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Ata do Copom: Progredindo conforme o esperado

O Copom publicou, nesta manhã, a ata de sua reunião realizada em dezembro. As principais mudanças que a ata apresentou em comparação com a reunião anterior focaram no cenário global, descrevendo-o como menos adverso.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta manhã a ata de sua reunião realizada em 12-13 de dezembro. Observamos poucos sinais adicionais em comparação ao comunicado pós-decisão. Em nossa visão, o documento trouxe a mensagem de que a inflação e a atividade econômica estão arrefecendo de acordo com as expectativas do Comitê. Portanto, não haveria necessidade de alteração no plano de voo de redução da taxa Selic em 0,50 p.p. nas próximas reuniões.

Ata do Copom

Em relação à atividade econômica, a ata mencionou que "[a] divulgação do PIB do terceiro trimestre confirmou a moderação de crescimento que estava antecipada, mas com resiliência no consumo das famílias." (parágrafo 3). A desaceleração da atividade contribui para a desinflação, mas sua composição ainda traz preocupação, pois "Alguns membros avaliaram que a persistência de uma conjunção de maior resiliência do consumo e queda no investimento poderia provocar, no médio prazo, um excesso de demanda em relação à oferta, com potenciais impactos sobre preços." (parágrafo 7).

Sobre a inflação, a ata destacou que "[o]s indicadores que agregam os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária se aproximaram da meta para a inflação nas divulgações mais recentes." (Parágrafo 4). Esse desenvolvimento positivo não pareceu surpreender o Comitê, já que "a dinâmica desinflacionária não divergiu significativamente do que era esperado" (Parágrafo 12).

As principais mudanças que a ata apresentou em comparação com a reunião anterior focaram no cenário global, descrevendo-o como menos adverso. Isso era esperado, uma vez que os mercados melhoraram significativamente nas últimas semanas. Ainda assim, a ata reforçou que "a incerteza, em particular no cenário internacional, que tem se mostrado volátil, prescreve cautela na condução da política monetária." (Parágrafo 16).

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Nossa visão

Em nossa opinião, a ata de hoje reforça o cenário de que o Copom continuará cortando a taxa Selic em 0,50 p.p. nas próximas reuniões.

E sobre a taxa terminal? O Copom evitou este debate na ata. O Comitê apenas "relembrou que a incorporação de cenários e variáveis exógenas, como a dinâmica fiscal ou o cenário externo, se dá por meio de seus impactos na dinâmica prospectiva de inflação, sem relação mecânica com a determinação da taxa de juros." (Parágrafo 16).

Interpretamos isso como uma mensagem de que tais elementos (contas fiscais, cenário externo, hiato do produto etc.) são relevantes para determinar a taxa de juros terminal, todavia por meio do cenário prospectivo de inflação. E não sabemos – até o momento – como essas variáveis impactarão a inflação corrente e as expectativas inflacionárias ao longo do tempo.

Por fim, mantemos nosso cenário de redução da taxa Selic em 0,50 p.p. nas próximas reuniões, e que o Copom encerrará o ciclo de afrouxamento monetário com o juro básico ainda em território contracionista (em torno de 10,00%), devido sobretudo ao viés expansionista da política fiscal.

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Leia também o comunicado do Copom:

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