O setor de proteína animal e como investir nele em Renda Fixa

Principais características do setor de proteína animal

• Setor extremamente regulado.
  • Barreiras fitossanitárias são risco mais relevante.
• Diversificação de mercados para exportação é crucial.
  • Atenção aos países em que empresas operam.
• Hábitos de consumo ditam a demanda.
• Setor opera com margens baixas.
• Dinâmica de compra de matéria-prima varia de acordo com o animal – custos são commodities:
  • Bovinos: custo principal é o do próprio animal (boi gordo).
  • Suínos e aves: custo principal é ração (soja e milho).

Nesse vídeo, Lucas Genoso, analista de crédito responsável pelo setor de proteína animal, fala sobre alguns conceitos que você deve saber antes de investir no setor e para se manter informado.

Para melhor entendimento, sugerimos utilização do Glossário, localizado ao final do relatório

Principais destaques do setor de proteína animal

O setor de proteína animal engloba grandes empresas como Alibem, Marfrig, Minerva, BRF, JBS e outros.

As empresas que são frigoríficos puros adquirem os animais, abatem e vendem a carne em pedaços para o mercado interno e externo, agregando pouco valor à cadeia.

Existem dois modelos de produção que variam de acordo com o tipo de animal:

• Bovinos: os frigoríficos compram o animal direto dos pecuaristas – os frigoríficos não detêm o ativo biológico e seu custo é o próprio animal.
• Suínos e aves: Modelo de integração – frigoríficos detêm o ativo biológico (porcos e aves) mas são diversos parceiros (ou integrados) os responsáveis pela criação dos mesmos. Os frigoríficos enviam os filhotes e proveem toda assistência e ração para seu desenvolvimento, que é o principal custo (soja e milho).

Sendo assim, são commodities tanto os custos (milho, soja, boi gordo) quanto as receitas (carne). Por esse motivo, as empresas operam com margens geralmente apertadas.

É comum que o preço de uma dada proteína esteja mais vantajoso em um mercado específico. Por isso, é muito importante ter plantas habilitadas para exportar para o maior número de países possível.

Neste sentido, vale também acompanhar as os hábitos de consumo, as regulações pertinentes a cada localização e as barreiras fitossanitárias de cada país.

Dada a dinâmica de compra de matéria-prima, dos diferentes hábitos de consumo e das barreiras sanitárias impostas por diferentes mercados, a diversificação geográfica e a diversificação por proteínas também são fatores que são considerados nas análises.

Como investir em renda fixa no setor de proteína animal?

Os principais ativos de renda fixa para o setor são os CRAs, que são isentas de imposto de renda para pessoa física.

Os certificados de recebimento são títulos de renda fixa de crédito privado que representam uma promessa de pagamento futuro em dinheiro. São usadas boas opções para investidores que fazem um investimento de longo prazo.

Para investir em CRA, é necessário ter conta em uma corretora de valores, como a XP, e escolher o título dentro da plataforma. É o mesmo processo feito por quem investe no Tesouro Direto.

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