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Dinâmica política e eleitoral são grandes obstáculos para a evolução fiscal no Brasil, dizem especialistas

Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e professor da FGV e UNB, e Samuel Pessoa, chefe de pesquisa econômica da Julius Bär, conversaram com Caio Megale durante evento Onde Investir 2022

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Com a intenção de auxiliar o investidor brasileiro à tomar as melhores decisões de investimentos, considerando o atual cenário político e econômico do nosso país, a XP Investimentos promoveu na no mês de janeiro o evento Onde Investir 2022. Com taxa de juros elevada, crescimento em desaceleração, inflação pressionada, eleições à vista e a pandemia ainda no radar, o cenário é muito desafiador, e as escolhas de investimentos devem ser tomadas com muito cuidado.

Em um dos painéis do evento, Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, discutiu as perspectivas da economia brasileira com Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e professor da FGV e UNB, e Samuel Pessoa, chefe de pesquisa econômica da Julius Bär.

Nelson Barbosa acredita que os grandes temas a serem observados são a política fiscal para este ano, inflação, PIB brasileiros, além da a taxa de juros americana. Samuel Pessoa corroborou os pontos apontados por Nelson, acrescentando a importância de observar a alta no setor logístico mundial, pressionado pela alta no preço do petróleo e a crise na cadeia de suprimento da indústria.  Esse movimento é um dos que mais puxaram a inflação global para cima e, obviamente, com uma reversão desse cenário, pode dar respiro à inflação brasileira.

O especialista da Julis Bär também acredita que o Federal Reserve deve aumentar a taxa de juros, o que dificulta a dinâmica do câmbio no Brasil, fazendo com que isso também seja importante de ser observado. Sobre o PIB, ele acredita que pode ter crescimento em 2022: “Eu sou um pouco otimista porque vejo a possibilidade de um impulso fiscal. Se fecharmos o ano com a economia crescendo 1% ou 1,5%, já está bom”, disse Samuel.

Impacto da política na economia

Samuel também destacou que um dos problemas do atual cenário, é a grande relação entre a economia e a política. “A inconsistência macroeconômica é resultado da instabilidade política desde 2015. Um debate de qualidade nessas eleições sobre a frente fiscal é essencial para uma boa política não importa quem ganhe o pleito deste ano”.

“Precisamos de um ajuste estrutural, puxado pelo superávit primário e acelerando o crescimento, indo em busca de fazer reformas mais amplas. Mas também precisamos de tempo para aplicar essas mudanças”, acrescentou Nelson Barbosa sobre a necessidade de ajustes na política fiscal brasileira.

Os especialistas também apostam em um ajuste fiscal no primeiro ano do próximo mandato, ou seja, em 2023. Isso deve acontecer num movimento contrário a uma expansão, pois isso significaria retração em ano de eleição, algo inimaginável para os presentes no painel. Com isso, a questão tempo, dinâmica e calendário eleitoral, se mostram as grandes dificuldades para realizar ajustes fiscais no Brasil.

A reforma tributária dos impostos indiretos e a reforma administrativa também são pontos que devem ser observados e são importantíssimos para a evolução do cenário fiscal brasileiro. “Com o aumento do salário dos policiais, começa uma corrida pelo aumento dos salários dos servidores. Os ministros terão um aumento neste ano, então isso sobe o teto. Então a reforma administrativa é o maior desafio para o próximo governo”, comentou Nelson Barbosa.

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