Indicadores econômicos divulgados entre 14/10/2019 e 18/10/2019

Quais indicadores econômicos devem ser acompanhados na próxima semana?

Cada um dos indicadores econômicos impacta direta ou indiretamente a economia como um todo, por isso o exercício de classificá-los de acordo com seu nível de importância não é tarefa fácil. Entretanto, existem alguns indicadores que tendem a impactar de forma mais recorrente o mercado (principalmente quando suas divulgações destoam muito das expectativas) e é exatamente por isso que adicionamos a coluna de classificação na agenda de indicadores semanais.

Apesar de todos os indicadores precisarem ser monitorados, aqueles que foram classificados com duas ou três estrelas são os que provavelmente terão maior impacto na semana que vem. Assim, para a próxima semana, vale a pena monitorar mais de perto:

• No Brasil: Atividade econômica de agosto (IBC-Br) e boletim Focus;

• Nos Estados Unidos: Índice de manufatura, vendas no varejo e produção industrial;

• Na Zona do Euro: Produção industrial, índice de expectativas e dados de inflação (CPI);

• E na China: Dados de inflação (CPI), produção industrial, vendas no varejo, taxa de desemprego e PIB.

Quais indicadores econômicos foram divulgados na última semana?

Na última semana, além dos acontecimentos políticos e comerciais que impactaram os mercados (tanto nacional quanto internacionalmente), uma série de indicadores econômicos importantes foram divulgados.

No Brasil, as principais divulgações foram dados de inflação (IPCA), do comércio (PMC) e do setor de serviços (PMS). Dando continuidade ao movimento baixista de inflação no país, o IPCA fechado de setembro registrou queda de 0,04%, abaixo tanto das nossas expectativas (+0,05%) quanto da mediana das expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg (+0,03%). No acumulado de 12 meses, o IPCA de setembro registrou alta de 2,89%, atingindo o menor patamar desde maio de 2018 (2,85%). Enquanto isso, o comércio varejista ampliado apresentou expansão de 1,3% na comparação anual e estabilidade na comparação mensal. O resultado veio em linha com as nossas expectativas e reforçou o nosso entendimento de que a economia brasileira segue em ritmo gradual de crescimento. Por fim, o setor de serviços apresentou queda de 1,4% na comparação anual de agosto, levemente abaixo das nossas expectativas (-1,2%) e bem abaixo das expectativas de mercado coletadas pela Bloomberg (-0,8%). Na base de comparação mensal, o indicador apresentou queda de 0,2%, em linha com as nossas expectativas. Por fim, também divulgamos na última semana o nosso relatório mensal, que trouxe explicações mais detalhadas sobre a situação atual da indústria brasileira.

Nos Estados Unidos, as principais divulgações foram crédito ao consumidor, dados de inflação (IPP) e a ata do FOMC. O crédito ao consumidor cresceu US$ 17,9 bilhões em agosto em relação a julho, mais que o aumento de US$ 15 bilhões projetado pelo mercado. O índice de preços ao produtor (PPI) caiu 0,3% em setembro ante agosto, registrando a menor leitura desde janeiro e surpreendendo positivamente o mercado, que previa alta mensal de 0,1% do indicador. A ata do FOMC mostrou que as autoridades monetárias do país estão um pouco mais preocupadas com o estado da economia dos Estados Unidos. Alguns membros argumentaram que as chances de uma recessão aumentaram notavelmente nos últimos meses.

E na China, as principais divulgações foram o PMI de serviços, que recuou de 52,1 em agosto para 51,3 em setembro (menor leitura em sete meses) e o PMI composto, que subiu de 51,6 em agosto para 51,9 em setembro, atingindo o maior patamar desde abril. Apesar das leituras modestas, os indicadores acima de 50 apontaram para uma expansão do setor de serviços e do setor manufatureiro no país.

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

Clique aqui