IBOVESPA -0,01% | 96.999 Pontos
CÂMBIO 0,95% | 5,56/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Após leve queda de 0,01% na sexta-feira, o Ibovespa encerrou a semana com baixa de 1,31%, aos 96.999 pontos.
Nessa segunda-feira, mercados globais amanhecem em alta. Europa (+1,7%) lidera os ganhos diante do impacto marginal das novas restrições de distanciamento social, e do setor financeiro chegar a acordo em meio ao Brexit. Nos EUA (+1,2%), possível acordo sobre pacote de estímulos se aproxima, após a quarta semana de perdas para o índice S&P 500.
No palco político internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (26) a indicação da juíza Amy Coney Barrett para a vaga da Suprema Corte anteriormente ocupada por Ruth Bader Ginsburg. A indicação de Barret, que tem apoio de conservadores republicanos, é um importante movimento eleitoral na reta final da disputa pela Casa Branca, com ele, Trump procura animar os eleitores da ala mais à direita de seu partido. Vale destacar que o primeiro debate presidencial entre Joe Biden e Donald Trump será realizado amanhã as 21:00 (EST)/ 22:00 (BRT). Já na Europa, a UE e o Reino Unido devem retomar negociações nesta semana em meio a tensões pela recente tentativa do primeiro ministro Boris Johnson de rescrever o acordo do Brexit.
No Brasil, o governo começa a semana com o desafio de fazer avançar dois temas sobre os quais se debruça há tempos: a PEC do Pacto Federativo, para abrir espaço no orçamento e criar o rebatizado Renda Cidadã, e a proposta de recriação de um tributo sobre transações, para permitir a desoneração da folha de pagamentos e a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda. O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de ministros, recebe líderes de partidos aliados na Câmara e no Senado, nessa segunda-feira às 11h, para reunião em que serão apresentados os textos.
Finalmente, na agenda econômica da semana, teremos a divulgação da nota de crédito do Banco Central, do resultado da produção industrial de agosto e dos dados do mercado de trabalho brasileiro (Caged e PNAD), além dos números de arrecadação e dos resultados do Tesouro Nacional e do Banco Central. No exterior, as principais divulgações serão os índices de inflação ao consumidor e ao produtor (CPI e PPI), o PMI industrial e os dados de desemprego das principais economias, além de discursos dos dirigentes do Fed.
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Coronavírus
Revisamos em agosto o target do Ibovespa para 115.000 pontos
Medidas econômicas para combater o coronavirus no Brasil
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Brasil

- Boletim Focus: Projeção de IPCA para 2020 segue em ritmo de expansão
Internacional

- Política internacional: Trump confirmou indicação da juíza Amy Coney Barrett para a Suprema Corte
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Empresas

- Saneamento: Sabesp e Equatorial participarão de leilão de concessão de saneamento em Alagoas
- Proteínas: China anuncia meta de longo prazo de atingir 95% de auto-suficiência em carne suína
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Brasil
- Com a surpresa inflacionária vinda principalmente de alguns alimentos consumidos no domicílio, a projeção de inflação (IPCA) para 2020 passou de 1,99% para 2,05%. Para 2021, permaneceu em 3,01%;
- A projeção de PIB para 2020 deu continuidade à sequência de melhoras graduais, passando de -5,05% para -5,04%. Para 2021, permaneceu em 3,50%;
- A projeção da taxa de câmbio permaneceu em 5,25 para 2020 e em 5,00 para 2021. E a projeção de Selic permaneceu em 2,00% ao final de 2020 e em 2,50% ao final de 2021. Clique aqui para conferir mais detalhes.
Internacional
Política internacional: Trump confirmou indicação da juíza Amy Coney Barrett para a Suprema Corte
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (26) a indicação da juíza Amy Coney Barrett para a vaga da Suprema Corte anteriormente ocupada por Ruth Bader Ginsburg. A indicação de Barret, que tem apoio de conservadores republicanos, é um importante movimento eleitoral na reta final da disputa pela Casa Branca, com ele, Trump procura animar os eleitores da ala mais à direita de seu partido;
- Vale destacar que o primeiro debate presidencial entre Joe Biden e Donald Trump será realizado amanhã as 21:00 (EST)/ 22:00 (BRT);
- Na Europa, a UE e o Reino Unido devem retomar negociações nesta semana em meio a tensões pela recente tentativa do primeiro ministro Boris Johnson de rescrever o acordo do Brexit.
Empresas
Saneamento: Sabesp e Equatorial participarão de leilão de concessão de saneamento em Alagoas
- Em fato relevante divulgado na última sexta-feira (25/09), a Sabesp confirmou participação em concorrência de saneamento em Alagoas em conjunto com a Iguá Saneamento, líder majoritária do consórcio. De acordo com o BNDES, a licitação para a concessão dos serviços de água e esgoto na região metropolitana de Maceió (AL) recebeu sete propostas e a publicação do resultado da concorrência está prevista para o dia 30 de setembro (quarta), na sede da B3;
- O critério para seleção do grupo vencedor será a oferta de maior outorga pela concessão, com o valor mínimo estipulado em R$ 15.125.000,00. O consórcio vencedor assume a responsabilidade pela distribuição de água e pela coleta de esgoto para 1,5 milhão de habitantes em 13 cidades da grande Maceió. Para isso, deverá investir um total de R$ 2,6 bilhões em infraestrutura de saneamento básico ao longo dos 35 anos de contrato – R$ 2 bilhões deste total nos primeiros seis anos. A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), por sua vez, seguirá à frente da captação e do tratamento da água e venda desta água tratada para o concessionário distribuir para os usuários;
- O leilão deverá ter a participação de outras grandes operadoras do setor e grupos menos conhecidos. Também são apontados como participantes do leilão a: (i) Aegea; (ii) a Águas do Brasil; a (iii) BRK; (iv) um consórcio formado por Equatorial e a empresa Sonel (que já teve uma concessão no Espírito Santo, posteriormente vendida à Aegea); (v) um consórcio composto pelas empresas Enops e Aviva; (vi) e um consórcio formado por Conasa, Zeta e Elo. A concessão de Alagoas será a primeira, de uma carteira de projetos estruturados pelo BNDES, a testar o apetite do mercado pelos serviços de saneamento após a aprovação do novo marco regulatório do setor;
- Por hora, não consideramos possível avaliar os impactos econômico-financeiros de uma eventual vitória do consórcio Sabesp-Iguá no leilão de Alagoas, assim como no caso de Equatorial Energia. Mantemos nossa recomendação Neutra para ambas as ações, com preço-alvo de R$51/ação para Sabesp e R$22/ação para Equatorial, respectivamente.
Proteínas: China anuncia meta de longo prazo de atingir 95% de auto-suficiência em carne suína
- Segundo a Bloomberg News, a China teria anunciado como meta de longo prazo de atingir 95% de autossuficiência em carne suína, de acordo com um documento do Conselho de Estado. O governo do presidente Xi Jinping estaria liderando uma campanha para aumentar a eficiência e a segurança na indústria de alimentos, reduzindo o desperdício e a dependência do abastecimento de fornecedores externos. Para conferir todos os detalhes, acesse o Expresso Alimentos & Bebidas desta semana;
- Segundo o plano, o país também expandirá as importações de carnes de mais países para complementar a produção. Tal crescimento do rebanho de suínos impulsionaria as compras internacionais de soja e grãos para ração. Isso ocorreria em um momento em que a China já é o maior comprador de soja e caminha para se tornar o maior importador de milho do mundo;
- Vale lembrar que a China ainda tem uma produção de suínos pouco tecnificada, com milhões de pequenas fazendas que criam menos de 500 porcos por ano cada uma. Agora, por meio do plano, o país estabelece uma meta de que 70% de todas as fazendas de suínos sejam em grande escala até 2025, aumentando para 85% até 2030. Adicionalmente, o tratamento de resíduos deve atingir metas de 80% e 85% respectivamente;
- Entendemos que se trata de uma política de longo-prazo que reflete questões de soberania nacional e segurança alimentar do país, que segue combatendo a Febre Suína Africana. Na nossa visão, a questão central não é se o governo chinês será capaz de cumprir tal plano ou não, mas sim se a produção local se tornaria competitiva o suficiente versus as importações de países com melhores condições climáticas, maior oferta de grãos, etc.

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