Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (0,0%), enquanto o ISE teve leva queda de 0,82%.
• No Brasil, (i) a Eletrobras vai vender um conjunto de 13 térmicas a gás para a Âmbar Energia, controlada pela J&F Investimentos, no valor aproximado de R$4,7 bilhões – a Eletrobras já havia colocado essas térmicas à venda desde julho do ano passado, dentro de sua visão estratégica de sair de fontes de energia poluentes e focar apenas nas renováveis; e (ii) o setor siderúrgico no país teme que uma nova regra da União Europeia (UE), que vai entrar em vigor em 2026 e visa a evitar a entrada de produtos com alta pegada de carbono no bloco, acabe elevando as importações de aço aqui, acirrando a concorrência com o produto nacional – por isso isso, o setor tem pressionado para que o governo brasileiro adote norma semelhante.
• No internacional, o Presidente americano Joe Biden intensificou as regras de economia de combustível para veículos até 2031, em linha com a sua estratégia de promover a produção de carros elétricos e híbridos, além de estimular avanços enquanto a eficiência energética – a nova regra foi bem menos restritiva do que a proposta anteriormente, e dividiu opiniões em diferente setores do país.
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Brasil
Empresas
J&F leva térmicas da Eletrobras e deve ficar com a Amazonas Energia
“A J&F Investimentos, a holding dos irmãos Batista, vai pagar R$ 4,7 bilhões pelo conjunto de térmicas a gás da Eletrobras — num acordo mais amplo que deve levar à aquisição também da Amazonas Energia. A transação, que está sendo feita pela Âmbar Energia, controlada pela J&F, envolve os 13 ativos térmicos da Eletrobras, que tem uma capacidade somada de 2 GW e prazo de contratação de 2 a 6 anos. Esses ativos fizeram uma receita de R$ 2,4 bilhões no ano passado, com um EBITDA de R$ 1,1 bilhão. A Eletrobras já havia colocado essas térmicas à venda desde julho do ano passado, dentro de sua visão estratégica de sair de fontes de energia poluentes e focar apenas nas renováveis. Na época, a companhia contratou o Morgan Stanley, e chegou a receber sondagens da Eneva. O preço da venda inclui um earnout de R$ 1,2 bilhão, cujos termos não foram divulgados. Como parte do acordo, a Eletrobras concordou em transferir todos os créditos que tem contra a Amazonas Energia — no caso de uma transferência de controle da distribuidora. (Hoje, há mais de R$ 6 bilhões provisionados, mas o valor de mercado desses créditos é menor, já que a chance da Eletrobras receber era baixíssima). Uma fonte próxima à Amazonas Energia disse ao Brazil Journal que o acordo deve levar à aquisição da distribuidora por parte dos irmãos Batista — resolvendo uma situação problemática para o Governo. A Amazonas Energia enfrenta sérios problemas financeiros há décadas e o Governo vinha estudando uma intervenção na empresa ou um processo de caducidade, com o encerramento precoce da concessão.”
Fonte: Brazil Journal 10/06/2024
MP que amplia prazo para projetos de energia renovável com subsídios nas tarifas é prorrogada
“O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prorrogou por mais 60 dias a vigência da Medida Provisória nº 1.212, que concede mais prazo para implantação de projetos de energia renovável com subsídios nas tarifas de transmissão e distribuição. A medida consta de ato de Pacheco publicado nesta segunda-feira (10) no Diário Oficial da União (DOU).”
Fonte: Valor Econômico, 10/06/2024
Relatório do BNDES sobre Angra 3 será submetido ao CNPE em setembro
“O diretor-presidente da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), que controla a Eletronuclear, Luis Fernando Paroli, disse que relatório do BNDES sobre a tarifa da usina nuclear de Angra 3 será entregue esta semana pelo banco. O documento, segundo ele, deve ser submetido em setembro ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para a aprovação. O parecer do banco é fundamental para a decisão sobre se o Brasil dará continuidade ou não à nova usina. O projeto da central nuclear se arrasta desde os anos 1980 e parou por conta da crise econômica da década perdida e de denúncias de corrupção. Até o momento, foram investidos R$ 7,8 bilhões e são necessários quase três vezes esse valor para colocá-la em pé. Já foram realizados 67% da obra civil. Se concluída, a usina terá uma capacidade instalada de 1,4 GW. “O BNDES fará esta semana a entrega do relatório em relação à tarifa [da usina] e com isso a gente vai poder subsidiar o CNPE e o governo relação final a Angra 3. Me parece que este é um assunto que está muito mais palatável dentro do governo, com as possibilidades de redução de tarifa que colocamos e estou esperançoso de que logo teremos uma decisão final, que será positiva em relação a terminar a usina”, disse. Por enquanto, não há um valor fechado de quanto será a tarifa ao consumidor. Para especialistas, não faz sentido que o custo da tarifa da usina seja elevado, já que Angra 3 é considerada irmã gêmea de Angra 2. Ambas contam com tecnologia alemã, e as etapas de construção da unidade incluem as obras civis, a montagem eletromecânica, comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais.”
Fonte: Valor Econômico, 10/06/2024
CVM quer liderar tema de finanças verdes no mundo
“As finanças sustentáveis podem aumentar as oportunidades para investidores brasileiros e estrangeiros, além de expandir o ambiente de negócios doméstico e o número de emissores, avalia o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento. O conceito engloba temas como mercado de carbono, títulos verdes, fundos sustentáveis e normas para reportar sustentabilidade. A agenda verde do órgão regulador entra em pauta hoje e amanhã na “Sustainability Week” em Manaus (AM). No evento, produzido pelo BID Invest, a autarquia discute como a tecnologia pode ajudar em soluções sustentáveis para os negócios e como estruturar produtos financeiros inovadores em sustentabilidade nos mercados de capitais. “A CVM segue atenta a todas as temáticas tradicionais do mercado de capitais, mas também está de olhos bem abertos para as novas tendências globais e para as oportunidades que elas trazem consigo. As finanças sustentáveis estão neste cenário”, disse Nascimento em entrevista ao Valor. Segundo o presidente, o tema está entre as tendências globais apresentadas na reunião anual da Iosco no final de maio, organização internacional de valores mobiliários que orienta e reúne mais de 180 reguladores de diferentes países, entre eles, a CVM.“O mundo é comprador dos títulos de finanças sustentáveis. Isso é mais do que algo desejável, é um bom negócio, e para o Brasil tende a ser ainda maior do que para os outros países, porque o país é um ‘carbon bank’ ”, completou Nascimento. Para o diretor da CVM Daniel Maeda, o órgão regulador tem vocação para liderar o debate global sobre finanças sustentáveis, alinhada ao Plano de Transição Ecológica do governo federal a uma visão de país que prioriza essa agenda. “O mercado de capitais pode ser o grande veículo para fazer essa pauta acontecer”, avalia.”
Fonte: Valor Econômico, 11/06/2024
“O avanço da extrema direita no Parlamento Europeu deve acirrar medidas protecionistas que têm parceiros comerciais na mira, como o Brasil. Sob a bandeira verde da redução de emissões de carbono, começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2025, o European Union Deforestation Act (EUDR), a lei antidesmatamento da União Europeia (UE), cujo principal objetivo é impedir a importação de produtos originários de áreas que foram desmatadas, legalmente ou não, a partir de 2020. O governo está particularmente preocupado com a proximidade da entrada em vigor da lei e não descarta recorrer a fóruns internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC). A nova lei tem como foco sete setores: gado bovino, café, cacau, produtos florestais (que abrange papel, celulose, bem como madeira), soja, óleo de palma e borracha. A lista inclui derivados, como couro, móveis e chocolate. Uma análise feita pelos técnicos conclui que 31,8% das exportações brasileiras para a região poderão ser afetados. No ano passado, o Brasil vendeu US$ 46,3 bilhões ao bloco europeu. Com a lei, há impacto potencial de US$ 14,7 bilhões, valor equivalente, por exemplo, ao que o país embarcou para o Oriente Médio (cerca de US$ 15 bilhões) em 2023. Para a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, a lei vai punir países que preservaram florestas. — O lado brasileiro tem dito que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive a possibilidade de se questionar a medida do bloco europeu nas esferas apropriadas — diz Tatiana. Ela disse que há um trabalho em curso para reduzir custos e mitigar riscos para os exportadores brasileiros. Uma das frentes é o diálogo com autoridades da União Europeia, para esclarecer dúvidas sobre a legislação e defender os interesses do país na regulamentação e implementação da lei.”
Fonte: O Globo, 11/06/2024
“O setor siderúrgico no Brasil teme que uma nova regra da União Europeia (UE), que vai entrar em vigor em 2026 e visa a evitar a entrada de produtos com alta pegada de carbono no bloco, acabe elevando as importações de aço aqui, acirrando a concorrência com o produto nacional. Por isso, quer que o governo brasileiro adote norma semelhante. Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil importou 1,747 milhão de toneladas de aço, 21,5% mais que em igual período de 2023. O temor da indústria é que essa trajetória de alta se amplie com a nova regra europeia. Se o aço de outros países ficará mais caro entrando na Europa, a tendência é esses produtores bucarem outros mercados que não têm leis ambientais tão rígidas, como o Brasil. Em abril, o governo brasileiro anunciou a elevação da tarifa sobre importação do aço, para conter o avanço das importações, especialmente de produtos chineses. A nova regra europeia se traduz no mecanismo de ajuste de carbono na fronteira (Cbam, na sigla em inglês), pelo qual os produtos importados pela UE terão de pagar uma taxa para entrar no mercado europeu, caso as emissões ao longo da sua produção sejam maiores que as dos concorrentes produzidos nos países do bloco. A União Europeia estabeleceu a meta de reduzir as emissões de carbono em 55% em relação aos níveis de 1990 até 2030, e também alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Para alcançar a sua meta a UE criou o Green Deal, uma iniciativa que propõe medidas para descarbonizar sua economia. Uma delas é o Cbam. A ideia é evitar o que os especialistas chamam de vazamento de carbono, ou seja, que as fábricas europeias transfiram suas instalações para países que não têm normas ambientais tão rígidas e, assim, possam continuar produzindo produtos com altas taxas de emissão de CO2. Com o Cbam, os produtos fabricados fora da UE terão de fazer o ajuste de fronteira e pagar pelas emissões.”
Fonte: O Globo, 11/06/2024
O papel da área financeira para a implantação de medidas ESG
“Nos últimos 20 anos, as pautas ESG se consolidaram globalmente, iniciadas pela provocação de Kofi Annan, então Secretário-Geral da ONU em 2004, preocupado com a sustentabilidade do planeta. Melhorias nas áreas ambiental, social e de governança se tornaram essenciais, com a área financeira desempenhando um papel crucial na gestão das organizações e na alocação de recursos adequados para implementar medidas ESG. O “G” da sigla representa a governança, que tem se fortalecido nas empresas com o apoio do ecossistema de negócios. Novas regras foram criadas nos mercados regulados, no mercado de capitais, nas negociações com fornecedores e nas instituições financeiras, que para a concessão de crédito, agora avaliam como as empresas se organizam, gerenciam seus negócios e tratam a sustentabilidade. Empresas mais evoluídas e preocupadas com sua perenidade têm profissionalizado seus corpos diretivos e introduzido membros independentes nos conselhos de administração, fiscal e consultivo, promovendo a inclusão e a diversidade. Conselhos diversos geram mais valor às organizações. Novos códigos de conduta, formas de comunicação sobre fraude e corrupção, controles internos para identificar e mitigar riscos empresariais, e novas políticas também têm reformulado o arcabouço empresarial brasileiro, cada vez mais exposto aos mercados internacionais e com necessária adaptação. Já o “S” da sigla representa a questão social, envolvendo a melhoria da qualidade de vida por meio da erradicação da pobreza e da fome, redução das desigualdades, promoção de saúde e educação de qualidade, acesso a água e saneamento, e igualdade de gênero nas organizações. Há uma intersecção entre o “S” e o “G” nas ações promovidas pela governança das empresas na contratação de pessoas diversas em termos de raça, gênero, idade, condição física e orientação sexual, estimulando desenvolvimento e melhor qualidade de vida.”
Fonte: Valor Econômico, 11/06/2024
Política
Políticas para biocombustíveis não podem inibir desenvolvimento do hidrogênio verde, diz Gabrielli
“O ex-presidente da Petrobras e pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Sergio Gabrielli, alertou nesta segunda (10/6) que políticas públicas de incentivo aos biocombustíveis precisam ter cuidado para não criar barreiras à produção de combustíveis sintéticos e do hidrogênio verde e seus derivados. Ineep e o governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), assinaram hoje um acordo de cooperação técnica para estruturação de um mercado local de hidrogênio verde. Segundo Gabrielli, programas em andamento como o Combustível do Futuro, o Mover, a atualização do RenovaBio, a Nova Política Industrial e até mesmo a Política Nacional para o Hidrogênio (PNH2) estão voltados principalmente para estimular a oferta de novos veículos de combustíveis com menos emissões e para “a expansão dos biocombustíveis, da bioeconomia e do biorrefino”. “Essa ênfase se justifica pelo papel do etanol e biodiesel e o tamanho da frota de veículos flex-fuel no país. Porém, a sua quase exclusividade pode vir a inibir as rotas de combustíveis sintéticos e a ampliação de novos usos para o hidrogênio verde e seus derivados”, ressalta. A avaliação é que estímulos exclusivos à produção de biocombustíveis acirram ainda mais as desigualdades em relação ao desenvolvimento econômico entre as regiões brasileiras. “Há uma clara escolha regional para essa ênfase na rota biológica para os novos combustíveis nessa transição. O etanol e o biodiesel, por exemplo, se concentram nas regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Sul”, pontua.”
Fonte: Epbr, 10/06/2024
Lixo carioca será convertido em crédito de carbono
“O lixo do carioca será convertido em crédito de carbono. A Caixa encerra nesta segunda-feira uma consulta pública de manifestação de interesse para a venda de um milhão de créditos gerados a partir do tratamento de resíduos sólidos urbanos do Rio de Janeiro. A Ciclus Rio, concessionária da Prefeitura do Rio responsável pelo serviço, registrou os créditos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU. Os créditos de carbono são gerados por uma série de beneficiamentos do lixo no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR Rio), em Seropédica (RJ), como a transformação do gás gerado pelo resíduos sólidos em biometano e em energia elétrica. A planta tem capacidade para 2,8 MW, o que faz do aterro autossuficiente em energia. O CTR Rio é responsável pela gestão integrada de 10 mil toneladas de resíduos por dia, dos quais 9 mil são provenientes do Rio. O tratamento evita o lançamento de mais de 1 milhão de toneladas de CO2 na atmosfera por ano. Além da parceria com a Caixa, Ciclus Rio, do Grupo Simpar, venderá ainda outros 600 mil créditos de carbono em outras plataformas e no mercado. “
Fonte: O Globo, 10/06/2024
“Compromisso assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2022, a criação de uma autoridade climática no país foi deixada de lado pelo governo após enfrentar uma série de barreiras desde o ano passado. De restrições orçamentárias à oposição de integrantes do Ministério do Meio Ambiente, a ideia começou a ser abandonada até mesmo pela ministra Marina Silva, que era cotada para assumir o posto antes do convite para ocupar a cadeira na Esplanada. Após a tragédia provocada pelas chuvas do Rio Grande do Sul, a proposta original foi adaptada e o Ministério do Meio Ambiente agora estuda propor um novo cargo no governo apenas para operar o plano de prevenção e enfrentamento que está sendo preparado por Marina. O posto teria semelhanças com a autoridade climática proposta originalmente, mas funcionaria num modelo mais enxuto. Na campanha eleitoral, ao se juntar à frente ampla articulada por Lula, Marina apresentou 26 diretrizes para serem incorporadas no plano de governo do petista. Entre elas estava a criação da Autoridade Nacional para Mudanças Climáticas, que teria como objetivo acompanhar as medidas tomadas pelo governo para reduzir a emissão de gases que contribuem com o efeito estufa. Em entrevista ao GLOBO no mês passado, a ministra citou restrições fiscais para a criação de novas estruturas, mas disse que o debate sobre sobre a autoridade climática “continua vivo no governo”. Ela ponderou, contudo, que precisaria de apoio do Congresso para tirar a iniciativa do papel. O governo tem enfrentado dificuldades com pautas ambientais na Câmara e no Senado nesta Legislatura. No início do mandato de Lula, deputados e senadores já esvaziaram as funções do Meio Ambiente, tirando dela, por exemplo, o Cadastro Ambiental Rural (CAR).”
Fonte: O Globo, 11/06/2024
Internacional
Empresas
“O governo do presidente Joe Biden finalizou na sexta-feira regras mais rígidas de economia de combustível para veículos até 2031, que são significativamente menos rigorosas do que as propostas inicialmente, uma vitória para as três montadoras de Detroit que fizeram um forte lobby para a revisão das regras. A National Highway Traffic Safety Administration (Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário) disse que aumentaria as exigências de Economia Média Corporativa de Combustível (CAFE) para cerca de 50,4 milhas por galão até 2031, em comparação com as atuais 39,1 mpg. O novo requisito está pouco acima dos 49 mpg exigidos anteriormente para 2026. No ano passado, a NHTSA projetou que sua proposta mais rígida aumentaria os requisitos para 58 mpg até 2032. A agência disse que as novas regras propostas acabarão por reduzir as penalidades de conformidade em relação ao que teriam sido de acordo com a proposta original. A agência explicou a mudança observando que as montadoras disseram que “não podem parar de fabricar caminhões leves grandes e com baixo consumo de combustível e, ao mesmo tempo, fazer a transição para a fabricação de veículos elétricos”. Os grupos ambientalistas criticaram as novas regras por não serem suficientemente rigorosas, enquanto as montadoras saudaram a decisão depois de considerarem a proposta inicial inviável e alertarem que ela resultaria em preços de veículos drasticamente mais altos. Biden está concorrendo à reeleição em novembro e trabalhando para obter apoio entre os trabalhadores do setor automotivo e seus sindicatos, que haviam alertado contra as propostas anteriores de veículos. O candidato republicano Donald Trump criticou o apoio do governo aos veículos elétricos e às regras mais rígidas para veículos. Em julho de 2023, a NHTSA propôs aumentar os requisitos do CAFE em 2% ao ano para carros de passeio e 4% ao ano para caminhões leves de 2027 a 2032.”
Fonte: Reuters, 10/06/2024
UE deve começar a impor tarifas sobre carros elétricos chineses nesta semana
“A União Europeia (UE) deve divulgar nesta semana as tarifas de importação que planeja impor aos veículos elétricos chineses, após uma longa investigação sobre os subsídios estatais da China para sua fabricação de automóveis, podendo dar início a uma guerra comercial com Pequim. A investigação anti-subsídio foi lançada em outubro passado, em meio a suspeitas de que a China estava inundando o mercado europeu com veículos elétricos mais baratos como resultado do seu excesso de produção e demanda doméstica reduzida. Depois de se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, em Paris no mês passado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiu que “o mundo não pode absorver a produção excedente da China”, dizendo que a UE “não hesitará” em proteger indústrias e empregos dentro do bloco. Se a investigação concluir na quarta-feira (12), como esperado, que os fabricantes de automóveis chineses têm uma vantagem competitiva, a China receberá uma pré-notificação formal das tarifas e terá quatro semanas para fornecer qualquer evidência para refutar as alegações da UE. Qualquer decisão de aplicar tarifas permanentemente deve ser apoiada pelos Estados-membros em novembro. No entanto, a medida promete provocar uma retaliação por parte de Pequim. Segundo especialistas consultados pelo “The Guardian”, Pequim retaliará com contramedidas que podem afetar uma variedade de exportações da UE para o país, desde conhaque até produtos lácteos. Xi Jinping também não deve recuar na sua estratégia nacional para dominar o setor de tecnologia verde em todo o mundo através de veículos elétricos, painéis solares e baterias de veículos elétricos. “
Fonte: Valor Econômico, 10/06/2024
Califórnia busca lucros de gigantes petrolíferas em processo climático
“O procurador-geral da Califórnia buscou, na segunda-feira, forçar as maiores empresas petrolíferas do mundo a abrir mão dos lucros que o estado alega terem obtido ao enganar os consumidores sobre seu papel na contribuição para a mudança climática. A ação judicial ocorre meses após a entrada em vigor de uma nova lei estadual que permite que o procurador-geral busque lucros obtidos de empresas que violaram leis contra concorrência desleal e propaganda enganosa. O procurador-geral Rob Bonta acrescentou o chamado remédio de restituição a uma ação movida no ano passado contra a Exxon Mobil, abre nova aba, a Chevron, abre nova aba, a Shell, abre nova aba, a BP, abre nova aba, a ConocoPhillips, abre nova aba e o grupo comercial do setor de petróleo e gás, o American Petroleum Institute. A ação, apresentada no tribunal estadual de São Francisco, alega que os gigantes do setor de energia causaram dezenas de bilhões de dólares em danos e os acusa de enganar o público. O API considerou o processo sem mérito. “Essa campanha contínua e coordenada para mover ações judiciais sem mérito e politizadas contra um setor americano fundamental e seus trabalhadores nada mais é do que uma distração de conversas nacionais importantes e um enorme desperdício de recursos do contribuinte”, disse o conselheiro geral do API, Ryan Meyers, em um comunicado. “A política climática deve ser debatida e decidida pelo Congresso, não por uma colcha de retalhos de tribunais.” A Exxon, a Chevron, a Shell, a BP e a ConocoPhillips não estavam imediatamente disponíveis para comentar. O pedido foi feito dias depois que o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, pediu aos países que proibissem a publicidade de combustíveis fósseis, como muitos fazem com o tabaco e outros produtos comprovadamente prejudiciais à saúde humana.”
Fonte: Reuters, 10/06/2024
O BCE diz que muitos bancos da zona do euro estão atrasando as provisões para perdas com empréstimos
“Muitos bancos da zona do euro ainda estão longe de cumprir as regras contábeis sobre as provisões necessárias para proteção contra perdas com empréstimos, apesar de algum progresso na consideração dos riscos climáticos, disse o principal supervisor do Banco Central Europeu na terça-feira. Um padrão contábil de uma década, criado para evitar uma nova crise bancária, exige que os credores façam uma provisão inicial quando fazem um empréstimo e, em seguida, uma provisão mais completa se houver sinais de possível inadimplência, em vez de esperar que o empréstimo não seja pago. No entanto, os bancos da zona do euro estão demorando a aplicar o International Financial Reporting Standard 9 (IFRS 9), disse Claudia Buch, reiterando uma preocupação compartilhada por outros órgãos reguladores europeus. “Embora tenha havido progresso, especialmente na área de riscos climáticos e ambientais, muitos bancos ainda estão longe de atender às expectativas da IFRS 9”, disse Buch em uma conferência do BCE. A proporção de empréstimos não pagos no balanço patrimonial dos bancos da zona do euro diminuiu para um mínimo histórico desde as crises financeira e da dívida de 15 anos atrás, em parte graças à pressão do próprio BCE sobre os credores. Mas um aumento nas taxas de juros e novos riscos geopolíticos, que vão desde a guerra na Ucrânia até a interrupção dos padrões comerciais estabelecidos com a China e os EUA, estão deixando os órgãos reguladores nervosos novamente. Buch disse que os bancos confiaram demais em amplas “sobreposições” – provisões gerais contra novos riscos e incertezas que não podem ser facilmente capturados por seus modelos internos. Como exemplo, Buch disse que alguns bancos usaram “sobreposições abrangentes” que não levam em conta como os diferentes setores são afetados em graus variados pelas mesmas diferenças setoriais de risco.”
Fonte: Reuters, 11/06/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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