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O mês de dezembro foi positivo para os mercados globais. A primeira quinzena foi marcada pela confirmação do acordo comercial parcial entre EUA e China, que é esperado que seja assinado em janeiro. Com isso, mercados internacionais foram impulsionados e o Ibovespa seguiu o movimento positivo, renovando algumas vezes as máximas históricas e ultrapassando os 115 mil pontos.
No campo doméstico também tivemos notícias positivas, como (i) a divulgação do PIB para o terceiro trimestre, que superou as expectativas ao apresentar expansão de 1,2%; (ii) a revisão da perspectiva do rating do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) de estável para positiva e (iii) dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em novembro, acima da expectativa de mercado, puxado principalmente pelo setor de comércio.
Além disso, o Banco Central brasileiro decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic em 0,50%, para 4,50%, em linha com a nossa expectativa e com a do mercado. Com base no tom mais enfático e cauteloso, acreditamos que o BC sinalizou ao mercado que seu espaço para reduzir as taxas de juros adiante diminuiu.
No entanto, nossa opinião é que o Banco Central entregará um corte final de 0,25% em sua próxima reunião (fevereiro), reduzindo a taxa Selic para 4,25%, e permanecendo inalterado nesse nível ao longo de 2020.
Nos EUA, o Fed (Banco Central americano) decidiu manter as taxas de juros no nível atual, entre 1,5% e 1,75% ao ano, o que já era amplamente esperado pelo mercado. No comunicado do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), houve a indicação de que é provável que a política monetária permaneça onde está por um período maior de tempo, embora os dirigentes continuem monitorando as condições econômicas.
Segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, as perspectivas continuam positivas para a economia dos EUA, apesar da conjuntura do exterior.
Por fim, destacamos o impeachment do presidente Donald Trump na Câmara, mas acreditamos ser improvável que o processo seja aprovado no Senado, próximo passo para o andamento. As pesquisas continuam mostrando elevada popularidade do presidente entre republicanos e alta rejeição ao impeachment entre simpatizantes do partido.
Com isso, fechamos mais um ano muito importante para o começo deste ciclo transformacional no país. O rastro da crise econômica começa, enfim, a ficar para trás. Com a inflação baixa e ancorada, juros na mínima histórica, crescimento acelerando e o desemprego gradualmente diminuindo, a confiança deve crescer e o país, engrenar. A agenda reformista segue firme e, se levada adiante, pode destravar de vez o ambiente de negócios.
Os desafios ainda são amplos e precisamos, como país, manter o foco. Mas fizemos a lição de casa e 2020 é o ano em que os frutos começam a ser colhidos. Por isso, estamos otimistas e continuamos a ver a Bolsa como um dos ativos mais atrativos nesse cenário, com potencial para atingir 140 mil pontos para o final de 2020.
Quer saber mais o que esperar para o próximo ano? Acesse nosso relatório Brasil 2020 aqui!
O time de conteúdos XP agradece a todos pelo ano que passou, deseja ótimas festas e um novo ano repleto de realizações!
Carteira Top 10 ações XP
As principais trocas para Janeiro:
Para o mês de Janeiro, substituímos Copel (CPLE6) por EZTEC (EZTC3), após o forte desempenho de CPLE6 desde a entrada da carteira em junho (+47%). Com isso, optamos por uma maior exposição a nomes mais cíclicos, como os de construção civil. Apesar disso, mantemos nossa recomendação de compra em CPLE6.
Sobre EZTec, acreditamos que a empresa se beneficiará da atual recuperação no setor imobiliário em São Paulo nos próximos anos através não só da sua forte exposição à região metropolitana da capital, mas também pela sua solidez financeira e bom histórico de execução.
Os principais temas da nossa carteira Top 10 ações XP para Janeiro são:
(1) Selic baixa por mais tempo que o esperado (RENT e IGTA) – nomes que devem continuar se beneficiando de juros mais baixos por mais tempo;
(2) Crescimento acelerando (BBDC, VVAR, ECOR e EZTC) – tema que deve começar a ganhar tração ao longo dos próximos meses;
(3) Nomes de qualidade (LREN, RENT e IGTA) – eles protegem a carteira no curto prazo, mas também se beneficiam da retomada econômica adiante;
(4) Cíclicos globais descontados (PETR, JBSS e VALE) – mas de forma seletiva, dadas as incertezas globais ainda elevadas.

Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 45,0
Mantemos o Bradesco como favorito entre os bancos devido a (1) Maior apetite a risco declarado deverá resultar em crescimento da carteira de varejo; (2) Mais espaço para redução de despesas de provisões e (3) Múltiplos com desconto, considerando crescimento de lucros projetado.

Curto Prazo: Amarelo
Preço-alvo: 58,0
Iguatemi é nosso nome preferido dentro do setor de shoppings, combinando um portfólio bem posicionado e de qualidade elevada com as ações negociando a múltiplos atrativos. Acreditamos que o setor deva ser impulsionado com a melhora da atividade, curva de juros mais baixa e com um ambiente mais ativo de expansões, aquisições e novos projetos.

*texto escrito em 20/12/2019
Vemos a Petrobras como excessivamente descontada em face de uma agenda positiva sem precedentes. As vendas de ativos são o grande destaque, com a venda das 8 refinarias podendo gerar R$52 a R$57 bi em recursos, e a venda de ativos de gás natural outros R$11 a R$13 bi. No curto prazo, o mercado devem monitorar o iminente leilão dos barris excedentes da Cessão Onerosa e o grau de atuação da Petrobras na aquisição de blocos.

Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 12,0
Estamos mais confiantes em relação ao potencial de melhora da operação da Via Varejo frente ao diagnóstico e às primeiras iniciativas da nova diretoria da companhia. Dentre elas, destacamos a renegociação com fornecedores, a revisão dos incentivos para a venda atrelados a remuneração do time de lojas e a retomada do crescimento na operação online. Dessa forma, acreditamos que a Via Varejo será uma história de recuperação em 2020.

Recomendação: Compra
Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 59,5
A EZTec deve continuar o forte ritmo de crescimento no curto prazo, visão sustentada pela sólida execução (obtendo as maiores margens do segmento), ampla liquidez financeira e exposição concentrada na região metropolitana de São Paulo e cidades satélites da capital, que vem mostrando sinais mais claros de recuperação no último ano.

Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 39,0
Temos destacado o momento positivo dos frigoríficos há um tempo, mantendo nossa preferência pela JBS devido a sua sólida operação, posicionamento geográfico e valorização adicional com uma potencial listagem das ações nos EUA.

Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 64,0
Vemos a Renner como um nome de qualidade que oferece proteção para a carteira em ambiente de volatilidade, com entrega sólida e consistente de crescimento. Acreditamos que os resultados no curto prazo, apesar da decepção com a atividade, devem se destacar em relação às demais varejistas e impulsionar as ações.

Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 17,0
Recomendamos as ações da Ecorodovias com base em três principais pilares: (i) melhora sequencial nos indicadores financeiros, reflexo da aceleração no tráfego e na maturação de projetos mais novos; (ii) cronograma robusto de projetos nos próximos anos, aliado a ventos favoráveis na esfera macroeconômica; e (iii) nossa percepção de que o nível atual de preço ainda ofereça potencial interessante.

Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 49,50
Apesar da consistente alta das ações, acreditamos que fatores como (i) maior capacidade de crescimento ante concorrentes menores, (ii) maior liberdade de precificação, (iii) momento macro/setorial favorável, com taxas de juros estruturalmente mais baixas, e (iv) uma execução de primeira linha sustentem nossa perspectiva positiva.

Curto Prazo: Verde
Preço-alvo: 64,0
Vale está negociando abaixo de suas pares australianas e dos seus níveis históricos. Seguimos otimistas com relação à geração de caixa (esperamos retorno com fluxo de caixa livre em torno de 9% em 2020) na esteira de preços saudáveis do minério de ferro e custo caixa mais baixo olhando para frente. Ainda, Vale deve retomar ~30mt de produção em 2020.
Carteira Top Dividendos XP
Para nossa Carteira Top Dividendos XP no mês de Janeiro, não houve trocas.
O investimento em dividendos oferece uma alternativa para quem busca menor volatilidade e a oportunidade de criar um fluxo de renda recorrente, além do crescimento do valor de mercado do portfólio pela apreciação das ações.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 16,50
O segmento de geração de energia possuí margens elevadas e um certo grau de previsibilidade, dado que parte da receita já é contratada. Assim sendo, a AES Tietê apresenta lucros consistentes, embora possa haver um certo grau de volatilidade dependendo da incidência de chuvas. Estimamos um dividend yield de 8,4% em 2020-21.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 33,00
O segmento de transmissão de energia é baseado em receitas fixas e margens elevadas, proporcionando um estável fluxo de dividendos. Apesar de acreditarmos que as ações estão próximas do valor justo, a TAESA deve se beneficiar no curto prazo, a de um cenário de queda das taxas de juros, que aumenta a atratividade de pagadoras de dividendos. Estimamos um dividend yield de 7,3% em 2020-21.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 107,00
A elevada distribuição de dividendos da Sanepar se deve à política de dividendos da companhia. A política prevê a distribuição do dividendo mínimo de 25% do lucro, além de 25% adicionais caso a situação financeira da empresa o permita (o que acontece desde 2012). Estimamos um dividend yield de 5,9% entre 2020 e 2022.

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 29,00
Após a privatização da companhia, o foco do mercado será em agendas de eficiências de custos para reduzir a diferença de R$20/m3 de custos operacionais para as pares privadas. Por ter baixo endividamento e receber relevantes recursos de um acordo com a Eletrobras anunciado em 2018 e antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia R$1,4 bi em setembro de 2019, estimamos dividendos de 6,6% para a BR em 2020-21

Curto prazo: Verde
Preço-alvo: 24,00
A CTEEP recebe elevados fluxos de caixa como indenizações relacionadas a ativos não amortizados existentes até maio de 2000 (denominados RBSE). Tais elevados fluxos de caixa, somados ao baixo endividamento da CTEEP, nos faz acreditar que a companhia pode distribuir dividendos extraordinários (ou seja, acima do lucro que a empresa registrou no ano), conforme observado no exercício de 2018. Estimamos um dividend yield de 7,9% em 2020-21 (sem assumir dividendos extraordinários).

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