Mudanças Climáticas: Por que você deveria se preocupar?

Em 2019, mais de 11 mil cientistas de 153 países se manifestaram ao assinar uma declaração indicando estarmos em emergência climática, apresentando evidências de que o planeta está em crise e alertando sobre uma série de pontos de inflexão que, se ultrapassados, podem nos levar a um caminho sem volta.

Nesse contexto, o dicionário de Oxford declarou o termo “emergência climática” como a palavra do ano em 2019, sendo definido como “uma situação em que é necessária uma ação urgente para reduzir ou interromper a mudança climática e evitar danos ambientais potencialmente irreversíveis”.

Nesse contexto, a COP – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), surge para apoiar o combate às mudanças climáticas. Trata-se de um tratado internacional, decorrente da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 1992 (conhecida como ECO-92), que estabeleceu as obrigações básicas dos 196 Estados e da União Europeia nessa luta.

Todos os anos os membros da COP se reúnem – já foram 25 COPs realizadas. Esse encontro é uma oportunidade para a comunidade internacional entrar em um consenso sobre mecanismos globais que possam endereçar as mudanças necessárias para reverter a emergência climática que vivemos.

Especificamente na COP-21, realizada em 2015 em Paris, os líderes mundiais se reuniram para buscar um acordo histórico com o objetivo de reduzir as emissões para abaixo dos níveis que levariam a uma mudança de 1,5 ou 2°C na temperatura média global, de modo a estabelecer emissões líquidas. Mais de 190 países comprometeram-se com os termos do Acordo Climático de Paris, apresentando metas para reduzir a emissão.

Aproximadamente 98% dos cientistas especializados em clima no mundo concordam que as atividades humanas são a causa das mudanças climáticas.

Uma das iniciativas mais reconhecidas nesse campo é o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Em 2018, o relatório do IPCC foi categórico: se as emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE) continuarem nos níveis atuais, muito provavelmente ultrapassará 1,5°C por volta de 2040, ocasionando um aumento significativo de eventos climáticos extremos.

Cada vez mais, temos sido chamados a prestar atenção nos efeitos já concretos das mudanças climáticas no mundo, incluindo ondas de calor, derretimento de geleiras, aumento do nível do mar, comprometimento de corais, desequilíbrios na produção agrícola e tantos outros.

O impacto desses eventos transcende a condição da vida da terra, pois também gera um alto custo. Segundo o NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration dos EUA), por exemplo, nos últimos 20 anos o custo dos eventos climáticos extremos nos Estados Unidos foi de aproximadamente US$1.2 trilhão.

Em 2021, espera-se que a sociedade se conscientize da urgência do tema e comece a agir de forma mais coordenada e estratégica para reverter a situação em que nos encontramos. Iremos explorar esse e outros temas relacionados ao meio ambiente na Expert ESG, nos dias 02 a 05 de março, inscreva-se pelo site.

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