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Europa e futuros dos EUA em alta; Foco nos balanços internacionais

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA -0,02% | 104.290 Pontos

CÂMBIO 1,07% | 5,12/USD

O que pode impactar o mercado hoje

O Ibovespa encerrou o pregão de ontem praticamente estável, a 104.289,6 pontos (-0,02%). As taxas futuras de juros fecharam sem direção única, com taxas curtas e intermediárias perto da estabilidade e leve viés de baixa, enquanto as taxas longas terminaram em alta. Contribuíram para a baixa: i) queda no dólar; ii) redução do risco Brasil; e o iii) andamento da reforma tributária. Por outro lado, a votação do Fundeb e a expectativa com o leilão de títulos prefixados de hoje geraram a pressão de alta. DI jan/21 ficou em 2,04%; DI jan/23 fechou em 4,08%; e DI jan/25 subiu para 5,57%.

Os mercados Europeus e os futuros de NY operam no campo positivo nesta manhã. Na Europa, o destaque foi a divulgação pelo instituto alemão GfK de uma prévia do índice de confiança do consumidor do país, trazendo níveis consideravelmente acima das expectativas dos analistas. De acordo com o Broadcast, o índice subiu de -9,4 pontos em julho para -0,3 pontos em agosto. O resultado de agosto ficou acima da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de -4,8.

Nos EUA os investidores aguardam a divulgação de balanços de grandes empresas, enquanto monitoram negociações no Congresso para a aprovação de um novo pacote de estímulos, que poderá incluir a extensão de um benefício específico de seguro-desemprego. Na agenda de balanços do dia, destaque para Twitter, American Airlines, AT&T e Intel.

Já as bolsas asiáticas fecharam o último pregão em baixa, refletindo a escalada nas tensões com os EUA. Ontem os EUA ordenaram o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas, visando proteger a propriedade intelectual do país. A China condenou o gesto e disse que retaliaria se a decisão não for revertida.

No campo doméstico, o presidente da comissão mista da reforma tributária, senador Roberto Rocha, afirmou que vai reinstalar o colegiado na próxima quinta-feira para retomar o calendário de audiências públicas a partir de 4 de agosto. Ainda restavam quatro encontros quando a pandemia interrompeu os trabalhos do grupo.

Com o debate em foco, ganham destaque também as reclamações, com o setor de serviços ameaçando travar a reforma.Um dia depois do envio do projeto de reforma do governo, lideranças desse setor já começam a demonstrar insatisfação com a alíquota de 12% para a Contribuição de Bens e Serviços (CBS). O setor, que representa cerca de 70% do PIB brasileiro, quer uma compensação com a desoneração da folha de pagamentos e ameaça trabalhar para travar a reforma tributária caso isso não aconteça.

Ainda no noticiário local, durante um evento virtual realizado ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os apoios fiscal e creditício do governo podem ter um efeito mais duradouro do que se esperava inicialmente, porque muitos beneficiários do auxílio emergencial guardaram recursos para gastar mais tarde.

De acordo com ele, essa poupança poderá virar consumo até dezembro, ajudando a sustentar a trajetória de recuperação da economia até o fim do ano. A fala do presidente reforça o nosso entendimento de que, apesar do espaço inflacionário, o BC deve entregar apenas mais um corte “residual” de 0,25% na taxa Selic nesse ano. O presidente afirmou ainda que a autonomia da instituição deve ser votada no Senado por volta de 15 de agosto, possibilidade que foi confirmada por articuladores políticos do Planalto.

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Internacional

  1. Política internacional: desgaste da relação EUA-China em destaque
  2. Petróleo: Aumento nos estoques de petróleo dos EUA acima do esperado pelo mercado

    Acesse aqui o relatório internacional

Empresas

  1. Klabin (KLBN11): Avanços na incorporação da Sogemar


Veja todos os detalhes


Internacional

Política internacional: desgaste da relação EUA-China em destaque

  • Tensões entre os EUA e a China permanecem alta após determinação do governo Trump de fechar o consulado do país asiático em Houston, Texas. O presidente disse também que o fechamento de outros consulados estaria sendo avaliado. Pequim promete retaliar;
  • Na seara doméstica, democratas e republicanos do Congresso americano permanecem divididos em relação aos detalhes de um novo pacote de estímulo, ampliando o risco de não chegar a um acordo antes de que expirem benefícios para desempregados no fim do mês. Nesse contexto, a Casa Branca estuda a possibilidade de uma extensão de curto prazo dos benefícios;
  • E o Reino Unido perdeu a esperança de fechar acordo comercial com EUA ainda este ano.

Petróleo: Aumento nos estoques de petróleo dos EUA acima do esperado pelo mercado

  • Ontem a Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA) divulgou, em seu relatório oficial de oferta e estoques, um aumento nos estoques de petróleo de 4,892 milhões de barris, acima da expectativa de -2,088 milhões de barris. O dado foi percebido como negativo por indicar uma maior oferta em relação à demanda. Os estoques de petróleo dos EUA caíram -7,943 milhões de barris na semana passada, acima da expectativa de mercado de -2,098 milhões de barris;
  • Também foi percebido como negativo o leve aumento da produção de petróleo nos EUA de 100 mil barris ao dia (kbpd) em comparação à semana anterior. Por outro lado, houve ligeira queda de 1,8 milhões de barris nos estoques de gasolina, o que fornece um alívio parcial por indicar a continuidade da retomada de atividades e movimentação de pessoas;
  • Nessa manhã de quinta-feira, a commodity opera em território levemente positivo, em alta de 0,05% em US$44,31/barril.

Empresas

Klabin (KLBN11): Avanços na incorporação da Sogemar

  • Em nota no Fato Revelante de ontem, a Klabin anunciou que o Conselho de Administração aprovou os termos de negociação entre diretoria e a Sogemar – Sociedade Geral de Marcas Ltda (“Sogemar”). O acordo prevê a incorporação da Sogemar pela Klabin, empresa que pertence a membros da família Klabin e detém contrato de licenciamento para uso da marca;
  • Segundo o comunicado, a quantidade de ações objeto que serão emitidas na negociação equivale a 92,9 milhões de ações ON da Klabin em favor dos acionistas da Sogemar, correspondendo ao valor de R$ 367 milhões. No entanto, para sua implementação, a incorporação depende da aprovação da maioria dos acionistas presentes em assembleia geral a ser convocada com titulares de ações ordinárias e preferenciais e que não sejam, direta ou indiretamente, sócios da Sogemar;
  • Uma vez aprovada pela assembleia, todos os registros da Sogemar compreendendo o termo “Klabin” serão transferidos à Companhia. Ademais, a sociedade Klabin Irmãos e Cia. (“KIC”) também deverá transferir o registro mais antigo para a marca, protegendo papel e papelão, além de conceder autorização para o uso do patronímico Klabin como marca e nome empresarial, além do direito de deter pedidos de registro e de apresentar novos pedidos de registro para a marca para o segmento de papel e papelão;
  • Em nossa visão, a negociação caminha para a remoção da última barreira pendente para uma eventual migração para o Novo Mercado, apesar de não estar no radar da companhia no curto/médio prazo, num importante avanço nos planos da fabricante de papel e celulose para deixar de pagar royalties por uso de marcas. Temos recomendação de Compra, com preço-alvo de R$22/ação para Klabin.
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