IBOVESPA +0,6% | 142.145 Pontos
CÂMBIO -0,1% | 5,34/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em alta de 0,56%, aos 142.145 pontos, refletindo volatilidade conforme o prosseguimento do cenário de discussão pertinente a MP 1303 após aprovação por comissão mista na noite de terça-feira, com o mercado fechando no positivo após a deterioração de um cenário de aprovação da MP. Ela foi rejeitada na votação, realizada pós-fechamento do mercado, retirando-a de pauta. Com isso, o texto perderá validade. No paralelo, o câmbio entregou parte dos ganhos, fechando em valorização de 0,11%. Em outras notícias, a ata do FOMC veio como esperado pelo mercado, citando riscos elevados de alta para a inflação e que os riscos de queda para o emprego estão altos e aumentaram.
As maiores altas do pregão foram Ultrapar (UGPA3, +5,54%) e B3 (B3SA3, +3,43%), frutos de um movimento técnico de recuperação após queda de 6,42% para Ultrapar e de 8,66% para B3 desde o fechamento de 30 de setembro. A maior queda foi Hypera (HYPE3, -5,02%), também influenciada pelo técnico, com a desvalorização desde 1º de outubro se intensificando em 8,98%.
Nesta quinta-feira, o destaque da agenda econômica doméstica será a divulgação do IPCA referente ao mês de setembro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o movimento foi influenciado pela rejeição da MP 1.303, que trata da tributação de alguns ativos antes isentos como proposta alternativa ao aumento do IOF. Assim, na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,09% (- 4,7bps); DI jan/29 em 13,42% (- 4,6bps); DI jan/31 em 13,64% (- 4,4bps). Já nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego recuaram além do esperado, indicando força no mercado de trabalho. Com isso, houve leve abertura nas taxas dos vértices curtos das Treasuries, enquanto os vértices mais longos ficaram estáveis ao longo do pregão, com os títulos de dois anos encerrando em 3,58% (+1,46bps) e os de dez anos em 4,12% (-0,92bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%) após o S&P 500 ter renovado sua máxima histórica na sessão anterior. O índice acumula oito altas nas últimas nove sessões, enquanto o Nasdaq superou pela primeira vez o patamar dos 23 mil pontos, impulsionado por ações de tecnologia. A agenda segue esvaziada por causa do shutdown do governo, mas investidores acompanham falas do presidente do Fed, Jerome Powell, e de outras autoridades monetárias, além dos balanços de Delta Air Lines e PepsiCo, que serão divulgados antes da abertura.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,2%), pressionado por bancos após o HSBC anunciar uma proposta para privatizar sua subsidiária Hang Seng Bank, de Hong Kong, o que derrubou as ações da matriz em mais de 6%. O movimento pesou sobre o setor financeiro europeu, que cai 1,4% na sessão. O mercado também repercute a promessa do presidente francês Emmanuel Macron de nomear um novo primeiro-ministro nas próximas 48 horas, após a renúncia de Sébastien Lecornu.
Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: +1,5%; HSI: -0,3%) após o feriado, liderado por mineradoras, em meio a novas restrições do governo às exportações de terras-raras. Na Ásia, o destaque foi o Japão, onde o Nikkei 225 saltou 1,8% e atingiu nova máxima histórica, impulsionado pelo avanço de 11% do SoftBank após anunciar a compra da divisão de robótica da ABB por US$ 5,4 bilhões. A empresa está reforçando sua estratégia de ampliar presença em inteligência artificial e robótica avançada.
IFIX
O IFIX encerrou a quarta-feira com alta marginal de 0,05%, refletindo o desempenho positivo dos fundos de papel (0,20%), enquanto os fundos de tijolos apresentaram queda marginal de 0,04%. A movimentação foi influenciada pelo fechamento da curva de juros, motivada pela rejeição da MP 1.303.
Entre as maiores altas do dia, destacaram-se KNIP1 (+1,7%), HTMX11 (+1,7%) e HSAF11 (+1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram URPR11 (-5,0%), BLMG11 (-1,9%) e RECR11 (-1,5%).
Economia
Nos EUA, a ata do FOMC – comitê que decide o nível de juros – divulgada ontem, relativa à reunião de setembro, que alguns membros poderiam ter apoiado a manutenção dos juros naquele encontro, enquanto a maioria do comitê enfatizou riscos altistas para a inflação, mesmo diante da desaceleração do mercado de trabalho. O mercado estima 92% de chance de corte de juros na próxima reunião, dia 29 de outubro.
No Brasil, a Câmara dos Deputados decidiu retirar de pauta a Medida Provisória nº 1303/25, o que faz com que o texto perdesse a validade. Com a retirada, voltam a valer as regras anteriores, incluindo a alíquota de 15% para JCP, a alíquota de CSLL mais baixa para fintechs e a tributação diferenciada por prazo do investimento. O governo sinalizou que buscará alternativas para compensar a perda de receita e evitar cortes orçamentários no início de 2026.
Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação IPCA de setembro. Esperamos avanço de 0,51%, praticamente em linha com o consenso de mercado (0,52%). No acumulado de 12 meses, o IPCA deve acelerar para 5,20%, com destaque para os preços de energia, que devem subir em 10,50% por conta do fim do bônus de Itaipu. Na agenda internacional, sem indicadores relevantes.
Veja todos os detalhes
Economia
Câmara derruba MP 1303; IPCA é o destaque do dia
- Nos EUA, os juros operaram em leve alta após a ata do FOMC– comitê que decide o nível de juros – divulgada ontem, que relatou discussões da reunião de setembro. O documento indicou que alguns membros poderiam ter apoiado a manutenção dos juros naquele encontro, e a maioria do comitê enfatizou riscos altistas para a inflação, mesmo diante da desaceleração do mercado de trabalho. Essa combinação reforçou a percepção de cautela do Fed (banco central) quanto ao ritmo dos cortes, mantendo a dependência dos próximos passos à evolução dos preços e das condições do mercado de trabalho. O mercado estima 92% de chance de corte de juros na próxima reunião, dia 29 de outubro;
- No Brasil, a Câmara dos Deputados decidiu retirar de pauta a Medida Provisória nº 1303/25, por 251 votos a favor e 193 contrários, o que faz com que o texto perdesse a validade. Com a retirada, voltam a valer as regras anteriores, incluindo a alíquota de 15% para JCP, a alíquota de CSLL mais baixa para fintechs e a tributação diferenciada por prazo do investimento. O governo sinalizou que buscará alternativas para compensar a perda de receita e evitar cortes orçamentários no início de 2026;
- Na agenda doméstica, o destaque fica para a divulgação IPCA de setembro. Esperamos avanço de 0,51%, praticamente em linha com o consenso de mercado (0,52%). No acumulado de 12 meses, o IPCA deve acelerar para 5,20%, com destaque para os preços de energia, que devem subir em 10,50% por conta do fim do bônus de Itaipu. Na agenda internacional, sem indicadores relevantes.
Commodities
Mineração e Siderurgia: Incerteza do lado da oferta sustentando os preços do minério de ferro
Analisando dados globais de minério de ferro e aço
- Os fundamentos do minério de ferro mantiveram a tendência negativa em set’25:
- (i) a demanda aparente de aço na China deve cair A/A em set’25, com os estoques de minério de ferro nos portos caindo A/A (embora aumentando M/M); e
- (ii) a demanda doméstica permanece fraca, com os dados de ago’25 mostrando quedas generalizadas em várias áreas.
- (iii) Dito isso, acreditamos que os preços devem permanecer acima de US$ 100/t, apoiados pelas discussões sobre a campanha “anti-involution” da China, incertezas sobre o start-up de Simandou e a possível proibição das exportações de minério de ferro da BHP para a China.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Empresas
Rumo (RAIL3): Tracker Mensal de Ferrovia – Dados de Volume de Setembro de 2025
- Destacamos que a Rumo registrou seu segundo maior volume histórico, totalizando 7,8 bilhões de RTK (+6% A/A, em linha com a estimativa da XP), impulsionado principalmente por:
- Desempenho positivo na Operação Norte (+4% A/A), apoiado pela maior diversificação da base de cargas da companhia (com açúcar e produtos industriais como principais vetores de volume);
- Volumes sólidos na Operação Sul (+18% A/A), após um início de ano desafiador;
- Observamos que esse desempenho positivo contribui para mitigar parte das preocupações do mercado em relação à precificação, em meio ao atraso inesperado nas exportações da safra de milho;
- Reiteramos nossa recomendação de Compra para Rumo;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Tenda (TEND3): Expansão de lançamentos menor que a esperada
- A Tenda divulgou seus dados operacionais para o terceiro trimestre de 2025. Os lançamentos consolidados atingiram R$ 1,56 bilhão (-3% A/A, excluindo a Pode Entrar, +41% T/T), abaixo de nossas estimativas em 8%, com (i) o segmento Tenda em R$ 1,49 bilhão, uma queda de 1% A/A e um aumento de 37% T/T, mas 3% abaixo de nossa previsão, e (ii) os lançamentos da Alea caindo para R$ 76 milhões (-32% A/A), abaixo das expectativas, com unidades da Casapatio Canoas previstas para serem consolidadas no 4T25.
- Para a Tenda, as vendas líquidas atingiram R$ 1,1 bilhão, um aumento de 18% A/A, excluindo o programa Pode Entrar, com os lançamentos representando 53% das vendas totais (um aumento em relação aos 31% no 2T25).
- Consideramos os dados operacionais da Tenda para o terceiro trimestre de 2025 neutros a ligeiramente negativos, o que, em nossa opinião, pode pesar no desempenho das ações. Embora as vendas líquidas tenham apresentado um crescimento positivo A/A, excluindo as unidades Pode Entrar, acreditamos que o mercado tinha expectativas mais altas, especialmente em relação ao crescimento dos lançamentos, que podem ter sido afetados pelo adiamento de projetos para o quarto trimestre de 2025, em nossa opinião.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- How the Shutdown Could Complicate the Fed’s Balancing Act (WSJ)
- Perspectivas para infraestrutura são positivas, mas governo não deve atrapalhar e taxar debêntures, diz Abdib (Valor Econômico)
- Prio recompra US$ 431,3 milhões em bonds com dinheiro de nova emissão (Valor Econômico)
- Fitch Eleva Rating Nacional de Longo Prazo do Banco C6 Para ‘A+(bra)’; Perspectiva Positiva (Fitch Ratings)
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários reagem e IFIX volta a subir em meio a indefinição sobre MP (Suno);
- MP 1.303 cai no Congresso: veja como fica a tributação dos investimentos agora (InfoMoney);
- Super JK está chegando e deve ampliar oferta de escritórios (ClubeFII);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Aproveitando a suspensão das tarifas de importação, BYD abre vendas de elétricos na Argentina | Café com ESG, 09/10
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,56% e 0,61%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o governo brasileiro detalhou um novo leilão do programa Eco Invest, com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros em projetos de inovação e sustentabilidade – o governo utilizará recursos do Fundo Clima para apoiar instituições financeiras na estruturação de mecanismos de proteção contra riscos cambiais e de desempenho; e (ii) o Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou que o andamento dos ritos necessários para o 1° leilão de eólicas offshore do Brasil vai ocorrer apenas depois da conclusão do grupo de trabalho que debate a regulamentação dos projetos – segundo o ministério, a publicação do decreto com as regras está prevista para o primeiro semestre de 2026;
- No internacional, a BYD abriu ontem as vendas de seus veículos elétricos na Argentina, aproveitando a suspensão das tarifas de importação para veículos elétricos e híbridos no país e ampliando sua presença em um mercado de rápido crescimento – a expectativa da Argentina é que cerca de 40.000 veículos elétricos e híbridos sejam importados até o fim de janeiro, com a BYD podendo importar ~7.800 carros elétricos e híbridos dentro da cota concedida pelo governo argentino;

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!
