IBOVESPA +1,48% | 136.528 Pontos
CÂMBIO -0,74% | 5,42/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (7) em alta de 1,5%, aos 136.528 pontos, impulsionado por balanços positivos do segundo trimestre de 2025 (2T25), com destaque para Eletrobras (ELET3 +9,5%; ELET6 +9,6%), Smart Fit (SMFT3 +7,8%) e Cogna (COGN3 +5,3%). O dia foi positivo para os ativos locais, com o dólar se desvalorizando 0,7%, para R$ 5,42, e a curva de juros fechando. No cenário internacional, o presidente norte-americano Donald Trump nomeou Stephen Miran como novo diretor do Federal Reserve (Fed), em um “mandato tampão” até janeiro de 2026.
O principal destaque positivo do dia foi Eletrobras (ELET3, +9,5%; ELET6, +9,6%), repercutindo a divulgação de resultados do 2T25, que vieram melhores do que o esperado (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, temos Minerva (BEEF3, -5,1%) que caiu apesar de um resultado considerado melhor do que o esperado pelos nossos analistas (veja aqui o comentário). Para o pregão desta sexta-feira (8), o CPI de julho na China fica no radar dos investidores. Pela temporada de resultados do 2T25, teremos M. Dias Branco.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento ao longo da curva, especialmente nos vértices mais longos. No Brasil, o movimento de queda foi impulsionado por comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, que reconheceu melhora nas expectativas de inflação, apesar de ter enfatizado a necessidade de cautela da autoridade monetária. Além disso, um leilão pequeno do Tesouro de prefixados local apoiou o movimento de alívio. Nos EUA, as Treasuries subiram após o leilão de US$ 25 bilhões em títulos de 30 anos ter baixa demanda. A alta foi parcialmente compensada nos vencimentos curtos, em meio a especulações sobre a sucessão de Jerome Powell no comando do Fed. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,73% (+1,63bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,25% (+2,71bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,1% (- 4,3bps); DI jan/29 em 13,26% (- 10,4bps); DI jan/31 em 13,46% (- 13,2bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,3%), após o Dow Jones registrar sua segunda queda nos últimos três pregões. Apesar da volatilidade da véspera, o foco segue sobre as tarifas de Trump, cujas medidas “recíprocas” entraram em vigor à meia-noite, com alíquotas elevadas para países como Síria, Laos e Mianmar. O mercado também reagiu positivamente à exclusão de empresas que “estão construindo nos Estados Unidos” da tarifa de 100% sobre chips, o que beneficiou ações de tecnologia. Hoje, investidores acompanham resultados de Under Armour, AMC Networks e Wendy’s.
Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,3%), com destaque para o setor de turismo e lazer. O mercado também repercute o corte de 25bps da taxa básica do Reino Unido, para 4%, decidido por margem apertada (5 a 4), e os comentários do presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, sobre os desafios trazidos pela inflação, mercado de trabalho enfraquecido e incertezas tarifárias globais.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,2%; HSI: -0,9%). Investidores reagiram às perdas de ontem nas bolsas americanas e à implementação das tarifas norte-americanas sobre países asiáticos, o que renovou preocupações com cadeias de suprimento e crescimento regional. Em sentido oposto, o Japão foi destaque de alta, com o Nikkei subindo 1,85%, impulsionado por bons resultados de empresas do país.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) interrompeu a sequência de quatro quedas consecutivas e encerrou a quinta-feira em alta de 0,18%, impulsionado pelo forte fechamento da curva de juros. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho positivo na sessão, com altas médias de 0,04% e 0,10%, respectivamente. As maiores altas do dia foram CCME11 (2,4%), JSRE11 (2,1%) e HSML11 (2,1%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de DEVA11 (-4,0%), RBRP11 (-3,2%) e GZIT11 (-1,5%).
Economia
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu sua taxa básica de juros de 4,25% para 4%, conforme esperado pela maioria do mercado. No entanto, quatro entre os nove membros do Comitê de Política Monetária votaram pela manutenção dos juros, devido a preocupações crescentes com a inflação. As visões contrastantes entre os membros levaram a duas votações pela primeira vez na história. O banco central repetiu a sinalização de “uma abordagem gradual e cuidadosa” adiante, sugerindo que a série de cortes de juros pode estar perto do fim.
Nos Estados Unidos, o noticiário destacou ontem a indicação de Stephen Miran pelo Trump para ocupar o lugar de Adriana Kugler na Diretoria do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após sua renúncia comunicada na semana passada. Miran, atualmente o principal assessor econômico da Casa Branca, deve cumprir o final do mandato que caberia a Kugler enquanto Trump busca um nome definitivo para a vaga.
Veja todos os detalhes
Economia
Banco da Inglaterra corta taxa de juros para 4% em decisão apertada
- O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu sua taxa básica de juros de 4,25% para 4%, conforme esperado pela maioria do mercado. No entanto, quatro entre os nove membros do Comitê de Política Monetária votaram pela manutenção dos juros, devido a preocupações crescentes com a inflação. A primeira rodada de votação terminou com uma divisão de 4-4-1, já que um membro do colegiado inicialmente apoiou um corte de 0,50 p.p.. As visões contrastantes entre os membros levaram a duas votações pela primeira vez na história. O banco central repetiu a sinalização de “uma abordagem gradual e cuidadosa” adiante, mas adicionou uma frase à sua mensagem sobre o cenário, sugerindo que a série de cortes de juros pode estar perto do fim. O BoE revisou para cima sua projeção de inflação, destacando ampliação dos riscos de alta nos últimos meses. Segundo as expectativas da autoridade monetária, a inflação retornará à meta de 2% no 2º trimestre de 2027, três meses depois em comparação ao cenário divulgado anteriormente;
- Nos Estados Unidos, houve 226 mil pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana passada (dados com ajuste sazonal), acima dos 219 mil registrados na leitura anterior e da projeção de mercado de 221 mil. Trata-se do maior patamar de solicitações desde a primeira semana de julho. Ademais, a produtividade do trabalho avançou 2,4% no 2º trimestre, após recuo de 1,8% no 1º trimestre, resultado um pouco acima da expectativa de 2,0%. Enquanto isso, o custo unitário da mão de obra arrefeceu de 6,9% para 1,6% no mesmo período. No geral, o mercado de trabalho dos EUA vem mostrando sinais mais claros de desaceleração, com destaque à recente revisão nas estatísticas do Nonfarm Payroll, o principal relatório sobre geração de emprego. Neste contexto, o mercado passou a precificar mais cortes de juros até o final do ano – a curva traz redução de aproximadamente 0,6 p.p. (ou seja, entre dois e três cortes de 0,25 p.p.);
- Ainda em relação à condução da política monetária Fed, o noticiário destacou a indicação de Stephen Miran pelo Trump para ocupar o lugar de Adriana Kugler. Miran, atualmente o principal assessor econômico da Casa Branca, deve cumprir o final do mandato que caberia a Kugler – até o final de janeiro de 2026 – enquanto Trump busca um nome definitivo para a vaga. Ademais, o atual Diretor Christopher Waller seria considerado o favorito para suceder a Jerome Powell na Presidência do Fed, segundo matéria da agência Bloomberg. Tanto Miran quanto Waller são considerados relativamente dovish pelo mercado (isto é, mais inclinados à redução de juros);
- Poucos indicadores econômicos serão divulgados hoje. No cenário internacional, destaque para os dados de inflação ao produtor e ao consumidor da China referentes a julho (exp: -3,3% e -0,1% em 12 meses, respectivamente). No Brasil, nenhum dado relevante será publicado.
Empresas
Lojas Renner (LREN3): mais um trimestre sólido com tendências positivas à frente
- A Lojas Renner divulgou resultados do 2º trimestre em linha com o consenso, com forte desempenho em Vendas Mesmas Lojas (SSS) de vestuário e margem bruta, embora com despesas administrativas (SG&A) mais elevadas;
- Em nossa visão, embora não tenha sido um resultado acima do esperado, os números trazem métricas importantes que sustentam nossa visão construtiva para o futuro, a saber: (i) Forte desempenho em SSS, superando os pares, parcialmente explicado por uma base de comparação mais fácil, mas também contando com uma maior produtividade base; e (ii) Margem bruta acima do esperado, que foi um KPI chave monitorado para avaliar o sucesso dos investimentos estratégicos da empresa, com a gestão destacando que ainda há muito potencial a ser capturado;
- Mantemos nossa recomendação de COMPRA;
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Boa Safra (SOJA3) | Revisão de resultados do 2T25: redução de riscos no case de investimento
- Em um trimestre sazonalmente fraco para os resultados, os números restantes reportados no 2T25 foram positivos, na nossa visão. O backlog de pedidos de sementes de soja atingiu BRL 1,6bn (+43% A/A e +14% T/T), posicionando a empresa bem para cumprir nossa estimativa de receita para sementes de soja de BRL 1,8bn em 2025.
- Apesar do cash burn alinhado às expectativas do mercado (XPe), avaliamos a qualidade do capital de giro como positiva, com recebíveis e adiantamentos de clientes superando as expectativas, compensando os maiores níveis de estoque e adiantamentos a fornecedores. Além disso, a empresa confirmou que atingiu capacidade plena de produção de sementes, totalizando 280 mil big bags.
- Embora não esperemos que esses números desencadeiem revisões significativas de lucros por parte do mercado, acreditamos que esses três pontos representam componentes importantes de redução de risco para o case de investimento, o que deve apoiar um desempenho positivo da ação na sessão de amanhã.
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Fleury (FLRY3) – 2T25 fraco e em linha; crescimento moderado da receita com desempenho negativo do B2B e dos New Links
- A Fleury reportou resultados fracos e em linha no 2º trimestre, com o crescimento ano a ano da receita do PSC sendo parcialmente compensado por desempenhos negativos provenientes do B2B e dos New Links;
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Assaí (ASAI3): resultado do 2º tri em linha, com receita mais fraca compensada por despesas de venda controladas
- O Assaí reportou resultados do 2º trimestre aproximadamente em linha, com uma dinâmica de receita um pouco mais fraca compensada por despesas de venda mais controladas;
- No geral, acreditamos que a desaceleração da receita pode ser atribuída às tendências mais fracas observadas em maio e junho, conforme mencionado pela gestão do GPA, com a empresa compensando uma Vendas Mesma Lojas (SSS) mais fraco por meio do controle das despesas de venda;
- Nesse sentido, vemos a execução do ASAI como fundamental para sustentar resultados sólidos apesar da dinâmica desafiadora da receita em um cenário macroeconômico difícil, embora a empresa tenha um limite já que a demanda é altamente dependente do macro;
- A teleconferência de amanhã será importante para definir o tom da dinâmica do 3º trimestre, com o comentário da gestão do GPA sobre melhores tendências em julho como um indicativo positivo;
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Kepler Weber (KEPL3): resultados pressionados; melhores sinais à frente
- A Kepler Weber apresentou resultados pressionados no 2T25, com EBITDA de R$ 38 milhões, -40% A/A e -28% T/T, ligeiramente abaixo de nossas estimativas. Vemos uma combinação de sazonalidade mais fraca e um ambiente de demanda ainda desafiador, com altas taxas de juros e preços fracos de commodities agrícolas continuando a pesar sobre o apetite de investimento dos produtores.
- Nessas condições, a receita líquida caiu -2% A/A, com desempenho mais fraco de segmentos sensíveis à taxa de juros, como Fazendas, parcialmente compensado pelo crescimento de Agroindústrias e vendas Internacionais estáveis.
- Dito isso, vemos a rentabilidade como o destaque negativo do trimestre, com flexibilidade de preços e inflação de custos reduzindo as margens de EBITDA de -8p.p. A/A para 12,2% (vs. XPe de 12,8%).
- Em suma, embora as pressões de curto prazo persistam, vemos com bons olhos os esforços comerciais da empresa para apoiar o crescimento da carteira de pedidos, enquanto uma aceleração na entrada de pedidos em jun’25 e oportunidades com o novo Plano Safra 2025/2026 devem fornecer algum suporte para um segundo semestre relativamente melhor.
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Randoncorp (RAPT4): resultados pouco inspiradores em meio a ventos contrários persistentes do mercado
- A Randon apresentou resultados pressionados no 2T25, com prejuízo líquido de -R$35 milhões (vs. lucro líquido de R$49 milhões no 2T24 e prejuízo líquido de -R$8 milhões no 1T25). As taxas de juros elevadas continuam a pesar tanto do ponto de vista operacional quanto do financeiro, com volumes fracos no mercado de implementos rodoviários reduzindo as receitas da Divisão Montadora em -30% em relação ao ano anterior;
- Do lado positivo, as aquisições recentes ajudaram a compensar o desempenho orgânico moderado, elevando as receitas consolidadas em +11% em relação ao ano anterior. Com menor diluição dos custos fixos, a margem EBITDA ajustada contraiu -3,4p.p. A/A em 11,0% (ou 13,0% se excluirmos custos e despesas relacionados ao seu processo de reestruturação);
- Nesse ponto, acreditamos que a revisão para baixo de hoje do guidance para 2025 e a alavancagem que se aproxima dos limites do covenant levantam preocupações válidas – dito isso, esperamos que as iniciativas em andamento (incluindo seu aumento de capital e melhor desempenho dos negócios adquiridos) ajudem a trazer a alavancagem de volta aos níveis do covenant até o final do ano;
- Embora uma melhor sazonalidade e uma estrutura de custos mais enxuta possam apoiar melhores resultados à frente, esperamos que ventos contrários persistentes do mercado impeçam o otimismo dos investidores sobre o papel no curto prazo;
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Utilities | Resultados do 2T25 – ALUP, AURE, EGIE e ENGI
- Quatro empresas da nossa cobertura divulgaram seus resultados do 2T25 nesta noite de quinta-feira (7). Energisa foi o destaque, com números ligeiramente acima do consenso e em linha com nossas estimativas, sustentados por volumes saudáveis e controle de despesas. Pela previsibilidade do negócio, a Alupar novamente apresentou resultados amplamente em linha;
- Já Auren e Engie vieram abaixo das expectativas, tanto nossas quanto do mercado, devido à persistência dos desafios enfrentados pelo setor com as restrições de curtailment. Essa deve seguir como uma tendência para outros players expostos a fontes renováveis nesta temporada de resultados;
- De forma geral, não esperamos movimentos significativos de mercado (reação levemente positiva para ENGI, levemente negativa para EGIE e AURE);
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Tenda (TEND3): mantendo uma sólida trajetória de crescimento na lucratividade apesar de um lucro líquido menor que o esperado
- A receita líquida aumentou 28% A/A, impulsionada por dados operacionais sólidos e uma redução na PDD. A margem bruta ajustada ficou em 32% (+2,6 p.p. A/A), apesar do impacto negativo das margens mais baixas da Alea;
- O lucro líquido consolidado (excluindo swaps) atingiu R$ 77 milhões, acima dos R$ 22 milhões no 2T24, beneficiando-se de (i) receita e margens mais altas e (ii) menores despesas operacionais, embora ligeiramente abaixo das margens brutas esperadas, resultando em uma queda de 7% no lucro líquido;
- Além disso, a companhia registrou uma queima de R$ 62 milhões, impactado pelo aumento dos desembolsos da Alea. Por fim, a Tenda revisou seu guidance, elevando as expectativas de margem e vendas para a marca Tenda, reduzindo as estimativas de lucratividade para a Alea e mantendo a projeção de lucro líquido;
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EZTEC (EZTC3): lucro acima das expectativas amparado pela expansão da receita e alta rentabilidade
- A EZTEC apresentou resultados sólidos no 2T25, com lucro líquido acima das expectativas. Os principais destaques incluem:
- (i) expansão positiva da receita de 8% A/A e +3% em relação à XPe, apoiada por (a) vendas pontuais de terrenos, (b) superação de cláusulas suspensivas em projetos bem vendidos e (c) vendas fortes de estoque performado;
- (ii) uma margem bruta robusta de 40,7%, um aumento de 10 p.p. A/A, impulsionada pela alta rentabilidade das vendas de terrenos e margens sólidas de projetos mais antigos;
- (iii) crescimento do EBITDA de 66% A/A, auxiliado por elevada participação no lucro;
- (iv) lucro líquido subindo para R$ 140 milhões, um aumento de 58% A/A e 7% acima das estimativas, apoiado por receitas financeiras fortes, resultando em um ROE UDM de 10%;
- Clique aqui para acessar o relatório
Petrobras (PETR4) | Resultados do 2T25: melhor operacionalmente, pior financeiramente
- A Petrobras divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 nesta quinta-feira (7), após o fechamento do mercado. O EBITDA de US$ 10,2 bilhões ficou em linha com o XPe (-3%) e o consenso (+1%);
- O EBITDA caiu apenas -4% no trimestre, apesar da queda mais acentuada nos preços do Brent (-10% no trimestre), pois o preço mais baixo do petróleo foi parcialmente compensado pela maior produção e pelos crack spreads no downstream (discutido na Prévia do 2T25: Nadando contra a maré);
- O lucro líquido de US$ 4,8 bilhões também ficou em linha (-1% em relação ao XPe, +19% em relação ao consenso). No entanto, o fluxo de caixa e os dividendos (cerca de US$ 1,6 bilhão, yield de 2,0%) ficaram abaixo das expectativas. Esperamos uma reação potencialmente negativa no próximo pregão.
- Clique aqui para acessar o relatório completo
Unipar (UNIP6) | Resultados do 2T25: preços menores, resultados em linha – Dividendos anunciados
- A receita líquida de R$ 1,3 bilhão diminuiu – 7% em relação ao trimestre anterior, impulsionada pela queda nos preços internacionais do PVC (-5% em relação ao trimestre anterior) e pela valorização do real (3,4% em relação ao trimestre anterior), mas foi parcialmente compensada pelos preços mais altos da soda cáustica (+5% trimestralmente);
- O EBITDA recorrente de R$ 306 milhões caiu -14% trimestralmente, mas ficou em linha com nossas estimativas (+4% em relação ao XPe de R$ 294 milhões). O lucro líquido ficou em R$ 232 milhões, bem acima do último trimestre e da XPe (R$ 150 milhões e R$ 93 milhões, respectivamente), apoiado por ganhos não recorrentes do processo de arbitragem. Excluindo esse efeito, o lucro líquido consolidado foi de R$ 125 milhões (-17% em relação ao trimestre anterior);
- A geração de caixa foi boa e o anúncio de dividendos foi uma surpresa positiva – esperamos uma reação positiva.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alpargatas (ALPA4): forte 2º trimestre; melhora nas margens, normalização operacional e ajuste na estrutura de capital
- A Alpargatas reportou resultados fortes no 2º trimestre, com EBITDA 26% acima do esperado devido a uma melhor dinâmica da margem bruta, apesar dos volumes mais fracos no Brasil, decorrentes de uma antecipação estratégica do sell-in no 1º trimestre;
- Embora já esperássemos uma dinâmica positiva nas margens, a ALPA nos surpreendeu tanto no Brasil quanto no exterior, impulsionando a forte superação do EBITDA no resultado;
- Em nossa visão, as indicações são positivas em todos os aspectos, com o Brasil ganhando participação e entregando expansão de margem mesmo diante da desalavancagem operacional na planta, recuperação dos volumes na Europa e nos EUA, e os benefícios do mix de produto/preço aliados ao controle de despesas sustentando a expansão da margem EBITDA;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Magazine Luiza (MGLU3): melhor 2º trimestre; pressão nas margens por liquidação, mas suporte à alavancagem operacional e geração de FCF
- A Magazine Luiza reportou resultados melhores no 2º trimestre, com o cenário macroeconômico ainda sendo um obstáculo para a demanda, mas superação do EBITDA devido à liquidação de meio de ano e maior alavancagem operacional;
- Receita pressionada por cenário macro difícil e bases de comparação;
- O GMV total permaneceu estável em R$ 15,3 bilhões, com as Vendas Mesmas Lojas (SSS) do físico em +3,5% ano a ano (contra 7,1% no 1T), com as enchentes no RS impactando a base de comparação (SSS excluindo esse efeito em +5,1%), enquanto o online teve queda em linha com o 1T, em -2% ano a ano, embora com tendências diferentes entre os canais, já que o 1P atingiu ligeiramente terreno positivo (+1%) enquanto o 3P desacelerou (para -6%);
- Acreditamos que isso pode ser consequência da decisão da empresa de ajustar estoques no trimestre ao custo da margem bruta, beneficiando os canais 1P, enquanto o 3P pode ter sofrido algum efeito colateral da maior competição nos marketplaces;
- Como resultado, as vendas líquidas consolidadas cresceram cerca de 1% ano a ano (em linha com a estimativa da XP), com mercadorias (+2%) superando serviços (estáveis ano a ano);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Plano&Plano (PLPL3): resultados neutros com lucros levemente abaixo das expectativas
- A Plano&Plano apresentou resultados neutros no segundo trimestre de 2025.
- Os principais destaques incluem:
- (i) sólida expansão da receita (+12% A/A) impulsionada por (a) reconhecimento positivo das receitas do backlog e (b) forte contribuição das receitas da Pode Entrar;
- (ii) margens brutas ajustadas aumentaram para 34,5% (+50 pb T/T), provavelmente apoiadas por (a) um mix de projetos com margens mais altas e (b) margens melhores do Pode Entrar;
- (iii) o EBITDA subiu para R$ 136 milhões (+10% A/A), embora as margens tenham diminuído ligeiramente (-40 pb A/A) devido ao aumento das despesas administrativas e PDD; e
- (iv) o lucro líquido caiu para R$ 84 milhões (-12% A/A, +25% T/T), ficando abaixo de nossas estimativas e do consenso em 4% e 12%, respectivamente, impactado por maiores participações minoritárias, o que levou a uma queda no ROE para 43,6% (-8,2 p.p. T/T), embora ainda forte em relação aos pares.
- Apesar de nossa postura neutra em relação aos resultados, esperamos que a PLPL mantenha um forte crescimento operacional nos próximos trimestres, potencialmente apoiando o crescimento dos lucros.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Sucessões de Powell e Kugler no Fed concentram atenções do mercado (Valor Econômico);
- Captação líquida dos fundos de investimento cai 53% em julho ante junho (Valor Econômico);
- Eletrobras corta empréstimo compulsório pela metade (Valor Econômico);
- Ratings da Açucareira Quatá elevados para ‘brA+’; perspectiva alterada para estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Inflação corre mais rápido que os galpões: valores de locação perdem para o IPCA em 10 anos;
- Sorocaba amplia oferta de galpões premium e atrai olhar de operadores logísticos;
- Multiplan cresceu R$ 6,3 bi em vendas, de acordo com relatório de resultados do 2º trimestre de 2025;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Setor nuclear brasileiro quer inclusão de urânio em política para minerais crítico | Café com ESG, 08/08
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 1,5% e 1,1%, respectivamente;
- No Brasil, (i) segundo Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), o setor nuclear quer garantir que o urânio seja reconhecido como mineral crítico nas políticas públicas para o segmento – em contexto, a Abdan articula com o Congresso Nacional e com o Ministério de Minas e Energia (MME) a inclusão do mineral no Projeto de Lei 2780/2024, que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos; e (ii) o segundo leilão do programa Eco Invest Brasil, que tem como objetivo mobilizar capital privado para projetos sustentáveis, registrou uma demanda de R$ 17,3 bilhões, informou o Ministério da Fazenda nesta quinta-feira – segudo a pasta, esses recursos têm potencial para destravar R$ 31,4 bilhões em investimentos voltados à recuperação de áreas degradadas;
- No internacional, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) encerrará um programa de subsídios de US$ 7 bilhões da era Biden, que buscava expandir a energia solar para comunidades de baixa renda, segundo Lee Zeldin em uma postagem no X ontem – a Lei One Big Beautiful Bill, sancionada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no mês passado, eliminou a fonte de financiamento do “Solar for All”;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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