IBOVESPA +0,7% | 104.822 Pontos
CÂMBIO -2,3% | 5,57/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Com uma semana mais curta e com liquidez reduzida devido ao final de ano, o Ibovespa encerrou a semana passada em ligeira queda de -0,1%, aos 104 mil pontos. Em dezembro, o índice alcançou recuperação, fechando em alta de +2,9%. Mesmo assim, o principal índice da Bolsa brasileira terminou o ano com uma desvalorização acumulada de -11,9%, registrando a primeira queda anual desde 2015, em meio à um cenário de instabilidade nos gastos públicos. Adicionalmente, os mercados globais continuaram a repercutir incertezas quanto à variante Ômicron da Covid-19. A boa notícia é que o número de mortes não tem acompanhado o aumento de casos: a variante Ômicron parece ser menos grave do que as cepas anteriores.
Na agenda da primeira semana de 2022, no cenário internacional, destaque para a divulgação da ata do comitê de política monetária do Fed (na quarta-feira) e de números do mercado de trabalho dos Estados Unidos (na sexta-feira), além da prévia da inflação e vários indicadores de atividade econômica da Zona do Euro, todos relativos a dezembro. Já no lado doméstico, destaque para a divulgação do IGP-DI e da balança comercial também referentes ao último mês do ano, além dos resultados da produção industrial em novembro.
Hoje, os Mercados Globais amanhecem positivos (EUA +0,5% e Europa +0,5%) após o S&P 500 fechar em alta de quase 27% em 2021. Para 2022, os prováveis temas de atenção dos investidores incluem: inflação, impacto da nova variante da Covid na atividade econômica global e aperto da política monetária, ao passo que o mercado já precifica 2 a 3 altas na taxa de juros americana neste ano. Na Europa, as bolsas do Reino Unido e Irlanda permanecerão fechadas em virtude do recesso de ano novo. Destaque também para a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou para o presidente ucraniano Zelenskiy no domingo e reafirmou o apoio à soberania da Ucrânia contra um possível ataque russo.
Na China, o índice de Hang Seng (-0,5%) encerra em baixa refletindo as incertezas causadas pelas novas restrições para a contenção de novos casos da Ômicron, que poderão prejudicar a atividade econômica local. Além disso, o grupo Evergrande foi condenado a demolir blocos de apartamentos na província de Hainan porque as licenças de construção foram obtidas ilegalmente; as ações das empresas imobilárias caíram nos mercados chineses hoje. Por fim, no campo das commodities, o petróleo (+1,3%) e o gás natural (+0,4%) amanhecem em campo positivo, enquanto investidores aguardam a nova reunião da OPEP+ no dia 4 de janeiro.
No campo da Economia, no Brasil, os resultados fiscais atuais seguem positivos: em novembro, foi registrado o primeiro superávit primário em 12 meses do governo central desde 2013. Para frente, no entanto, os riscos fiscais persistem. O governo confirmou a extensão dos benefícios fiscais da folha de pagamento para 17 setores, com um custo fiscal de 10 bilhões. Em entrevista ao jornal Valor, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, argumentou que o teto constitucional de gastos impede o governo de tratar de todas as questões importantes e, por isso, precisa ser revisto.
Tópicos do dia
Economia
- As consequências leves do Omicron mantêm os mercados em um tom positivo. No Brasil, riscos fiscais permanecem no radar apesar dos bons resultados de curto prazo
- Boletim FOCUS
Empresas
- Principais notícias dos setores
Mercados
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Tesla contorna escassez de chips
ESG
- Vale avança na estratégia de descarbonização | Café com ESG, 03/01
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Economia
As consequências leves do Omicron mantêm os mercados em um tom positivo. No Brasil, riscos fiscais permanecem no radar apesar dos bons resultados de curto prazo
- Os mercados acionários europeus alcançaram novos máximos históricos e os preços das commodities estão em alta no primeiro dia de mercado do ano. O foco macro principal é a variante do coronavírus Omicron, que está se espalhando rapidamente, mas também parece ser menos grave do que as cepas anteriores. Os bons resultados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) de dezembro na Itália e na França também dão suporte aos mercados hoje. Para o resto da semana, os destaques incluem as atas do comitê de política monetária do Fed (na quarta-feira) e os números do mercado de trabalho dos EUA de dezembro (na sexta-feira);
- O presidente dos EUA, Joe Biden, ligou para o presidente ucraniano Zelenskiy no domingo e reafirmou o apoio à soberania da Ucrânia contra um possível ataque russo;
- Na China, o grupo Evergrande foi condenado a demolir blocos de apartamentos na província de Hainan porque as licenças de construção foram obtidas ilegalmente. As ações das empresas imobilárias caíram nos mercados chineses hoje;
- No Brasil, os resultados fiscais atuais seguem positivos. Os resultados de novembro mostraram o primeiro superávit primário em 12 meses do governo central desde 2013. Para frente, no entanto, os riscos fiscais persistem. O governo confirmou a extensão dos benefícios fiscais da folha de pagamento para 17 setores, com um custo fiscal de 10 bilhões. Em entrevista ao Jornal Valor, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, argumentou que o teto constitucional de gastos impede o governo de tratar de todas as questões importantes e, por isso, precisa ser revisto.
Boletim FOCUS
- Destaque: Primeiro Boletim Focus de 2022 traz recuo adicional da expectativa de crescimento do PIB;
- Em relação à inflação, a mediana das estimativas para a variação do IPCA em 2021 decresceu sutilmente de 10,02% na semana passada para 10,01% na divulgação de hoje (estava em 10,18% há 4 semanas). Enquanto isso, o consenso para o IPCA de 2022 permaneceu em 5,03% (5,00% há 1 mês) pela terceira semana consecutiva, e a expectativa de mercado para o IPCA de 2023 ascendeu de 3,48% para 3,41%;
- No campo da atividade econômica, o consenso de mercado para o crescimento real do PIB em 2021 declinou suavemente de 4,51% para 4,50% (estava em 4,71% há 4 semanas). Para o PIB de 2022, a mediana das projeções recuou de 0,42% para 0,36% (estava em 0,51% há 1 mês), enquanto a expectativa para 2023 se manteve em 1,80% (estava em 1,95% há 4 semanas).
- Por sua vez, as medianas das expectativas para a taxa Selic no final de 2022, 2023 e 2024 continuaram em 11,50%, 8,00% e 7,00%, respectivamente (assim como observado nas 2 semanas anteriores);
- Por fim, a projeção de mercado para a taxa de câmbio no final de 2022 ficou estável em R$/US$ 5,60. Vale lembrar que a variável encerrou 2021 a R$/US$ 5,63.
Empresas
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos & Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Brasilagro projeta mercado de terras ainda aquecido em 2022 (Valor Econômico);
- Biden to Launch Plan to Fight Meatpacking Giants on Inflation (Bloomberg);
- Commodities tendem a continuar firmes (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Eletrobras: Resolução publicada nesta quinta-feira traz mudanças no processo de privatização (Canal Energia);
- Ômicron aumenta incerteza sobre ritmo da recuperação da demanda por petróleo (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Tesla contorna escassez de chips
- Tesla supera escassez de semicondutores e cresce produção em 2021;
- Google aposta em crescimento inorgânico para expandir segmento de computação em nuvem;
- Didi reporta prejuízo de US$ 4,7bi após sofrer com o escrutínio regulatório chinês;
- Montadoras de veículos de luxo europeias crescem faturamento por veículo em 25% vs. 2019;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Vale avança na estratégia de descarbonização | Café com ESG, 03/01
- Em semana mais curta por conta do Ano Novo, o Ibov fechou recuando -0,07%, enquanto o ISE -0,16%;
- No Brasil, (i) a Vale está avançando na estratégia de descarbonização da empresa por meio de parcerias com clientes, que são grandes siderúrgicas globais, tendo mapeado 20 clientes que representam 40% das emissões de carbono do chamado “escopo 3”, que considera a cadeia de clientes e fornecedores; e (ii) o Banco do Brasil informou no fim da semana passada que chega ao final de 2021 compensando 100% das emissões diretas de gases do efeito estufa produzidos pelo conglomerado e, para alcançar a marca, o banco adquiriu, por meio de licitação, créditos de carbono equivalentes a 55 mil toneladas de CO2;
- No internacional, o governo da Dinamarca anunciou a meta de tornar os voos domésticos livres de combustível fóssil até 2030 e, em seu discurso de ano novo, a primeira-ministra Mette Frederiksen disse que queria “tornar o vôo verde”, almejando um corte de 70% nas emissões gerais de carbono até 2030, em comparação com os níveis de 1990. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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