IBOVESPA +1,9% | 116.404 Pontos
CÂMBIO -0,6% | 5,22/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa fechou em alta de 1,9% nesta segunda-feira (13), aos 116.404 pontos, em função de uma melhora no clima político no Brasil combinada com a queda em casos de Covid nos Estados Unidos, aliviando parte das preocupações com o avanço da variante delta. No campo da Renda Fixa, as taxas futuras de juros fecharam o dia de ontem com alta nos vencimentos mais longos, refletindo em perda de inclinação. O movimento nas taxas longas se deu após certa redução na tensão política nacional, apesar de haver receios em relação à duração desse alívio. Já as taxas curtas chegaram a oscilar com novas revisões de IPCA e Selic no Focus, porém fecharam perto da estabilidade. Assim, o DI jan/22 fechou em 7,285%; DI jan/24 encerrou em 9,815%; DI jan/26 fechou em 10,31%; e DI jan/28 foi para 10,6%.
Ainda do lado de Economia, as atenções devem seguir voltadas para a inflação ao consumidor de agosto nos EUA, um ingrediente-chave para a reunião de política monetária do Fed na próxima semana. Outro destaque são os dados de produção industrial e vendas no varejo na China, que devem ser divulgados esta noite – será importante avaliar se a economia chinesa continua desacelerando gradativamente, uma vez que dados recentes sugerem que a variante delta pode ter atingido a atividade no país de forma mais severa do que o esperado. Por outro lado, no Brasil, dados do setor de serviços de julho devem mostrar que a atividade continua se recuperando com a reabertura da economia.
No campo da Política, a retomada da agenda legislativa no Congresso é o destaque desta terça-feira, sucedendo os sinais de moderação de tom manifestados pelo presidente Jair Bolsonaro pós-Sete de Setembro. Na Câmara, o Palácio do Planalto tem dois desafios principais: (1) mobilizar sua base aliada para blindar o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, do escrutínio ao qual será submetido a partir das 9h no Plenário (após Arthur Lira deferir que o debate parlamentar de temas polêmicos como o preço dos combustíveis ocorra neste palco) e; (2) avançar com as agendas prioritárias, com a votação do mérito da Reforma Administrativa na comissão especial (às 9h) e da admissibilidade da PEC dos Precatórios na CCJ (às 13h).
Já na seara Internacional, parlamentares americanos continuam os trabalhos sobre o Plano das Famílias Americanas. A Comissão de Ways and Means da Câmara divulgou na segunda-feira um novo esboço do projeto, com propostas tributárias mais soft que o projeto original, em aceno a moderados. A nova versão não inclui impostos aos mais ricos e reduz o imposto corporativo de 28% a 26,5%.
Por fim, do lado das Empresas, ontem publicamos um relatório sobre o impacto para as empresas do setor elétrico de um racionamento de energia no próximo trimestre (4T21), assumindo um corte obrigatório de 20% nos contratos das geradoras, tanto no mercado livre quanto no mercado regulado. Como resultado acreditamos que as transmissoras não deveriam ser afetadas, as distribuidoras poderiam ser ligeiramente afetadas e as geradoras poderiam até ser beneficiadas. Por fim, reiteramos Omega Geração e CESP como nossas top picks – clique aqui para acessar o relatório completo.
Tópicos do dia
Economia
- Atenções voltadas para a inflação ao consumidor de agosto nos EUA, um ingrediente-chave para a reunião do FOMC na próxima semana. No Brasil, dados do setor de serviços de julho devem mostrar que a atividade continua se recuperando com a reabertura da economia
Política
- A retomada da agenda legislativa no Congresso
- Comissão propõe redução no imposto corporativo de 28% a 26,5% e exclui taxação aos mais ricos do Plano das Famílias Americanas
Empresas
- Setor Elétrico: E Se Ocorrer Racionamento de Energia?
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
Internacional
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Créditos do Facebook
ESG
- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 14/09
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Economia
Atenções voltadas para a inflação ao consumidor de agosto nos EUA, um ingrediente-chave para a reunião do FOMC na próxima semana. No Brasil, dados do setor de serviços de julho devem mostrar que a atividade continua se recuperando com a reabertura da economia
- Atenções do mercado se voltam esta manhã para os números de inflação ao consumidor de agosto nos EUA. Esperamos que a inflação anual atinja 5,25%, recuando ligeiramente de 5,4% em julho. O núcleo da inflação (excluindo alimentos e energia) deve ficar em 4,1% (4,3% em julho). Acreditamos que os dados mostrarão que em agosto houve continuidade da desinflação nos ítens que vêm apresentando taxas anormais de aumento em função da reabertura econômica e dos prolongados choques de oferta relacionados à pandemia;
- Se a inflação vier em linha com as nossas e com as expectativas do mercado, será uma evidência adicional de que o Fed não deve ter pressa em retirar os estímulos monetários. O comitê de política monetária do Fed (FOMC) se reúne na próxima semana, mas não esperamos nenhuma mensagem relevante vinda da reunião. Esperamos que o FOMC delineie o plano de redução gradual na reunião de novembro e inicie o processo em dezembro.• Os preços das commodities continuam apresentando desempenhos mistos. O petróleo subiu pelo terceiro dia, com um outro furacão ameaçando um importante centro de energia dos EUA. O petróleo bruto está sendo negociado perto de 71 dólares por barril. O minério de ferro, por sua vez, caiu pelo quinto dia para o nível mais baixo deste ano, já que as restrições à produção na China pesam sobre a demanda;
- A produção industrial e as vendas no varejo da China serão publicadas esta noite. Será importante avaliar se a economia continua desacelerando gradativamente. Dados recentes sugerem que a variante delta pode ter atingido a economia de forma mais severa do que o esperado, especialmente o setor de serviços;
- No Brasil, o presidente da Câmara, Artur Lira, criticou a Petrobrás por aumentar o preço da gasolina. O presidente da Petrobrás, Silva e Luna, participa hoje de um debate sobre energia na Câmara;
- O volume do setor de serviços de julho será divulgado hoje. Projetamos crescimento de 17,7% na comparação anual, sugerindo que a atividade continua se recuperando com a gradual normalização da economia.
Política
A retomada da agenda legislativa no Congresso
- A terça-feira começa tendo como destaque a retomada da agenda legislativa do governo no Congresso Nacional, sucedendo os sinais de moderação de tom manifestados pelo presidente Jair Bolsonaro pós-Sete de Setembro;
- Na Câmara, o Palácio do Planalto tem dois desafios principais: (1) mobilizar sua base aliada para blindar o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, do escrutínio a que será submetido a partir das 9h no Plenário (após Arthur Lira deferir que o debate parlamentar de temas polêmicos como o preço dos combustíveis ocorra neste palco) e; (2) avançar com as agendas prioritárias, com a votação do mérito da Reforma Administrativa na comissão especial (às 9h) e da admissibilidade da PEC dos Precatórios na CCJ (às 13h).
Comissão propõe redução no imposto corporativo de 28% a 26,5% e exclui taxação aos mais ricos do Plano das Famílias Americanas
- Na seara internacional, parlamentares americanos continuam os trabalho sobre o Plano das Famílias Americanas. A Comissão de Ways and Means da Câmara divulgou na segunda-feira um novo esboço do projeto, com propostas tributárias mais soft que o projeto original, em aceno a moderados . A nova versão não inclui impostos aos mais ricos e reduz o imposto corporativo de 28% a 26,5%.
Empresas
Setor Elétrico: E Se Ocorrer Racionamento de Energia?
- Embora ainda acreditemos que um racionamento de energia não seja provável em 2021, o risco de ocorrer está crescendo conforme mencionamos em nossa última edição do Sensor elétrico XP. Com isso, publicamos um relatório analisando qual seria o impacto de um racionamento de energia no próximo trimestre (4T21), assumindo um corte obrigatório de 20% nos contratos das geradoras, tanto no mercado livre quanto no mercado regulado;
- As empresas de transmissão não teriam impacto: As transmissoras têm contratos de receita fixa, com base na disponibilidade da linha (geralmente maior que 98%), e a receita é corrigida pela inflação. Portanto, não há relação com consumo ou geração de energia. Dito isso, nada muda em caso de racionamento de energia;
- As empresas de distribuição podem ter um impacto negativo de curto prazo, mas nenhum impacto sobre o valor das empresas. No caso de um corte obrigatório, embora estimemos que as empresas teriam um impacto negativo no resultado de curto prazo em torno de -18%, elas podem solicitar à ANEEL o reequilíbrio econômico-financeiro da concessão. Desta forma, acreditamos que um racionamento de energia desencadearia em um reequilíbrio do contrato de concessão e, como vimos em 2020 com a Conta-Covid, as distribuidoras estariam protegidas;
- Empresas de geração podem ser beneficiadas dependendo das condições de mercado, mas isso não é trivial. Para as geradoras, um racionamento de energia pode ser benéfico para os resultados dependendo de quatro fatores: (i) nível de risco hidrológico (GSF); (ii) preços de energia de curto-prazo (PLD); (iii) configuração da matriz de geração da companhia; e (iv) nível de contratação do portfolio da companhia. Essas variáveis podem resultar em um impacto positivo ou negativo, conforme ilustramos ao longo do nosso relatório.
Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Internacional
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Créditos do Facebook
- O Facebook anunciou seu novo programa, Facebook Invoice Fast Track, que disponibilizará US$ 100 milhões para o apoio de pequenas empresas;
- A SpaceEx planeja lançar 4 astronautas a uma distância de 360 milhas da Terra;
- A Oculli, startup de software focada em sensores, recebeu aporte da General Motors;
- Pesquisa do Deutsche Bank indica que 70% dos profissionais do mercado esperam uma correção de pelo menos 5% até o final do ano.
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 14/09
- Após fechar a semana passada em queda, o mercado iniciou a semana em território positivo, com o Ibov encerrando o pregão em alta de +1,8% e o ISE de +1,6%;
- No Brasil, (i) a Rumo anunciou uma emissão externa de dívida atrelada a metas de sustentabilidade (SLB), se comprometendo a reduzir as emissões de carbono de escopo 1 e 2 – que envolvem operações diretas e o uso de energia – em 17,6% até final de 2026 (vs. 2020). Das 5 captações externas de cias brasileiras anunciadas recentemente, 4 delas envolvem SLBs: Movida, Suzano, B3 e agora Rumo (a única que saiu sem critérios atrelados à sustentabilidade foi a do Banco do Brasil); e (ii) o Brasil foi o primeiro país a autorizar o uso do Bovaer, um suplemento nutricional animal que vem sendo desenvolvido há mais de uma década pela holandesa DSM e que promete reduzir em até 90% as emissões de gases de efeito-estufa do gado bovino;
- No internacional, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) busca um novo plano global para os preços do carbono, com o qual espera evitar a eclosão de guerras comerciais entre países com políticas verdes diferentes. De modo geral, a definição de um preço para o carbono é considerada a melhor maneira de reduzir as emissões de combustíveis fósseis, pois os poluidores podem ser efetivamente tributados pelo carbono que emitem, mas um ponto controverso é determinar qual deve ser esse preço. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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