Gerar impacto positivo no mundo está ao alcance de todos

Investidores, líderes, colaboradores e gestores do mercado financeiro precisam refletir sobre qual o tipo de legado o seu patrimônio deixa no mundo. O mercado cobra, cada vez mais, que empresas tenham responsabilidades e cuidados que passam por temas ESG. Por isso, os projetos sobre tais políticas têm se tornado mais necessários.

Dentro desse universo, ética, transparência, diversidade, inclusão e coerência são palavras-chave. Hoje já existem estudos que demonstram que corporações mais comprometidas com a governança corporativa e aspectos como o bem-estar dos funcionários estão à frente da concorrência.

Além disso, diversos estudos indicam que empresas que adotam agenda ESG têm rentabilidade superior à seus pares. Um exemplo é quando olhamos para o Brasil: desde sua criação, em 2005, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) valorizou 296%, contra 223% do Índice Ibovespa no mesmo período.

Isso nos mostra que esse comprometimento não é sobre implementar ações para daqui a 20 anos, prometendo um futuro melhor, e sim sobre começar a mudança agora. Assim, as organizações apresentam resultados diferenciados no curto e médio prazo.

É sobre isso que estamos falando quando citamos os investimentos sustentáveis. Em vez de olhar só para riscos e retornos financeiros, podemos direcionar o impacto que os investimentos geram (sem deixar o lucro financeiro de lado, é claro). E isso é uma jornada sem volta para todos os envolvidos. 

Quanto mais os investidores valorizarem essas questões, mais os gestores terão respaldo para igualmente cobrarem as empresas, provocando uma espiral muito positiva. Isso porque, em pleno 2020, o protagonismo ainda se concentra nas marcas, apesar de um alto grau de curiosidade de investidores no tema.

Empoderamento – Uma pesquisa realizada com mais de 30 mil clientes da XP Inc. revelou que 73% dos entrevistados têm bastante interesse em investir seu patrimônio em negócios com impacto socioambiental positivo. Mesmo assim, a maioria das pessoas não sabe o que a sigla ESG significa e desconfia do seu real impacto. Por isso, aqui na XP, temos nos provocado para oferecer aos nossos clientes as melhores opções de investimento sustentável e material explicativo sobre o tema.

Na última semana anunciamos que estamos trazendo para o Brasil, em parceria com a BlackRock, um fundo global de impacto, que permitirá aos investidores colocar dinheiro em empresas que estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU. Além disso, fomos pioneiros no lançamento do primeiro fundo de previdência privada, formado somente por ações de empresas com alto padrão de responsabilidade social, ambiental e de governança corporativa. Sabemos que há muito a ser feito ainda, inclusive dentro de casa, mas, com a atenção que estamos dando ao tema na XP, tenho certeza que outras iniciativas logo serão anunciadas.

O ideal é que, no futuro, todos os investimentos sejam ESG. Essas práticas devem se tornar uma premissa e não um mero filtro ou uma classe de ativos. Nosso desejo – e estamos trabalhando para isso – é que este seja um tema recorrente em todos nas empresas, não só na agenda de grandes executivos. E que também não se restrinja a uma política interna organizacional, mas que se amplie para o consumo consciente e a cultura como um todo.

Para que isso aconteça, ainda temos um trabalho muito grande de conscientização do mercado. E, com o tempo, as companhias que não seguirem boas práticas, ficarão de fora dessa jornada. 

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