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Em cerimônia de posse, nova presidente da Petrobras (PETR4) reforça transição energética | Café com ESG, 20/06

Hidrogênio de baixo carbono; Produção de soja dependente da demanda por biocombustíveis

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,52% e 0,32%, respectivamente.

• No lado das empresas, (i) em cerimônia de posse, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ontem que não se pode falar em transição energética sem dizer quem vai pagar a conta, que, segundo ela, será financiada pelo setor de petróleo - ela defendeu também o desenvolvimento de fronteiras exploratórias como Margem Equatorial, e reforçou que a empresa tem meta de alcançar a meta net zero em 2050; e (ii) o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, acredita na licitação para a conclusão das obras de Angra 3 para o primeiro semestre de 2025 - questionado pelos deputados durante audiência pública conjunta entre as comissões de Minas e Energia e de Transição Energética ontem, Lycurgo destacou que a aceleração da linha crítica do empreendimento carece de estudo independente BNDES.

• Na política, o Senado aprovou ontem o projeto de lei que estabelece o marco legal para a exploração de hidrogênio de baixo carbono no país - em termos de próximos passos, como o texto sofreu alterações, após finalizar a deliberação, a proposta retornará à Câmara dos Deputados.

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Brasil

Empresas

Senado aprova marco legal do hidrogênio verde

"O Senado aprovou na quarta-feira (19), em votação simbólica, o projeto de lei que estabelece o marco legal para a exploração de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu que três destaques serão votados em outra sessão. Como sofreu alterações, após finalizar a deliberação, a proposta retornará à Câmara dos Deputados. Pacheco decidiu que três destaques serão votados em outra sessão ainda sem data marcada. Como sofreu alterações, após finalizar a deliberação, a proposta retornará à Casa iniciadora para apreciação dos deputados. O texto diferencia as formas de produção de hidrogênio de baixo carbono. O verde é produzido através da eletrólise da água, um processo que utiliza eletricidade para dividir a água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (O2) a partir de uma fonte energia limpa. Em casos de produção através de energia com uma redução significativa das emissões, mas não zero, ainda é considerado hidrogênio de baixo carbono. O marco legal do hidrogênio de baixo carbono é parte da “agenda verde” para incentivar a descarbonização da matriz energética do país. O projeto cria o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono (Rehidro), isentando de contribuições empresas que, no prazo de cinco anos, realizarem investimentos em hidrogênio verde, e também o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). No parecer, Alencar incluiu um trecho que isenta de PIS/Cofins e PIS/Cofins-Importação a aquisição de matérias-primas, desde que no marcado interno, empresas beneficiárias do Rehidro."

Fonte: Valor Econômico; 19/06/2024

Impacto das mudanças climáticas entra no radar dos negócios, mas velocidade de mudanças é lenta, aponta CDP

"As práticas sustentáveis entraram no radar de cada vez mais companhias, que avaliam o impacto das mudanças climáticas no radar dos negócios. Mas sair da teoria à prática ainda é um desafio visível. É o que mostra levantamento do CDP Latin America, organização que administra um sistema mundial de divulgação de dados ambientais para empresas, cidades, estados e regiões, publicado com exclusividade pelo Prática ESG. O copo meio cheio é que 42% das 1.136 empresas brasileiras que reportaram seus dados de mudanças climáticas têm alguma iniciativa para redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Em 2022, esse índice era de 35%. No total, 780 iniciativas foram relatadas pelas companhias nacionais, 8,2% a mais do que no ciclo anterior, que representam uma redução de 183,6 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e). “Por iniciativas, entendemos as atividades de um programa definido de redução de emissões ou investimento adicional para além da manutenção/substituição com propósito de reduzir emissões”, diz Rebeca Lima, diretora-executiva do CDP Latin America. Segundo, o número de iniciativas é menor do que o número de empresas, pois nem todas as companhias reportaram iniciativas de redução de emissões. “As empresas devem reportar apenas as iniciativas no contexto do ano de reporte, como, por exemplo, instalação de novos equipamentos ou adoção de novas práticas operacionais”, comenta Rebeca Lima, diretor-executiva do CDP Latin America. Entre exemplos de iniciativas apontadas pelas empresas estão consumo de energia de baixo carbono (apontado por 18% dos respondentes), eficiência energética (14%), redução de emissão relacionada ao transporte por meio da instituição de políticas de viagem de negócios, teletrabalho, deslocamento de funcionários e substituição da frota de veículos corporativos (12%)."

Fonte: Valor Econômico; 19/06/2024

MP provoca corrida por subsídios com quase 2 mil pedidos de enquadramento à Aneel

"A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recebeu 1.963 pedidos de usinas de energia de fontes renováveis interessadas em se enquadrar na Medida Provisória (MP) nº 1.212/2024, que estendeu em mais 36 meses o prazo para que os empreendimentos iniciem a operação e garantam o desconto na tarifa de transmissão e distribuição (Tust e Tusd, na sigla do setor). O montante equivale a uma potência de 84,7 gigawatts (GW). A MP do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro Alexandre Silveira (PSD/MG) gerou polêmica no setor por conceder subsídios nas tarifas de uso da rede, já que pelas regras do setor, os enquadrados garantem descontos de até 50% no transporte de energia de fontes renováveis para empreendedores que tivessem requerido outorgas até 2 de março de 2022. Com a MP, o prazo para que os empreendimentos entrem em operação comercial em até 48 meses, contados a partir da emissão da outorga, pode ser prorrogado em três anos. A ex-secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia (MME) e presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Marisete Pereira, é categórica ao dizer que a medida provocou uma espécie de “nova corrida do ouro” para manter o subsídio. O Brasil está trilhando um caminho de exclusão social por conta do lobby de fontes já maduras, como eólica e solar, e que não atendem os requisitos necessários para trazer estabilidade do sistema”, diz Pereira."

Fonte: Valor Econômico; 19/06/2024

Não se pode falar em transição energética 'sem dizer quem vai pagar a conta', diz Chambriard

"A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, nesta quarta-feira (19), que não se pode falar em transição energética “sem dizer quem vai pagar a conta”, no caso, o setor de petróleo. Segundo ela, “alguém tem que financiar essa transição". As atividades de exploração e produção, hoje, correspondem a 70% do orçamento da empresa, e as reservas de petróleo são finitas, enfatizou ela, na sua cerimônia de posse simbólica no cargo. Na cerimônia, Chambriard afirmou que a Petrobras tem intenção de ampliar a distribuição de gás para o mercado e salientou que a retomada do setor de fertilizantes é uma boa oportunidade para ampliar este segmento. Ela afirmou também que é fundamental desenvolver fronteiras exploratórias como Margem Equatorial e Sul do Brasil. Disse, ainda, que a empresa tem meta de alcançar a meta de emissões líquidas de carbono zero (“net zero”) em 2050. Chambriard ressaltou que a Petrobras , como parte do processo de ampliação da diversidade na companhia, contará em sua diretoria executiva com quatro mulheres (incluindo ela), 50% do total de oito executivos. Na semana passada, foram indicadas Renata Baruzzi, para a diretoria de engenharia, tecnologia e inovação; e Sylvia dos Anjos, para a diretoria de exploração e produção, que se juntam a Clarice Coppetti, atual diretora de assuntos corporativos e a ela, Chambriard. Outra indicação foi a de Fernando Melgarejo para a diretoria financeira e de relações com investidores."

Fonte: Valor Econômico; 19/06/2024

Biocombustível, não China, é agora fator para avanço da soja no Brasil, diz Abiove

"A demanda por biocombustíveis vem sendo cada vez mais importante para manter o crescimento do plantio de soja no Brasil, em um momento em que a China, o maior importador global, passa a adotar uma estratégia de não elevar muito suas importações da oleaginosa como fazia antes, avaliou nesta quarta-feira (19) o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar. O presidente da Abiove, associação que reúne tradings e processadoras, considera que a China parece ter intenção de se manter no patamar de importações totais de 100 milhões de toneladas de soja de todas as origens, já que busca depender menos de importações. Isso significa que não deverá haver grandes crescimentos na demanda como no passado, que foram fundamentais para o avanço da oleaginosa no Brasil. “Vamos admitir que não tivesse demanda por biocombustíveis, eu não vejo a soja crescendo 1 milhão de hectares por ano (no Brasil) como aconteceu nos últimos anos para atender o chinês”, disse Nassar a jornalistas, após participar de um seminário do setor promovido pela Argus. “Não vejo isso mais, a gente provavelmente iria enxergar uma certa redução”, não fossem os biocombustíveis, acrescentou. A soja já é a principal matéria-prima para a produção de biodiesel, enquanto novos tipos de biocombustíveis avançados, que podem usar o óleo de soja no processo, tendem a manter a demanda elevada no futuro. Da produção brasileira de óleo de soja de 11 milhões de toneladas estimada para 2024, cerca de 6 milhões de toneladas devem ser destinadas à produção de biodiesel, após a mistura do biocombustível no diesel ter passado de 12% para 14% em 2024."

Fonte: InfoMoney; 19/06/2024

Eletronuclear prevê licitação de Angra 3 para primeiro semestre de 2025

"O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, acredita na licitação para a conclusão das obras de Angra 3 para o primeiro semestre de 2025. Lycurgo participou de audiência pública conjunta entre as comissões de Minas e Energia e de Transição Energética, nesta quarta (19/6), na Câmara dos deputados. Questionado pelo deputado Júlio Lopes (PP/RJ), coordenador da mesa de debates da audiência, o responsável pelas usinas nucleares brasileiras destacou que a aceleração da linha crítica do empreendimento carece de estudo independente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “O banco já fez este estudo e entregou para a EPE [Empresa de Pesquisa Energética]. Depois tem a reunião do CNPE [Conselho Nacional de Política Energética] e aprovando a tarifa, a gente tem a luz verde para tracionar com o projeto de maneira mais forte”, disse. Lycurgo disse que há 11.500 equipamentos já comprados à espera de instalação e comissionamento. “Não é possível termos tantos equipamentos no sítio sem um goal para isso. Pelo bem do país, precisamos focar em aprovar e tirar Angra 3 do papel”, afirmou. Segundo o presidente da Eletronuclear, as usinas de Angra 1 e 2 produzem 40% da energia consumida pelo Estado do Rio de Janeiro. Com a entrada de Angra 3 em operação, a energia gerada pelas nucleares vai representar mais de 60% do consumo no Rio. A pauta do setor passa pela liberação da construção de usinas por terceiros, atividade atualmente concentrada pela Eletronuclear, além de medidas para viabilizar economicamente os projetos – o Renuclear, entre elas. Agentes partem de um entendimento que não será necessário aprovar uma PEC e o monopólio estatal da atividade previsto na Constituição Federal pode ser atendido por meio de um regime que mantenha o controle estatal, seja por participação, golden share ou outros mecanismos."

Fonte: Epbr; 19/06/2024

Maioria dos brasileiros apoia fim de combustíveis fósseis

"A maior pesquisa de opinião pública independente sobre mudança climática, feita pelas Nações Unidas, revela que 80% das pessoas no mundo querem que seus governos tomem medidas mais fortes para enfrentar a emergência global. Mais que isso: 86% dos entrevistados pela People’s Climate Vote feita pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud) querem que seus países deixem de lado as diferenças geopolíticas e se juntem na proteção do clima e adaptação aos impactos. “É um nível de consenso surpreendente dado o contexto mundial atual de conflitos e de nacionalismo em alta”, diz o comunicado distribuído à imprensa. As pessoas que vivem nos países que mais produzem combustíveis fósseis no mundo são favoráveis a uma transição rápida para o abandono dessas fontes. Isso acontece em oito dos dez maiores produtores de petróleo do mundo. Os brasileiros apoiam (81%) a transição rápida sendo que dois terços das pessoas ouvidas no Brasil (61%) disseram que querem que esse distanciamento aconteça muito rapidamente. A pesquisa ouviu 73 mil pessoas em 77 países e de 87 idiomas diferentes. Os 77 países em que a pesquisa foi realizada representam 87% da população global. Os entrevistados responderam a 15 perguntas sobre como sua vida cotidiana está sendo impactada pela mudança do clima. Foi organizada por Pnud, Universidade de Oxford, governo do Reino Unido e a empresa global de pesquisas GeoPoll. Mais de 10% dos pesquisados (9.321 pessoas) nunca foram à escola. Deste total, 1.241 eram mulheres com mais de 60 anos. Em nove países, os entrevistados nunca haviam participado de uma pesquisa sobre mudança do clima. Menores de 18 anos foram ouvidos em países em que há permissão legal."

Fonte: Valor Econômico; 19/06/2024

Política

Após admitir contradição no discurso ambiental, Lula se reúne com Marina por plano contra emergência climática

"Um dia depois de admitir que seu governo tem um discurso contraditório na questão ambiental, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir detalhes do plano de estratégia para o enfrentamento da emergência climática. A reunião no Palácio do Planalto ocorre na esteira das reclamações do presidente de que as ações anunciadas pela gestão petista estão demorando a sair do papel. Participam do encontro também os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Apesar desse esforço em prol da questão climática, o presidente da República admitiu na terça-feira (18) que há um contrassenso entre o discurso ambiental do governo e o desejo do próprio Executivo de explorar petróleo na Margem Equatorial, que fica na região amazônica. "O Ibama tem uma posição, o governo pode ter outra posição. E, em algum momento, eu vou chamar o Ibama, a Petrobras e o (Ministério) Meio Ambiente na minha sala pra tomar uma decisão [sobra a exploração na Margem Equatorial]", disse. "É contraditório? É, porque estamos apostando muito na transição energética. Mas enquanto a transição energética não resolve o nosso problema, o Brasil tem que ganhar dinheiro com esse petróleo", complementou. O assunto tem gerado pressão contínua contra o governo por parte da bancada do Amapá no Congresso. Os parlamentares defendem que é necessário derrubar ou reverter o parecer emitido pelo Ibama que vai contra o projeto de exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas."

Fonte: Valor Econômico; 19/06/2024

Governo do Rio espera publicar decreto do biometano na próxima semana

"O governo do Rio de Janeiro espera publicar, na próxima semana, o decreto para regulamentar a Política Estadual de Gás Natural Renovável, disse nesta segunda-feira (17/6) o secretário interino de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto. Segundo ele, a Seenemar e a Agenersa, a agência reguladora estadual, tratam neste momento de “ajustes finos” na redação do decreto. A expectativa é que o texto esteja pacificado até o fim desta semana. No Rio, a lei nº 6.361/2012, publicada no governo Sérgio Cabral, estabeleceu um mandato que obriga as distribuidoras (CEG e CEG Rio) a adquirir todo o biometano produzido no estado – até o limite de 10% do volume de gás natural distribuído por cada uma das concessionárias, desconsiderada a demanda das termelétricas. Pelo tamanho atual do mercado de gás no Rio, há espaço para injeção compulsória de cerca de 650 mil m³/dia na rede da Naturgy, controladora da CEG e CEG Rio. A injeção de biometano na malha, porém, nunca ocorreu de fato. A fixação de um preço teto (de R$ 1,20 por m³) era encarada no setor como um dos entraves. O novo decreto não define mais um preço máximo. Conforme antecipado pelo político epbr, serviço de assinatura exclusivo para empresas (teste grátis por 7 dias), a minuta é bem ampla: passa por questões como swap (troca operacional/comercial); regras para compra do biometano pelas distribuidoras de gás canalizado e por consumidores livres; e pela qualidade do gás renovável. Estabelece que as distribuidoras deverão realizar chamadas públicas – definidas no decreto como Solicitação Pública de Proposta – para aquisição do biometano até atingir o mandato. O custo do biometano será inserido dentro da base de custos de aquisição do gás natural e repassado aos usuários, com a devida homologação pela Agenersa."

Fonte: Epbr; 19/06/2024

Silveira fala em “desastre tarifário” em PL das eólicas offshore

"O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), demonstrou descontentamento e criticou o PL das eólicas offshore na Câmara dos Deputados. Silveira fala, inclusive, em “desastre tarifário” em jabutis inseridos no projeto. A declaração foi dada durante a participação de Silveira na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara nesta quarta (19/6). “Esse projeto que veio do Senado para cá – e voltou para o Senado – representa 25 bilhões de custo a mais para o consumidor brasileiro. Se o Senado aprovar aquele PL do jeito que ele saiu dessa Casa, nós vamos ampliar a CDE [Conta de Desenvolvimento Energético] de R$ 38 bilhões para R$ 53 bilhões, prejudicando em especial a população mais pobre”, criticou. Para o ministro, o consumidor de alta tensão, beneficiado por medidas adotadas no último ano do governo Temer, teve acesso à abertura do mercado, retirando destes o custo pela estrutura física. “Por isso, nós estamos contemplando a digitalização no decreto de renovação, para poder dar liberdade de escolha a todo consumidor brasileiro, ele paga a maior conta”, informou. A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) também defende mudanças no texto. Segundo a entidade, há uma grande quantidade de temas estranhos à matéria principal. Uma dessas críticas recai sobre emendas que incluem incentivos à geração de energia a carvão, térmicas a gás natural e pequenas centrais hidrelétricas, que foram mantidas no texto do Senado. O gabinete do senador Weverton (PDT/MA) afirmou, semana passada, ao político epbr, serviço premium de política energética da epbr (teste grátis por 7 dias), que é possível dar mais tempo para a negociações das emendas incluídas no PL 576/2021 e não acelerar a tramitação sob o risco de ter um texto vetado. O senador está incomodado com a posição do governo federal, que não tem demonstrado disposição em negociar as emendas."

Fonte: Epbr; 19/06/2024

Brasil usa G20 para enfrentar ‘bateria a carvão’ europeia

"Na cúpula do G20, que vai reunir líderes das maiores economias do mundo em novembro no Rio de Janeiro, o Brasil vai defender a criação de padrões de sustentabilidade internacionais que reconheçam o valor da biomassa e dos biocombustíveis, como o etanol, na transição energética global. Heloisa Borges, diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), conta que a criação de consensos neste tema é um objetivo central para o Brasil. Heloisa participa diretamente das reuniões no grupo de Trabalho da Transição Energética do G20. À agência epbr, ela afirma que existe uma “divergência no conceito de sustentabilidade para combustíveis”, quando o assunto é contabilizar as emissões de carbono no ciclo de vida dos combustíveis. Na avaliação da diretora, é necessário harmonizar os critérios globais e definir padrões que considerem especificidades regionais para que os biocombustíveis sejam reconhecidos internacionalmente pelo seu valor sustentável, incluindo biocombustíveis avançados e sintéticos derivados de biomassa. “Temos a ambição de construir um consenso na contabilidade de carbono. E a contabilidade de carbono é fundamental para um monte de coisas. Ela é fundamental para a certificação de hidrogênio e do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês)”. O Brasil tem enorme potencial para produção de hidrogênio a partir de etanol, e de SAF a partir de oleaginosas e do próprio etanol. Mas precisa vencer a resistência de países europeus, por exemplo, que argumentam que a produção de biocombustíveis compete com a produção de alimentos e desloca outras culturas para áreas desmatadas – conceito chamado de uso indireto da terra. “Os critérios a partir dos quais a gente vai contabilizar emissões e os critérios de sustentabilidade são fundamentais para a gente não ficar nesse debate eterno do que é do food versus fuel, do que é ou não sustentável”, diz Heloisa."

Fonte: Epbr; 19/06/2024

Internacional

Empresas

Wärtsilä lança primeira planta do mundo capaz de gerar eletricidade em larga escala a partir de hidrogênio

"A Wärtsilä lançou esta semana o conceito da primeira planta de geração de energia elétrica do mundo em larga escala capaz de operar a hidrogênio. Os motores desenvolvidos pela companhia finlandesa podem rodar a gás natural com uma mistura de até 25% de hidrogênio ou podem ser convertidos para 100% de hidrogênio. A companhia espera começar a receber as primeiras encomendas em 2025, com entrega em 2026. O projeto desenvolvido pela Wärtsilä é capaz de sincronizar com a rede elétrica em 30 segundos depois do comando de partida. A expectativa é que as plantas atuem inicialmente com a geração a gás natural e que sejam convertidas para o hidrogênio renovável depois que houver disponibilidade desse combustível. “Devemos ser realistas de que o gás natural irá desempenhar um papel nos nossos sistemas de energia por muitos anos. Os motores flexíveis de combustível podem usar gás natural hoje para fornecer flexibilidade e equilíbrio, permitindo que a energia renovável prospere. Eles podem, então, ser convertidos para funcionar com hidrogênio quando este estiver prontamente disponível, preparando o caminho para o futuro até o net zero”, disse o presidente da Wärtsilä Energy, Anders Lindberg. Com a ampliação da geração de energia variável a partir do sol e do vento, as usinas termelétricas são consideradas importantes para dar estabilidade aos sistemas elétricos, pois são despacháveis, ou seja, não dependem de condições climáticas para serem acionadas. Com isso, para atingir as metas de descarbonização, vai ser necessário reduzir as emissões também na geração termelétrica. O projeto recebeu certificação da TÜV SÜD."

Fonte: Epbr; 19/06/2024

As emissões de energia atingiram um recorde com a crescente demanda por combustíveis fósseis, diz relatório

"As emissões de gases com efeito de estufa provenientes da energia atingiram um máximo histórico no ano passado, à medida que a procura de combustíveis fósseis aumentou apesar de um grande aumento nas energias renováveis, de acordo com um relatório que destaca a necessidade de acelerar a transição verde. As emissões de energia aumentaram 2 por cento em 2023, ultrapassando pela primeira vez o equivalente a 40 gigatoneladas de CO₂, de acordo com a Revisão Estatística da Energia Mundial do Instituto de Energia. “A energia limpa ainda não está a satisfazer a totalidade do crescimento da procura”, disse Nick Wayth, diretor-executivo do Energy Institute, com sede em Londres. “Indiscutivelmente, a transição [energética] nem sequer começou.” Wayth destacou o progresso “desigual” na mudança para a geração de eletricidade renovável, que aumentou 13% em relação a 2022, atingindo um recorde de 4.748 terawatts-hora. A utilização de combustíveis fósseis acelerou em países de elevado crescimento, como a Índia, mas houve sinais de que a procura tinha atingido um pico na Europa, nos EUA e noutras economias avançadas. O relatório, publicado na quinta-feira, afirma que o uso global de energia primária aumentou 2%, para um recorde de 620 exajoules – 1EJ equivale a cerca de 170 milhões de barris de petróleo. A participação dos combustíveis fósseis no cabaz energético diminuiu apenas ligeiramente, 0,4 pontos percentuais, para 81,5 por cento. A sua proporção era de 86 por cento em 1995. Os dados destacam os desafios sete meses depois de os países presentes na conferência COP28 no Dubai terem definido metas ambiciosas para acelerar a transição dos combustíveis fósseis, numa tentativa de limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais."

Fonte: Financial Times; 19/06/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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