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Mercados hoje: dados da China, mudança no Fed e bateria de balanços

Mudança na diretoria do Fed e resultados do 2T25 são alguns dos temas de maior destaque nesta sexta-feira, 08/08/2025

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IBOVESPA +1,48% | 136.528 Pontos

CÂMBIO -0,74% | 5,42/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (7) em alta de 1,5%, aos 136.528 pontos, impulsionado por balanços positivos do segundo trimestre de 2025 (2T25), com destaque para Eletrobras (ELET3 +9,5%; ELET6 +9,6%), Smart Fit (SMFT3 +7,8%) e Cogna (COGN3 +5,3%). O dia foi positivo para os ativos locais, com o dólar se desvalorizando 0,7%, para R$ 5,42, e a curva de juros fechando. No cenário internacional, o presidente norte-americano Donald Trump nomeou Stephen Miran como novo diretor do Federal Reserve (Fed), em um “mandato tampão” até janeiro de 2026.

O principal destaque positivo do dia foi Eletrobras (ELET3, +9,5%; ELET6, +9,6%), repercutindo a divulgação de resultados do 2T25, que vieram melhores do que o esperado (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, temos Minerva (BEEF3, -5,1%) que caiu apesar de um resultado considerado melhor do que o esperado pelos nossos analistas (veja aqui o comentário). Para o pregão desta sexta-feira (8), o CPI de julho na China fica no radar dos investidores. Pela temporada de resultados do 2T25, teremos M. Dias Branco.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento ao longo da curva, especialmente nos vértices mais longos. No Brasil, o movimento de queda foi impulsionado por comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, que reconheceu melhora nas expectativas de inflação, apesar de ter enfatizado a necessidade de cautela da autoridade monetária. Além disso, um leilão pequeno do Tesouro de prefixados local apoiou o movimento de alívio. Nos EUA, as Treasuries subiram após o leilão de US$ 25 bilhões em títulos de 30 anos ter baixa demanda. A alta foi parcialmente compensada nos vencimentos curtos, em meio a especulações sobre a sucessão de Jerome Powell no comando do Fed. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,73% (+1,63bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,25% (+2,71bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,1% (- 4,3bps); DI jan/29 em 13,26% (- 10,4bps); DI jan/31 em 13,46% (- 13,2bps).

Mercados globais

Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,3%), após o Dow Jones registrar sua segunda queda nos últimos três pregões. Apesar da volatilidade da véspera, o foco segue sobre as tarifas de Trump, cujas medidas “recíprocas” entraram em vigor à meia-noite, com alíquotas elevadas para países como Síria, Laos e Mianmar. O mercado também reagiu positivamente à exclusão de empresas que “estão construindo nos Estados Unidos” da tarifa de 100% sobre chips, o que beneficiou ações de tecnologia. Hoje, investidores acompanham resultados de Under Armour, AMC Networks e Wendy’s.

Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,3%), com destaque para o setor de turismo e lazer. O mercado também repercute o corte de 25bps da taxa básica do Reino Unido, para 4%, decidido por margem apertada (5 a 4), e os comentários do presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, sobre os desafios trazidos pela inflação, mercado de trabalho enfraquecido e incertezas tarifárias globais.

Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,2%; HSI: -0,9%). Investidores reagiram às perdas de ontem nas bolsas americanas e à implementação das tarifas norte-americanas sobre países asiáticos, o que renovou preocupações com cadeias de suprimento e crescimento regional. Em sentido oposto, o Japão foi destaque de alta, com o Nikkei subindo 1,85%, impulsionado por bons resultados de empresas do país.

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) interrompeu a sequência de quatro quedas consecutivas e encerrou a quinta-feira em alta de 0,18%, impulsionado pelo forte fechamento da curva de juros. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho positivo na sessão, com altas médias de 0,04% e 0,10%, respectivamente. As maiores altas do dia foram CCME11 (2,4%), JSRE11 (2,1%) e HSML11 (2,1%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de DEVA11 (-4,0%), RBRP11 (-3,2%) e GZIT11 (-1,5%).

Economia

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu sua taxa básica de juros de 4,25% para 4%, conforme esperado pela maioria do mercado. No entanto, quatro entre os nove membros do Comitê de Política Monetária votaram pela manutenção dos juros, devido a preocupações crescentes com a inflação. As visões contrastantes entre os membros levaram a duas votações pela primeira vez na história. O banco central repetiu a sinalização de “uma abordagem gradual e cuidadosa” adiante, sugerindo que a série de cortes de juros pode estar perto do fim.

Nos Estados Unidos, o noticiário destacou ontem a indicação de Stephen Miran pelo Trump para ocupar o lugar de Adriana Kugler na Diretoria do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após sua renúncia comunicada na semana passada. Miran, atualmente o principal assessor econômico da Casa Branca, deve cumprir o final do mandato que caberia a Kugler enquanto Trump busca um nome definitivo para a vaga.

Veja todos os detalhes

Economia

Banco da Inglaterra corta taxa de juros para 4% em decisão apertada 

  • O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu sua taxa básica de juros de 4,25% para 4%, conforme esperado pela maioria do mercado. No entanto, quatro entre os nove membros do Comitê de Política Monetária votaram pela manutenção dos juros, devido a preocupações crescentes com a inflação. A primeira rodada de votação terminou com uma divisão de 4-4-1, já que um membro do colegiado inicialmente apoiou um corte de 0,50 p.p.. As visões contrastantes entre os membros levaram a duas votações pela primeira vez na história. O banco central repetiu a sinalização de “uma abordagem gradual e cuidadosa” adiante, mas adicionou uma frase à sua mensagem sobre o cenário, sugerindo que a série de cortes de juros pode estar perto do fim. O BoE revisou para cima sua projeção de inflação, destacando ampliação dos riscos de alta nos últimos meses. Segundo as expectativas da autoridade monetária, a inflação retornará à meta de 2% no 2º trimestre de 2027, três meses depois em comparação ao cenário divulgado anteriormente;
  • Nos Estados Unidos, houve 226 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada (dados com ajuste sazonal), acima dos 219 mil registrados na leitura anterior e da projeção de mercado de 221 mil. Trata-se do maior patamar de solicitações desde a primeira semana de julho. Ademais, a produtividade do trabalho avançou 2,4% no 2º trimestre, após recuo de 1,8% no 1º trimestre, resultado um pouco acima da expectativa de 2,0%. Enquanto isso, o custo unitário da mão de obra arrefeceu de 6,9% para 1,6% no mesmo período. No geral, o mercado de trabalho dos EUA vem mostrando sinais mais claros de desaceleração, com destaque à recente revisão nas estatísticas do Nonfarm Payroll, o principal relatório sobre geração de emprego. Neste contexto, o mercado passou a precificar mais cortes de juros até o final do ano – a curva traz redução de aproximadamente 0,6 p.p. (ou seja, entre dois e três cortes de 0,25 p.p.);  
  • Ainda em relação à condução da política monetária Fed, o noticiário destacou a indicação de Stephen Miran pelo Trump para ocupar o lugar de Adriana Kugler. Miran, atualmente o principal assessor econômico da Casa Branca, deve cumprir o final do mandato que caberia a Kugler – até o final de janeiro de 2026 – enquanto Trump busca um nome definitivo para a vaga. Ademais, o atual Diretor Christopher Waller seria considerado o favorito para suceder a Jerome Powell na Presidência do Fed, segundo matéria da agência Bloomberg. Tanto Miran quanto Waller são considerados relativamente dovish pelo mercado (isto é, mais inclinados à redução de juros);  
  • Poucos indicadores econômicos serão divulgados hoje. No cenário internacional, destaque para os dados de inflação ao produtor e ao consumidor da China referentes a julho (exp: -3,3% e -0,1% em 12 meses, respectivamente). No Brasil, nenhum dado relevante será publicado.

Empresas

Lojas Renner (LREN3): mais um trimestre sólido com tendências positivas à frente

  • A Lojas Renner divulgou resultados do 2º trimestre em linha com o consenso, com forte desempenho em Vendas Mesmas Lojas (SSS) de vestuário e margem bruta, embora com despesas administrativas (SG&A) mais elevadas;
  • Em nossa visão, embora não tenha sido um resultado acima do esperado, os números trazem métricas importantes que sustentam nossa visão construtiva para o futuro, a saber: (i) Forte desempenho em SSS, superando os pares, parcialmente explicado por uma base de comparação mais fácil, mas também contando com uma maior produtividade base; e (ii) Margem bruta acima do esperado, que foi um KPI chave monitorado para avaliar o sucesso dos investimentos estratégicos da empresa, com a gestão destacando que ainda há muito potencial a ser capturado;
  • Mantemos nossa recomendação de COMPRA;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Boa Safra (SOJA3) | Revisão de resultados do 2T25: redução de riscos no case de investimento

  • Em um trimestre sazonalmente fraco para os resultados, os números restantes reportados no 2T25 foram positivos, na nossa visão. O backlog de pedidos de sementes de soja atingiu BRL 1,6bn (+43% A/A e +14% T/T), posicionando a empresa bem para cumprir nossa estimativa de receita para sementes de soja de BRL 1,8bn em 2025.
  • Apesar do cash burn alinhado às expectativas do mercado (XPe), avaliamos a qualidade do capital de giro como positiva, com recebíveis e adiantamentos de clientes superando as expectativas, compensando os maiores níveis de estoque e adiantamentos a fornecedores. Além disso, a empresa confirmou que atingiu capacidade plena de produção de sementes, totalizando 280 mil big bags.
  • Embora não esperemos que esses números desencadeiem revisões significativas de lucros por parte do mercado, acreditamos que esses três pontos representam componentes importantes de redução de risco para o case de investimento, o que deve apoiar um desempenho positivo da ação na sessão de amanhã.
  • Clique aqui para acessar o relatório.
  • A Fleury reportou resultados fracos e em linha no 2º trimestre, com o crescimento ano a ano da receita do PSC sendo parcialmente compensado por desempenhos negativos provenientes do B2B e dos New Links;
  • Clique aqui para acessar o relatório.

Assaí (ASAI3): resultado do 2º tri em linha, com receita mais fraca compensada por despesas de venda controladas

  • O Assaí reportou resultados do 2º trimestre aproximadamente em linha, com uma dinâmica de receita um pouco mais fraca compensada por despesas de venda mais controladas;
  • No geral, acreditamos que a desaceleração da receita pode ser atribuída às tendências mais fracas observadas em maio e junho, conforme mencionado pela gestão do GPA, com a empresa compensando uma Vendas Mesma Lojas (SSS) mais fraco por meio do controle das despesas de venda;
  • Nesse sentido, vemos a execução do ASAI como fundamental para sustentar resultados sólidos apesar da dinâmica desafiadora da receita em um cenário macroeconômico difícil, embora a empresa tenha um limite já que a demanda é altamente dependente do macro;
  • A teleconferência de amanhã será importante para definir o tom da dinâmica do 3º trimestre, com o comentário da gestão do GPA sobre melhores tendências em julho como um indicativo positivo;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Kepler Weber (KEPL3): resultados pressionados; melhores sinais à frente

  • A Kepler Weber apresentou resultados pressionados no 2T25, com EBITDA de R$ 38 milhões, -40% A/A e -28% T/T, ligeiramente abaixo de nossas estimativas. Vemos uma combinação de sazonalidade mais fraca e um ambiente de demanda ainda desafiador, com altas taxas de juros e preços fracos de commodities agrícolas continuando a pesar sobre o apetite de investimento dos produtores.
  • Nessas condições, a receita líquida caiu -2% A/A, com desempenho mais fraco de segmentos sensíveis à taxa de juros, como Fazendas, parcialmente compensado pelo crescimento de Agroindústrias e vendas Internacionais estáveis.
  • Dito isso, vemos a rentabilidade como o destaque negativo do trimestre, com flexibilidade de preços e inflação de custos reduzindo as margens de EBITDA de -8p.p. A/A para 12,2% (vs. XPe de 12,8%).
  • Em suma, embora as pressões de curto prazo persistam, vemos com bons olhos os esforços comerciais da empresa para apoiar o crescimento da carteira de pedidos, enquanto uma aceleração na entrada de pedidos em jun’25 e oportunidades com o novo Plano Safra 2025/2026 devem fornecer algum suporte para um segundo semestre relativamente melhor.
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Randoncorp (RAPT4): resultados pouco inspiradores em meio a ventos contrários persistentes do mercado

  • A Randon apresentou resultados pressionados no 2T25, com prejuízo líquido de -R$35 milhões (vs. lucro líquido de R$49 milhões no 2T24 e prejuízo líquido de -R$8 milhões no 1T25). As taxas de juros elevadas continuam a pesar tanto do ponto de vista operacional quanto do financeiro, com volumes fracos no mercado de implementos rodoviários reduzindo as receitas da Divisão Montadora em -30% em relação ao ano anterior;
  • Do lado positivo, as aquisições recentes ajudaram a compensar o desempenho orgânico moderado, elevando as receitas consolidadas em +11% em relação ao ano anterior. Com menor diluição dos custos fixos, a margem EBITDA ajustada contraiu -3,4p.p. A/A em 11,0% (ou 13,0% se excluirmos custos e despesas relacionados ao seu processo de reestruturação);
  • Nesse ponto, acreditamos que a revisão para baixo de hoje do guidance para 2025 e a alavancagem que se aproxima dos limites do covenant levantam preocupações válidas – dito isso, esperamos que as iniciativas em andamento (incluindo seu aumento de capital e melhor desempenho dos negócios adquiridos) ajudem a trazer a alavancagem de volta aos níveis do covenant até o final do ano;
  • Embora uma melhor sazonalidade e uma estrutura de custos mais enxuta possam apoiar melhores resultados à frente, esperamos que ventos contrários persistentes do mercado impeçam o otimismo dos investidores sobre o papel no curto prazo;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Utilities | Resultados do 2T25 – ALUP, AURE, EGIE e ENGI

  • Quatro empresas da nossa cobertura divulgaram seus resultados do 2T25 nesta noite de quinta-feira (7). Energisa foi o destaque, com números ligeiramente acima do consenso e em linha com nossas estimativas, sustentados por volumes saudáveis e controle de despesas. Pela previsibilidade do negócio, a Alupar novamente apresentou resultados amplamente em linha;
  • Já Auren e Engie vieram abaixo das expectativas, tanto nossas quanto do mercado, devido à persistência dos desafios enfrentados pelo setor com as restrições de curtailment. Essa deve seguir como uma tendência para outros players expostos a fontes renováveis nesta temporada de resultados;
  • De forma geral, não esperamos movimentos significativos de mercado (reação levemente positiva para ENGI, levemente negativa para EGIE e AURE);

Tenda (TEND3): mantendo uma sólida trajetória de crescimento na lucratividade apesar de um lucro líquido menor que o esperado

  • A receita líquida aumentou 28% A/A, impulsionada por dados operacionais sólidos e uma redução na PDD. A margem bruta ajustada ficou em 32% (+2,6 p.p. A/A), apesar do impacto negativo das margens mais baixas da Alea;
  • O lucro líquido consolidado (excluindo swaps) atingiu R$ 77 milhões, acima dos R$ 22 milhões no 2T24, beneficiando-se de (i) receita e margens mais altas e (ii) menores despesas operacionais, embora ligeiramente abaixo das margens brutas esperadas, resultando em uma queda de 7% no lucro líquido;
  • Além disso, a companhia registrou uma queima de R$ 62 milhões, impactado pelo aumento dos desembolsos da Alea. Por fim, a Tenda revisou seu guidance, elevando as expectativas de margem e vendas para a marca Tenda, reduzindo as estimativas de lucratividade para a Alea e mantendo a projeção de lucro líquido;
  • Clique aqui para acessar o relatório.

EZTEC (EZTC3): lucro acima das expectativas amparado pela expansão da receita e alta rentabilidade

  • A EZTEC apresentou resultados sólidos no 2T25, com lucro líquido acima das expectativas. Os principais destaques incluem:
  • (i) expansão positiva da receita de 8% A/A e +3% em relação à XPe, apoiada por (a) vendas pontuais de terrenos, (b) superação de cláusulas suspensivas em projetos bem vendidos e (c) vendas fortes de estoque performado;
  • (ii) uma margem bruta robusta de 40,7%, um aumento de 10 p.p. A/A, impulsionada pela alta rentabilidade das vendas de terrenos e margens sólidas de projetos mais antigos;
  • (iii) crescimento do EBITDA de 66% A/A, auxiliado por elevada participação no lucro;
  • (iv) lucro líquido subindo para R$ 140 milhões, um aumento de 58% A/A e 7% acima das estimativas, apoiado por receitas financeiras fortes, resultando em um ROE UDM de 10%;
  • Clique aqui para acessar o relatório

Petrobras (PETR4) | Resultados do 2T25: melhor operacionalmente, pior financeiramente

  • A Petrobras divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 nesta quinta-feira (7), após o fechamento do mercado. O EBITDA de US$ 10,2 bilhões ficou em linha com o XPe (-3%) e o consenso (+1%);
  • O EBITDA caiu apenas -4% no trimestre, apesar da queda mais acentuada nos preços do Brent (-10% no trimestre), pois o preço mais baixo do petróleo foi parcialmente compensado pela maior produção e pelos crack spreads no downstream (discutido na Prévia do 2T25: Nadando contra a maré);
  • O lucro líquido de US$ 4,8 bilhões também ficou em linha (-1% em relação ao XPe, +19% em relação ao consenso). No entanto, o fluxo de caixa e os dividendos (cerca de US$ 1,6 bilhão, yield de 2,0%) ficaram abaixo das expectativas. Esperamos uma reação potencialmente negativa no próximo pregão.
  • Clique aqui para acessar o relatório completo

Unipar (UNIP6) | Resultados do 2T25: preços menores, resultados em linha – Dividendos anunciados

  • A receita líquida de R$ 1,3 bilhão diminuiu – 7% em relação ao trimestre anterior, impulsionada pela queda nos preços internacionais do PVC (-5% em relação ao trimestre anterior) e pela valorização do real (3,4% em relação ao trimestre anterior), mas foi parcialmente compensada pelos preços mais altos da soda cáustica (+5% trimestralmente);
  • O EBITDA recorrente de R$ 306 milhões caiu -14% trimestralmente, mas ficou em linha com nossas estimativas (+4% em relação ao XPe de R$ 294 milhões). O lucro líquido ficou em R$ 232 milhões, bem acima do último trimestre e da XPe (R$ 150 milhões e R$ 93 milhões, respectivamente), apoiado por ganhos não recorrentes do processo de arbitragem. Excluindo esse efeito, o lucro líquido consolidado foi de R$ 125 milhões (-17% em relação ao trimestre anterior);
  • A geração de caixa foi boa e o anúncio de dividendos foi uma surpresa positiva – esperamos uma reação positiva.
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.


Alpargatas (ALPA4): forte 2º trimestre; melhora nas margens, normalização operacional e ajuste na estrutura de capital

  • A Alpargatas reportou resultados fortes no 2º trimestre, com EBITDA 26% acima do esperado devido a uma melhor dinâmica da margem bruta, apesar dos volumes mais fracos no Brasil, decorrentes de uma antecipação estratégica do sell-in no 1º trimestre;
  • Embora já esperássemos uma dinâmica positiva nas margens, a ALPA nos surpreendeu tanto no Brasil quanto no exterior, impulsionando a forte superação do EBITDA no resultado;
  • Em nossa visão, as indicações são positivas em todos os aspectos, com o Brasil ganhando participação e entregando expansão de margem mesmo diante da desalavancagem operacional na planta, recuperação dos volumes na Europa e nos EUA, e os benefícios do mix de produto/preço aliados ao controle de despesas sustentando a expansão da margem EBITDA;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Magazine Luiza (MGLU3): melhor 2º trimestre; pressão nas margens por liquidação, mas suporte à alavancagem operacional e geração de FCF

  • A Magazine Luiza reportou resultados melhores no 2º trimestre, com o cenário macroeconômico ainda sendo um obstáculo para a demanda, mas superação do EBITDA devido à liquidação de meio de ano e maior alavancagem operacional;
  • Receita pressionada por cenário macro difícil e bases de comparação;
  • O GMV total permaneceu estável em R$ 15,3 bilhões, com as Vendas Mesmas Lojas (SSS) do físico em +3,5% ano a ano (contra 7,1% no 1T), com as enchentes no RS impactando a base de comparação (SSS excluindo esse efeito em +5,1%), enquanto o online teve queda em linha com o 1T, em -2% ano a ano, embora com tendências diferentes entre os canais, já que o 1P atingiu ligeiramente terreno positivo (+1%) enquanto o 3P desacelerou (para -6%);
  • Acreditamos que isso pode ser consequência da decisão da empresa de ajustar estoques no trimestre ao custo da margem bruta, beneficiando os canais 1P, enquanto o 3P pode ter sofrido algum efeito colateral da maior competição nos marketplaces;
  • Como resultado, as vendas líquidas consolidadas cresceram cerca de 1% ano a ano (em linha com a estimativa da XP), com mercadorias (+2%) superando serviços (estáveis ano a ano);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Plano&Plano (PLPL3): resultados neutros com lucros levemente abaixo das expectativas

  • A Plano&Plano apresentou resultados neutros no segundo trimestre de 2025.
  • Os principais destaques incluem:
    • (i) sólida expansão da receita (+12% A/A) impulsionada por (a) reconhecimento positivo das receitas do backlog e (b) forte contribuição das receitas da Pode Entrar;
    • (ii) margens brutas ajustadas aumentaram para 34,5% (+50 pb T/T), provavelmente apoiadas por (a) um mix de projetos com margens mais altas e (b) margens melhores do Pode Entrar;
    • (iii) o EBITDA subiu para R$ 136 milhões (+10% A/A), embora as margens tenham diminuído ligeiramente (-40 pb A/A) devido ao aumento das despesas administrativas e PDD; e
    • (iv) o lucro líquido caiu para R$ 84 milhões (-12% A/A, +25% T/T), ficando abaixo de nossas estimativas e do consenso em 4% e 12%, respectivamente, impactado por maiores participações minoritárias, o que levou a uma queda no ROE para 43,6% (-8,2 p.p. T/T), embora ainda forte em relação aos pares.
    • Apesar de nossa postura neutra em relação aos resultados, esperamos que a PLPL mantenha um forte crescimento operacional nos próximos trimestres, potencialmente apoiando o crescimento dos lucros.
  • Clique aqui para acessar o relatório.

Renda fixa

De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa

  • Sucessões de Powell e Kugler no Fed concentram atenções do mercado (Valor Econômico);
  • Captação líquida dos fundos de investimento cai 53% em julho ante junho (Valor Econômico);
  • Eletrobras corta empréstimo compulsório pela metade (Valor Econômico);
  • Ratings da Açucareira Quatá elevados para ‘brA+’; perspectiva alterada para estável (S&P Global);
  • Clique aqui para acessar o clipping.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Inflação corre mais rápido que os galpões: valores de locação perdem para o IPCA em 10 anos;
    • Sorocaba amplia oferta de galpões premium e atrai olhar de operadores logísticos;
    • Multiplan cresceu R$ 6,3 bi em vendas, de acordo com relatório de resultados do 2º trimestre de 2025;
    • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

Setor nuclear brasileiro quer inclusão de urânio em política para minerais crítico | Café com ESG, 08/08

  • O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,5% e 1,1%, respectivamente;
  • No Brasil, (i) segundo Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), o setor nuclear quer garantir que o urânio seja reconhecido como mineral crítico nas políticas públicas para o segmento – em contexto, a Abdan articula com o Congresso Nacional e com o Ministério de Minas e Energia (MME) a inclusão do mineral no Projeto de Lei 2780/2024, que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos; e (ii) o segundo leilão do programa Eco Invest Brasil, que tem como objetivo mobilizar capital privado para projetos sustentáveis, registrou uma demanda de R$ 17,3 bilhões, informou o Ministério da Fazenda nesta quinta-feira – segudo a pasta, esses recursos têm potencial para destravar R$ 31,4 bilhões em investimentos voltados à recuperação de áreas degradadas;
  • No internacional, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) encerrará um programa de subsídios de US$ 7 bilhões da era Biden, que buscava expandir a energia solar para comunidades de baixa renda, segundo Lee Zeldin em uma postagem no X ontem – a Lei One Big Beautiful Bill, sancionada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no mês passado, eliminou a fonte de financiamento do “Solar for All”;
  • Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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  • A XP Investimentos se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste relatório ou seu conteúdo.
  • A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise Técnica é executada seguindo conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macroeconômico e os eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas.
  • Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto.
  • O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto.
  • O investimento em termos são contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem.
  • O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.
  • ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO.
  • A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


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