IBOVESPA -0,41% | 143.608 Pontos
CÂMBIO -0,47% | 5,31/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em queda de 0,4%, aos 143.608 pontos, continuando o movimento de correção do índice, mesmo após a repercussão positiva da conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump. O que evitou uma queda maior do índice foram as ações da Vale (VALE3, +1,7%), após a companhia anunciar suas intenções de adquirir até a totalidade das debêntures participativas de sua 6ª emissão (veja aqui o comentário completo).
Enquanto isso, outras companhias do setor de Mineração & Siderurgia foram os destaques positivos do dia, como CSN (CSNA3, +6,5%), CSN Mineração (CMIN3, +3,4%) e Usiminas (USIM5, +3,4%). Os nossos analistas da XP publicaram a prévia para os resultados do 3T25 para o setor (veja aqui mais detalhes), apresentando um tom mais positivo para CSN e uma perspectiva mais cautelosa para Usiminas. O destaque negativo do dia foi Raízen (RAIZ4, -4,0%), continuando a tendência negativa do papel em meio ao processo de reestruturação da companhia devido ao seu alto nível de alavancagem.
Nesta terça-feira, a agenda econômica doméstica inclui publicações do IGP-DI e os dados de vendas de automóveis, ambos referentes a setembro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o movimento foi influenciado pela valorização do real frente ao dólar, o que contribuiu para a redução das taxas, mesmo diante da alta dos rendimentos dos Treasuries.
Nos EUA, a continuidade da paralisação do governo seguiu pressionando os juros, com os títulos de dois anos encerrando em 3,59% (+5,16bps) e os de dez anos em 4,15% (+6,65bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,1bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,11% (- 1,9bps); DI jan/29 em 13,37% (- 5,8bps); DI jan/31 em 13,57% (- 4,4bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam estáveis (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: 0,0%) após Wall Street encerrar o pregão anterior em novas máximas, impulsionada pelo otimismo com fusões e aquisições e pela expectativa de cortes de juros pelo Fed. O rali foi liderado pela AMD, que avançou 23,7% no pregão anterior e sobe mais 3,8% antes da abertura do mercado, após o anúncio de um acordo com a OpenAI, que poderá adquirir 10% da fabricante de chips. O avanço dos índices ocorre mesmo com o prolongamento do shutdown do governo americano, que entra na segunda semana e mantém suspensa a divulgação de dados econômicos, como o payroll de setembro.
Na Europa, as bolsas seguem estáveis (Stoxx 600: 0,0%), mesmo em meio à crise política na França, após a renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, apenas 27 dias após assumir o cargo. O presidente Emmanuel Macron concedeu 48 horas para novas negociações com partidos rivais antes de decidir os próximos passos. O CAC 40 cai -1,3%, pressionado por bancos franceses, embora ações de luxo e da Renault mostrem recuperação parcial. Em destaque, Shell avança +1,7% após prever melhora no desempenho de sua divisão de gás, mesmo com uma provisão de US$ 600 milhões pela suspensão do projeto de biocombustíveis em Roterdã.
Na China, as bolsas permanecem fechadas por feriado, assim como na Coreia do Sul. No Japão, o Nikkei 225 encerrou estável após tocar nova máxima histórica, impulsionado pelo rali da AMD em Wall Street e pela força do setor de semicondutores. Os juros dos títulos japoneses subiram para os maiores níveis em décadas, com o yield do JGB de 30 anos atingindo 3,33%.
IFIX
O IFIX encerrou a segunda-feira com queda marginal de 0,06%, em um pregão marcado pela oscilação do índice e mesmo diante do movimento de fechamento da curva de juros futura, influenciado pela valorização do real frente ao dólar. Esse cenário refletiu no desempenho negativo dos fundos de tijolo, que recuaram 0,10%, enquanto os fundos de papel registraram alta marginal de 0,04%.
Entre as maiores altas do dia, destacaram-se CACR11 (+2,4%), TRBL11 (+1,9%) e KNIP11 (+1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram HSAF11 (-2,1%), ITRI11 (-1,1%) e LIFE11 (-1,0%).
Economia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem ter gostado da conversa por telefone com o presidente Lula. Pelas redes sociais, Trump disse que a conversa com o líder brasileiro focou em economia e comércio, além de sinalizar novas discussões e que se encontrarão em um futuro “não tão distante, no Brasil e nos Estados Unidos”. Mais cedo, o Palácio do Planalto divulgou um comunicado sobre a ligação, afirmando que Lula solicitou ao governo americano a retirada da tarifa aplicada a produtos brasileiros e as sanções contra autoridades. Durante a conversa, Trump designou o Secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às negociações.
Veja todos os detalhes
Economia
Trump e Lula discutem tarifas
- No Brasil, o Boletim Focus do Banco Central não trouxe mudanças significativas. A mediana das projeções para o IPCA recuou sutilmente de 4,81% para 4,80% em 2025, enquanto as projeções para 2026 e 2027 permaneceram em 4,28% e 3,90%, respectivamente. Em relação à atividade econômica, o mercado continua a prever crescimento real do PIB de 2,1% este ano e 1,8% no ano que vem. As expectativas para a taxa de câmbio cederam moderadamente: de R$/US$ 5,48 para R$/US$ 5,45 no final de 2025, e de R$/US$ 5,58 para R$/US$ 5,53 no final de 2026. Por fim, no que diz respeito à política monetária, as projeções do Boletim Focus continuam a indicar taxa Selic de 15,00% no final de 2025, 12,25% no final de 2026 e 10,50% no final de 2027;
- A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,0 bilhões em setembro, um pouco acima das expectativas (XP: US$ 2,4 bilhões; Mercado: US$ 2,7 bilhões). Com base no acumulado dos últimos doze meses, a balança comercial atingiu US$ 61,0 bilhões, enquanto sua média móvel de três meses dessazonalizada e anualizada (tendência de curto prazo) aponta para US$ 55,2 bilhões. As exportações continuam a apresentar bom desempenho, apoiadas pela safra recorde de grãos, preços elevados do café e ampliação nas vendas de carnes e veículos. Por sua vez, as importações têm mostrado sinais de estabilização no período recente. Dito isso, a resiliência da demanda interna – prevemos alguma reaceleração ao longo de 2026 – deve manter as importações em níveis elevados. Nossa projeção para a balança comercial de 2025 foi ligeiramente revisada para baixo, de US$ 60,6 bilhões para US$ 58,3 bilhões, refletindo a compra de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 2,4 bilhões no mês passado (evento não recorrente). Para 2026, projetamos superávit comercial de US$ 53,4 bilhões;
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem ter gostado da conversa por telefone com o Presidente Lula. Pelas redes sociais, Trump disse que a conversa com o líder brasileiro focou em economia e comércio, além de sinalizar novas discussões e que se encontrarão em um futuro “não tão distante, no Brasil e nos Estados Unidos” (tradução própria). Mais cedo, o Palácio do Planalto divulgou um comunicado sobre a ligação, afirmando que Lula solicitou ao governo americano a retirada da tarifa aplicada a produtos brasileiros e as sanções contra autoridades. Durante a conversa, Trump designou o Secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às negociações. Os representantes brasileiros serão o Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira;
- Hoje, a agenda doméstica traz a divulgação do IGP-DI de setembro (expectativa de mercado: 0,40% m/m; 2,39% em 12 meses). No exterior, nenhum indicador econômico relevante será publicado.
Empresas
Vivo (VIVT3): Principais pontos do NDR no RJ com C-Level da Vivo
- Na semana passada, realizamos um NDR (Non-Deal Roadshow) no Rio de Janeiro com Christian Gebara, CEO da Vivo, Alex Salgado (COO), João Carneiro (Head de RI) e Gabriel Menezes (Gerente de RI). Os principais temas discutidos foram:
- Estratégia e caminhos para crescimento;
- O mercado de fibra;
- Monetização de ativos da antiga concessão; e
- Alavancas de eficiência.
- As reuniões confirmaram que a Vivo está bem posicionada para crescer em móvel, fibra e serviços digitais, com forte foco em convergência. A gestão permanece seletiva em fusões e aquisições no mercado FTTH, enquanto a empresa está em uma posição favorável para “aguardar e observar”. No geral, a Vivo possui múltiplas alavancas para impulsionar um crescimento sustentável.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Proteínas | Expectativas atendidas; aumento nas exportações em setembro
- As exportações de carnes em setembro ficaram dentro ou acima das nossas expectativas, com volumes recordes para o mês tanto de carne bovina quanto suína. A demanda global por carnes permanece forte, o que nos levou a revisar para cima as previsões de exportação.
- As exportações de carne bovina atingiram volumes recordes para a China e União Europeia. Em contrapartida, as exportações de frango para a Europa ainda não se recuperaram, apesar do bloco ter levantado as restrições ao Brasil, e a China continua impondo restrições às importações de frango.
- A China representa um potencial positivo para volumes e preços de frango, já que as exportações atuais são comparáveis aos níveis pré-gripe aviária.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Proteínas | Expectativas atendidas; aumento nas exportações em setembro
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Stocks, bonds regain some poise, ‘political noise’ blunts underlying optimism (Reuters);
- FIDCs caminham para chegar a R$ 1 trilhão (Valor Econômico);
- Desinvestimentos em hospitais gerais devem fazer Oncoclínicas economizar mais de R$ 1 bi (InvestNews);
- Fitch Eleva Rating da Açucareira Quatá Para ‘A+(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
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Estratégia
XP Short Scout: monitor de short selling no Brasil
- O short interest (SI) mediano no Ibovespa ficou estável em 6,7%, enquanto as posições em aberto caíram para R$ 126,3 bilhões (-4,5%).
- Observamos um aumento na taxa de aluguel para Braskem (BRKM5), atingindo 17,9% (um aumento de 15,1 p.p. desde 19 de setembro). O short interest (SI) também subiu 3,6 pontos percentuais nas últimas duas semanas, chegando agora a 16,9%.
- Destacamos uma taxa de aluguel mais alta para Raizen (RAIZ4), atualmente em 27,1% depois de um aumento de 10,0 pontos percentuais nas duas últimas semanas. O SI também subiu 2,1 pontos percentuais desde 19 de setembro e está em 23,6%.
- Outras ações para ficar de olho: BEEF3, BHIA3, BRBI11, BRKM5, BRKM5, CBAV3, CSAN3, PCAR3, PCAR3, PETZ3, RAIZ4, SIMH3, VAMO3
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários têm dia de oscilação e IFIX fecha em queda leve (Suno);
- Rio Bravo e Tellus acionam Correios por rescisão de contrato (ClubeFII);
- FIIs de shoppings brilham em 2025: veja retorno de quem investiu R$ 100 mil no setor (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Tellus Properties (TEPP11) | FII conclui aquisição de dois conjuntos comerciais no FL1.355 por R$ 12,6 milhões
- O fundo firmou contrato com a Fundação Previdenciária IBM para adquirir 60% de participação em dois conjuntos comerciais no Edifício Brigadeiro Faria Lima (FL 1.355), em São Paulo/SP, ampliando sua presença no imóvel para 25,74%;
- A transação, no valor de aproximadamente R$ 12,61 milhões, foi realizada a um preço de R$ 12.562/m², representando um deságio de 59,5% em relação ao custo de reposição na região, segundo estimativas da gestora. O valor também ficou cerca de 17% abaixo do laudo de avaliação;
- Estima-se um incremento de aproximadamente R$ 0,01 por cota na distribuição projetada a partir de dezembro de 2025, com yields projetados de 34,8%, 19,0% e 12,2% nos três primeiros anos, respectivamente, considerando os efeitos do mecanismo de seller finance;
- Sob a ótica qualitativa, a localização na Av. Faria Lima é um diferencial relevante, mesmo com padrão construtivo inferior. A maior participação no imóvel fortalece a gestão ativa, permitindo melhorias que podem aumentar sua atratividade e receita;
- Financeiramente, a aquisição teve preço atrativo, com aluguel abaixo da média da região e cap rate de 11,9%, superior ao cap rate implícito do fundo, segundo nossas estimativas.
- Relatório Mensal de Alocação: Outubro de 2025
- A consolidação da percepção de um mercado de trabalho em moderação nos EUA confirmou a expectativa de retomada do ciclo de cortes de juros no país, apesar da revisão positiva das previsões de atividade pelos membros do FOMC;
- Enquanto se discute a ocorrência de um choque de oferta na economia norte-americana, o bom momento das empresas de inteligência artificial segue determinante para os resultados positivos nos mercados globais;
- Enquanto os vetores externos seguem favorecendo emergentes como o Brasil, o mês trouxe novas evidências de moderação da atividade doméstica, e a discussão se volta ao momento e intensidade de um futuro ciclo de cortes da Selic;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
ESG
Pulso do investidor: destaques da nossa rodada de reuniões no Rio de Janeiro
- Na semana passada, nos reunimos com mais de 20 investidores institucionais no Rio de Janeiro para discutir nossas visões e coletar as percepções do mercado em relação ao momento da agenda ESG;
- De forma geral, embora o interesse em estruturar produtos específicos no universo de ações permaneça limitado, notamos um momentum positivo para produtos de crédito com foco em ESG, seguindo o amadurecimento da indústria de crédito nos últimos anos. Além das discussões específicas sobre produtos, três temas principais despertaram o interesse dos investidores: (i) mercado de carbono; (ii) transição energética; e (iii) COP30.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
IEA reduz para 4.600 GW a estimativa de crescimento da capacidade global de renováveis até 2030 | Café com ESG, 07/10
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em leve queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,41% e 0,87%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o país pode não conseguir aumentar a mistura obrigatória de biodiesel no diesel de 15% para 16% até o prazo estabelecido pelo governo, em março de 2026, afirmou Marlon Arraes, diretor de biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia – segundo ele, talvez não haja tempo suficiente para concluir os estudos técnicos necessários para implementar a medida, e um novo prazo ainda não foi informado;
- No internacional, (i) o governo alemão divulgou ontem um pacote de 6 bilhões de euros para financiar a descarbonização industrial e prevê incluir, pela primeira vez, a tecnologia de captura e armazenamento de carbono (CCS) no acesso a recursos climáticos – o programa visa setores com uso intensivo de energia, enquanto a Alemanha busca atingir suas metas climáticas em meio a preocupações com a competitividade industrial; e (ii) a Agência Internacional de Energia (IEA) reduziu sua previsão global de crescimento da capacidade de energia renovável até 2030 para 4.600 GW (vs. 5.500 GW anteriormente) – a revisão se deve a perspectivas mais fracas nos Estados Unidos e na China, embora a energia solar continue impulsionando adições recordes (representando ~80% do crescimento total projetado).
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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