IBOVESPA +1,0% | 137.114 Pontos
CÂMBIO -1,0% | 5,50/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em alta de 1,0%, aos 137.114 pontos. O desempenho positivo do índice repercutiu o IPCA-15 de junho, que veio ligeiramente abaixo das expectativas, com surpresas baixistas concentradas em serviços. Além disso, os investidores continuaram atentos ao cenário político, após o Congresso aprovar a derrubada dos decretos que elevam o IOF. O dólar fechou em queda de 1,0%, aos R$ 5,50.
Os destaques positivos do dia na Bolsa brasileira foram as varejistas Azzas 2154, Natura e Vivara (AZZA3, +6,0%; NTCO3, +5,0%; VIVA3, +4,3%), repercutindo o fechamento da curva de juros. Na ponta negativa, Localiza (RENT3, -7,3%) liderou as perdas após notícias de que o governo prepara um programa que reduzirá o IPI para carros com motor 1.0, o que afetaria negativamente o lucro da companhia devido ao aumento de despesas de depreciação.
Nesta sexta-feira, os destaques da agenda econômica serão a divulgação de dados de emprego no Brasil e o deflator PCE de maio nos EUA, a métrica de inflação preferida do Federal Reserve.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento por toda extensão da curva. Nos EUA, a possibilidade de o presidente Trump substituir a liderança do Federal Reserve por um nome mais favorável ao corte de juros elevou o apetite por risco dos investidores. Além disso, a forte demanda por títulos no leilão do Tesouro americano impulsionou a diminuição na curva americana. No Brasil, o IPCA-15 de junho (0,26%), abaixo do esperado (0,30%), levou à redução da curva de juros. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,72% (-6,6bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,24% (-5,3bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,93% (- 1,5bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (- 4,8bps); DI jan/29 em 13,3% (- 10,6bps); DI jan/31 em 13,46% (- 9,9bps).
Mercados globais
Os futuros de ações nos EUA operam em leve alta nesta sexta-feira, com S&P 500 e Nasdaq 100 renovando máximas históricas intradiárias (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,3%), à medida que investidores aguardam a leitura de inflação preferida do Fed (PCE). Dados de renda, consumo e sentimento do consumidor também serão divulgados.
As taxas das Treasuries sobem, com o mercado de olho no PCE e nas críticas recentes de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell. A Treasury de 10 avança +1 bp e a de 2 anos +3 bps.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,9%), com destaque para o setor automotivo (+2%) após a Casa Branca indicar que o prazo para novas tarifas pode ser estendido. Ações da Porsche (+2,2%), Valeo (+2,2%) e Mercedes-Benz (+1,6%) lideram os ganhos, enquanto setores defensivos como utilities recuam levemente (-0,1%).
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,6%; HSI: -0,2%) após a divulgação de lucros industriais fracos no acumulado do ano (-9,1%). No Japão, o Nikkei subiu 1,4% e superou os 40 mil pontos pela primeira vez desde janeiro.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira em alta de 0,21%, registrando o terceiro dia consecutivo de valorização antes do fechamento do mês, data principal para o anúncio dos rendimentos desses ativos. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo tiveram desempenhos médios positivos na sessão, com altas de 0,10% e 0,24%, respectivamente. As maiores altas foram de RCRB11 (2,4%), XPCI11 (1,8%) e RBRR11 (1,6%), enquanto as maiores quedas ficaram com GZIT11 (-1,1%), VCJR11 (-1,1%) e HCTR11 (-0,9%).
Economia
Nos Estados Unidos, rumores de que o presidente Donald Trump substituirá o presidente do Fed antecipadamente impulsionaram os mercados, com expectativa de cortes de juros. Do lado da guerra comercial, o Secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o país finalizou um entendimento com a China, informação confirmada pelo governo chinês. Ele ainda afirmou que a Casa Branca tem plano iminentes de chegar a um acordo com outros 10 parceiros comerciais. A revisão do PIB americano do 1º trimestre trouxe uma queda maior do que o esperado, de -0,2% para -0,5% anualizado, com destaque para o consumo das famílias, que foi revisto de 1,2% para 0,5%, surpreendendo o mercado. Como consequência, o dólar perdeu força e ativos de risco ganharam tração. Na agenda internacional, o foco será na divulgação do núcleo de inflação do PCE de maio, esperado acelerar de 2,1% para 2,3%, além da leitura final da sondagem ao consumidor da Universidade de Michigan, que deve ter impacto limitado sobre preços.
No Brasil, o Banco Central divulgou ontem seu Relatório de Política Monetária, reforçando o cenário de juros elevados por mais tempo, com projeções de IPCA mais elevadas no médio e longo prazo. O documento corrobora nossa visão de que o BCB cortará juros em abril, com a Selic atingindo 12,50% até o final de 2026. O IPCA-15 de junho subiu 0,26%, abaixo das expectativas, com surpresas baixistas em serviços, especialmente passagens aéreas, condomínios e aluguéis, reforçando o viés de baixa na projeção para 2025, atualmente em 5,5%. No lado fiscal, a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso aumenta os desafios para a execução orçamentária de 2025 e 2026, com baixa probabilidade de mudança na meta neste ano, mas possíveis alterações para 2026. Hoje, a atenção estará na divulgação da Pnad de maio, com expectativa de queda na taxa de desemprego para 6,3%, e nas estatísticas de crédito de maio, que ganharam relevância após o aumento da inadimplência.
Veja todos os detalhes
Economia
Mercado monitorará Core PCE nos EUA e dados de mercado de trabalho no Brasil
- Nos Estados Unidos, boatos de que o Presidente da República, Donald Trump, substituirá o presidente do Banco Central (Fed) antecipadamente animou os mercados – espera-se que o nomeado trabalhe na direção de cortes de juros. Além disso, a leitura final do PIB americano do 1º trimestre trouxe revisão baixista relevante, de -0,2% anualizados para -0,5%, com destaque para o componente de consumo das famílias, que foi revisto de 1,2% na leitura anterior para 0,5%, surpreendendo o mercado. Diante de tais eventos, o dólar perdeu força e ativos de risco ganharam tração.
- Sobre a guerra comercial, o Secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o país finalizou um entendimento com a China, informação confirmada pelo governo chinês. Ele ainda afirmou que a Casa Branca tem plano iminentes de chegar a um acordo com outros 10 parceiros comerciais. Além disso, o Tesouro americano chegou a um acordo com aliados do G7 para excluir as empresas dos EUA de alguns impostos pagos em outros países em troca da remoção do chamado “imposto da vingança” do chamado One Big Beautiful Bill. A seção 899 do projeto permitiria ao governo federal impor impostos a empresas com donos estrangeiros e a investidores de países que cobrariam alíquotas “injustas” de empresas americanas.
- Na agenda internacional, o destaque será a divulgação do núcleo de inflação do PCE referente a maio, o principal indicador de preços dos Estados Unidos. O mercado projeta que o índice tenha acelerado de 2,1% em abril para 2,3%, o que representa avanço mensal de 0,1%. Nosso time de estratégia global espera composição benigna para o indicador, o que, se se materializar, pode levar a mais uma onda de fluxo positivo para ativos de risco.
- Por fim, será publicada a leitura final da sondagem ao consumidor realizada pela Universidade de Michigan, que deve ter repercussões limitadas sobre preços.
- No Brasil, o Banco Central (BCB) publicou ontem o Relatório de Política Monetária do segundo trimestre. A autoridade reforçou o cenário de juros alto por mais tempo. De acordo com suas projeções no cenário de referência – que considera a trajetória da taxa Selic na Pesquisa Focus –, a inflação do IPCA seria de 3,3% no terceiro trimestre de 2027 (0,20 p.p. acima da previsão do relatório anterior) e de 3,2% no quarto trimestre de 2027. Ou seja, ainda ligeiramente acima da meta de 3%. Portanto, acreditamos que a comunicação recente do BCB está alinhada com nosso cenário de que a taxa Selic permanecerá em 15,00% até o segundo trimestre de 2026. Esperamos que o ciclo de afrouxamento monetário comece em abril, com a taxa básica de juros atingindo 12,50% até o final do próximo ano (após cinco cortes de 0,50 p.p.).
- O IPCA-15 de junho subiu 0,26% m/m, levemente abaixo das expectativas (XP e consenso Bloomberg: 0,30%), com a inflação anual recuando de 5,40% em maio para 5,27% em junho. As surpresas baixistas se concentraram em serviços, especialmente passagens aéreas, taxas de condomínio e aluguéis, resultando em uma melhora significativa nos indicadores de núcleo e mais uma leitura benigna da inflação no Brasil. Os preços dos bens industrializados subiram 0,06% na margem, em linha com nossa previsão, refletindo a dinâmica benigna recente do Real e sugerindo inflação moderada de bens para o restante do ano.
- Em nossa visão, o IPCA-15 de junho mostrou alívio generalizado nos preços livres, adicionando um viés de baixa à nossa projeção para 2025 (atualmente em 5,5%). Por enquanto, mantemos a projeção do IPCA de 2025 em 5,5%, com revisão do cenário prevista para a próxima semana em nosso Brasil Macro Mensal. Do lado fiscal, publicamos uma nota sobre a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso Nacional. Em nossa visão, a medida impõe um desafio adicional à execução orçamentária de 2025 e 2026. Acreditamos que o governo ainda possui alguma margem para evitar novos cortes de despesas no próximo relatório bimestral e deve contar com receitas extraordinárias para alcançar o limite inferior da meta fiscal. Atribuímos baixa probabilidade de alteração da meta neste ano, mas os desafios para 2026 estão aumentando. Embora ainda seja cedo para discutir, consideramos que não se pode descartar a possibilidade de alteração da meta de 2026. Para detalhes, ler o nosso relatório completo sobre a temática.
- Na agenda de hoje, o destaque será a divulgação da Pnad contínua de maio. Esperamos que a taxa de desemprego recue de 6,6% no trimestre móvel encerrado em abril para 6,3% em maio. O mercado se atentará sobretudo à dinâmica salarial, dada a sua importância sobre a formação de preços na economia.
- Por fim, o Banco Central publicará as estatísticas de crédito referentes a maio. Os dados ganharam relevância, após piora no quadro recente de inadimplência. Também será relevante monitorar a dinâmica de concessões de crédito para pessoas físicas e jurídicas.
Commodities
Papel e Celulose: Os estoques dos consumidores europeus de celulose de fibra curta caíram em Mai’25; Futuros da BHKP a US$ 509/t para Jul’25
- Esta semana, observamos:
- (i) Os estoques dos consumidores europeus de celulose de fibra curta diminuíram -2% M/M (estável A/A) em Mai’25, totalizando ~ 427 kt, de acordo com a UTIPULP.
- (ii) Os volumes de caixas de papelão ondulado totalizaram ~360 kt em Mai’25 (+1% A/A e +6% M/M), de acordo com os dados da Empapel.
- (iii) J&F confirma nova planta de Eldorado com expansão de capacidade para 2,6 Mt.
- (iii) Os futuros chineses do BHKP estão atualmente em US$ 509/t para Jul’25 (estável S/S) e em linha com os preços spot do BHKP de US$ 509/t na China.
- (iv) A Suzano está sendo negociada a um EV/EBITDA de 2025 de 5,1x, -24% descontado vs. média histórica de 6,7x (e a um desconto de -11% em relação aos pares de celulose de mercado), enquanto Klabin e Irani negociam a um EV/EBITDA de 2025 de 6,6x e 4,8x, respectivamente.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields inch higher as investors await the Fed’s preferred inflation print (CNBC);
- Queda do decreto do IOF tem impacto relevante para 2025 e 2026, nota Ceron (Valor Econômico);
- Exclusivo: Proposta de Tanure para compra da Braskem depende de acordo ‘definitivo’ em Alagoas (Valor Econômico);
- Fitch Afirma Rating ‘A+(bra)’ da Central Ailos; Perspectiva Revisada para Positiva (Fitch Ratings);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Além da Faria Lima: regiões como Jabaquara e Tatuapé ganham protagonismo;
- Segmento corporativo tem boom de negócios;
- IPCA-15, ‘prévia da inflação’, sobe 0,26% em junho de 25;
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
ANP confirma o bloqueio da comercialização de combustíveis de empresas inadimplentes no Renovabio | Café com ESG, 27/06
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE ambos avançando 0,99%;
No Brasil, (i) os diretores da ANP concordaram que a proibição da comercialização de combustíveis com distribuidoras que descumprirem as metas individuais do Renovabio já está suficientemente regulamentada pelo decreto 12.437/2025 e sua aplicação deve entrar em vigor imediatamente – em contexto, a lei prevê o bloqueio da comercialização de combustíveis com empresas inadimplentes a partir da inclusão do nome deste em lista de sanções a ser publicada e mantida atualizada pela ANP; e (ii) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (26/6) a autorização a conexão à rede do Sistema Interligado Nacional do Data Center Pecém II, no Ceará – o empreendimento é resultado da parceria entre Bytedance, dona do TikTok, e a brasileira Casa dos Ventos;
No internacional, a CATL, maior fabricante mundial de baterias para veículos elétricos, planeja levar sua tecnologia de troca e reciclagem de baterias para a Europa – em entrevista ao Financial Times, Jiang Li, secretário do conselho do grupo chinês, afirmou que a troca de baterias, na qual motoristas de veículos elétricos substituem células esgotadas por outras totalmente carregadas, tem enorme potencial na Europa para tornar as baterias mais acessíveis e duradouras; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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