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Os ciclos de 7 anos da sua vida financeira

Você entende o conceito de juros? No livro “O Valor do Amanhã” o economista Eduardo Gianetti discorre brilhantemente sobre a natureza, para além de financeira, a dos juros. Ele apresenta esse princípio econômico simples de antecipar um benefício para desfrute imediato e o posterior comprometimento a pagar e defende que isso é apenas parte de […]

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Você entende o conceito de juros? No livro “O Valor do Amanhã” o economista Eduardo Gianetti discorre brilhantemente sobre a natureza, para além de financeira, a dos juros. Ele apresenta esse princípio econômico simples de antecipar um benefício para desfrute imediato e o posterior comprometimento a pagar e defende que isso é apenas parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto à força da gravidade e a fotossíntese.

Nessa obra, o economista mostra que o princípio dos juros é biológico, social e até espiritual, a começar pelo próprio processo de envelhecimento que nossos corpos estão inescapavelmente sujeitos.

Quando fazemos uma dieta ou praticamos exercícios físicos, por exemplo, estamos aplicando o conceito dos juros. Quando planejamos qualquer outro aspecto da nossa vida, estamos praticando os juros, pois o valor do futuro vai depender do que você espera dele, certo?

De forma ainda mais profunda, o autor reflete sobre a vida, o que nas palavras dele é um “intervalo finito, mas de duração indefinida”. Ou seja, nós sabemos que a vida termina, mas talvez a maior questão da condição humana é não ter certeza de quando ela vai de fato terminar. A vida, afinal de contas, é tudo o que nos resta e o nosso maior desafio é fazer dela a melhor experiência possível.

E é nesse exato aspecto que nos deparamos com o maior dilema: aproveitamos hoje pois não sabemos o dia de amanhã, ou planejamos hoje para um futuro incerto? Será que podemos fazer as duas coisas? Eu digo que com um bom método, sim, podemos aproveitar hoje e se preparar para a incerteza do amanhã.

Muitas sociedades tradicionais viram uma ordem implícita na vida que nós, modernos, muitas vezes deixamos de ver. Uma das lições mais importantes é que cada etapa da vida oferece um conjunto específico de desafios e lições que aumentam nossa maturidade e apoiam o nosso processo individual.

No início do século 20, o filósofo Rudolf Steiner revelou algumas das lições importantes que devemos aprender à medida que avançamos no processo de autoconhecimento. Steiner apresentou o conceito dos “setênios”, os ciclos de 7 em 7 anos que passamos pela vida. Segundo Steiner, cada ciclo oferece seus próprios desafios e recompensas e se enfrentarmos essas lições com coragem, honestidade e sinceridade, as lições serão absorvidas e nosso desenvolvimento pessoal trará grandes recompensas.

Em educação financeira, trabalhamos com o conceito de planejamento financeiro. Por mais que existam inúmeros imprevistos e incertezas, desde a impossibilidade de sabermos como será a nossa renda ou a taxa de inflação em, digamos, 7 anos, o planejamento financeiro funciona como um guia, um roteiro, que certamente será corrigido durante o tempo.

"Vejo inúmeros profissionais que, por volta dos 35, 40, 45 anos estão com uma renda 10 vezes maior do que quando tinham 25 anos e estão caindo nessa 'armadilha'. Os rendimentos aumentam, o carro aumenta, a casa aumenta, a conta do restaurante aumenta e, no fim do mês, ninguém consegue separar nada para investir no futuro. E pior, muitas vezes essas pessoas, de alta renda, estão endividadas simplesmente por terem caído na armadilha do padrão de vida."

Os ensinamentos da Antroposofia, filosofia criada por Steiner, podem e devem ser aplicados em diversas áreas e aspectos da nossa vida, inclusive no âmbito financeiro.

Divido os ciclos de 7 anos em 3 grandes etapas, mostrando que o planejamento financeiro pode levar você a ter uma vida com maior prosperidade.

Na primeira etapa temos 3 ciclos de desenvolvimento individual. Dos 0 aos 7 anos, a chamada primeira infância, dos 7 aos 14 anos, quando nos desenvolvemos fisicamente e chegamos na puberdade e dos 14 aos 21 anos, que termina com a nossa entrada para o mundo do trabalho e o alcance da idade adulta.

Na segunda etapa vivemos do 4º ao 8 º ciclo, dos 21 aos 56 anos, em que passamos pela construção do propósito de vida e do patrimônio financeiro. Essa etapa formada pelos cinco ciclos do meio da nossa vida, são determinantes para a estruturação da nossa vida profissional, familiar e econômica. É a partir dos 20 e poucos anos que ganhamos um mínimo de controle sobre nossas emoções e começamos a integrar nossas faculdades racionais, que dão maior controle sobre nossas ações.

Durante esses anos, a maioria das pessoas está saudável, cheia de energia e com sede de vida. Enquanto isso, nossos poderes físicos estão atingindo seu pico. É comum que nessa fase os jovens sintam uma certa invencibilidade e até arrogância. Nessa idade somos possuídos por um entusiasmo selvagem, independência e imprudência, não é? Assumimos riscos e frequentemente cometemos erros.

Com o tempo, essa impulsividade dá lugar à maturidade crescente, que lentamente se instala à medida que entramos no quinto ciclo e começamos a olhar para o marco próximo dos 30 anos de idade, quando começamos a sentir a necessidade de nos tornarmos adultos mais responsáveis.

Nesse momento uma grande parte das pessoas se casa, tem filhos, se estabelece em um trabalho etc. É nessa etapa que o olhar para a construção de um patrimônio sólido deve acontecer, pois também estamos aprendendo a pensar em outras pessoas além de nós mesmos. Estamos sendo pressionados para ver a vida em termos mais amplos e altruístas.

Cada um dos ciclos da nossa vida devem ser observados com cuidado e um dos maiores erros na transição entre os ciclos 5, 6 e 7, por exemplo, é o que eu chamo de “armadilha do padrão de vida”.

Normalmente, conforme vamos ampliando nossa renda, buscamos consumir e nos cercar de maior qualidade de vida, certo? Vejo inúmeros profissionais que, por volta dos 35, 40, 45 anos estão com uma renda 10 vezes maior do que quando tinham 25 anos e estão caindo nessa “armadilha”!

Os rendimentos aumentam, o carro aumenta, a casa aumenta, a conta do restaurante aumenta e, no fim do mês, ninguém consegue separar nada para investir no futuro. E pior, muitas vezes essas pessoas, de alta renda, estão endividadas simplesmente por terem caído na armadilha do padrão de vida.

Com o plano correto, durante os 5 ciclos de produtividade plena você consegue, a cada ciclo, ampliar os seus rendimentos e também ampliar o percentual da sua renda que você destina para seus investimentos. Ou seja, sua vida melhora, mas seu plano de futuro também melhora e você evita cair na armadilha do padrão de vida. E depois, o que acontece?

Bem, na terceira etapa, do ciclo 9 em diante, deveríamos usufruir de maturidade emocional e plena liberdade financeira (se você soube aproveitar e guardar para o momento em que a vitalidade começa a ficar em baixa).

Os cinco ciclos de construção plena de patrimônio se tornaram determinantes para a terceira etapa, a partir dos 57 anos e você definitivamente vai colher o resultado do que plantou e cultivou no passado.

E durante esse processo, você teve um aliado muito importante: os juros compostos. Aliado se você tiver usado os juros a seu favor.

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