IBOVESPA 2,24% | 98.937 Pontos
CÂMBIO -0,78% | 5,36/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa encerrou o pregão de ontem em alta de 2,24% aos 98.937 pontos, maior nível desde 5 de março e próximo a patamares anteriores à crise desencadeada pela pandemia do coronavírus. Por outro lado, o dólar fechou em alta de 0,78%, aos R$5,36, na esteira de investidores buscando maior proteção conforme o IBOV se aproxima da marca de 100 mil pontos.
As taxas futuras de juros continuam o movimento de queda, principalmente no longo prazo. As taxas curtas fecharam a sessão de ontem novamente perto da estabilidade, com leve viés de alta. O movimento de fechamento da curta e de redução na inclinação seguem o otimismo dos mercados e o apetite a risco no exterior. DI jan/21 fechou em 2,09% vs. 2,06% na sexta-feira; DI jan/23 ficou quase estável em 4,0% e DI jan/25 se manteve em 5,55%.
Após a forte alta de índices de ações globais ontem iniciada nas bolsas da China, mercados globais amanheceram em queda nesta manhã. Bolsas na Europa recuam cerca de -1% a -1,5%, bolsas na Ásia operam em território ligeiramente negativo (exceto a bolsa de Xangai, que ainda continua em alta de 0,6%) e futuros dos EUA operam em queda de -1%. Os preços de petróleo também operam em queda de -1,25%, com o Brent no patamar de US$42,56/barril.
Na frente de política internacional, o destaque vai para as tensões EUA e China, com o presidente americano Donald Trump anunciando que prepara medidas executivas com foco no país. Por outro lado, a China reforçou sua linha dura em Hong Kong e internamente com prisão do principal critico ao presidente Xi Jinping, o professor de direito Xu Zhangrun. Além disso, o embaixador da China no Reino Unido, Liu Xiaoming, disse que o governo não descarta a possibilidade de proibir que residentes de Hong Kong viagem ao Reino Unido, após o primeiro ministro Boris Johnson oferecer passaporte a 3 milhões de cidadãos do território.
Na Zona do Euro, a Comissão Europeia avalia que a contração será mais profunda do que se imaginava, uma vez que as medidas de lockdown estão sendo revertidas em ritmo mais gradual do que o previsto. A Comissão prevê uma queda do PIB da região de 8,7% em 2020. Tal visão foi corroborada por dados abaixo do esperado para de produção industrial na Alemanha em maio, registrando-se uma alta de 7,8% no mês em comparação às expectativas de 11,1%.
No Brasil, foi destaque na noite de ontem a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro apresenta sintomas de COVID-19. A Secretaria de Comunicação da Presidência informou que ele se submeteu a novo teste ontem, e o resultado sai nesta terça-feira. De acordo com o noticiário, os sintomas são leves: o presidente se sente bem e teve febre de 38°, mas já faz uso de hidroxicloroquina e azitromicina e suspendeu parte dos compromissos do dia.
Em economia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em entrevista à Record que o BC vê a recuperação econômica da crise do novo coronavírus em formato mais acelerado do que previsto anteriormente e voltou a dizer que existe algum espaço residual para continuar flexibilizando a política monetária.
Finalmente, do lado das commodities, os preços de celulose de fibra curta na China tiveram queda forte na semana (-US$14,7/t), para US$445,9/t. Esperamos uma reação negativa das ações de Suzano e Klabin no pregão de hoje. No longo prazo, acreditamos que os níveis de preço atuais não sejam sustentáveis, na medida em que se encontram há muito tempo abaixo do custo marginal (~US$500/t, em nossa opinião). Adicionalmente, esperamos que uma recuperação da demanda na China seja gatilho para um movimento de recomposição de estoques.
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Internacional

- Política internacional: China reforça linha dura em Hong Kong
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Empresas

- Papel & Celulose: Queda forte no preço da celulose de fibra curta na China
- Gol (GOLL4): Venda antecipada de passagens
- CCR (CCRO3): Companhia assina o contrato de concessão da BR-101/SC
- Shoppings (MULT3, BRML3): Reabertura no RJ e suspensão em novos shoppings
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Internacional
Política internacional: China reforça linha dura em Hong Kong
- Nos Estados Unidos, Miami deve voltar a fechar restaurantes por causa da recente alta em número de casos de Covid-19 na Florida. O prefeito, Carlos Gimenéz, alertou também que se houver aglomerações as praias poderiam ser fechadas também;
- No lado das tensões com a China, o presidente Donald Trump anunciou que prepara medidas executivas com foco no país. Já Beijing reforçou sua linha dura em Hong Kong e internamente com prisão do principal crítico do presidente Xi Jinping, o professor de direito Xu Zhangrun. Também, o embaixador da China no Reino Unido, Liu Xiaoming, disse que o governo não descarta a possibilidade de proibir que residentes de Hong Kong viagem ao Reino Unido, após o primeiro ministro Boris Johnson oferecer passaporte a 3 milhões de cidadãos do território;
- Google, Facebook, Microsoft e Twitter não processaram novos pedidos de dados do governo de Hong Kong para impedir a criminalização de manifestações e Tik Tok anunciou que irá suspender serviços na região;
- O Reino Unido deve apresentar novo ‘mini-pacote’ de medidas de estímulo, que pode incluir GBP 3,8 bilhões para projetos ambientais. Esse seria o mais novo em série de pacotes anunciados pelo governo Johnson.
Empresas
Papel & Celulose: Queda forte no preço da celulose de fibra curta na China
- Os preços de celulose de fibra curta na China tiveram queda forte na semana (-US$14,7/t), para US$445,9/t. No longo prazo, acreditamos que os níveis de preço atuais não sejam sustentáveis, na medida em que se encontram há muito tempo abaixo do custo marginal (~US$500/t, em nossa opinião). Adicionalmente, esperamos que uma recuperação da demanda na China seja gatilho para um movimento de recomposição de estoques;
- Esperamos uma reação negativa das ações de Suzano e Klabin no pregão de hoje. Temos recomendação de Compra para ambos os nomes, com preço-alvo de R$47 e R$22/ação para Suzano e Klabin, respectivamente.
Gol (GOLL4): Venda antecipada de passagens
- A Gol informou ontem a venda antecipada de passagens aéreas para a Smiles, somando um valor total de R$ 1,2 bilhão e que será remunerado a 115% do CDI (aproximadamente 3,5% a.a);
- O anúncio é benéfico para a Gol, tendo em vista que promove visibilidade adicional sobre as vendas. Mantemos recomendação Neutra para os papéis.
CCR (CCRO3): Companhia assina o contrato de concessão da BR-101/SC
- A CCR anunciou ontem que o contrato de concessão para exploração da BR-101/SC, entre Paulo Lopes e a divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, foi assinado. A concessão terá um prazo de 30 anos;
- A CCR havia ganho o leilão da concessão em fevereiro, para saber mais sobre o trecho, veja nosso relatório sobre a concessão;
- Temos recomendação Neutra para as ações da CCR, com preço-alvo de R$ 16,0/ação.
Shoppings (MULT3, BRML3): Reabertura no RJ e suspensão em novos shoppings
- A brMalls informou que o Plaza Shopping Niterói (RJ) teve suas atividades retomadas no dia 1° de julho. Adicionalmente, a companhia também informou que as atividades do Shopping Curitiba (PR) e do Shopping Estação (PR) foram suspensas a partir do 1° de julho, enquanto as atividades do Goiânia Shopping (GO) e Araguaia Shopping (GO) foram suspensas no dia 2 de julho, e o Shopping Catuaí Londrina (PR) teve suas atividades suspensas a partir do dia 4 de julho. Todos os empreendimentos mantêm suas atividades consideradas essenciais em funcionamento;
- Com o anúncio, a brMalls agora conta com ~59% de sua ABL própria aberta, repreentando cerca de 68% do NOI da companhia em 2019;
- Já Multiplan informou ontem que o JundiaíShopping, localizado na cidade de Jundiaí/SP, teve suas atividades mais uma vez suspensas pelas autoridades, dessa forma, funcionarão somente as atividades consideradas essenciais. Com o fechamento, a Multiplan agora conta com ~42% de sua ABL própria de shoppings reaberta;
- Para acompanhar os shoppings que já tiveram suas atividades retomadas, bem como a data de abertura, a representatividade na receita e a operadora, acesse nosso relatório de acompanhamento, que será sempre atualizado conforme novos ativos forem reabertos.

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