gerais, além de um rejeitoduto com 10 quilômetros de comprimento. A Gerdau também implementará um centro de reciclagem para beneficiamento de sucata na unidade de produção de aços especiais da empresa, localizada em Pindamonhangaba (SP). No centro, será possível beneficiar todo o material recebido como sucata e separar os ferrosos, os não ferrosos e as impurezas, como terra, borracha, plástico e outros. De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o projeto de construção do mineroduto foi aprovado com recursos do Fundo Clima por se tratar de um modal que evita emissões de gases poluentes em comparação com o modal tradicional, por meio de caminhões movidos a diesel."

Fonte: Valor Econômico; 21/06/2025

Biodiesel é aposta de floresta em pé e renda para famílias

"Manter a floresta em pé virou a aspiração do mundo para a Amazônia em meio aos riscos climáticos representados pelo desmatamento na maior floresta tropical do planeta, mas simultaneamente há o desafio de melhorar as condições de vida da população local. Uma das alternativas que mostram que é possível conciliar as duas demandas é a produção de biocombustíveis, especialmente o biodiesel. “Experimentei recentemente uma revolução na minha vida em termos econômicos. Hoje eu tenho a minha casa bem estruturada, carro. Não imaginava que um dia conseguiria ter a situação econômica que tenho”, conta Luane Alves Penha, agricultora e produtora de açaí na cidade de Mazagão, no Amapá. “A situação da família melhorou a partir do momento em que aprendemos a produzir preservando a natureza”, acrescenta a proprietária de um terreno de 50 hectares (500 mil m2) onde produz açaí junto com outras culturas como mandioca, coco, abacaxi, banana, limão, abóbora e milho. Luane, que vive com o marido e tem três filhos, explica que a mudança veio há dois anos, quando se associou a uma cooperativa local de alimentos chamada Bio+Açaí, que atende de forma contínua 812 famílias no Amapá e no Pará e oferece assistência técnica à produção, além de garantir a compra de todo o açaí dos cooperados. “Antes tínhamos muita incerteza. Produzíamos um pouco, mas desanimava porque não tinha pra quem vender”, diz a agricultora."

Fonte: Valor Econômico; 23/06/2025

Transição energética e industrial deve respeitar contextos regionais, indica quarta carta da COP30

"A transição energética industrial deve respeitar as circunstâncias regionais, indica a quarta carta da presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), publicada nesta sexta (20/6). “A natureza multifacetada do desafio climático exige que soluções inovadoras sejam adaptadas de acordo com as circunstâncias regionais, nacionais e locais, de forma a beneficiar mais comunidades e países”, afirma o documento. Na primeira carta, a presidência propôs um “mutirão” global contra a mudança do clima, ao mesmo tempo em que reforçou a visão brasileira sobre transição justa. Enquanto na segunda, defendeu um novo modelo de governança a partir de “círculos de liderança”. Em maio, a terceira carta trouxe a primeira menção explícita de uma agenda para a transição dos combustíveis fósseis. Agora, o novo documento lista agenda de ações prioritárias da conferência, conforme antecipado pela agência eixos. E defende que a implementação das iniciativas deve ter flexibilidade para diferentes contextos geográficos, econômicos e sociais. A mensagem é focada na implementação do Balanço Global do Acordo de Paris (GST, do inglês, Global Stocktake), um processo que avalia a resposta do mundo à crise climática a cada cinco anos. O primeiro foi realizado há dois anos, durante a COP28, em Dubai. Entre as conclusões do GST está que as metas atuais não são suficientes para limitar o aquecimento global a 1,5° C, mesmo com a melhora na previsão de aumento das temperaturas globais para entre 2,4°C e 2,6°C até o final do século, em comparação com 3,7°C e 4,8°C em 2010."

Fonte: Eixos; 20/06/2025

Ibama prepara emissão de primeira licença para eólica offshore

"O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai anunciar, na próxima semana, a primeira licença ambiental para um projeto de eólica offshore do Brasil. A agência eixos apurou que a licença será para um empreendimento piloto do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), no Rio Grande do Norte. A decisão da Diretoria de Licenciamento Ambiental (DILIC) do Ibama está registrada com data da última quarta (18/6), um dia após o Congresso derrubar os vetos presidenciais a emendas ao texto do marco legal das eólicas offshore. O projeto “68 RN-10 Sítio de Testes SENAI” prevê a instalação da planta a 20 km da costa de Areia Branca — nas proximidades do Porto-Ilha de Areia Branca. A estrutura incluirá dois aerogeradores, com potência somada de 22 MW. A iniciativa servirá para testes de desempenho dos equipamentos de geração eólica offshore nas condições do mar equatorial brasileiro, segundo o Senai, que prevê ainda este ano o lançamento de um “edital multiclientes” para empresas que queiram se engajar no projeto. Atualmente, existem 104 projetos de eólicas offshore com pedidos de licenciamento junto ao Ibama, somando 247,3 GW de capacidade. Desses, apenas três pedidos são para projetos-piloto. Um deles do Senai, no Rio Grande do Norte, e outros dois no Rio de Janeiro, sendo um da Petrobras e outro do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O Rio Grande do Norte conta com 14 pedidos junto ao Ibama de projetos que somam 25,4 GW."

Fonte: Eixos; 20/06/2025

Internacional

Empresas

Brasil, Índia e Egito emergem em novo cinturão da indústria solar

"Um bloco de mercados emergentes, com destaque para Brasil, Índia e Egito, está rapidamente alcançando os países com bases industriais tradicionais no mercado de energia renovável, formando o “novo cinturão industrial solar”, mostra um relatório publicado esta semana pela Mission Possible Partnership (MPP). Com dados do Global Project Tracker, o levantamento calcula que a China deve continuar liderando o desenvolvimento da indústria renovável no mundo, representando um quarto dos US$ 250 bilhões em investimentos no setor, seguida pelos Estados Unidos (20%) e pela União Europeia (15%). Mas eles podem, em breve, ser superados por uma série de países recém-industrializados. Isso, se essas nações emergentes forem capazes de capitalizar suas condições favoráveis para a produção de energia renovável e impulsionar setores como hidrogênio de baixo carbono e captura e armazenamento de CO2 (CCS) – insumos para a indústria verde. “Essa mudança aponta para um potencial realinhamento industrial, à medida que a produção de materiais, produtos químicos e combustíveis se move entre geografias e novos corredores comerciais emergem”, diz a MPP. O relatório avalia que um novo “cinturão industrial solar” está no centro dessa mudança: a região que abrange África, Ásia e América do Sul, combinando recursos naturais abundantes e ambiente político favorável. Entre os países emergentes e em desenvolvimento que compõem o cinturão do estudo, Índia, Brasil, Turquia e os da África Subsaariana respondem atualmente por 30% da base total de projetos considerados como “indústria limpa” planejados e realizados."

Fonte: Eixos; 20/06/2025

ArcelorMittal abandona plano de converter fábricas alemãs para produção ecológica

"A maior produtora de aço da Europa abandonou os planos de converter duas usinas siderúrgicas na Alemanha para produção verde e alertou que também pode fechar uma usina emblemática de biocombustíveis na Bélgica, representando um revés para os esforços da Europa de descarbonizar sua indústria pesada. A ArcelorMittal anunciou que recusará 1,3 bilhão de euros em subsídios públicos destinados a apoiar a adaptação das instalações em Bremen e Eisenhüttenstadt para o uso de hidrogênio em substituição ao carvão nos fornos de aço. Além disso, a empresa alertou que pode encerrar sua principal fábrica de etanol verde na Bélgica devido à regulamentação restritiva da União Europeia sobre biocombustíveis e redução de emissões, o que a obrigaria a vender sua produção com prejuízo. A Alemanha esperava que os subsídios incentivassem a ArcelorMittal a converter suas usinas siderúrgicas existentes para utilizar hidrogênio como fonte de energia para os fornos, dentro de seus ambiciosos planos de descarbonização industrial. No entanto, a ArcelorMittal afirmou que “simplesmente não é competitivo” prosseguir com as usinas, devido aos altos custos de energia na Alemanha e à grande incerteza quanto ao futuro mix energético do país. Geert van Poelvoorde, diretor executivo da ArcelorMittal Europe, declarou: “Mesmo com o apoio financeiro, os argumentos comerciais para avançar com essa transformação não são suficientemente fortes, o que evidencia a dimensão do desafio.”"

Fonte: Financial Times; 20/06/2025

Europa desiste de regra para proteger consumidores de greenwashing

"A Comissão Europeia decidiu abandonar oficialmente a proposta que buscava estabelecer regras para o uso de termos ligados à sustentabilidade, como “carbono neutro”, “biodegradável” e “ecológico”, em produtos e campanhas de marketing. A Green Claims Directive previa a exigência de comprovação científica e validação independente para o uso desses termos, comuns em rótulos, embalagens e publicações nas redes sociais. A norma pretendia combater a prática de greenwashing e proteger consumidores de afirmações enganosas que fabricantes e comerciantes fazem sobre atributos ambientais, sociais e climáticos  de seus produtos e serviços. Relatórios da própria Comissão indicaram que mais da metade das propagandas e embalagens “pró-meio ambiente” de empresas no bloco eram enganosas ou infundadas. A ideia era padronizar critérios e oferecer segurança jurídica tanto para consumidores quanto para empresas que investem em sustentabilidade. A justificativa para abandonar a proposta é de que não há mais “condições políticas” para avançar com a medida, mesmo após a aprovação pelo Parlamento Europeu em março. A proposta enfrentou bloqueios no Conselho da União Europeia, especialmente por parte de países como Itália e República Tcheca, com conservadores liderando o movimento contra as medidas. Um dos argumentos usados por eles é de que, embora a proposta original isentasse as microempresas das regras, as discussões em curso abririam margem para que 30 milhões de microempresas acabassem tendo que cumpri-las, em especial por conta de encargos administrativos."

Fonte: Capital Reset; 20/06/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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