IBOVESPA -0,21% | 135.623 Pontos
CÂMBIO +0,14% | 5,44/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (11) em leve queda de 0,2%, aos 135.623 pontos, em um dia de agenda esvaziada, com investidores à espera da divulgação do IPCA no Brasil e do CPI nos EUA, ambos referentes a julho. No cenário doméstico, destaque para o Boletim Focus, que apontou a 11ª queda consecutiva nas expectativas de inflação.
O principal destaque positivo do dia foi Natura (NATU3, +5,9%), impulsionada por expectativas favoráveis para os resultados do 2T25, que foram divulgados após o fechamento do mercado. Na ponta oposta, Azzas (AZZA3, -5,8%) seguiu pressionada pelos resultados apresentados na última quinta-feira (7), acumulando uma queda de 12,4% desde então (veja aqui o comentário dos nossos analistas).
Para o pregão desta terça-feira (12), além dos dados de inflação, as atenções permanecem voltadas para a divulgação de resultados do 2T25, com destaque para Allied, Armac, Brisanet, BTG Pactual, Enjoei, Grupo Mateus, MRV e Raízen.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, além da influência do cenário externo, os investidores aumentaram o posicionamento em juros, refletindo a melhora das expectativas de inflação contidas no Boletim Focus. Nos Estados Unidos, o mercado reagiu ao noticiário que ventilou três potenciais nomes para a sucessão da presidência do Federal Reserve (Fed), com dois deles sendo considerados favoráveis ao início dos cortes de juros. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,77% (+1,4bp vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,28% (+0,3bp). No Brasil, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (-0,8bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,07% (-5bps); DI jan/29 em 13,19% (-9bps); DI jan/31 em 13,4% (-9,3bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros dos Estados Unidos operam estáveis, com investidores aguardando o CPI de julho, que deve trazer avanço de 0,2% no mês e 2,8% em 12 meses, segundo consenso da Dow Jones. O núcleo, que exclui alimentos e energia, deve subir 0,3% no mês e 3% no ano. A leitura será fundamental para calibrar expectativas sobre juros na reunião de setembro do Fed. Na frente comercial, Donald Trump anunciou ontem a prorrogação por 90 dias da trégua tarifária com a China.
Na Europa, as bolsas operam com leve alta (Stoxx 600: +0,1%). Investidores seguem avaliando a decisão dos EUA de adiar tarifas sobre produtos chineses e os últimos resultados de empresas. O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, reportou retorno de 5,7% no primeiro semestre, impulsionado por ganhos no setor financeiro, mas com efeito negativo da valorização da coroa norueguesa.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,5%; HSI: +0,2%), enquanto investidores monitoram a extensão da trégua comercial EUA–China. Analistas veem espaço para um “alívio” nas ações de Hong Kong com a decisão. No Japão, o Nikkei 225 renovou máxima histórica, com destaque para alta das ações de tecnologia após permissão dos EUA para que empresas como Nvidia e AMD retomem parte das vendas de chips à China.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana com queda de 0,06%, acumulando desvalorização de 0,54% neste início de mês. Os FIIs de papel lideraram as perdas na sessão, com recuo médio de 0,35%, enquanto os fundos de tijolo apresentaram desvalorização média de 0,04%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se CCME11 (2,6%), VRTM11 (2,4%) e VGRI11 (2,0%). Já as principais quedas foram DEVA11 (-4,4%), CACR11 (-3,6%) e HCTR11 (-2,5%).
Economia
Após uma semana de negociações, Estados Unidos e China anunciaram prorrogação da trégua tarifaria por mais 90 dias. Ainda, na agenda internacional, temos a divulgação dos dados de inflação de julho nos Estados Unidos.
No Brasil, o governo adiou para o fim de semana o anúncio do plano de contingência, que estabelece uma série de medidas visando auxiliar os setores e empresas mais prejudicados pela tarifa dos Estados Unidos. Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação do IPCA de julho.
Veja todos os detalhes
Economia
Plano de contingência e dados de inflação são os destaques de hoje
- Após uma semana de negociações, Estados Unidos e China anunciaram prorrogação da trégua tarifaria por mais 90 dias, no mesmo dia em que se encerraria o prazo. Agora, as tarifas permanecerão em patamar mais baixo, dando tempo aos países para negociar um acordo comercial definitivo;
- O governo dos EUA, liderado pelo secretário do Tesouro Scott Bessent, avalia nomes para substituir o atual presidente do banco central, Jerome Powell, no próximo ano. Segundo a Bloomberg, Michelle Bowman, Philip Jefferson e Lorie Logan estão entre os principais cotados, além de Kevin Hassett, Christopher Waller, Marc Sumerlin, Kevin Warsh e James Bullard. Já são 10 nomes em avaliação pelo governo, que busca alguém mais alinhado economicamente para assumir o cargo. Donald Trump, crítico recorrente de Powell e defensor de cortes de juros, deve receber de Bessent uma lista restrita de candidatos após entrevistas, podendo optar por promover alguém já no Conselho de Governadores — como Bowman ou Jefferson — ou nomear alguém de fora, ambos os casos exigindo aprovação do Senado. A decisão pode ser adiada, pois Powell não confirmou se deixará o cargo em maio, e Trump indicou recentemente Stephen Miran para outra vaga no conselho. Jefferson, apoiado bipartidariamente, e Logan, com experiência na gestão da carteira de títulos do Fed, defendem a manutenção dos juros, enquanto Bowman e Waller têm votado por cortes.
- No Brasil, o governo adiou para o fim de semana o anúncio do plano de contingência, que estabelece uma série de medidas visando auxiliar os setores e empresas mais prejudicados pela tarifa dos Estados Unidos. Segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, três possíveis frentes serão abordadas: linhas de financiamento mais acessíveis, um tratamento tributário específico para esses grupos – como o adiamento da cobrança de tributos, e compras das mercadorias perecíveis por parte do governo;
- O Boletim Focus registrou o décimo primeiro recuo consecutivo na projeção da inflação para 2025, com a estimativa passando de 5,07% para 5,05% — provavelmente reflexo da valorização do câmbio e da dinâmica favorável dos preços no atacado. Sobre o PIB, as projeções de crescimento recuaram de 2,23% para 2,21% para este ano e de 1,88% para 1,87% em 2026. Por fim, a taxa de câmbio não apresentou nenhuma mudança: R$/US$ 5,60 para o final deste ano e R$/US$ 5,70 para 2026. Para detalhes, clique aqui;
- Na agenda internacional, temos a divulgação da inflação de julho nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), que terá papel fundamental na próxima decisão de juros pelo Fed. No Brasil, o destaque fica para a divulgação do IPCA de julho, em que esperamos avanço de 0,36%, acumulando 5,33% em 12 meses. A leitura deve ser marginalmente benigna, com queda em alimentos e estabilidade nos preços de industrializados, conforme sugerem os preços no atacado. Por outro lado, preços monitorados devem acelerar por conta de reajustes em loterias e energia elétrica, ao passo que serviços deverão seguir em patamar elevado.
Empresas
São Martinho (SMTO3) | Revisão dos resultados do 1T26: ganhos no etanol, ventos contrários no açúcar
- A São Martinho apresentou um trimestre impactado por condições climáticas adversas que afetaram os volumes de moagem (TRS total 16% abaixo do XPe). A receita líquida atingiu BRL 1.857 mn (+12% A/A; -2% vs XPe) e o EBITDA ajustado ficou em BRL 805 mn (+20% A/A; +3% vs XPe), mas o lucro líquido em caixa ficou 38% abaixo do XPe.
- Além disso, a mistura de açúcar também ficou abaixo do esperado, em 50% (contra a média de 51,0% do Centro-Sul até junho) — tanto a moagem/TRS quanto a mistura de açúcar devem se recuperar em julho devido a melhores condições climáticas.
- A Companhia também elevou seu guidance de Capex, anunciando a segunda fase do projeto de etanol de milho, que mais que dobrará a capacidade. Vemos os investimentos em cristalização e etanol de milho como positivos para o longo prazo, mas estimamos que eles levarão a um consumo de caixa nos próximos dois anos. Além disso, nenhum dos dois oferece um amortecedor anticíclico, e o atual ambiente de preços do açúcar sustenta uma postura neutra.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Localiza (RENT3): 2T25 – Leve superação no lucro, enquanto sinais de demanda mais fraca persistem
- A Localiza reportou uma leve superação no lucro (+9% vs. XPe e +5% vs. consenso), com lucro líquido de R$768mn (+29% A/A);
- Destacamos:
- Crescimento reduzido da receita líquida em RaC, com volumes em tendência de queda (-2% A/A) e desaceleração na expansão tarifária A/A, reforçando nossa preocupação com os potenciais impactos da desaceleração econômica e da menor capacidade de pagamento;
- Margem EBITDA em RaC surpreendentemente positiva (+7,9 p.p. A/A e +1,2 p.p. T/T), impulsionada pela redução dos custos de manutenção devido aos esforços de renovação da frota;
- Cenário desafiador contínuo em Seminovos, com (a) vendas ainda abaixo do nível ideal e queda de 8% T/T, embora a Localiza observe forte recuperação em julho, e (b) compressão da margem EBITDA (-0,4 p.p. T/T), enquanto a depreciação continua a subir em RaC e Fleet;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Hidrovias do Brasil (HBSA3) – 2T25: superação no EBITDA ajustado por desempenho operacional forte; processo de desalavancagem avança
- A Hidrovias do Brasil reportou resultados acima do esperado, com EBITDA ajustado de R$349mn (+39% A/A e +13% vs. XPe);
- Destacamos:
- Números positivos no Norte (EBITDA +15% A/A) devido à combinação de forte desempenho operacional (volumes +7% A/A e tarifas +10% A/A) e redução de custos (-10% A/A);
- Resultados fortes e contínuos no Sul, com dinâmicas favoráveis de navegação e melhoria nos níveis de calado, levando a maiores volumes e melhor mix;
- Resultados fracos de EBITDA em Santos e Navegação Costeira (-19% A/A e -22% A/A, respectivamente) devido a custos mais elevados;
- Sólido processo de desalavancagem, impulsionado pela conclusão do aumento de capital privado e combinado com níveis melhores de EBITDA;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Vamos (VAMO3): 2T25 – Revisão do guidance 2025 indica expectativas menores para o lucro líquido
- A Vamos reportou resultados fracos, com lucro líquido de R$93mn (-12% T/T e vs. R$64mn estimados pela XPe);
- No lado negativo, destacamos:
- Crescimento mais lento da receita líquida impactado por (a) persistentes retomadas de ativos (+68% T/T), e (b) ambiente mais desafiador para os aluguéis Sempre Novo;
- Pressão no resultado final (-12% T/T) devido a juros mais altos e maior dívida líquida;
- Por outro lado, observamos desempenho sólido e contínuo do yield marginal de 2,9% (+0,2 p.p. T/T), crescimento em linha com as taxas de juros;
- Além disso, a VAMO revisou sua guidance para 2025 para baixo, o que implica uma queda de cerca de 30% no lucro líquido consenso de R$544mn;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Caixa Seguridade (CXSE3): forte desempenho em Habitacional e Residencial impulsiona ROE recorde | Revisão de resultados 2T25
- A Caixa Seguridade apresentou um sólido 2T25, com lucro líquido gerencial de R$ 1.042 milhões (+35,2% A/A; +3,2% T/T), em linha com nossa estimativa (XPe: R$ 1.040 milhões). O desempenho foi sustentado por:
- Receita operacional 3,1% acima do esperado, impulsionada por Habitacional (+11,8% ano a ano), Residencial (+22,1%) e Assistência (+61,7%);
- Forte queda na sinistralidade total para 25,1% (-34,3 pontos percentuais A/A), sem eventos extraordinários como no 2T24; e
- Resultados financeiros robustos (+156% A/A) devido a maiores yields e saldo médio da carteira.
- O ROE recorrente atingiu 69,6%, o maior nível já registrado (+9,9 pontos percentuais A/A), e a empresa anunciou dividendos de R$ 960 milhões (payout de 92,2%);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Grupo SBF (SBFG3): preparando-se para o próximo ciclo de crescimento; trimestre pressionado (mas esperado) por maiores despesas de venda
- O Grupo SBF reportou resultados fracos no 2º trimestre, com melhora na dinâmica da receita, mas rentabilidade pressionada por ventos contrários nos custos e maiores despesas de venda;
- Em nossa visão, a diretoria está preparando a empresa para um novo ciclo de crescimento no próximo ano, que deve ser significativo para o calendário esportivo devido à Copa do Mundo;
- Como resultado, a empresa está investindo fortemente, especialmente na Centauro, para fortalecer as operações em preparação para esse novo ciclo, durante o qual o foco será o crescimento e a retomada das inaugurações de lojas, enquanto na Fisia o foco está na recuperação do canal atacadista e no reforço das categorias de futebol e corrida;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Inter&Co (INBR32): potencial de crescimento em empréstimo consignado privado, mas desafios de monetização persistem
- Atualizamos nossas estimativas para o Inter&Co (INBR32) após os resultados do 2T25 e revisão das premissas macroeconômicas, elevando nosso preço-alvo para o final de 2026 para R$45,0/ação (de R$44,0/ação), mantendo a visão Neutra:
- Desde a nossa revisão para Neutro em set/24, as ações têm sido voláteis — caindo 35% até o final de 2024 antes de subir 65,6% no acumulado do ano, impulsionadas pelo otimismo em relação ao empréstimo consignado privado e sinais iniciais de maior monetização;
- Neste relatório, examinamos os fatores por trás desse momento — execução sólida no 2T, ganhos de participação na originação de empréstimos consignados e melhorias na monetização — junto com os ventos contrários: deterioração da qualidade dos ativos, menor rentabilidade do cartão de crédito e visibilidade limitada para manter ROEs acima da casa dos 20%;
- Com a ação negociando entre múltiplos de bancos incumbentes e neobanks, a execução impecável em crédito de maior spread é fundamental para aumentar a convicção no caso de investimento.
- Dito isso, acreditamos que grande parte do potencial dos empréstimos consignados já está refletida no preço atual;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Natura (NATU3): 2T25 misto, mas melhor
Embora a Natura tenha apresentado resultados difíceis de interpretar mais uma vez, destacamos que vieram melhores do que o esperado, com os seguintes pontos principais:
- Avon Intl. e CARD (América Central) foram reclassificados como ativos mantidos para venda, com a Natura informando que possuem um plano coordenado, com compradores e transações distintas que podem ocorrer cronologicamente, mas não necessariamente de forma sequencial;
- O desempenho da Natura LatAm foi impulsionado pelas eficiências da Onda 2, alinhado à nossa visão construtiva sobre a integração das marcas;
- Embora Avon Intl. tenha apresentado mais um trimestre de queima de caixa livre, esta parece ter diminuído fortemente trimestre a trimestre;
- Natura Brasil manteve-se sólida (+10% ano a ano) e ganhando participação de mercado;
- Os custos de transformação foram uma surpresa positiva na Natura LatAm, caindo 30% trimestre a trimestre. Contudo, a empresa trouxe uma visão mais cautelosa para frente, devido à forte desaceleração observada no Brasil a partir de junho, um cenário mais desafiador no México e uma potencial desvalorização na Argentina;
- No geral, os resultados estão alinhados com nossa visão construtiva sobre a Onda 2, enquanto a reclassificação da Avon Intl. apoia nosso cenário base de desinvestimento desse ativo até o final de 2025;
- Ainda assim, esperamos alguma volatilidade futura nos ajustes da Onda 2 e nos ventos contrários macroeconômicos, embora com resultados em melhoria sendo observados;
- Mantemos, portanto, nossa recomendação de COMPRA;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Sabesp (SBSP3): resultados do 2T25
- A Sabesp apresentou um EBITDA ajustado do 2T25 cerca de 12% acima das nossas estimativas e do consenso, impulsionado por uma recuperação tarifária para grandes consumidores mais rápida do que o esperado e pela resiliência nos volumes, que sustentaram o crescimento da receita;
- Do lado dos custos, as despesas recorrentes ficaram cerca de 3% acima das nossas projeções. Apesar de alguma volatilidade nos números reportados, vemos isso como esperado, dado o estágio inicial da integração pós-privatização e as mudanças culturais e operacionais em curso sob a nova gestão;
- Em linhas gerais, os resultados reforçam a visão do mercado de que a Sabesp está no caminho certo para executar seu turnaround, possivelmente em um ritmo mais acelerado do que o inicialmente previsto — ainda que não necessariamente acima do que já esteja precificado;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Vibra (VBBR3) | Resultados do 2T25: lucro abaixo do esperado em um trimestre desafiador
- Nesta segunda-feira (11), a Vibra divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025, ligeiramente abaixo das nossas expectativas – o EBITDA ajustado de BRL1,26 bilhão (-22% anualmente) ficou -6% abaixo das nossas expectativas 4% abaixo do consenso, principalmente devido às margens mais fracas na distribuição de combustíveis (BRL113/m³ contra BRL118/m³ da XPe);
- O EBITDA total ficou em BRL1,47 bilhão, incluindo ganhos fiscais (BRL208 milhões) e vendas de ativos (BRL57 milhões) – o lucro líquido de BRL292 milhões foi superior ao nosso número (XPe BRL202 milhões) e ao consenso (BRL267 milhões);
- O FCFE foi negativo no trimestre (cerca de BRL170 milhões), mas teria ficado próximo do ponto de equilíbrio se não fosse pelo capital de giro – os resultados do 2T25 foram impactados negativamente por perdas de estoque e esperamos uma recuperação significativa no 3T25;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Direcional (DIRR3): resultados sólidos amparados pela expansão das margens bruta e REF
- A Direcional apresentou resultados sólidos no segundo trimestre de 2025. Os principais destaques incluem:
- (i) receita líquida expandida 26% A/A, impulsionada por vendas líquidas positivas e aumento nos repasses;
- (ii) margem bruta ajustada melhorou para 41,7% (+20 pb T/T e +30 pb em relação à XPe);
- (iii) margem a apropriar aumentou para 44,9% (+80 pb T/T), indicando forte rentabilidade nos projetos recentes;
- (iv) o lucro líquido ajustado subiu para R$ 184 milhões (+36% A/A e estável em relação ao XPe), levando a uma melhora significativa no ROE para 34% (+4 p.p. T/T); e (v) o índice de endividamento líquido sobre o patrimônio líquido diminuiu para -5,6% (ante 10,9% no 1T25), apoiado por uma elevada geração de caixa;
- Embora os resultados tenham ficado em linha com as expectativas, o aumento nas margens brutas e de carteira sugere níveis de rentabilidade mais fortes do que o esperado na carteira da Direcional, o que deve sustentar um sólido momentum de lucros e pode desencadear uma reação positiva das ações;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
WEG (WEGE3): falta de earnings momentum limitando potencial de valorização
Reiterando recomendação Neutra e introduzindo o preço-alvo para 2026 de R$44,00/ação
- Estamos atualizando nossas estimativas e reiterando nossa recomendação Neutra para a WEG, ao mesmo tempo em que introduzimos um preço-alvo para o final de 2026 de R$ 44,00/ação (vs. preço-alvo para 2025 de R$ 46,00/ação).
- Vemos os resultados recentes da WEG e um cenário macro incerto reforçando nossa visão de uma desaceleração do crescimento de curto prazo, particularmente nos segmentos mais cíclicos da WEG.
- Embora os fundamentos estruturais permaneçam intactos (e os drivers de crescimento de longo prazo, como T&D, BESS e mobilidade elétrica, ofereçam riscos de alta),esperamos que o crescimento de lucro se recupere apenas a partir de 2027, principalmente quando as expansões de capacidade relacionadas a T&D aumentarem.
- Enquanto isso, vemos uma desaceleração do crescimento de lucros e a falta de gatilhos de curto prazo atenuando as expectativas para WEGE3, com nossa estimativa de um lucro líquido de R$ 7,0 bilhões para 2026E ainda sugerindo espaço para revisões para baixo (-6% abaixo do consenso).
- Por fim, embora um desconto de -15% em relação aos pares possa parecer atrativo à primeira vista, vemos isso como parcialmente justificado (por enquanto) pelas expectativas de crescimento dos lucros de curto prazo.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Cury (CURY3): performance forte no 1S25 sustenta otimismo contínuo
- Realizamos uma reunião com o executivo da Cury, Ronaldo Cury de Capua, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.
- Os principais pontos abordados foram: (i) o plano de volume de lançamentos para 2025 (100%) foi revisado para cima, para cerca de R$ 8,5 bilhões, apoiado por (a) um forte impulso nas vendas e (b) condições atrativas de aquisição de terrenos, permitindo o crescimento do ROE, apesar de uma base de ativos maior;
- (ii) um ambiente favorável de preços e custos, sustentando margens brutas elevadas por mais tempo, auxiliado por (a) inflação controlada dos materiais e (b) forte posicionamento do banco de terrenos, permitindo poder de precificação;
- (iii) um início forte para o 3T, com vendas sólidas, notadamente de novos lançamentos de projetos no RJ;
- (iv) tração crescente nas vendas da Faixa 4 do MCMV, apesar da transição ainda limitada do financiamento direto;
- (v) uma perspectiva positiva de geração de caixa para 2025, apoiando potenciais dividendos adicionais (~R$ 250 milhões, XPe); e (vi) mudanças no imposto sobre dividendos estão sendo consideradas, o que, se aprovadas, poderiam desencadear pagamentos extraordinários, em nossa opinião;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Petz (PETZ3): lidando com a concorrência; aprovação da fusão esperada até o final do ano
Hoje realizamos uma reunião em grupo com o CEO da Petz, Sergio Zimerman, a CFO Aline Penna e a equipe de RI para uma atualização estratégica. De modo geral, destacamos:
- A diretoria está otimista com a aprovação do acordo com a Cobasi sem restrições, embora a aprovação possa ser adiada para o final do ano, enquanto as sinergias potenciais permanecem inalteradas;
- O cenário competitivo continua difícil, com eficiência operacional, marca própria e ganhos de escala do acordo como alavancas para sustentar a competitividade;
- A inflação no setor pet deve ser um vento favorável para os próximos trimestres, enquanto o crescimento do digital deve gradualmente retornar ao duplo dígito;
- Ainda há espaço para aumentar a penetração e a margem da marca própria;
- O plano de saúde é uma opção de médio prazo;
- Mantemos nossa recomendação Neutra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- How a decade of banker prosecutions collapsed (Financial Times);
- Número de investidores pessoa física na renda fixa cresce 20% no 2º trimestre (Valor Econômico);
- Sem acordo em Alagoas, Tanure pode desistir da Braskem (Valor Econômico);
- Fitch Afirma Rating ‘A(bra)’ da PBGÁS; Perspectiva Revisada para Negativa (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
XP Short Scout: monitor de short selling no Brasil
- Atualizamos os dados de short selling dos ativos brasileiros com os dados de fechamento de 25 de julho de 2025.
- O short interest (SI) mediano do Ibovespa subiu para 6,9% (+67 pontos-base desde 25 de julho), e as posições em aberto aumentaram para R$ 121,1 bilhões (-0,3%).
- Destacamos um aumento expressivo no SI da Vivara (VIVA3), agora em 19,8% (+3,0 pontos percentuais desde 25 de julho), 3 desvios padrão acima da média de 1 ano. A taxa de aluguel, no entanto, permanece baixa em 0,8%.
- A taxa de aluguel de Natura (NATU3) subiu 2.3 p.p. nas duas últimas semanas e atingiu 7.4%. As posições vendidas a descoberto chegaram a 18.1 days to cover. Na última quinta-feira, a MSCI anunciou que a ação será excluída dos seus índices globais.
- Outros ações para ficar de olho: BBSE3, BHIA3, BRFS3, CBAV3, CMIG3, GGBR4, MGLU3, MOVI3, MRFG3, SMTO3, TFCO4, USIM5, VIVT3.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII KNCR11 aprova 12ª emissão de cotas e projeta captação de até R$ 3 bilhões (InfoMoney);
- CVBI11 tenta captar R$ 1 bilhão para consolidar fundos; confira detalhes (FIIs);
- Novo FII chegando no mercado: Por R$ 837 milhões, São Carlos vende oito ativo para fundo que está sendo estruturado pela JiveMauá (SiiLA);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Governo prevê criar Secretaria Extraordinária para o Mercado de Carbono até o fim do mês | Café com ESG, 12/08
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,2% e 0,5%, respectivamente;
- Do lado das empresas, (i) a JBS, em parceria com a Universidade de Kansas, prepara um estudo para mostrar que a produção de gado do Brasil desempenha um papel importante na captura de gases de efeito estufa, ajudando a combater as emissões de metano – o objetivo é apresentar as informações do estudo na COP30; e (ii) a Auren está avaliando a entrada no segmento de armazenamento de energia em baterias, potencial aliado na mitigação de prejuízos provocados pelos cortes na geração de energia renovável – segundo o gerente executivo de novos negócios da empresa, Alexandre Barroso, a decisão, no entanto, ainda depende de análise desse mercado e das discussões regulatórias, normativas e avanço da tecnologia;
- Na política, para evitar que a implementação do mercado regulado de carbono trave no país, o governo vai publicar até o fim deste mês um decreto presidencial criando a Secretaria Extraordinária para o Mercado de Carbono – a secretaria funcionará por dois ou três anos e ficará vinculada ao Ministério da Fazenda, com o objetivo de dar prosseguimento às etapas necessárias para regular esse novo mercado;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!
![YA_2026_Banner_Intratexto_-_download[1]](https://conteudos.xpi.com.br/wp-content/uploads/2025/12/YA_Banner_Intratexto_-_download1.jpg)
