IBOVESPA -0,50% | 122.098 Pontos
CÂMBIO +0,75% | 5,25/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa atingiu uma nova mínima na semana passada, caindo 1,8% em reais e 3,4% em dólares, fechando em 122.098 pontos. No mês de maio, o índice fechou com queda de 3,0% em reais e 3,4% em dólares.
O destaque positivo na semana foi Petrobras (PETR3, +6,2%; PETR4, +6,0%), indo na contramão do preço do Brent, que se desvalorizou em 0,6%, e se recuperando desde o anúncio de troca de liderança na estatal. Já a principal perdedora esta semana foi Yduqs (YDUQ3, -11,2%), com as expectativas de inflação desancorando, pressionando o setor de Educação como um todo, que devolveu as altas na semana anterior.
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimentos mistos: em leve baixa nos vencimentos mais curtos, e elevação nos trechos intermediários e longos. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 95,20 pontos-base (bps) na sexta-feira anterior para 111,50 pontos na última semana. A curva, portanto, apresentou ganho de inclinação.
A semana foi marcada pela divulgação de diversos dados de inflação ao redor do mundo. No Brasil, apesar de a inflação corrente mostrar resultados favoráveis, as expectativas de mercado para 2025 e 2026 seguem se distanciando da meta de 3%. DI jan/25 fechou em 10,39% (-1,5bps no comparativo semanal); DI jan/26 em 10,8% (-4,5bps); DI jan/27 em 11,14% (-0,9bps); DI jan/29 em 11,64% (7,3bps); DI jan/34 em 11,91% (10,9bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: 0,1%; Nasdaq 100: 0,4%), após uma leitura benigna da inflação medida pelo deflator PCE na sexta-feira. Na pré-abertura, o destaque é a alta de cerca de 74% nas ações de Gamestop após um novo tweet de Roaring Kitty.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,5%). Os mercados aguardam um corte de juros pelo Banco Central Europeu na reunião desta semana. Na China, as bolsas fecharam em alta (CSI 300: 0,3%; HSI: 1,8%), após dados indicarem melhora no setor industrial em maio. Eleições foram destaque entre países emergentes no final de semana.
Na Índia, Narendra Modi se reelegeu para a presidência, conforme amplamente esperado. No México, Claudia Sheinbaum sucederá a Andrés Manuel López Obrador como presidente, pelo mesmo partido, o Morena.
Economia
Publicado sexta-feira nos EUA, o núcleo do PCE aumentou 0,25% em abril ante março (consenso: 0,2%), e a variação anual registrou 2,75%, pouco alterada em relação aos 2,81% de março. Com a inflação relativamente bem-comportada em abril, os mercados reagiram positivamente e os rendimentos dos títulos americanos (Treasuries) de 2 anos recuaram após a divulgação. Vemos a inflação medida pelo PCE encerrando 2024 em torno de 3%. Na China, o PMI industrial Caixin subiu para 51,7 em maio de 2024, de 51,4 em abril, superando as estimativas de 51,5. Foi o sétimo mês consecutivo de expansão na atividade manufatureira e o ritmo mais rápido desde junho de 2022.
Nesta semana, nos Estados Unidos, as atenções se voltarão aos dados de mercado de trabalho referentes a maio. O Nonfarm Payroll será divulgado na sexta-feira, a pesquisa de oferta de empregos (JOLTS) será publicada na terça-feira, enquanto a criação líquida de empregos no setor privado (ADP) será conhecida na quarta-feira. Também em destaque, o Banco Central Europeu anunciará sua decisão de política monetária na quinta-feira, com expectativa de início do ciclo de corte de juros. Na China, os dados da balança comercial de maio serão divulgados na sexta-feira.
No Brasil, destaque para a divulgação do PIB do 1º trimestre na terça-feira. Projetamos expansão de 0,6% ante o trimestre anterior, e de 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Na quarta-feira, o IBGE publicará a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) de abril, para a qual estimamos contração mensal moderada 0,5%. Por fim, na quinta-feira, a balança comercial de maio será divulgada pelo MDIC.
Veja todos os detalhes
Economia
PIB no Brasil, mercado de trabalho nos EUA, e primeiro corte na Zona do Euro
- Publicado na sexta-feira nos EUA, o núcleo do PCE, deflator do consumo pessoal nos Estados Unidos, aumentou 0,25% em abril ante março (consenso: 0,2%). Com isso, a medida de inflação favorita do Fed registrou variação anual de 2,75% em abril, pouco alterada em relação aos 2,81% de março. A inflação de serviços, que tem mostrado resistência, avançou 0,27% na base mensal e 3,94% em termos anuais – ainda inconsistente com a meta de 2%. A medida de super núcleo – que exclui itens de energia e habitação da inflação de serviços – também registrou variação relativamente baixa no mês, mas a taxa anual permanece bastante acima da meta (3,43%). Com a inflação relativamente bem-comportada em abril, os mercados reagiram positivamente e os rendimentos dos títulos americanos (Treasuries) de 2 anos recuaram após a divulgação. Vemos a inflação medida pelo PCE encerrando 2024 em torno de 3%. Com relação à política monetária, vemos os dados consistentes com nosso cenário base de início do ciclo de corte de juros em dezembro.
- O PMI industrial Caixin da China subiu para 51,7 em maio de 2024, de 51,4 em abril, superando as estimativas de 51,5. Foi o sétimo mês consecutivo de expansão na atividade manufatureira e o ritmo mais rápido desde junho de 2022. No que diz respeito aos preços, a inflação dos custos dos fatores de produção acelerou para o nível mais elevado desde outubro do ano passado, impulsionada pelo aumento dos custos dos metais, plásticos e energia. Como resultado, os custos de produção aumentaram. Por último, o sentimento empresarial apresentou melhora em meio a esperanças de melhoria da demanda doméstica e global.
- Nesta semana, nos Estados Unidos, as atenções se voltarão aos dados de mercado de trabalho referentes a maio. O Nonfarm Payroll, principal relatório de emprego do país, será divulgado na 6ª-feira. Ademais, a pesquisa de oferta de empregos (JOLTS) será publicada na 3ª-feira, enquanto a criação líquida de empregos no setor privado (ADP) será conhecida na 4ª-feira. Também em destaque, o Banco Central Europeu anunciará sua decisão de política monetária na 5ª-feira, com expectativa de início do ciclo de corte de juros. Na China, os dados da balança comercial de maio serão divulgados na 6ª-feira.
- No Brasil, destaque para a divulgação do PIB do 1º trimestre na 3ª-feira. Projetamos expansão de 0,6% ante o trimestre anterior, e de 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Do lado da oferta, prevemos crescimento para os três grandes setores. A Agropecuária se recuperou após a queda registrada no 4º trimestre. O setor de Serviços ganhou ímpeto no último trimestre, enquanto a Indústria deve apresentar tímido crescimento, com sinais mistos entre seus componentes. Do lado demanda, destaque para o consumo das famílias resiliente e a recuperação dos investimentos. Na 4ª-feira, o IBGE publicará a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) de abril, para a qual estimamos contração mensal moderada 0,5%. Por fim, na 5ª-feira, a balança comercial de maio será divulgada pelo MDIC.
Empresas
Mater Dei (MATD3): Um passo para trás em direção a uma melhor alocação de capital
- A Mater Dei (MATD3) anunciou a venda de sua participação no Porto Dias, em Belém (PA), por um valor total de R$ 410 milhões:
- Com a venda, a empresa deve reduzir sua alavancagem líquida e o consumo de capital de giro em um momento em que todo o setor parece estar lutando para melhorar a conversão de caixa e reduzir a alavancagem;
- Além disso, vemos a microrregião de Belém como desafiadora devido à situação financeira dos principais pagadores.
- Vemos o movimento como uma consequência direta do cenário de estresse financeiro pelo qual o setor está passando e, em nossa opinião, pode ser o primeiro dentre outros possíveis movimentos dessa natureza que algumas outras empresas poderiam fazer em busca de uma operação mais eficiente, após um período de consolidação agressiva em todo o setor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Setor financeiro se movimenta para atender ‘bets’ (Valor);
- Projeto deve abrir caminho para Estados cobrarem imposto de herança sobre aplicação de previdência (Estadão);
- Busca por crédito sobre 14% em abril/março, mas cai 24% ante o quarto mês de 2023 (Broadcast);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- ‘Taxa da blusinha’: Senado vota nesta semana projeto que inclui imposto de 20% sobre importados de até US$ 50 (O Globo);
- Alckmin: governo estuda reduzir imposto da linha branca no RS e quer desconto da indústria (O Globo);
- Como a tragédia no Rio Grande do Sul pode impactar a inflação e colocar mais pressão no BC (Estadão);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Planos de saúde: nova lei só deve ser votada no 2º semestre (O Globo);
- Pandemia interrompe ciclo de fechamento de hospitais privados que se estendia por 10 anos (Valor Econômico);
- Cursos de Medicina cresceram de forma desigual no país, com foco nas grandes cidades, apontam dados do CFM (O Globo);
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- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Dado de inflação dos EUA traz alívio, mas longe de dar conforto para Fed cortar juros (Infomoney);
- STF marca julgamento da revisão do FGTS para 12 de junho; entenda o que pode ser decidido (Folha de SP);
- MRV busca superar obstáculos aqui e nos EUA por crescimento sustentável (Veja);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Ambipar anuncia novo guidance, com desalavancagem em menos de um ano (Brazil Journal);
- Setor de carvão se mobiliza por mudanças no leilão de energia para ganhar espaço na concorrência (Valor Econômico);
- Eletrobras diz que não foi intimada de cobrança de R$ 3,59 bi feita por Piauí (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Estratégia
Raio XP: A volta dos riscos que nunca nos deixaram
- As ações brasileiras continuam sofrendo. E agora? Embora começamos a ver uma melhora no cenário externo, com dados econômicos melhores nos EUA e uma recuperação na China, os ativos no Brasil continuaram sendo pressionados por riscos domésticos. Uma combinação de riscos fiscais, maior cautela na política monetária e maior interferência do governo em grandes empresas (como a Petrobras), continuam pesando no sentimento. Nossa recente pesquisa com investidores institucionais mostrou que o sentimento em relação ao Brasil está no menor nível de todos os tempos. É hora de ser contrário ao consenso, ou não?;
- China melhorando e impactos para o Brasil: depois de serem consideradas “não-investíveis” por muitos investidores, as ações chinesas estão se recuperando. Em 2024, o MSCI China subiu 6.5%, dentre os melhores índices globais. Embora um cenário melhor na China possa beneficiar o Brasil, dado o aumento dos preços das commodities e potencialmente trazendo fluxos de capital para os mercados emergentes, no curto prazo, os impactos podem não ser tão positivos. Isso porque o Brasil pode estar perdendo fluxos de investidores para outros emergentes;
- Foco em Qualidade, cuidado com (alta) alavancagem: uma vez que as taxas deverão permanecer altas por mais tempo, a alta alavancagem permanece um fator importante de preocupação, que deve ser evitado. Nosso fator de baixa alavancagem teve retorno de 13% no acumulado do ano, superando bastante o desempenho do Ibovespa, que foi de -9%;
- Reduzimos o valor justo do Ibovespa de 149 mil para 145 mil para o final de 2024 devido às taxas de juros mais altas. Continuamos vendo as ações brasileiras como atrativas com um P/L de 7,7x.
- Por fim, fizemos algumas alterações nas Carteiras XP este mês;
- Clique aqui para ver o relatório
O Ano do Dragão | Gráfico da Semana
- Depois de serem consideradas “uninvestable“, ou traduzindo, sem atratividade por muitos investidores, as ações chinesas estão voltando a subir;
- Desde o início do ano, o índice MSCI China está subindo mais de 8%, em dólares, com um dos melhores desempenhos quando comparamos com as principais bolsas do mundo;
- Recentemente, o mercado chinês tem se beneficiado de uma série de anúncios de estímulos econômicos e das expectativas de novos incentivos. Os últimos dados de atividade têm indicado estabilização da economia e sustentam a esperança de que o governo anuncie medidas de apoio para que a China atinja a meta de crescimento anual de 5%;
- Clique aqui para acessar o Gráfico da Semana.
Renda fixa
LCD: projeto propõe novo título de renda fixa; saiba mais
- No dia 14 de maio de 2024, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD);
- O texto prevê a emissão de títulos por bancos estatais de desenvolvimento, com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura, indústria, inovação e direcionados a micro, pequenas e médias empresas. A matéria será avaliada pelo Senado;
- Segundo o governo, o instrumento financeiro é comumente adotado por bancos de desenvolvimento ao redor do mundo, a exemplo do alemão KfW, com o objetivo de apoiar segmentos não atendidos pelo mercado de crédito privado;
- Clique aqui para saber como vão funcionar as LCDs, caso o projeto de lei seja aprovado.
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Em breve.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Dividendos dos FIIs em junho: confira quem aumentou ou reduziu rendimentos no mês (InfoMoney);
- FIIs de shopping acumulam alta de 21% e viram queridinhos; hora de investir passou? (InfoMoney);
- VGIR11 anuncia captação de R$ 108,9 milhões em oferta de novas cotas; veja como participar (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Regulação verde avança na UE e nos EUA, enquanto Vale (VALE3) adota padrões do ISSB | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Na última semana, destacamos: (i) União Europeia aprova limites de emissões de metano proveniente de importações de petróleo e gás a partir de 2030; (ii) EUA divulgam novo conjunto de diretrizes para aumentar a integridade do mercado voluntário de carbono; e (iii) Vale adota normas de sustentabilidade ISSB dois anos antes do prazo obrigatório definido pela CVM;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
Combustível de aviação sustentável deve representar apenas 0,53% da demanda em 2024, diz IATA | Café com ESG, 03/06
- O Ibovespa atingiu uma nova mínima na última semana, caindo 1,8%, com o ISE também recuando -2,96%. Em linha, o pregão de sexta-feira fechou em queda, com o IBOV e o ISE caindo 0,49% e 1,24%, respectivamente;
- No Brasil, a Vibra está pedindo ao governo federal uma série de mudanças no programa Renovabio, que na visão da empresa precisa de melhorias para ter maior efetividade – entre as medidas, a maior distribuidora de combustíveis do país quer igualar responsabilidades entre distribuidoras, produtores e importadores;
- No internacional, (i) a produção global de combustível sustentável de aviação (chamado de SAF, em inglês) deve totalizar 1,9 bilhão de litros em 2024, segundo projeções da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), 3x mais do que foi produzido em 2023 – o total esperado para 2024, entretanto, deve representar apenas 0,53% da demanda de combustível da indústria no ano; e (ii) a dinamarquesa Maersk divulgou na última sexta (31/5) que passará a unificar duas sobretaxas relacionadas ao bunker em uma Taxa de Combustível Fóssil (FFF, na sigla em inglês), que futuramente também poderá englobar regulamentações que obriguem o uso de novos combustíveis – em comunicado aos clientes, a transportadora disse que a partir de jul/24, todas as novas cotações contratuais com validade superior a três meses vão considerar o FFF;
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