XP Expert

Economia em destaque: Seu resumo semanal do cenário econômico internacional e doméstico

Coronavírus de volta aos holofotes e eleições municipais no Brasil.

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
https://www.youtube.com/watch?v=krZYvCrRBsY

Cenário internacional

No cenário internacional, as eleições dos EUA seguem nos holofotes. Após uma semana dos resultados iniciais indicarem Joe Biden como vitorioso do pleito no colégio eleitoral, alguns estados ainda apresentarão os resultados finais da recontagem de votos nas próximas semanas – incluindo Arizona e Wisconsin. Não obstante, o cenário de alteração do resultado das eleições se torna cada mais improvável.

Nesse contexto, crescem os esforços por parte do atual presidente Donald Trump em concretizar medidas de sua administração, especialmente em temas próximos de seus apoiadores, como os conflitos com China e Irã e a exploração de petróleo de xisto.  

Na seara de indicadores, dados divulgados ao longo da semana referentes à atividade econômica em outubro seguiram em território positivo, com varejo apresentando alta de 0,3% ante setembro e produção industrial crescendo 1,1% no período, refletindo porém uma estabilização do processo de recuperação em curso no país.

Por outro lado, a cautela com o fortalecimento da segunda onda de contágio pelo coronavírus já começa a ser sentida em resultados mais recentes. Após dois meses de leves altas, o Índice de Sentimento do Consumidor recuou pra 77 pontos na primeira prévia de novembro, puxado por incertezas sobre mercado de trabalho e renda futura. Na mesma linha, os números de novos pedidos de seguro desemprego revelaram um resultado pior do que o esperado pelo mercado na semana. O sentimento de cautela ganha força com o anúncio de novas medidas de isolamento social em diferentes regiões do país, como a determinação do fechamento de escolas em Nova Iorque.

Enquanto isso, notícias positivas referentes ao desenvolvimento de vacinas fortaleceram o otimismo nos mercados globais. Ao longo da semana, os laboratórios Astrazeneca, Pfizer, Moderna e Sinovac divulgaram resultados satisfatórios sobre a Fase 3 de testes. Embora a cobertura vacinal completa ainda deve levar alguns meses, considerando especialmente a necessidade de produção em larga escala e os processos envolvidos na distribuição global, grande parte dos especialistas revela-se otimista com o prospecto para a vacinação ampla até meados de 2021.

Finalmente, foi também destaque no cenário internacional a assinatura da Parceria Regional Econômica Abrangente. Oacordo comercial entre China e outros 14 países, que incluem Japão, Austrália, Coreia do Sul, e indonésia. O RCEP (em sua sigla em inglês) tem como objetivo principal o fomento do comércio na região, que representa 30% da população global, por meio da redução de tarifas de importação de bens comercializados entre países membro, além de harmonizar regras já existentes entre acordos bilaterais de livre comércio (FTAs) entre os países que agora farão parte do acordo multilateral. Apesar de sua relativa baixa ambição (não aborda barreiras não tarifárias, como propriedade intelectual, nem o comércio de serviços, na linha de acordos comerciais de segunda geração), o acordo deve trazer efeitos positivos para as economias da região, especialmente a chinesa, além de representar um importante marco geopolítico.

Enquanto isso, no Brasil

No cenário doméstico, a semana foi marcada pelos resultados das eleições municipais do final de semana, diante de uma agenda mais fraca em termos de indicadores econômicos, após a divulgação de dados de atividade referentes a setembro na semana passada. Enquanto os resultados nas urnas mostraram um cenário político fragmentado, o fim do primeiro turno das eleições trouxe de volta aos holofotes as discussões de cunho fiscal. Entretanto, boa parte das votações esperadas nesse sentido só devem voltar ao Congresso após o segundo turno das eleições para prefeito.

Ao longo da semana, foi destaque também o aumento da projeção do INPC diante do projetado no envio do orçamento para 2021. O índice ajusta o salário mínimo e outros benefícios atrelados ao mínimo, como seguro desemprego, aposentadoria e pensões e o BPC, e estava projetado para fechar o ano em 2,13% na PLOA enviada em abril. Com o aumento da inflação corrente impulsionado principalmente pela alta no preço dos alimentos, a diferença no indicador real frente ao projetado deve levar a um aumento de aproximadamente R$ 13,8 bilhões no ano que vem – valor que deverá ser descontado do já pressionado orçamento para despesas discricionárias.

Ainda na frente político-econômica, o Senado aprovou a terceira fase do programa de crédito Pronampe, destinado a micro e pequenas empresas. A nova fase dedicará R$ 10 bilhões em crédito via bancos participantes, com garantia de 100% do Tesouro Nacional. Vale notar, entretanto, que não haverá impacto fiscal adicional da extensão, dado a utilização de orçamento já aprovado no âmbito do Orçamento de Guerra. Destaque também para a necessidade da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso, sem a qual o Ministério da Economia fica inabilitado de há como executar despesas em 2021. O governo espera que a votação aconteça em breve, diante da severidade da questão.

Finalmente, a agência de ratings Fitch manteve rating soberano do Brasil em BB- com perspectiva negativa. Como preocupações, a instituição sinalizou para a importância da manutenção da regra do teto de gastos e para atenção ao processo de encurtamento da dívida pública por parte do Tesouro Nacional – movimento que deixa o país mais vulnerável a movimentos de curto prazo no mercado. Já do lado das expectativas para uma possível melhora no rating soberano, a Fitch destacou o efeito positivo que teriam a aprovação das reformas administrativa e tributária.   

O que esperar?

A divulgação de dados do mercado de trabalho (Caged e PNAD), de crédito, de inflação (IPCA-15 e IGP-M) e o resultado primário do governo central serão os principais destaques da agenda econômica doméstica da próxima semana. No cenário internacional, serão divulgadas as atas das últimas reuniões de política monetária dos Estados Unidos e do México, o PIB da França e da Alemanha e os PMI's e PPI's das principais economias.

Onde Investir em 2025 banner
XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este relatório foi preparado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos”) e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º na Resolução CVM 20/2021. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e análises políticas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra/venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra/venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio. A XP Investimentos não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. O responsável pela elaboração deste relatório certifica que as opiniões expressas nele refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação a XP Investimentos. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida a sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. Para maiores informações sobre produtos, tabelas de custos operacionais e política de cobrança, favor acessar o nosso site: www.xpi.com.br.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.