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Bolsa aciona Circuit Breaker na crise do coronavírus: O que isso significa?

Entenda o que é este mecanismo usado pelas Bolsas e por que isso ocorreu com o Ibovespa

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*Texto atualizado às 16h57 de 20/03/2020

A Bolsa acionou seis vezes o Circuit Breaker durante a crise do coronavírus, igualando o número do Ibovespa em 2008, quando houve a crise do subprime nos Estados Unidos e que impactou o mundo inteiro.

Em tempos de plena instabilidade, desencadeada no cenário atual por causa da pandemia, esse mecanismo é utilizado pelas Bolsas para controlar a volatilidade excessiva no pregão.

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O que é Circuit Breaker?

Toda vez que o índice da Bolsa brasileira bate 10% de queda, as negociações são interrompidas por 30 minutos. E o Circuit Breaker pode ocorrer várias vezes em um dia se o desempenho negativo continuar.

Caso a negociação seja reaberta e o índice caia 15%, o mercado é fechado novamente, mas desta vez por uma hora. E, por último, caso a queda seja de 20% em relação ao índice de fechamento do dia anterior, os mercados podem ser interrompidos por qualquer prazo definido pela B3.

A lógica é basicamente a mesma de um disjuntor que evita um incêndio. Por exemplo, caso o sistema elétrico de uma casa esteja prestes a ter um curto-circuito, o disjuntor desligará a energia automaticamente. No caso, o Circuit Breaker seria o disjuntor para não deixar que a Bolsa entre em colapso.

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Mas por que a Bolsa caiu 10% ou mais nestes dias?

O Ibovespa tem tido quedas expressivas nas duas últimas semanas, seguindo o movimento dos mercados globais que sofrem com as incertezas em relação aos impactos do coronavírus.

No último fim de semana, investidores esperavam notícias mais positivas, mas foram surpreendidos pela guerra de preços no petróleo originada pela Arábia Saudita e pelo anúncio do governo da Itália, que decidiu colocar em quarentena mais de 16 milhões de pessoas no Norte do país.

Dessa forma, os mercados operaram na segunda-feira em fortes baixas. Os futuros do S&P500 nos Estados Unidos chegaram a negociar na mínima permitida para variação diária, que é de -5%.

A busca por ativos de menor risco seguiu forte, com toda a curva de títulos americanos negociando abaixo de 1% e o mercado passando a precificar que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) baixasse juros já para próximo de 0% nas próximas reuniões. O Ouro continuou subindo, com alta de +0,3%, cotado a US$1.677/onça.

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Recomendações dos especialistas

Desde segunda-feira temos produzido uma série de conteúdos especiais em vídeos ao vivo para ajudar os investidores brasileiros e tomar decisões ponderadas nesse momento de alta volatilidade.

Reveja os vídeos abaixo:

https://conteudos.xpi.com.br/acoes/analises-fundamentalistas/relatorios/live-12h-gestores-de-fundos-debatem-estrategias-em-cenario-de-incertezas/
https://conteudos.xpi.com.br/fundos-de-investimento/relatorios/a-volatilidade-dos-fundos-disparou-o-que-fazer-nesse-momento/
https://conteudos.xpi.com.br/acoes/analises-fundamentalistas/relatorios/coronavirus-a-preocupacao-se-elevou-aversao-a-risco-em-alta-no-mundo/

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O que fazer agora com as suas ações?

Publicamos um relatório ontem “Momentos turbulentos pela frente: revisando a carteira Top 10 ações XP” no qual respondemos as principais perguntas que recebemos nos últimos dias e esclarecemos a nova revisão para os papéis da nossa carteira de ações.

Bolsa brasileira pode cair ainda mais? Sim, acreditamos que possa corrigir ainda mais no curto prazo. Isso porque as bolsas nos países desenvolvidos devem continuar sofrendo por conta do alastramento do Coronavírus e da guerra de preços de petróleo iniciada esse final de semana pela Arábia Saudita.

Dado que o cenário externo tem se mostrando ainda mais desafiador, revisamos novamente nossa carteira Top 10 Ações XP, com a saída de JBS e Vale e inclusão de AmBev e Engie.

Com isso, aumentamos ainda mais a exposição ao setor elétrico e de consumo doméstico e reduzimos a exposição aos setores cíclicos globais, reduzindo também o Beta da carteira – ou seja, a sensibilidade aos movimentos do mercado.

Apesar disso, continuamos otimistas com as ações da JBS e da Vale, com recomendação de Compra nos dois papéis. Temos R$39/ação de Preço-Alvo para as ações da JBS e R$64/ação de Preço-Alvo para a Vale. Assim, esse movimento tático visa apenas reduzir o risco da carteira, migrando para papéis mais defensivos durante esse mês de março.

Como diversificar e alocar os investimentos neste cenário?

Para saber o que fazer em relação às várias classes de ativo, equilibrando a carteira, confira o que o nosso time de Alocação recomenda para a diversificação dos seus investimentos.

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