Tópicos do dia
Brasil

- Comunicado do COPOM sinaliza corte de juros, mas condiciona ação ao desenvolvimento da reforma da previdência
Internacional

- EUA: Fed sinaliza possível corte nos juros
- Comentários de Trump aliviam tensões com o Irã
Empresas

- Ibovespa atinge 100 mil pontos: É só o começo
- Gol (GOLL4): Negociações com comitê independente Smiles encerradas
- Havan planeja abrir 74 lojas até 2022
Resumo
Ibovespa atinge 100k e esse é só o começo
O Ibovespa atingiu na quarta-feira a histórica marca dos 100 mil pontos. Na nossa visão, esse é só o começo. Conforme temos destacado, acreditamos que estamos no meio de uma transformação no Brasil e, nesse contexto, vemos a bolsa como o melhor ativo no país, com potencial para atingir 115 mil pontos até o final do ano.
O Ibovespa negocia em linha com o histórico em 2019 (12,5x Preço/Lucro), mas a 19% de desconto quando olhamos para 2020 (10,5x) enquanto que, em um cenário de aprovação da reforma, vemos potencial para que o índice negocie e se sustente a prêmio em relação aos níveis históricos.
Nesta manhã, mercados internacionais operam em direção mista, com fechamento na Ásia sem direção única, e os futuros dos EUA também mistos em meio à piora no clima entre EUA e o Irã. Hoje o mercado local deverá operar com menor liquidez devido ao feriado de Corpus Christi e em meio a uma agenda leve de indicadores.
O Banco Central americano, Fed, manteve na quarta-feira a taxa de juros dos EUA em 2,25-2,50%, mas sustentou que as incertezas continuam altas, frente à desaceleração do crescimento global e guerra comercial, com um discurso que ficou longe do “neutro” e sinalizou cortes futuros, aumentando o otimismo do mercado.
Os preços do petróleo seguem em alta após a Guarda Revolucionária do Irã comunicar ontem que derrubou um drone dos EUA, o que aumenta ainda mais as tensões entre os países.
No Brasil, na última quarta-feira, o COPOM decidiu de maneira unânime pela manutenção da taxa Selic em 6,5%, mas deixou claro que entende que tanto o cenário econômico interno quanto o externo ainda são adversos, abrindo espaço para a queda de juros na próxima reunião. O destaque do comunicado, no entanto, foi o fato do Banco Central sinalizar que “avanços concretos” na agenda de reformas são fundamentais para sua tomada de decisão.
No âmbito político, R$ 40 milhões em recursos serão alocados por cada deputado que votar a favor da proposta da reforma da previdência, metade em 2019 e o resto em 2020. A distribuição de postos em estatais com relevância nos estados também está na mesa.
Onyx Lorenzoni ficará à frente da articulação política apenas até a aprovação da reforma da previdência, em seguida a Casa Civil transferirá à Secretaria de Governo, do general Luiz Eduardo Ramos, essa função.

Conteúdo na íntegra
Brasil
Comunicado do COPOM sinaliza corte de juros, mas condiciona ação ao desenvolvimento da reforma da previdência
- Na última quarta-feira, o COPOM decidiu de maneira unânime pela manutenção da taxa Selic em 6,5%, mas deixou claro que entende que tanto o cenário econômico interno quanto o externo ainda são adversos. Assim, o processo de redução da Selic deve ser iniciado já na próxima reunião em julho;
- Com base em dois cenários extraídos da pesquisa FOCUS, tanto a inflação em 2019 quanto 2020 permanecem levemente abaixo da meta de 4%, levando a crer que 4 cortes de 0.25% é o cenário mais provável;
- O destaque do comunicado, no entanto, foi o fato do Banco Central dizer de forma explícita que “avanços concretos” na agenda de reformas (leia-se Previdência) são fundamentais para a consolidação desse cenário. Assim, tanto a celeridade do trâmite da reforma quanto a sua possível desidratação no congresso estarão em seu radar e ditarão o tamanho e o paço do corte de juros.
Internacional
EUA: Fed sinaliza possível corte nos juros
- O Banco Central dos EUA decidiu na quarta-feira (19/06) deixar as taxas de juros inalteradas na faixa de 2,25% -2,5% após a reunião do FOMC, apesar dos dados fracos da economia dos EUA;
- De acordo com o Financial Times, o presidente Jerome Powell comentou sobre a decisão e sinalizou que o Fed poderia cortar as taxas de juros para afastar os riscos para a economia, devido à desaceleração do crescimento e às guerras comerciais de Donald Trump. Ele explicou a situação com um velho provérbio: “melhor prevenir do que remediar”;
- Novas informações entre hoje e 31 de julho, data da próxima reunião do FOMC, serão cruciais para a política monetária. Além dos dados econômicos de rotina, este intervalo incluirá o resultado de uma reunião no G20 no Japão entre Trump e Xi Jinping. Os investidores esperam que o Fed reduza as taxas então, já que os mercados já refletem uma probabilidade de 76% disso acontecer.
Comentários de Trump aliviam tensões com o Irã
- Segundo o Valor Econômico, o presidente Donald Trump sugeriu que a derrubada de um drone militar dos EUA ontem pelo Irã pode não ter sido intencional, mas desencadeada por alguém “descuidado e burro”, após ter recuado de atacar o território iraniano, o que deu um alívio, ao menos momentâneo, ao risco de um confronto militar no Golfo Pérsico;
- Após os EUA terem acusado o Irã de atacar petroleiros, a Guarda Revolucionária iraniana disse que sua força aérea abateu um drone de vigilância americano numa região litorânea do sul do país, junto ao estreito de Ormuz. A Guarda disse que o drone violou o espaço aéreo iraniano e que caiu nas águas iranianas. Militares americanos confirmaram que um míssil iraniano derrubou um drone não tripulado, mas negaram que a aeronave estivesse no espaço aéreo do país;
- O regime iraniano está sob sanções americanas desde que Trump retirou os EUA de um acordo internacional que previa a normalização das relações com o Irã em troca de restrições ao programa nuclear do país. As tensões desde a reafirmação das sanções contra o Irã continuam em alta e a derrubada do drone é mais um de uma série de incidentes que elevam o risco de um conflito militar mais amplo no Oriente Médio.
Empresas
Ibovespa atinge 100 mil pontos: É só o começo
- O Ibovespa atingiu na quarta-feira a histórica marca dos 100 mil pontos. Na nossa visão, esse é só o começo. Conforme temos destacado, acreditamos que estamos no meio de uma transformação no Brasil e, nesse contexto, vemos a bolsa como o melhor ativo no país, com potencial para atingir 115 mil pontos até o final do ano;
- O Ibovespa negocia em linha com o histórico em 2019 (12,5x Preço/Lucro), mas a 19% de desconto quando olhamos para 2020 (10,5x) enquanto que, em um cenário de aprovação da reforma, vemos potencial para que o índice negocie e se sustente a prêmio em relação aos níveis históricos;
- Apesar do cenário de curto prazo desafiador, ainda acreditamos que estamos no meio de uma transformação no Brasil, e vemos um claro caminho adiante para avanço do Ibovespa. Para acessar nosso último Panorama de Mercado, clique aqui.
Gol (GOLL4): Negociações com comitê independente Smiles encerradas
- A Gol anunciou na quarta-feira que não foi atingido um acordo com o Comitê Independente da Smiles quanto aos termos para implementação da reestruturação societária proposta, e dessa forma encerrou as negociações;
- Nossas projeções, bem como nosso preço-alvo, não embutiam 100% de Smiles e dessa forma não serão alterados. Embora a notícia seja marginalmente negativa para a Gol, não esperamos revisões negativas para a frente. Mantemos nossa recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 29,0/ação.
Havan planeja abrir 74 lojas até 2022
- Segundo o Valor Economico, a Havan (loja de departamento e artigos do lar) pretende abrir 74 lojas em quatro anos e chegar em 200 unidades até 2022. As aberturas serão concentradas nas capitais do Norte e Nordeste, Rio Grande do Sul e São Paulo (principalmente interior e litoral). Além disso, a empresa pretende dobrar o tamanho de seu centro de distribuição para 200 mil m²;
- A receita bruta do grupo (que inclui, além da operação de varejo, postos de gasolinas, pequenas hidrelétricas e administradora de imóveis) foi de R$ 7,3 bilhões em 2018 e a expectativa da empresa é de crescer 65% A/A em 2019;
- Com relação aos planos para abertura de capital (IPO) na bolsa de valores, a empresa descartou a possibilidade.

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