IBOVESPA +0,1% | 148.780 Pontos
CÂMBIO +0,47% | 5,38/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira em leve alta de 0,1%, aos 148.780 pontos. O desempenho do índice foi na contramão dos mercados globais (S&P 500, -1,0%; Nasdaq, -1,5%), que recuaram mesmo após China e Estados Unidos anunciarem um acordo comercial. O movimento negativo refletiu o tom mais duro adotado pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em seu discurso pós-decisão de juros na quarta-feira (29), além da decepção com alguns resultados do 3T25, como o da Meta (-11,3%). No cenário doméstico, o Caged de setembro surpreendeu positivamente, reforçando o cenário de baixo desemprego crescimento da renda, o que levou à abertura da curva de juros.
As ações da Ambev (ABEV3, +4,7%) subiram, após a divulgação de resultados do 3T25 que superaram as estimativas de lucro por ação devido a um efeito tributário pontual. Apesar da surpresa positiva, os analistas da XP consideraram o resultado fraco, ainda impactado por condições climáticas adversas e pelo enfraquecimento da indústria de bebidas (veja aqui o comentário completo). Na ponta negativa, Bradesco (BBDC3, -3,6%; BBDC4, -3,9%) recuou, também após divulgar seus resultados do 3T25, que vieram em linha com as estimativas dos analistas (veja aqui mais detalhes).
Nesta sexta-feira, a agenda econômica inclui a divulgação da taxa de desemprego de setembro no Brasil. Pela temporada de resultados do 3T25, destaque para Irani, enquanto, no cenário internacional, o foco recairá sobre as petroleiras Chevron e ExxonMobil.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com abertura ao longo da curva. O DI jan/26 encerrou em 14,89% (+0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,93% (+9bps); DI jan/29 em 13,2% (+7,4bps); DI jan/31 em 13,48% (+6,1bps). Nos EUA, a postura cautelosa do Fed na reunião de ontem manteve pressão sobre a curva de juros, sinalizando incerteza quanto ao ritmo da flexibilização monetária. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,6072% (+1,12bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,095% (+2,32bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA sobem (S&P 500: +0,7%; Nasdaq 100: +1,2%) após resultados robustos de Big Techs, especialmente da Amazon, animarem os investidores. As ações da Amazon disparam 12% após a empresa reportar crescimento de +20% na receita de computação em nuvem no terceiro trimestre, superando as estimativas de Wall Street, enquanto Apple avança 1,8% com lucros e projeções fortes para o trimestre de dezembro. Netflix sobe 3% após anunciar um desdobramento de ações de 10 por 1 e possível aquisição da Warner Bros. Discovery. O movimento ocorre após uma sessão negativa na véspera, em que Meta, Microsoft e Nvidia pressionaram o mercado com preocupações sobre custos em AI, levando a maior queda diária da Meta em três anos.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,4%) enquanto investidores avaliam os resultados trimestrais e a decisão do BCE de manter a taxa de depósito em 2%. Airbus avança 3% após forte alta de 42% no lucro operacional e 14% na receita, impulsionada por entregas de aeronaves e demanda em defesa. Já Shell recua 0,6% mesmo com lucro ajustado de US$ 5,4 bi e novo programa de recompra de US$ 3,5 bi. A economia da Zona do Euro cresceu 0,2% no 3º trimestre, superando as expectativas. Investidores também digerem o acordo entre Trump e Xi e o recuo do ouro abaixo de US$ 4.000/onça após o corte de juros do Fed.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -1,5%; HSI: -1,4%) após dados mostrarem contração na manufatura chinesa em outubro (PMI: 49). O sentimento positivo na região foi sustentado pela trégua comercial, enquanto os sinais de enfraquecimento industrial na China limitaram os ganhos. O Japão foi destaque na região asiática, onde o Nikkei 225 saltou 2% a um novo recorde de 52.411 pontos, impulsionado pela trégua entre EUA e China e otimismo com exportações. O Topix subiu 0,9%, e o Kospi avançou 0,5%, também renovando máxima, com alta de Hyundai e Naver após anúncio de parceria com a Nvidia para instalar 250 mil GPUs e investir US$ 3 bilhões em infraestrutura de IA na Coreia do Sul.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sessão de quinta-feira com queda de 0,11%, em um dia influenciado por questões de política monetária nos Estados Unidos. O movimento refletiu o tom mais duro adotado pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em seu discurso após a decisão de juros anunciada na quarta-feira. Na sessão, tanto os fundos de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho negativo, com quedas de 0,11% e 0,06%, respectivamente.
Economia
Após Donald Trump anunciar a redução das tarifas de 57% para 47% contra os produtos chineses, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o acordo comercial entre Washington e Pequim poderá ser assinado já na próxima semana. Na Zona do Euro, o Banco Central europeu manteve as taxas de juros inalteradas, destacando um cenário ainda incerto.
No Brasil, o relatório do Caged mostrou uma criação líquida de 213 mil vagas formais em setembro, acima das expectativas. Todos os setores apresentaram melhora na comparação mensal, enquanto os salários seguem avançando de forma moderada. O emprego formal segue forte, apesar das oscilações mensais relevantes. Projetamos que o ritmo médio de criação de vagas desacelere em linha com a moderação da atividade doméstica.
Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação da taxa de desemprego, que esperamos que permaneça em 5,6%. Além disso, o governo vai divulgar o resultado primário do setor público, em que é esperado um déficit de R$ 18,3 bilhões.
Veja todos os detalhes
Economia
EUA e China avançam em acordo comercial com pausa de restrições e redução de tarifas
- Após Donald Trump anunciar a redução das tarifas de 57% para 47% contra os produtos chineses, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o acordo comercial entre Washington e Pequim poderá ser assinado já na próxima semana. Segundo Bessent, o pacto inclui uma pausa de um ano nas restrições impostas a empresas chinesas, além de compromissos da China para ampliar as compras de produtos agrícolas americanos e cooperar no combate ao tráfico de fentanil, considerado um dos pontos mais críticos nas negociações. Ele destacou que essas medidas são estratégicas para reduzir tensões e dar previsibilidade aos mercados, embora desafios estruturais, como disputas sobre tecnologia, ainda persistam;
- O Banco Central Europeu (BCE) manteve ontem sua taxa básica de juros em 2,0%, sinalizando continuidade da postura cautelosa. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que “a perspectiva para a inflação está mais incerta do que o habitual”, reforçando que as decisões seguirão uma abordagem dependente dos dados. A inflação na zona do euro caiu para 2,1% em outubro, ante 2,2% em setembro, enquanto o núcleo permaneceu em 2,4% e a variação mensal ficou em 0,2%, indicando moderação nos preços, mas ainda próximos da meta. O BCE reiterou que está pronto para ajustar seus instrumentos caso surjam riscos à estabilidade de preços ou à transmissão da política monetária;
- Divulgados oficialmente pela China, o PMI industrial – pesquisas feitas com gerentes para medir atividade econômica – caiu para 49,0 em outubro, abaixo da expectativa de 49,6 e do nível de 49,8 em setembro, marcando o sétimo mês consecutivo em território contracionista (leituras abaixo de 50 indicam retração), com quedas em produção, novos pedidos e exportações. Já o PMI de serviços avançou levemente para 50,1, enquanto o composto ficou em 50,0, sinalizando estagnação da atividade, ante os 50,6 registrados em setembro. Esses números aumentam a expectativa de anúncios de novos estímulos por Pequim para sustentar a atividade econômica;
- O relatório do Caged mostrou uma criação líquida de 213 mil vagas formais em setembro, acima das expectativas (XP: 168 mil; Mercado: 170 mil). De acordo com nossas estimativas dessazonalizadas, o saldo de empregos aumentou para aproximadamente 115 mil, ante 40 mil em agosto. No acumulado em 12 meses, o saldo atingiu 1,400 milhão de empregos em setembro, abaixo dos 1,439 milhão observados na leitura anterior. Todos os setores apresentaram melhora na comparação mensal, enquanto os salários seguem avançando de forma moderada. O emprego formal segue forte, apesar das oscilações mensais relevantes. Projetamos que o ritmo médio de criação de vagas desacelere de aproximadamente 150 mil no 1S25 para 75 mil no 2S25, em linha com a moderação da atividade doméstica. O cenário de taxa de desemprego historicamente baixa e de aumento dos salários reais persiste. A demanda doméstica deve acelerar ao longo do próximo ano, na esteira de estímulos fiscais e creditícios. Por fim, projetamos criação líquida de 1,340 milhão de empregos formais em 2025, após 1,680 milhão em 2024. Nossa projeção para 2026 é de 950 mil;
- O governo central registrou déficit primário de R$ 14,5 bilhões em setembro, superior ao déficit de R$ 5,2 bilhões observado no mesmo mês de 2024. O resultado veio em linha com o consenso de mercado e com nossa projeção (R$ 15,1 bilhões). O governo central soma déficit de R$ 35,6 bilhões (–0,32% do PIB) no resultado acumulado em 12 meses. O baixo crescimento das receitas e o aumento das despesas discricionárias resultaram em déficit do governo central em setembro. As receitas líquidas seguem em desaceleração, em meio ao enfraquecimento da atividade econômica e à moderação dos preços. Impostos vinculados a lucros (IRPJ/CSLL) e consumo (PIS/Cofins) — mais sensíveis ao ciclo econômico — registraram queda no mês, dando continuidade à tendência dos últimos meses. Em contrapartida, as despesas discricionárias, especialmente as emendas parlamentares, mantiveram expansão e devem continuar pressionando as contas públicas no fim do ano. Já as despesas obrigatórias mostraram moderação, influenciadas pelo aumento da fila de concessão de benefícios previdenciários e assistenciais. Nossa projeção atualizada para 2025 é de déficit de R$ 60,7 bilhões (0,5% do PIB), ou R$ 10,4 bilhões (0,1% do PIB) ao se excluir as exceções do cálculo para a meta primária — permanecendo, assim, acima do limite inferior da meta fiscal (–R$ 31,0 bilhões);
- Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação da taxa de desemprego, que esperamos que permaneça em 5,6%. Além disso, o governo vai divulgar o resultado primário do setor público, em que é esperado um déficit de R$ 18,3 bilhões.
Empresas
Gerdau (GGBR4): Força da América do Norte vs. fraqueza do Brasil; resultados do 3T25
- A Gerdau reportou resultados em linha, com EBITDA ajustado de R$ 2,7 bilhões +7% T/T (+3% XPe), refletindo um sólido desempenho na América do Norte, parcialmente compensado por um desempenho mais fraco no Brasil.
- Destacamos:
- (i) desempenho robusto no BD da América do Norte, devido a melhores volumes de vendas (+3% T/T) e preços (+1% T/T em USD), com sólidos níveis de backlog (encerrando o trimestre em ~70 dias) apoiados por maior protecionismo em meio à expansão da Seção 232;
- (ii) desempenho mais fraco no BD Brasil (margens -2 p.p. T/T), refletindo preços domésticos mais baixos (-4% T/T), parcialmente compensados por menor CPV/t (-8% T/T) e maiores volumes (+17% T/T); e
- (iii) FCF positivo de R$ 1,0 bilhão, com liberação capital de giro, e menores despesas financeiras/pagamentos de imposto de renda no 3T25. Por fim, a Gerdau anunciou dividendos de R$ 0,28/ação (dividend yield anualizado de 6,0%) a serem pagos a partir de 11 de dezembro.
- Reiteramos nossa recomendação de Compra na Gerdau, com upside assimétrico em valuation, em nossa visão.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Multiplan (MULT3): Dados operacionais mistos parcialmente compensados por ganhos de eficiência
- A Multiplan divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025.
- O desempenho das vendas nas mesmas lojas ficou abaixo das expectativas, com um crescimento de 4,8%, já que os shoppings no Rio Grande do Sul enfrentaram comparações difíceis em relação ao ano anterior. No entanto, os níveis negativos de inadimplência líquida de -1,9% indicam uma saúde positiva dos lojistas.
- As receitas de propriedades aumentaram 8% em relação ao ano anterior, impulsionadas por aluguéis e estacionamentos mais altos, enquanto o EBITDA de propriedades superou as expectativas devido à melhoria da rentabilidade do NOI e à diluição das despesas.
- A receita consolidada aumentou 13% em relação ao ano anterior, apoiada pelo reconhecimento das vendas de terrenos, mas o aumento dos custos das propriedades vendidas levou a uma queda na margem EBITDA consolidada para 69,9% (-3 p.p. em relação ao ano anterior, -5 p.p. em relação ao XPe).
- Por fim, apesar dos ganhos de eficiência nas propriedades, as despesas financeiras superiores ao esperado resultaram em uma queda de 8% no FFO em relação às nossas estimativas. Consideramos os resultados mistos, com SSS abaixo do esperado e uma queda no FFO parcialmente compensada por ganhos sólidos no EBITDA das propriedades.
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Marcopolo (POMO4): Rentabilidade saudável ofuscada por receitas mais fracas; resultados do 3T25
- A Marcopolo apresentou resultados mistos no 3T25, com EBITDA ajustado de R$483 milhões, -5% vs. XPe (+16% A/A).
- Vemos dados operacionais contrastantes, com volumes domésticos abaixo do esperado (-8% A/A) compensados por volumes mais fortes nos mercados externos, com destaque para exportações (+48% A/A).
- Nesse contexto, a receita líquida de R$ 2,5 bilhões ficou abaixo das expectativas, ficando -7% abaixo da nossa projeção e do consenso.
- A rentabilidade foi ofuscada por alguns efeitos, notadamente um impacto negativo (pontual e amplamente esperado) da equivalência patrimonial da NFI, bem como uma contribuição positiva relacionada ao programa Mover (mais recorrente, em nossa opinião, embora potencialmente variando em ordem de grandeza).
- Excluindo equivalência patrimonial, margem EBITDA ajustada ficou em 19,3% (+0,5p.p. vs. XPe, +1,3p.p. A/A) beneficiando-se de um mix de produtos de maior valor agregado, que deve permanecer favorável no 4T25E (indicações positivas para o próximo trimestre, especialmente para produtos urbanos).
- Apesar de diversos pontos positivos, acreditamos que os resultados da Marcopolo podem não atender às altas expectativas do mercado.
- Olhando para frente, apesar de continuarmos esperando um desempenho operacional saudável, acreditamos que a receita de hoje abaixo do esperado aumenta as preocupações dos investidores em relação a uma possível desaceleração do ciclo.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Vale (VALE3): Melhores lucros continuam em destaque; Resultados do 3T25
- A Vale reportou resultados em linha no 3T25, com EBITDA proforma ajustado de US$ 4,4 bilhões, em linha com XPe e consenso.
- Com os números operacionais já divulgados, destacamos outro sólido desempenho de custos, incluindo:
- (i) melhor eficiência de custos em Soluções de Minério de Ferro, com C1/t a US$ 20,7/t (-6% vs. XPe, estável A/A), com a empresa altamente confiante em atingir seu guidance de C1 para 2025E de US$ 20,5-22,0/t; e
- (ii) uma redução de -30% A/A nos custos all-in de cobre (ajustados para efeitos de streaming não caixa), contribuindo para uma revisão para baixo de seu guidance para 2025E para US$ 1.000-1.500/t (embora também apoiada por maiores receitas de subprodutos) e uma redução de -32% A/A (estável T/T) nos custos totais de níquel, também levando a uma revisão para baixo de seu guidance de custo para US$ 13.000-14.000/t.
- Por fim, a dívida líquida expandida foi reduzida para ~US$ 16,6 bilhões (-US$ 0,8 bilhão no T/T), com FCF recorrente de US$ 1,6 bilhão, também suportado pela transação da Aliança de US$ 1,0 bilhão, e pagamentos de dividendos de US$ 1,5 bilhão no 3T25.
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Bancos: Uma Desaceleração Controlada | Dados mensais de crédito (Setembro/2025)
- Os dados de crédito do BC para setembro, publicados ontem (29), mostraram um aumento de 10,1% A/A (vs. 10,4% em ago/25) no saldo de crédito, com crescimento de 8,7% na carteira PJ e 11,0% na carteira PF:
- A taxa de crescimento do crédito continua se aproximando da faixa superior de um dígito alto, conforme o guidance fornecido pelos bancos incumbentes para 2025;
- Os NPLs+90 permaneceram estáveis M/M, em 3,9%. Isso reflete uma leve queda de 10 bps M/M em PF, enquanto os níveis PJ permaneceram estáveis;
- Os NPLs 15-90 também ficaram estáveis em 4%, com desempenho estável M/M para o segmento PJ e um leve aumento de 4 bps para a linha de crédito PF, apesar de um aumento de 14 bps nos NPLs curtos da linha de Crédito Pessoal;
- No Agronegócio, observamos mais um mês consecutivo de aceleração dos NPLs+90, atingindo outro nível recorde de 5,4% para PF (+30 bps M/M e +220 bps A/A);
- Vale destacar um aumento de 49 bps M/M nos NPLs 15-90, recuperando-se da queda de 51 bps M/M em ago/25;
- Vemos o aumento acelerado da inadimplência rural como um fator que deve continuar pressionando as carteiras agrícolas dos bancos no 3T e provavelmente no 4T, conforme antecipado em nossa prévia dos bancos para o 3T;
- Quanto aos empréstimos de Consignado Privado, setembro mostrou uma forte aceleração no crescimento anual do saldo (+47% em setembro vs. +34% em agosto), mas com novas concessões desacelerando para +5,5% M/M (vs. +18,7% em ago/25);
- As taxas médias para esse tipo de crédito permanecem altas, atingindo 58,4% no mês (vs. 56,3% em agosto), o que pode sugerir que os bancos estão concedendo crédito a clientes com maior risco;
- A taxa de inadimplência manteve sua tendência de queda, chegando a 5,0% (vs. 5,2% no mês anterior);
- Embora os dados do produto tenham mostrado alguma desaceleração nas concessões M/M, vemos uma combinação positiva para os bancos: uma tendência de queda nas taxas de inadimplência, enquanto as taxas médias permanecem altas, o que deve se normalizar nos próximos trimestres.
- No geral, vemos os dados de crédito de setembro como ligeiramente positivos para os bancos, já que o crescimento do saldo de crédito continua desacelerando, mas com estabilidade nos indicadores de qualidade do crédito;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Telefônica Brasil (VIVT3) | Revisão do 3T25: Receita em linha com EBITDA ligeiramente acima do esperado
- A Vivo (VIVT3) apresentou resultados sólidos, amplamente em linha com as estimativas da XPe no 3T25.
- A receita líquida total atingiu R$14,9 bilhões (+6,5% A/A), impulsionada pelo pós-pago (+8,0%), FTTH (+10,6%) e serviços Digitais & ICT (+22,8%), compensando a queda no pré-pago (-7,6%).
- O EBITDA alcançou R$6,5 bilhões (+9,0% A/A), 0,9% acima da XPe, com margem de 43,4% (+101 bps A/A), refletindo controle de custos e venda de ativos de R$232 milhões decorrente da migração para regime de autorização.
- O lucro líquido foi de R$1,9 bilhão (+13% A/A), 5,8% acima da XPe (R$1,8 bilhão), sustentado por maior EBIT parcialmente compensado por maiores despesas financeiras.
- O 3T25 reforça a execução consistente da Vivo, com churn em nível recorde (0,98% no pós-pago; 1,46% em FTTH e 0,72% no Vivo Total) e forte tração de convergência, com Vivo Total representando 85% das adições de fibra.
- A sólida geração de caixa, com EBITDA AL – Capex crescendo 14,7% A/A, e a reafirmação do payout de 100% para 2024 a 2026 continuam a sustentar o caso de investimento resiliente.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Vulcabras (VULC3): Forte desempenho no 3T
- A Vulcabras reportou resultados fortes no 3º trimestre, com crescimento acelerado da receita e sinais de melhora nos desafios temporários relacionados ao pessoal;
- A VULC continuou apresentando tendências sólidas de receita em todas as marcas, com pressão na margem bruta devido aos investimentos contínuos em pessoal, enquanto os maiores investimentos em marketing foram compensados pela diluição das despesas de venda;
- Além disso, apesar de atuar em um ambiente competitivo intenso, a VULC compartilhou indicações positivas para o 4º trimestre, e a diretoria permanece confiante de que os investimentos recentes na fábrica devem se normalizar e apoiar resultados positivos adiante;
- Por isso, mantemos nossa recomendação de compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Mercado Livre (MELI34): MELI vai limitar produtos selecionados em seus centros Full
- Segundo nossas verificações em canais de redes sociais com vendedores, o MELI comunicou aos vendedores locais que, desde ontem (29), não receberá mais uma variedade de produtos de categorias selecionadas em seus centros de distribuição Full;
- A regra se aplica a itens dessas categorias que pesem mais de 20 kg ou tenham dimensões superiores a 80 cm;
- Além disso, a empresa notificou os vendedores que, a partir de 10 de novembro, mudará sua política de armazenamento, reduzindo: (i) de 120 para 90 dias o limite para que produtos sem venda permaneçam nos depósitos; e (ii) de 60 para 30 dias o prazo adicional para que os vendedores retirem os itens ou os vendam antes de serem descartados com custos de penalidade;
- Vemos este anúncio como um indicativo de que ainda há forte crescimento de volume pela frente, levando a empresa a tomar essas medidas para apoiar uma operação Full mais eficiente (e lucrativa);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
BrasilAgro (AGRO3) | Prévia dos resultados do 1Q26: Um começo melhor, embora tímido
- Estamos projetando uma melhora, ainda que tímida, para o início do ano fiscal de 2026 da BrasilAgro. Prevemos que a receita líquida caia 10% A/A, principalmente devido a menores volumes, especialmente de milho, além de preços mais baixos da cana-de-açúcar.
- Pelo lado positivo, esperamos melhora nas margens devido a um mix de vendas mais favorável, com maior participação da cana-de-açúcar, além de melhores margens unitárias da cana, apesar dos desafios de produtividade nesta cultura e das prováveis margens menores da soja A/A, seguindo custos mais altos e preços mais baixos. Como resultado, projetamos que a margem do EBITDA ajustado aumente 267bps A/A, mais do que compensando a receita mais fraca.
- O principal destaque do trimestre provavelmente serão as indicações da gestão sobre o ritmo de plantio da nova safra de soja 2025/26, além dos números da safra de cana-de-açúcar 2025/26 em encerramento. Também são esperadas perspectivas sobre preços de terras, o que seria muito bem-vindo.
- Link: https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/brasilagro-agro3-previa-dos-resultados-do-1q26-um-comeco-melhor-embora-timido/
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Cúpula “incrível” entre Trump e Xi traz trégua tática, não grande reviravolta (Valor Econômico);
- Governo de Mato Grosso estuda oferecer mais 2,5 mil quilômetros nas concessões de rodovias em 2026 (Valor Econômico);
- Justiça do Rio aprova recuperação judicial da Ambipar (Valor Econômico);
- Moody’s Ratings places Raizen’s Baa3 ratings under review for downgrade (Moody’s);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- IFIX reverte tendência e volta a cair no dia seguinte a máxima histórica (FIIs);
- CVM propõe mudanças nas regras dos fundos imobiliários; entenda (Valor Investe);
- Mercado imobiliário de alto padrão em SP mostra resiliência (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Congresso aprova MP que amplia ressarcimento por cortes na geração de energia renovável | Café com ESG, 31/10
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em leve alta, com o IBOV e o ISE avançando 0,1% e 0,6%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o Congresso aprovou a medida provisória (MP) que estabelece novas regras para o setor elétrico e traz uma diretriz mais ampla para ressarcimentos por cortes na geração de energia renovável – agora, o texto segue para sanção presidencial e, pela regra aprovada, as usinas terão direito a indenização por todos cortes de geração que tenham sido originados exceto os desligamentos associados à sobre oferta de energia renovável; e (ii) o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem as normas para permitir empréstimos às companhias aéreas com recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) – o mecanismo prevê R$ 4 bilhões para empréstimos, com seis linhas de financiamento que vão desde a compra de aeronaves nacionais à aquisição de combustíveis sustentáveis (SAF, em inglês) produzidos no país;
- De olho na COP30, a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop) anunciou ontem que chegou a 149 o número de países com hospedagem confirmada em Belém para o evento, outros 37 países negociam acomodações na cidade – o valor alcançado é superior ao mínimo de nações necessárias para validar as decisões da conferência sobre o clima (132);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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