IBOVESPA +1,70% | 158.554 Pontos
CÂMBIO -0,27% | 5,36/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em alta de 1,7%, aos 158.555 pontos. O movimento foi impulsionado pelo IPCA-15 de novembro e pelo cenário externo favorável, com novas altas das bolsas globais (S&P 500, +0,7%; Nasdaq, +0,9%). No lado micro, bancos se destacaram, além das mineradoras, que acompanharam a alta do minério de ferro (+0,6%).
Os papéis da Rumo (RAIL3, +9,1%) lideraram os ganhos, após notícias de que a Ultrapar (UGPA3, -0,4%) está próxima de atingir uma participação de 5% na companhia. Na ponta negativa, Hapvida (HAPV3, -7,2%) voltou a recuar, ainda refletindo a divulgação de resultados significativamente abaixo das expectativas no 3T25, o que gerou uma onda de revisões negativas nas recomendações de analistas.
Para o pregão de quinta-feira, destaque para a divulgação do relatório Caged de outubro no Brasil. Além disso, pela temporada internacional de resultados do 3T25, teremos Dell.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros apresentaram movimentos mistos ao longo da curva nesta quarta-feira. No Brasil, o IPCA-15 de novembro avançou 0,20%, acima das expectativas de 0,18% do mercado, mas o impacto sobre a curva foi limitado, com os vértices intermediários oscilando pouco, enquanto os prazos mais longos recuaram. O DI jan/26 encerrou em 14,89% (-0,2bp); DI jan/27 em 13,51% (+0,6bp); DI jan/29 em 12,71% (-3,2bps); e DI jan/31 em 13,02% (-8,3bps). Nos Estados Unidos, a ponta curta reagiu aos pedidos semanais de seguro-desemprego, que vieram abaixo do esperado (216 mil vs. 225 mil), enquanto as Treasuries de longo prazo recuaram, refletindo maior busca por segurança. Os rendimentos das Treasuries de dois anos fecharam em 3,47% (+1,63bps) e os de dez anos em 3,99% (-0,24bp).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os mercados nos EUA estão fechados devido ao feriado de Dia de Ação de Graças. Na sessão anterior, as bolsas americanas registraram o quarto dia consecutivo de alta, impulsionadas pela recuperação do setor de tecnologia, onde o S&P 500 ganhou 0,7% e o Nasdaq subiu 0,8%. Oracle disparou cerca de 4% após o Deutsche Bank reafirmar sua visão otimista, enquanto Nvidia recuperou mais de 1% e Microsoft avançou quase 2%. Alphabet também permaneceu forte, renovando máximas históricas nesta semana com expectativas ligadas ao uso de seus chips TPU pela Meta. Mesmo com a sequência de ganhos, novembro segue negativo para os índices devido às preocupações com valuations elevadas.
Na Europa, as bolsas operam em leve queda (Stoxx 600: -0,1%), refletindo a digestão do cenário econômico global e mesmo com expectativas de alívio monetário nos EUA. Puma lidera os ganhos, saltando até 16% após notícias de que a chinesa Anta Sports estaria avaliando uma oferta pela companhia. Já Novo Nordisk recua 1,7% após o CMS divulgar o preço renegociado de Ozempic e Wegovy para 2027, representando forte desconto em relação ao valor atual. Os mercados também acompanham dados como a confiança do consumidor da Alemanha e o sentimento econômico da União Europeia.
Na China, os mercados fecharam estáveis (CSI 300: 0,0%; HSI: +0,1%), mesmo com o forte rali americano e otimismo com corte de juros pelo Fed, após dados mostrarem queda de 5,5% nos lucros industriais de outubro. O Nikkei 225 avançou 1,2%, puxado pelo setor de tecnologia. O Kospi subiu 0,7% após o Banco da Coreia manter os juros em 2,5% pela quarta reunião seguida, enquanto o Kosdaq ganhou 0,3%.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sessão de quarta-feira em queda de 0,36%, em movimento de correção após as altas recentes. A retração foi liderada pelos fundos de papel, que recuaram 0,40%, enquanto os fundos de tijolo registraram baixa de 0,33%. A atenção dos investidores esteve voltada para a divulgação do IPCA-15 de novembro, que avançou 0,20%, acima da expectativa do mercado de 0,18%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se VGRI11 (2,5%), PSEC11 (2,1%) e HSAF11 (1,6%). Entre as principais quedas, figuraram TGAR11 (-2,2%), RBVA11 (-1,8%) e PCIP11 (-1,7%).
Economia
No Brasil, o IPCA-15 de novembro (prévia da inflação mensal) subiu 0,20% em comparação com outubro, ligeiramente acima da nossa previsão e da mediana das expectativas de mercado (0,18%). Com isso, a inflação anual cedeu de 4,9% para 4,5%. Mais uma vez, destaque para o recuo nos grupos de preços de alimentos e bens industrializados, que reflete a apreciação cambial, as cotações internacionais das commodities em níveis mais baixos e a produção agrícola recorde. Por outro lado, o componente de serviços intensivos em mão de obra continua muito acima da meta, em linha com o mercado de trabalho apertado. Nossa projeção de 4,5% para o IPCA de 2025 tem ligeiro viés baixista. Para 2026, continuamos a projetar alta de 4,2%.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central local) publicou seu “Livro Bege”. Este documento caracteriza as condições e perspectivas econômicas regionais com base em uma variedade de informações, em sua maioria qualitativas. Em relação à atividade econômica, o consumo geral teve desaceleração adicional, com alguns varejistas observando impacto negativo da paralisação do governo (shutdown). O emprego caiu ligeiramente nas últimas semanas, com cerca de metade das regiões citando uma demanda por mão de obra mais fraca. Os salários, em geral, cresceram de forma suave. Além disso, os preços subiram moderadamente durante o período analisado. Houve vários relatos de compressão de margem ou empresas enfrentando dificuldades financeiras decorrentes das tarifas mais altas.
Hoje, a agenda doméstica traz a divulgação da geração líquida de emprego formal (Caged) em outubro. Prevemos saldo mensal de 102.000 ocupações, enquanto a mediana das estimativas de mercado indica 110.000. O mercado de trabalho brasileiro continua sólido, a despeito de sinais incipientes de estabilização. No exterior, a agenda econômica está esvaziada, devido sobretudo ao feriado de “Ação de Graças” nos Estados Unidos.
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Economia
Sinais adicionais de alívio na inflação brasileira de curto prazo
- No Brasil, o IPCA-15 de novembro (prévia da inflação mensal) subiu 0,20% em comparação com outubro, ligeiramente acima da nossa previsão e da mediana das expectativas de mercado (0,18%). Com isso, a inflação anual cedeu de 4,9% para 4,5%. O grupo de preços de alimentos recuou 0,15% na comparação mensal, principalmente devido aos itens de cereais, frutas e laticínios. Da mesma forma, o componente de bens industrializados declinou 0,06%, com destaque à queda nos preços de bens duráveis. Por outro lado, a inflação de serviços subjacentes – exclui os itens mais voláteis – avançou 0,40%, com elevação de 0,62% nos serviços intensivos em mão de obra. As medidas de núcleo da inflação subiram, em média, 0,27% em novembro, um pouco abaixo da nossa previsão de 0,30%. Em termos anualizados e dessazonalizados, a média de três meses do núcleo da inflação caiu de 3,8% para 3,4%. Como temos argumentado, a apreciação da taxa de câmbio, os preços internacionais das commodities em níveis mais baixos e a produção agrícola recorde contribuíram significativamente para a queda da inflação ao longo de 2025. Nossa projeção de 4,5% para o IPCA de 2025 tem ligeiro viés baixista. Para 2026, continuamos a projetar alta de 4,2%. A dinâmica benigna da inflação de curto prazo reforça nossa expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) iniciará um ciclo de cortes de juros em março;
- Ainda no âmbito doméstico, o governo central registrou superávit primário de R$ 36,5 bilhões em outubro, inferior ao saldo de R$ 41,0 bilhões observado no mesmo mês do ano passado. O resultado ficou em linha com a expectativa de mercado (R$ 36,8 bilhões) e ligeiramente abaixo da nossa previsão (R$ 37,8 bilhões). Assim, o governo central acumulou déficit primário de R$ 41,9 bilhões nos últimos 12 meses (-0,35% do PIB). O crescimento da arrecadação tributária continua a desacelerar, refletindo o enfraquecimento da atividade econômica e o recuo da inflação. Por sua vez, o aumento das despesas discricionárias continua a pressionar o saldo primário. Prevemos déficit total de R$ 60,5 bilhões em 2025 (-0,5% do PIB), ou R$ 10,8 bilhões para o cálculo da meta primária (-0,1% do PIB) – permanecendo, portanto, acima do limite inferior do intervalo de tolerância (R$ -31,0 bilhões ou -0,25% do PIB). A nosso ver, o governo não precisará implementar bloqueios/contingenciamentos adicionais para atingir as metas fiscais deste ano. Isto posto, a dívida pública continua a subir, exigindo um ajuste mais profundo;
- Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central local) publicou seu “Livro Bege”. Este documento caracteriza as condições e perspectivas econômicas regionais com base em uma variedade de informações, em sua maioria qualitativas, coletadas diretamente de fontes de cada um dos 12 Distritos do Fed. Os relatórios são publicados oito vezes por ano. Em relação à atividade econômica, o consumo geral teve desaceleração adicional, com alguns varejistas observando impacto negativo da paralisação do governo (shutdown). O emprego caiu ligeiramente nas últimas semanas, com cerca de metade dos Distritos mencionado uma demanda por mão de obra mais fraca. Na maioria das regiões, os empregadores tiveram mais facilidade para encontrar trabalhadores, mas ainda houve dificuldades pontuais relacionadas a certas posições especializadas e à redução do número de imigrantes. Os salários, em geral, cresceram de forma suave. Além disso, os preços subiram moderadamente durante o período analisado. As pressões sobre os custos de insumos foram generalizadas na indústria de transformação e no varejo, refletindo principalmente as altas induzidas por tarifas. Neste sentido, houve vários relatos de compressão de margem ou empresas enfrentando dificuldades financeiras decorrentes das tarifas. Olhando adiante, os respondentes preveem, em sua maioria, que as pressões de aumento de custos persistirão, mas os planos para elevar preços no curto prazo foram variados;
- Hoje, a agenda doméstica traz a divulgação da geração líquida de emprego formal (CAGED) em outubro. Prevemos saldo mensal de 102.000 ocupações, enquanto a mediana das estimativas de mercado indica 110.000. O mercado de trabalho brasileiro continua sólido, a despeito de sinais incipientes de estabilização. No exterior, a agenda econômica está esvaziada, devido sobretudo ao feriado de “Ação de Graças” nos Estados Unidos.
Commodities
Mineração e Siderurgia: Produção mundial de aço bruto caiu -6% S/S em out’25; preços do minério de ferro subiram +2% S/S
- A produção global de aço bruto atingiu ~143 Mt em out’25 (-6% A/A e +1% M/M), segundo a World Steel Association, enquanto a Ásia e Oceania lideraram a queda, com a produção contraindo -8% A/A em out’25.
- Além disso, a CSN Mineração anunciou a aprovação de um programa de venda de ações da tesouraria (~53,3 milhões de ações ao longo de 18 meses), com o objetivo de aumentar a flexibilidade financeira e melhorar a liquidez.
- No Brasil, a demanda por aço permaneceu resiliente em out’25, com um sentimento melhor no setor quanto ao possível resultado das medidas antidumping, embora a menor demanda por atividade no final do ano possa atrasar os aumentos de preços.
- Por fim, sobre dados setoriais recentes, observamos que
- (i) os preços do minério de ferro subiram +2% S/S, com estoques de minério de ferro nos portos da China estáveis S/S, com estoques de aço longo e plano -5% e -1% S/S, respectivamente; e
- (ii) os preços de BQ e de vergalhão permaneceram estáveis S/S no Brasil, com paridade de aço plana em +15% e paridade de aço longo em -9% para vergalhões da Turquia, com importações de aço do Egito (isentas de tarifas de importação) sugerindo paridade em +2%.
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Empresas
Bancos: Crescimento sustentado do crédito em meio a aumento moderado da inadimplência
- Os dados de crédito do BC para outubro, publicados hoje (26), mostraram um aumento de 10,2% no saldo de crédito A/A, com crescimento de 8,4% na carteira PJ e 11,3% na carteira de PF.
- Esses números indicam um mercado que permanece aquecido, potencialmente impulsionado pela alta liquidez na economia brasileira, conforme discutido pelo BCB. O NPL +90 aumentou ligeiramente 10 bps M/M, atingindo 4,0%.
- Isso reflete uma estabilidade M/M para PF, enquanto os níveis PJ aumentaram levemente em 10 bps.
- O NPL 15-90 chegou a 4,1% (+10 bps M/M), com desempenho estável para o segmento PJ e aumento de +15 bps para a linha de crédito de PF.
- No Agronegócio, observamos mais um mês consecutivo de aceleração do NPL +90, atingindo um novo recorde de 6,2% para PF (+90 bps M/M e +1.800 bps A/A).
- Vale destacar um aumento de +140 bps M/M no NPL 15-90 para empréstimos a taxas de mercado para PF, alcançando 11,4%.
- Esses números devem sustentar um 4T pressionado para o BBAS, que já registrou a continuidade de altos níveis de provisões em Out’25.
- Em relação ao Consignado Privado, outubro mostrou uma forte aceleração no crescimento anual do saldo (+63,6% em outubro contra +46,5% em setembro), mas com desaceleração nas novas concessões para +4,3% no mês (contra +5,5% em setembro de 2025).
- As taxas médias para esse tipo de crédito permanecem altas, atingindo 59,0% no mês (contra 58,4% em setembro).
- A taxa de inadimplência permaneceu estável em 5,0%.
- Enquanto isso, vemos uma combinação positiva para os bancos, com tendência de queda nas taxas de inadimplência, enquanto as taxas médias de juros permanecem elevadas.
- No geral, consideramos os dados de crédito de outubro levemente positivos para os bancos, já que o crescimento do saldo de crédito continua em dois dígitos, mas sem pressão considerável na inadimplência.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Japan needs to end its dangerous debt delusion (Financial Times);
- Ativos indexados seguem como porto seguro sob juro alto (Valor Econômico);
- Aegea busca R$ 1 bilhão com debêntures para pagar dívida e reforçar capital de giro (Valor Econômico) ;
- Moody’s Ratings downgrades BRB’s ratings to B3; ratings placed on review for further downgrade (Moody´s);
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Estratégia
Prévia do rebalanceamento dos índices B3 – janeiro de 2026
- A B3 realizará o rebalanceamento dos seus índices no dia 1 de janeiro de 2026, com prévias divulgadas nos dias 1, 15 e 30 de dezembro.
- Esperamos a troca de Copel PN A (CPLE5) por Copel ON (CPLE3) no Ibovespa antes mesmo da revisão. O impacto, no entanto, deve ser limitado, pois o índice de negociabilidade da ação ordinária deve limitar o peso do ativo no índice.
- Copasa (CSMG3) também deve ser adicionada. Já CSN Mineração (CMIN3) e CVC Brasil (CVCB3) devem deixar o índice.
- No SMLL, Lojas Renner (LREN3) e Allos (ALLOS3) devem sair. Grupo Mateus (GMAT3), Hapvida (HAPV3), Vitru (VTRU3) e Oncoclínicas (ONCO3) devem ser incluídas.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- CVM abre consulta pública para novas regras de FIIs (ClubeFII);
- Com a previsão de queda da Selic, 2026 deve marcar início de um novo ciclo para os fundos imobiliários, aponta Eleven (SiiLA);
- RBRX11 investe em CRIs e inicia reposicionamento após absorver RBRF11 (FIIs);
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ESG
UE adia a implementação da lei antidesmatamento por mais um ano | Café com ESG, 27/11
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,70% e 1,98%, respectivamente;
- No Brasil, o Aeroporto Internacional de Salvador será o primeiro do Brasil a abastecer voos comerciais com uma mistura entre combustível fóssil e combustível sustentável de aviação (SAF) que será fornecido pela BR Aviation, unidade de negócios da Vibra responsável pelos serviços de abastecimento de aeronaves – a operação vai começar ainda este mês e segue até dezembro de 2026, segundo a companhia;
- No internacional, (i) o Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira medidas para simplificar a implementação do Regulamento da União Europeia sobre Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) – como parte das decisões, o parlamento confirmou o adiamento, por um ano, do início da aplicação das regras; e (ii) a Índia aprovou um programa de fabricação de ímãs permanentes de terras raras no valor de US$ 815,74 milhões, informou o ministro da informação nesta quarta – o consumo de ímãs permanentes de terras raras na Índia deve dobrar até 2030, mas atualmente atende à sua demanda principalmente por meio de importações, segundo o governo;
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