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Tesouro Direto tem mais aplicações do que resgates em novembro de 2023

Os investimentos no Tesouro Direto atingiram aplicações líquidas de quase R$ 279 milhões em novembro de 2023. Veja mais detalhes aqui.

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No dia 27 de dezembro, o Tesouro Nacional divulgou os dados do Tesouro Direto referentes a novembro de 2023. Por mais uma vez, as aplicações nos títulos públicos por pessoas físicas superaram o volume de resgates, atingindo uma captação líquida de R$ 278,7 milhões no mês. Com exceção de janeiro de 2023, o Tesouro Direto apresenta captação líquida, ou seja, volume de aplicações maior do que resgates, desde abril de 2021.

Visão geral

No total, o volume de vendas de títulos públicos (aplicações) somou quase R$ 2,9 bilhões no mês de novembro, uma queda em relação aos R$ 3,3 bilhões registrados no mês anterior e aos R$ 3,6 bilhões de novembro de 2022. Já os resgates totalizaram cerca de R$ 2,5 bilhões, contra quase R$ 2,7 bilhões tanto no mês anterior quanto no comparativo anual. 

Assim, as aplicações no Tesouro Direto superaram em R$ 278,7 milhões o volume de resgates no mês. Com exceção de janeiro de 2023, o Tesouro Direto apresenta captação líquida, ou seja, volume de aplicações maior do que resgates, desde abril de 2021.

Como resultado, o estoque dos investimentos no Tesouro Direto atingiu R$ 126 bilhões ao final de novembro, maior volume da série observada e 22,5% maior do que novembro de 2022. Quanto aos títulos em estoque, aqueles atrelados à inflação possuem a maior representatividade, com cerca de 49%

Em novembro, o principal ativo comprado por investidores foi o Tesouro Selic, com cerca de 70% das vendas, seguido dos títulos indexados à inflação (que incluem Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+), com quase 20% das aplicações.

Em relação ao prazo de emissão, aproximadamente 53% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimento entre 5 e 10 anos, seguidos pela venda de títulos com prazo entre 1 e 5 anos, com 35,5%, e com prazo acima de 10 anos, com 11,6% do total.

Desde o início de 2023, nota-se um maior interesse por títulos de médio e longo prazos, em detrimento de títulos de 1 a 5 anos, como observa-se na imagem abaixo.

Acreditamos que estes movimentos estejam relacionados à atratividade dos investimentos em títulos públicos no momento, com boa relação de risco vs. retorno. Destacamos os títulos pós-fixados e híbridos, com os ainda elevados patamares tanto da taxa Selic, em 11,75%, mesmo com a trajetória de queda, quanto do carrego dos títulos atrelados à inflação, respectivamente.

Investidores

Em novembro, o número de investidores cadastrados no programa teve acréscimo de 415 mil novos participantes, atingindo 26,6 milhões de clientes (+20,7% nos últimos doze meses). Deste total, a parcela de 2,4 milhões é de investidores ativos (aqueles que possuem investimentos de fato), cerca de 9,2% da base.

Em relação ao perfil dos investidores cadastrados no Tesouro Direto em novembro, o destaque foi o aumento de jovens até 25 anos, que compreendem aproximadamente 44,3% do total. Em termos de gênero, a maioria da base do Tesouro Direto é composta por homens (72,4%), e apenas 27,6% por mulheres.

Nossa visão

Consideramos o Tesouro Direto uma excelente porta de entrada ao mundo dos investimentos. Sendo assim, o crescimento do número de investidores é um bom indicativo não apenas para esta aplicação, mas para investimentos como um todo.

Entendemos fazer sentido alocação em títulos IPCA+, sejam eles públicos ou privados, de prazos médios a longos. Afinal, em nossa visão, são os títulos que protegerão os investidores de pressões inflacionárias que possam vir a aparecer ao longo dos próximos anos, principalmente se mantidos até o vencimento. Ademais, apesar de certa queda recente, o patamar de juro real atual oferecido ainda é elevado, representando boa oportunidade de retorno às carteiras. Para mais detalhes, acesse aqui o Onde Investir em 2024.

Estimamos que a inflação se mantenha acima da meta do Banco Central nos próximos anos. De acordo com o nosso time de economia da XP, os índices de inflação de 2023, 2024 e 2025 devem atingir, respectivamente, 4,4%, 4,1% e 4,0%. Desta forma, no momento, privilegiamos a alocação em títulos atrelados à Inflação (IPCA+), através de investimentos nas NTN-Bs, Tesouro Direto (que incluem Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) ou crédito privado.

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Fonte

Tesouro Nacional

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Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.

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