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Tesla contorna escassez de chips – 🌎RADAR GLOBAL

Expansão da nuvem Google, prejuízos da Didi e crescimento da Tesla

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MACRO

Mercados globais amanhecem positivos (EUA +0,6% e Europa +0,6%) após o S&P 500 fechar em alta de quase 27% em 2021. Para 2022, os prováveis temas de atenção dos investidores serão: inflação, impacto da nova variante na atividade econômica global e aperto da política monetária, ao passo que o mercado já precifica 2 a 3 altas na taxa de juros americana neste ano. Na Europa, as bolsas do Reino Unido e Irlanda permanecerão fechadas em virtude do recesso de ano novo. Na China, o índice de Hang Seng (-0,5%) encerra em baixa refletindo as incertezas causadas pelas novas restrições para a contenção de novos casos da Ômicron, que poderão prejudicar a atividade econômica local. Por fim, no campo das commodities, o petróleo (+1,3%) e o gás natural (+0,4%) amanhecem em campo positivo, enquanto investidores aguardam a nova reunião da OPEP+ no dia 4 de janeiro.

Coronavírus: OMS reforça importância da distribuição das vacinas globalmente para desacelerar o ritmo de contaminações enquanto elas ainda são efetivas. Uma possível extensão da pandemia poderia resultar no surgimento de novas variantes, colocando em risco a efetividade das vacinas atuais. Apesar da desigualdade no ritmo da vacinação global, o diretor geral da OMS segue confiante que o pico de casos ocorrerá 2022.

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EMPRESAS

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O ano de destaque da Tesla (TSLA34):  Em um cenário de escassez de semicondutores, a Tesla conseguiu contornar o problema e reescreveu rapidamente o software necessário para integrar chips alternativos em seus veículos. A fabricante de carros elétricos teve a sua produção anual mais acelerada desde 2018, projeções apontam para um crescimento de produção na casa de 80% em relação ao ano anterior, de acordo com os analistas. Com o salto na produção, a empresa segue a caminho de cumprir sua meta de aumentar em 50% a entrega de veículos anualmente.

Fazendo um comparativo com a indústria automotiva global, a mesma não apresentou o mesmo sucesso, sendo duramente atingida por quebras na cadeia de suprimentos. A produção de veículos global deverá crescer apenas 1% em relação a 2020, e 15% comparado a 2019, segundo a IHS Markit. O sucesso da Tesla deverá ser replicado por outras montadoras, analistas da Gartner projetam que até 2025, as 10 maiores montadoras deverão investir na produção proprietária de alguns dos seus semicondutores e no desenvolvimento dos seus próprios sistemas.

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A expansão do mercado de nuvem: O mercado de computação em nuvem segue aquecido e a Alphabet (GOGL34) planeja grandes investimentos, utilizando parte do seu caixa de US$ 142bi para comprar fatias em empresas dispostas a adquirir seus serviços. Apenas em 2020, a companhia comprou participações em negócios como Univision Communications e CME Group (CHME34), proporcionando ao Google contratos plurianuais para o seu serviço de nuvem no valor de mais de US$ 1 bilhão. Portanto, estes acordos aceleraram proporcionam um crescimento inorgânico a empresa, que já vem apresentando rápida expansão, aumentando em 1% sua fatia total na indústria de nuvem, totalizando 6% deste mercado.

Este crescimento é fundamental para o Google, visto que o segmento é visto como um dos maiores catalisadores para a empresa, além de contribuir para a diversificação de suas receitas, que atualmente são 80% provenientes de anúncios digitais. Para o ano fiscal de 2021, analistas projetam um crescimento de 50% ano contra ano no faturamento dos serviços de nuvem da Google, totalizando US$ 19,3bi. Em contrapartida, mesmo com todos estes investimentos e crescimento, o Google ainda é o 3º neste ramo, ficando atrás de Amazon e Microsoft, com fatias de 41% e 20%, respectivamente.

Receita da Didi despenca após repressão do governo chinês prejudicar seus negócios na China: A Didi divulgou nesta última quinta-feira um prejuízo de US$ 4,7bi no terceiro trimestre de 2021, revelando o custo crescente de uma série de ações regulatórias que forçarão o líder de compartilhamento de caronas da China a mudar sua listagem de Nova Iorque para Hong Kong no próximo ano. A empresa foi um dos maiores alvos do governo chinês para controlar o gigantesco setor de tecnologia do país, e registrou US$ 6,6bi em vendas, queda de mais de 13% em relação ao trimestre de junho de 2021 e 1,6% comparado com 2020. As ações da Didi caíram cerca de -3,6% nas negociações dos Estados Unidos na quinta-feira.

A turbulência regulatória aumentou o custo dos negócios para Didi e permitiu que rivais como a Meituan tomassem sua participação de mercado. Além disso, seus gastos aumentaram +16% durante o trimestre depois que empresa foi forçada a cumprir os novos requisitos para melhor remunerar seus motoristas e melhorar a governança de dados. Por fim, com a empresa se preparando para realizar sua deslistagem da New York Stock Exchange (NYSE), a Bloomberg informou que a companhia está planejando trabalhar com o Goldman Sachs, CMB International e CCB International na realização da mudança para Hong Kong, no  que poderia ser chamado de listagem por introdução, mecanismo que permitirá listar ações sem levantar capital ou emitir novas ações. O movimento possibilitará que os investidores proprietários das ações listadas nos EUA consigam trocar suas ações americanas pelas novas, listadas em Hong Kong.

ANÁLISE

Fonte: Financial Times

Receitas de montadoras de luxo alemãs dispararam nos últimos dois anos: O gráfico acima, do Financial Times, mostra como as montadoras de veículos de luxo alemãs BMW, Audi e Mercedes-Benz  contornaram os efeitos da  pandemia e obtiveram ao longo dos últimos dois anos um aumento médio de 25% de receita em comparação com período pré-pandemia em 2019. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela inflação global e pela falta de semicondutores, que causaram um impacto direto na produção de veículos, causando uma reversão de décadas em que a indústria produzia mais carros do que conseguia vender. Desde 2019, quando a economia global enfraqueceu, as montadoras já vinham reduzindo sua produção, o que, somado ao efeito da pandemia e escassez de chips, resultou em um desbalanço entre oferta e demanda de apenas 4 milhões de veículos.

De acordo com Daniel Schwarz, analista da Stifel, os preços da Mercedes-Benz no último trimestre aumentou de quase € 38 mil por veículo em 2019 para mais de € 54 mil em 2021, enquanto a Audi aumentou de € 46 mil para cerca de € 57,5 mil.  Uma das razões para esse aumento, além dos motivos mencionados no parágrafo anterior, foi por conta das fabricantes começarem a dar prioridade para a produção de modelos mais lucrativos. As vendas da Mercedes caíram 30% no último trimestre, mas a receita caiu apenas 1%, a análise de Schwarz diz que o lucro da Mercedes antes de juros e impostos em apenas um trimestre aumentou em € 1,4 bi, simplesmente pela priorização de veículos mais rentáveis e com preços mais altos. Por fim, os fabricantes de carros de luxo também foram ajudados pelos preços recordes em veículos usados que tornou mais atraente a compra de carros novos. Em resumo, as montadoras de veículos de luxo acabaram, de certa forma, se beneficiando do cenário pandêmico e expandiram suas margens de lucro.

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