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Risco fiscal marca a visão da XP para 2022

Veja os destaques do painel que reuniu Caio Megale e Richard Back nas Super Lives Onde Investir

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Volatilidade, risco fiscal ainda elevado, reeleições no Congresso e incertezas para o Planalto. Essa é a visão de Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, e Richard Back,  head de análise política da XP, consolidando no painel O que esperar da economia e da política em 2022 nas Superlives Onde Investir 2022, no dia 26 de janeiro de 2022.

Risco Fiscal em foco

Para Caio Megale, quem esperava um ano tranquilo já pode ter certeza que errou. “Tanto lá fora quanto aqui dentro, a volatilidade cresceu e a incerteza continua elevada”, comenta o economista. Segundo ele, o foco começa a mudar na política econômica global, após dois anos de combate à pandemia e seus efeitos sociais e econômicos na população.

Desde 2020, ao redor do mundo, a maioria dos governos voltou seus esforços para dar suporte às medidas necessárias para o combate de COVID-19 e Caio entende que foram bem sucedidos nessa tarefa. Agora, contudo, é o momento de “lidar com os efeitos colaterais dessas medidas”, afirma, enumerando a alta de juros recente como um dos movimentos dessa mudança de foco.

Em paralelo a isso, Richard Back entende que o risco fiscal se mostra presente também esse ano em razão das eleições. Isso porque é natural, embora não desejável, que governos tomem medidas visando a reeleição. “A gente não está isento desse tipo de efeito, isso agrava sobremaneira o problema fiscal”, explica.

“A gente segue o mesmo roteiro que sempre seguiu no Brasil”, em relação aos gastos do governo serem proporcionais ao momento que se enfrenta em termos de eleições, tanto municipais quanto federais. Nesse ponto, Caio apresenta visão parecida, entendendo que “sabemos que as pressões por maiores gastos têm crescido e vão continuar crescendo”.

Ainda que muitas discussões sejam meritórias, como o problema dos altos preços de combustíveis, segundo o analista político, “quando a eleição entra por uma porta, a racionalidade sai pela outra”. Assim, questões profundas e de difícil resolução são abordadas com argumentos e soluções simplistas, em razão do momento eleitoral. “Vai ter ideia mágica”, diz ele.

A economia dos Presidenciáveis


Segundo Richard, quando se fala em equipe econômica dos presidenciáveis, o que se sabe é muito mais a linha de pensamento e estratégia que devem ser seguidas no plano de governo do que nomes. Contudo, apesar do desgaste sofrido por Paulo Guedes, visto por Back como “o para choque da agenda liberal em Brasília”, o chefe de análise política entende que Bolsonaro seguirá com o ministro que outrora chamava de “Posto Ipiranga”.

Entre os chamados nomes da terceira via, tanto Moro quanto Dória se apresentam como nomes alinhados a mercado, com o primeiro tendo como conselheiro na elaboração do programa o ex-presidente do Banco Central, Affonso Pastore, enquanto o segundo “tem um núcleo econômico bastante de mercado”, como comenta Back.

“E você tem o Lula, que é a grande dúvida apresentada pelo cenário, primeiro pelo lugar que ele tem apresentado nas pesquisas”, diz ele. O mistério recai no fato de não haver clareza qual versão será apresentada pelo petista, porém Richard considera difícil que sejam feitos compromissos ao mercado durante a campanha de Lula.

“O que deve ficar claro é a perda de agenda que o mercado teria em um governo Lula”, afirma, em relação ao papel ocupado pela “opinião do mercado” em decisões políticas. Richard entende que, em um governo de Lula, haveria consideração “pelo que o mercado pensa” mas não seria o fator preponderante na tomada de medidas, sejam elas de políticas públicas ou econômicas.

Outro ponto importante em relação as eleições de 2022 é a formação do Congresso que dará, ou não, suporte a um novo governo eleito. Contudo, Back entende que as casas legislativas não sofrerão alterações profundas, muito menos renovação, no que ele acredita haver a representação de todos os setores.

Ele entende que teremos “um Congresso com um perfil muito parecido que temos hoje, senão idêntico”, que, provavelmente, dará suporte ao Governo eleito. “Não para uma agenda deslocada da realidade, porque o Congresso atua com um papel de moderação de agendas”, destaca.

E a inflação?

De acordo com Caio Megale, a inflação é tema preponderante no mundo inteiro. E a expectativa, para o Brasil, é que haja uma queda considerável, tanto na visão da equipe de economia da XP quanto nas projeções do Banco Central.

Entretanto, o economista alerta que há uma diferença importante entre a inflação e o nível de preços, então, ainda que haja uma queda na primeira, não necessariamente se converterá em uma queda nos preços. O que ele entende é que é possível que preços passem a subir de forma mais lenta que a atual.

Para o PIB, a projeção do time de Caio Megale é zero e ele entende que as expectativas do BC para inflação dificilmente se cumprirão. “Trazer a inflação de 10 para 3,5, que é a meta, exigiria um custo de PIB muito agressivo”, conclui.

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