IBOVESPA -1,03% | 108.800 Pontos
CÂMBIO -0,36% | 4,95/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem positivos, ainda em meio ao impasse do teto da dívida americana. Na agenda internacional de hoje, destaque para a segunda prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do 1º trimestre deste ano nos Estados Unidos. No Brasil, atenções voltadas para a divulgação do IPCA-15 de maio.
Ata do Federal Reserve
A ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), publicada ontem, reforçou o cenário de juros estáveis até o início do próximo ano. Na reunião de maio, a autoridade elevou sua taxa básica de juros em 0,25 p.p., para o intervalo entre 5,00% e 5,25%. Embora não tenha descartado aumento adicional, a ata trouxe que, se a economia evoluir de acordo com as perspectivas atuais, não será necessário maior aperto da política monetária. O documento também reiterou que o Fed não planeja cortar juros em 2023, mantendo a abordagem dependente de dados. Os mercados seguem precificando redução de juros até o final deste ano.
Novo arcabouço fiscal
No Brasil, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do novo marco fiscal (PLP nº 93/2023), após rejeitar todos os destaques apresentados ao texto. A proposta segue ao Senado, onde será relatada por Omar Aziz (PSD-AM).
Mercados globais
Futuros da Nasdaq (+1,9%) amanhecem em forte alta hoje após a Nvidia (NVDA), fabricante de semicondutores, apresentar resultados acima das expectativas ontem. As ações da empresa sobem 23% no pre-market, e impulsionam outras empresas de tecnologia expostas ao tema de inteligência artificial. Nesta quinta-feira, varejistas como Costco (COST) e Best Buy (bby) reportam seus resultados. S&P 500 (+0,7%) e Europa (+0,2%) também sobem após Kevin McCarthy, líder da Câmara, sinalizar que está otimista de que chegará a um acordo com a Casa Branca antes que o país dê um calote. Ontem no fim do dia, a agência Fitch Ratings colocou o rating de crédito AAA do país sob observação dada a falta de um acordo até o momento. Na China (Hang Seng -1,9%, CSI 300 -0,2%), sentimento dos mercados continua afetado pelas incertezas sobre a força da recuperação econômica e problemas persistentes no mercado imobiliário local, com dados recentes sugerindo que PIB do país pode terminar o ano mais fraco que o esperado.
Mercado no Brasil ontem
O Ibovespa fechou o dia de ontem em queda de -1,03%, aos 108.800 pontos, puxado pelas atenções ao impasse do teto da dívida americana. O dólar, por sua vez, fechou o dia em R$ 4,95 após queda de -0,4%.
As taxas futuras de juros fecharam em ligeira queda ao longo de toda a curva, em mais um dia de otimismo com arcabouço. DI jan/24 passou de 13,295% para 13,265%; DI jan/25 recuou de 11,68% para 11,63%; DI jan/26 cedeu de 11,155% para 11,115%; e DI jan/27 caiu de 11,195% para 11,14%.
Economia
Ata do Fed reforça cenário de pausa no processo de aperto monetário; no Brasil, atenções voltadas ao IPCA-15 de maio
- A ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), publicada ontem, reforçou o cenário de juros estáveis até o início do próximo ano. Na reunião de maio, a autoridade elevou sua taxa básica de juros em 0,25pp, para o intervalo entre 5,00% e 5,25%. Embora não tenha descartado aumento adicional, a ata trouxe que “se a economia evoluir de acordo com as perspectivas atuais, não será necessário maior aperto da política monetária” (tradução própria). O documento também reiterou que o Fed não planeja cortar juros em 2023, mantendo a abordagem dependente de dados. Os mercados seguem precificando redução de juros até o final deste ano. Ao longo das últimas duas semanas, entretanto, a precificação de corte variou de aproximadamente 0,75pp para 0,25pp. Vários membros do Fed afirmaram que a batalha contra a inflação está longe de terminar, sugerindo que a política monetária terá que permanecer restritiva por bastante tempo. Neste sentido, projetamos início do ciclo de flexibilização no 1º trimestre de 2024, em linha com a expectativa de enfraquecimento da atividade econômica e sinais mais consistentes de desinflação. O ciclo de afrouxamento deve ser gradual – prevemos taxa de juros de 3,5% ao final do ano que vem. O mercado estará bastante atento ao núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (indicador de inflação favorito do Fed), que será divulgado amanhã;
- Na agenda internacional desta quinta-feira, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica nos Estados Unidos: PIB do 1º trimestre (segunda leitura); pedidos de auxílio desemprego na semana passada; Sondagem Industrial do Fed de Kansas referente a maio; Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago e vendas pendentes de moradias relativos a abril. Conforme já publicado nesta manhã, o PIB da Alemanha contraiu 0,3% no 1º trimestre de 2023 ante o 4º trimestre de 2022 (estimativa final), resultado inferior à leitura preliminar e à expectativa do mercado, que apontavam para estabilidade na margem. Com isso, a economia alemã entrou em recessão técnica, já que havia retraído 0,4% no último trimestre do ano passado. Em relação ao 1º trimestre de 2022, o PIB recuou 0,5%. Por sua vez, o índice GfK de confiança do consumidor da Alemanha melhorou de -25,8 em maio para -24,2 em junho (leitura preliminar), o maior patamar desde abril de 2022, em linha com a previsão do mercado de -24,3;
- No Brasil, a Câmara dos Deputados concluiu a votação do novo marco fiscal (PLP nº 93/2023), após rejeitar todos os destaques apresentados ao texto. A proposta segue ao Senado, onde será relatada por Omar Aziz (PSD-AM). Na agenda de hoje, atenções voltadas à divulgação do IPCA-15 de maio. A equipe econômica da XP prevê elevação de 0,67% ante abril e 4,24% no acumulado em 12 meses, enquanto o consenso de mercado espera aumentos de 0,64% e 4,21%.
Empresas
Arezzo&Co. (ARZZ3): A marca Simples dá mais um passo; Reserva abre uma loja dedicada para a marca e ajusta os preços
- Neste relatório, olhamos mais uma vez para a proposta de valor da marca Simples, fazendo uma comparação com a Hering e sua marca mãe (Reserva), já que a marca abriu hoje a sua primeira loja no Rio de Janeiro;
- Destacamos: i) um aumento relevante no número de SKUs em todos os segmentos (masculino, feminino, infantil); ii) posicionamento de preços revisado fortemente para baixo, ficando praticamente em linha com a Hering vs. um prêmio de ~50% anteriormente (veja nossa última análise aqui); e iii) um desconto de preços relevante vs. Reserva, na média de 60%;
- Mantemos nossa recomendação de Compra por continuarmos enxergando a ARZZ como um player de alta qualidade e com diferentes avenidas de crescimento;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Raízen (RAIZ4): Visão positiva de longo prazo reiterada; potenciais catalisadores no curto prazo
- O Raízen Day 2023 foi uma continuação do que foi apresentado em 2022. Saudamos a prestação de contas sobre o que está em linha com o plano do IPO e o que frustrou as expectativas, sendo a principal delas o atual nível de produtividade agrícola (prioridade atual top 1 da Raízen);
- Sempre que interagimos com a alta administração da Companhia, saímos com nossa visão positiva de longo prazo reiterada, pois vemos a Raízen como provavelmente a empresa brasileira mais bem preparada para aproveitar a atual tendência mundial de transição energética. Compartilhamos as preocupações dos investidores sobre o risco de execução e que a precificação de todos os projetos de transição energética pode demorar para acontecer;
- No entanto, a empresa apresentou alguns fatores que podem ser importantes catalisadores para o desempenho das ações no curto prazo, a nosso ver, notadamente (i) captura de valor em ganhos de produtividade agrícola; (ii) alocação de capital; e (iii) desinvestimentos;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Mercado de crédito privado dá sinais de retomada após três meses parado (Valor);
- Inadimplência das empresas bate recorde em abril, revela Serasa (Valor);
- Crédito rotativo no cartão pode acabar? Governo e bancos discutem o fim da modalidade (Estadão);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- NEO recorre contra aprovação do acordo entre Winity e Vivo (telesintese);
- Confira as novidades apresentadas na Abrint 2023 (telesintese);
- Oi propõe redução salarial para conselho e diretoria estatutária (telesintese);
- Tray beneficia lojistas com atualizações nas integrações com Shopee e Via Marketplace (ecommercebrasil);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Receita: mais de 15 mil empresas somaram R$ 50,6 bilhões em isenções fiscais em 2021(Estadão);
- Presidente da CVC renuncia (Valor);
- Americanas perde caixa e fecha 5 mil postos de trabalho em 4 meses (Valor);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- Mercado do boi travado, com frigoríficos comprando ‘da mão para a boca’ e pecuaristas vendendo por necessidade, diz analista – Pecsite;
- JBS apresentou marcas premium na maior feira de alimentos da Asia – Euromeat.
- Agro
- Raízen avalia venda de ativos e parcerias para impulsionar crescimento – Reuters;
- Ministro da Agricultura sinaliza que recursos para equalização do Plano Safra 2023/24 devem ser de R$ 20 bilhões – Valor.
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- Alimentos e Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Setor de saneamento tem alívio sobre votação de MP dos ministérios, mas risco não foi totalmente mitigado. (InfoMoney);
- Copel GeT é autorizada a fazer reforços e melhorias. (Canal Energia);
- Chesf reduzirá vazão da UHE Sobradinho para 1.200 m/s. (Canal Energia);
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- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Se há petróleo, será difícil barrar, dizem analistas (Valor Econômico);
- Petrobras vai pedir que Ibama reconsidere a negação da licença para a Foz do Amazonas (Petróleo Hoje);
- Assinado aditivo para cessão de participação da 3R Areia Branca (Petróleo Hoje);
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Estratégia
Cautela com renda variável e investimentos internacionais continuam no radar – Pesquisa com assessores XP
- A maioria dos clientes ainda tem baixa alocação em Renda Variável. Segundo os assessores, 80% de seus clientes possuem entre 0% e 25% de alocação em Renda Variável (+8p.p. M/M), 14% possui entre 25% e 50% (-3p.p. M/M), 4% entre 50% e 75% (-4p.p. M/M) e por fim, apenas 1% entre 75% e 100% (-2p.p. M/M);
- O percentual dos assessores que disseram que seus clientes visam diminuir a alocação em Renda Variável aumentou em 11p.p. M/M atingindo um patamar de 33%. Enquanto isso, a proporção de interessados em manter seus investimentos nessa classe de ativos ficou em 58%, -2p.p. M/M. Por fim, 9% dos clientes pretendem aumentar seus investimentos em Renda Variável, -10p.p. M/M;
- Nos últimos meses, o destaque continua sendo o alto interesse em Renda Fixa, que segue oferecendo um retorno atrativo para investidores com a manutenção da taxa de juros Selic em 13,75%. Por outro lado, recentemente começamos a observar uma diminuição no interesse em Investimentos Internacionais, o que pode ser explicado pela maior volatilidade em meio à crise bancária e, mais recentemente, pelas preocupações com o teto da dívida dos Estados Unidos;
- Maior parte dos respondentes acredita que o índice ficará entre 120 e 130 mil pontos ao final de 2023. Segundo a pesquisa desse mês, 40% dos assessores acreditam que o Ibovespa ficará entre os 120.000 e 130.000 pontos até o final de 2023, um aumento de 18p.p. em relação a pesquisa do mês anterior. Em seguida, 34% acreditam que o índice deve fechar o ano entre 110.000 e 120.000 pontos, -6p.p. M/M. A média calculada dos palpites foi de 120.936 pontos, um aumento de 2,4% em relação à pesquisa realizada em abril;
- Em relação aos riscos, o destaque para 2023 continua sendo o risco fiscal no Brasil, chegando a 57%, -5p.p. M/M. Riscos relacionados a uma recessão global foram vistos como a segunda maior preocupação em 18%, +0p.p. M/M, seguidos de alta nas taxas de juros americanas com 10%, +7p.p. M/M;
- Clique aqui para acessar o relatório completo
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Mercado de crédito privado dá sinais de retomada após três meses parado (Valor Econômico);
- Ata do Fed mostra divisão entre pausar e seguir com altas de juros (Valor Econômico);
- Por que essas empresas perderam metade do caixa em 12 meses (Estadão);
- Fitch Rebaixa Ratings da Oi para ‘D’/’D(bra)’ (Fitch);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Arcabouço fiscal é fator positivo para FIIs, mas mercado fecha em queda, após 19 dias de alta; por quê? (InfoMoney);
- Fundos imobiliários: Fim da maior sequência de ganhos desde 2019; E agora? (MoneyTimes);
- O que pode mudar após a assembleia do fundo imobiliário PVBI11? (FIIs);
- Fundo imobiliário com desconto de 15% tem retorno duas vezes superior ao IFIX; Confira qual (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Raízen (RAIZ4): Feedback ESG do Raízen Day 2023
- Hoje participamos do Raízen Day 2023, contando com a presença de Ricardo Mussa (CEO) e executivos da alta liderança, com a temática ESG se fazendo presente nas mais variadas frentes de negócio;
- O evento reforçou o principal tema da Raízen de repensar o futuro da energia, buscando reduzir a exposição aos riscos climáticos por meio de um sólido plano de investimentos envolvendo (i) etanol de segunda geração (E2G); (ii) expansão do portfólio de energias renováveis; e (iii) soluções por meio de estações de recarga elétrica;
- De forma geral, encerramos o dia com uma visão positiva do progresso da Raízen na agenda ESG, principalmente no pilar (E), ao mesmo tempo em que sentimos falta de uma maior abordagem das frentes (S) e (G). Temos recomendação de Compra para RAIZ4 (preço-alvo de R$7,10/ação);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Câmara anula alterações do Senado e afrouxa Código Florestal | Café com ESG, 25/05
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE em queda de -1,03% e -1,05%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Câmara dos Deputados rejeitou as emendas propostas pelo Senado na Medida Provisória que altera a Lei da Mata Atlântica – com isso, volta a valer o texto que afrouxa as regras para desmatamento de áreas protegidas, previstas no Código Florestal, com a matéria agora sendo direcionada para a sanção do presidente da República; e (ii) a Iniciativa Brasileira para o Mercado Voluntário de Carbono, coordenada pela McKinsey junto à diversas empresas, inicia a fase de implementação de ações para potencializar o financiamento de uma ampla restauração florestal e a geração de benefícios socioeconômicos para o Brasil a partir da geração de créditos de carbono – segundo dados da McKinsey, o potencial do país no mercado de crédito de carbono é um dos maiores do mundo, podendo gerar até 15% da oferta global – muito acima de outros países, como Peru (4%) e Estados Unidos (3%);
- No internacional, antes das eleições no Parlamento Europeu em junho do ano que vem, a União Europeia está correndo para concluir a legislação que inclui dois projetos de lei ambientais históricos: metas obrigatórias para os países restaurarem habitats naturais danificados e uma meta de reduzir pela metade o uso de pesticidas químicos até 2030;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!