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Onde Investir 2024: Juros e eleições nos EUA darão os rumos da economia

Debate aconteceu no primeiro dia do evento Onde Investir em 2024

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O cenário político e econômico para 2024 no Brasil e no mundo foi pauta na transmissão de abertura do Onde Investir 2024, evento online da XP que traz as principais informações e recomendações para você investir no próximo ano. Nos dias 4 e 5 de dezembro, nossos especialistas trazem convidados especiais para debater os principais assuntos para ter no radar dos seus investimentos.

Para começar as discussões, Caio Megale, economista-chefe da XP, e, Paulo Gama, head de análise política da XP, conversaram com Elsom Yassuda, diretor e estrategista da Safari Capital, durante o painel chamado: Reformas, cenário fiscal e eleições municipais: o ambiente político e econômico em 2024.

Confira abaixo um resumo dos principais temas e também acesse as lives e o relatório com tudo que você precisa saber para investir melhor em 2024.

Atenção segue nos juros americanos

Os especialistas começaram analisando o contexto macroeconômico global após um ano marcado por recordes nos retornos das taxas dos títulos de dívida pública dos EUA, as treasuries. Ainda assim, Elsom Yassuda vê espaço para uma normalização no processo inflacionário, que deve puxar para baixo as curvas de juros longas pelo mundo.

Para o diretor da Safari Capital, a resiliência da economia americana ainda é resultado dos incentivos da época da pandemia, levando a poupança de recursos da população e um gasto maior fora da sazonalidade, o que dificulta a leitura do processo desinflacionário. No entanto, recentemente, os dados parecem mostrar mais consistência, por isso a abertura para acreditar em um cenário de desaceleração. “O juro real de 10 anos é de 2%, então tem uma reprecificação para acontecer desde que a tese de desinflação amadureça. De outubro pra cá, temos mais conforto para acreditar nesse cenário”, comentou..

Sobre as taxas de juros americanas, foi destacado a chance de um ciclo de cortes no primeiro semestre de 2024 considerando esse cenário. “O Fed ainda está dependendo dos dados. Falar de cortes em março é ‘forçar a amizade’, mas devemos pensar em algo iniciando do meio do ano. Isso é muito bom para ativos de risco como um todo e, para emergentes, é ainda mais positivo”, comentou Elsom.

Ainda assim, o convidado acredita que seja uma trajetória difícil e com riscos de execução: “A história é boa, mas o caminho é estreito. O soft landing, onde você desinflaciona a economia, traz o juros para o neutro, sem gerar uma recessão, é uma arte. Olhando o histórico, não existe algo igual”, disse Caio Megale.

Geopolítica e eleições acrescentam riscos

Paulo Gama, coordenador de análise política da XP, vê riscos adicionais ao considerar o contexto político mundial. Após um ano marcado por conflitos pelo mundo, a eleição para presidente dos EUA em 2024 deve trazer mais instabilidade para esse cenário, se expandindo para outros países – inclusive o Brasil. “A volta de governos de direita, com a possibilidade do Trump retornar à presidência, coloca pressão no governo Lula para 2026. Somado à eleição do Javier Milei na Argentina e a as eleições municipais no Brasil em 2024, isso deve ser um teste para o cenário político brasileiro”, comentou.

Sobre os conflitos geopolíticos, após os acontecimentos de 2023 na Ucrânia, Oriente Médio e a recente possibilidade de uma invasão da Venezuela na Guiana, a rotina do governo Lula fica ainda mais desafiadora, com agendas importantes, como a da sustentabilidade, perdendo espaço.

Para a economia, esse contexto sobe a barra do processo de cortes de juros, pois a sensação de risco aumenta e interfere no fluxo de capital. “A médio prazo, o risco é a precificação da eleição americana. Você pode ter uma mudança institucional na economia americana que torna a história estrutural mais desafiadora. Mas a história cíclica é uma ‘compra’ ainda”, acrescentou Elsom Yassuda.

Fiscal no Brasil ainda é incerto

Falando especificamente da realidade brasileira, as dúvidas ainda são sobre o cenário fiscal, com o ajuste ainda sem clareza, embora após a aprovação do arcabouço fiscal, a implementação pareça ser no rumo do aumento de receitas. Por isso, o objetivo da meta fiscal zero, ou seja, com receitas e gastos no mesmo patamar em 2024, ainda é incerto. “A decisão do ajuste pela receita não foi tão pacificada. Teve a expansão de receitas contratada de 2,5%, mas com grupos que abriram espaço para mais gastos. A meta fiscal é o grande ponto, pois as diretrizes de orçamento, que eram pra ser aprovadas no primeiro trimestre, ainda não foram aprovadas”, relatou Paulo Gama.

“A meta poderia ter sido trocada, optando pelo déficit, mas não aconteceu, o que já é positivo. Mas ainda não é possível saber quais serão os próximos passos, especialmente como as receitas vão aumentar, uma vez que não deve haver corte de gastos”, acrescentou o analista político da XP.

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