Tópicos do dia
Brasil

1. Política Brasil: potencial diluição da Reforma da Previdência; XP Sondagem sobre Mercados e Política
2. PIB brasileiro cresce 1,1% em 2018
Internacional

1. USA: Dados sólidos para o PIB; Crescimento de 2,6% no 4T18
2. A economia da Índia desacelera; Banco Central Indiano pode cortar mais os juros
Empresas

1. Em compasso de espera | Panorama de Mercado XP e atualização das carteiras
2. Petrobras (PETR4 – 1 de 2): Modelo de venda de refinaria pode ser concluído em 3 meses
3. Petrobras (PETR4 – 2 de 2): Principais destaques do call de resultados do 4T18 e uma nota sobre a performance de PETR3 contra PETR4
Resumo
China em destaque novamente
Os mercados globais amanhecem em alta nesta sexta pré-carnaval. A Ásia é puxada por dados marginalmente mais positivos de China, assim como pelo anúncio do índice MSCI, um dos principais benchmarks para fundos globais, de rebalanceamento que aumenta peso para ações domésticas da China.
O dado de atividade industrial Chinês publicado pela Caixin mostrou maior alta mensal desde 2016 para 49,9 (de 48,3 em jan), apesar da sazonalidade negativa por conta do ano novo Chinês. Esperamos uma aceleração do crescimento Chinês ao longo dos próximos meses.
No Brasil, Jair Bolsonaro reconheceu que pode negociar o benefício de prestação continuada para idosos de baixa rende (BPC) e baixar para 60 anos a idade mínima para mulheres se aposentarem. Sem exigir contrapartidas do Congresso. Com isso, a sensação é que o presidente pode ter alterado o patamar de início de discussão com os parlamentares.
Levantamento da XP com 122 investidores institucionais mostrou expectativa de que a reforma da previdência aprovada pelo Congresso gere uma economia de R$ 700 bilhões em 10 anos, ante R$ 1,165 trilhão do projeto enviado pelo governo. A expectativa de aprovação em 2019 tem aumentado. Era 70% em dezembro, 75% em janeiro e 80% agora.
Publicamos nosso Panorama de Mercado para março. Este mês, buscamos equilibrar nossa exposição entre nomes cíclicos globais, com JBS, SUZB, VALE e PETR, que vemos como descontados, e nomes domésticos que potencialmente se beneficiem 1) de juros baixos por mais tempo, como RENT, TIET, BTOW, e 2) de uma retomada mais gradual da atividade, com AZUL, BBAS e ITUB.
Do lado das empresas, em entrevista a jornalistas, o CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que a empresa poderá apresentar ao mercado em cerca de três meses um novo modelo para venda de parcela de seu parque de refino, incluindo refinarias inteiras.

Conteúdo na íntegra
Brasil
Política Brasil: potencial diluição da Reforma da Previdência; XP Sondagem sobre Mercados e Política
- Jair Bolsonaro reconheceu que pode negociar o benefício de prestação continuada para idosos de baixa rende (BPC) e baixar para 60 anos a idade mínima para mulheres se aposentarem. Sem exigir contrapartidas do Congresso, o presidente já alterou o patamar de início de discussão com os parlamentares;
- Levantamento da XP com 122 investidores institucionais mostrou expectativa de que a reforma da previdência aprovada pelo Congresso gere uma economia de R$ 700 bilhões em 10 anos, ante R$ 1,165 trilhão do projeto enviado pelo governo. A expectativa de aprovação tem aumentado. Era 70% em dezembro, 75% em janeiro e 80% agora. Clique aqui para relatório completo.
PIB brasileiro cresce 1,1% em 2018
- O IBGE publicou ontem o PIB de 2018, que cresceu 1.1% e ficou abaixo das das expectativas, que oscilavam entre 1,3% e 1,4%. A variação anual foi a mesma de 2017 e o PIB encontra-se hoje 5.1% abaixo do pico anterior à recessão em 2014;
- Alguns destaques, além da greve dos caminhoneiros e do cenário internacional desafiador, foram: o consumo das famílias (60% do PIB) cresceu 1,9% no ano, o setor de construção civil contraiu 2,5% e o agronegócio, grande destaque de 2017 com expansão de 12,5%, fechou 2018 estagnado (+0,1%);
- Dessa forma, apesar do risco de que a reforma da previdência seja mais modesta do que o esperado e de que as discussões sejam turbulentas, mantemos nossa projeção de crescimento da atividade em 2% para 2019 versus 2,5% do mercado. Acreditamos que a reforma possa gerar impactos positivos tanto na confiança quanto no destravamento de investimentos aguardados desde o início 2018, e, assim, enxergamos o ano de 2019 como um ano de recuperação gradual do quadro econômico, mesmo em meio a riscos.
Internacional
USA: Dados sólidos para o PIB; Crescimento de 2,6% no 4T18
- O PIB cresceu 2,6% no 4T, numa taxa anualizada, acima das expectativas do consenso em 2,2%. Em relação ao 4T17, o PIB cresceu 3,1%, ritmo de crescimento mais forte desde 2005, e 2,9% na comparação anual, marginalmente abaixo dos 3% que o governo Trump elegeu como meta central;
- O destaque positivo para o 4T veio do investimento das empresas, que cresceu a um forte ritmo de 6,2% (vs. 2,5% no 3T), adicionando 0,8 pp ao crescimento do PIB;
- A Casa Branca espera crescimento econômico acima de 3% novamente neste ano, enquanto que autoridades do Fed, banco central americano, veem uma desaceleração, com o PIB crescendo 2,3%, 2,0% e 1,8% em 2019, 2020 e 2021, respectivamente. Para o 1T19, a paralisação parcial de 35 dias do governo, encerrada no mês passado, deverá ter impacto negativo no crescimento americano.
A economia da Índia desacelera; Banco Central Indiano pode cortar mais os juros
- A economia da Índia desacelerou consideravelmente no último trimestre, com poucos sinais de uma recuperação rápida em meio ao aumento das tensões políticas com o vizinho Paquistão e à fraca demanda global. De acordo com a Bloomberg, isso pode dar pretexto para o Banco Central da Índia cortar as taxas de juros mais uma vez;
- O PIB subiu 6,6% nos três meses até dezembro em relação ao mesmo período do ano passado, abaixo da mediana de 6,7% e abaixo dos 7% que acabaram sendo revisados no trimestre anterior;
- As tensões entre Índia e Paquistão têm o potencial de prejudicar os investimentos estrangeiros e o ânimo dos negócios em uma economia que tem crescido rápido, mas que agora enfrenta uma demanda doméstica mais fraca e uma desaceleração global. Isso pode dar ao Banco Central da Índia motivos para reduzir as taxas de juros novamente após a surpresa de fevereiro.
Empresas
Em compasso de espera | Panorama de Mercado XP e atualização das carteiras
- Fevereiro foi marcado por uma pausa na alta do Ibovespa, com correção dos principais nomes mais ligados à atividade doméstica, mas compensada pela alta de ações ligadas ao ciclo global, como Petrobras, Suzano e Vale;
- Após apresentação da proposta de Reforma da Previdência pelo governo, o foco agora está na interlocução do governo com a Câmara e no tamanho da diluição da reforma durante a sua tramitação;
- O Brasil aponta na direção correta, e seguimos otimistas, mas no curto prazo vemos o índice sem claro direcionamento, e continuamos sugerindo proteções. Nesse contexto, buscamos equilibrar nossa exposição entre nomes cíclicos globais, com JBS, SUZB, VALE e PETR, e nomes domésticos que potencialmente se beneficiem 1) de juros baixos por mais tempo, como RENT, TIET, BTOW, e 2) de uma retomada mais gradual da atividade, com AZUL, BBAS e ITUB;
- Mudanças para o mês de março: 1. Troca de Gerdau por Suzano; 2. Troca de Ultrapar por AES Tietê; 3. Aumento em Itaú, Banco do Brasil, Petrobras e Vale; e 4. Redução em JBS;
- A Carteira Recomendada XP acumula alta de +32,7% desde seu início em julho, 1,3% a mais que o Ibovespa. No mês de fevereiro acumulou queda de -2,86%, contra queda de -1,86% do Ibovespa. Para mais detalhes, acesse o relatório completo nesse link.
Petrobras (PETR4 – 1 de 2): Modelo de venda de refinaria pode ser concluído em 3 meses
- Em entrevista a jornalistas, o CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que a empresa poderá apresentar ao mercado em cerca de três meses um novo modelo para venda de parcela de seu parque de refino, incluindo refinarias inteiras;
- O executivo enfatizou na teleconferência de resultados de ontem e necessidade de um programa de venda de ativos não essenciais mais agressivo, e destacou que o modelo da venda de refinarias deverá atender aos interesses da empresa e evitar a criação de monopólios regionais. Durante a teleconferência, Castello Branco afirmou que gostaria de reduzir a participação da Petrobras de 98% da capacidade de refino do Brasil para menos de 50%;
- Castello Branco também destacou que a Petrobras não deseja manter participações minoritárias em refinarias, ante o modelo anterior em que apenas 60% de participação em núcleos regionais (clusters) era ofertada.
Petrobras (PETR4 – 2 de 2): Principais destaques do call de resultados do 4T18 e uma nota sobre a performance de PETR3 contra PETR4
- Ontem a Petrobras sediou seu call de resultados do 4T18, com participação dos principais executivos da companhia. Durante o evento, foi ressaltado o compromisso com um programa de venda de ativos mais amplo, redução do endividamento e obtenção melhores retornos sobre o capital empregado;
- Um dos pontos de destaque da teleconferência foi referente à expectativa de pagamentos de dividendos no futuro. O CEO Castello Branco afirmou que não planeja elevar a distribuição de proventos da Petrobras além do mínimo enquanto a empresa continuar com o endividamento elevado. Acreditamos que essa fala é uma das razões da queda mais acentuada da PETR3 em comparação à PETR4, haja visto que o dividendo mínimo assegurado das preferenciais é superior ao das ordinárias;
- Mantemos a recomendação de compra em ambas as ações mas não descartamos após tal declaração e práticas da empresa no futuro uma redução do spread entre preferenciais e, o que já se reflete nos nossos preços-alvo de R$31 para a PETR4 e R$30 para a PETR3. Para maiores detalhes sobre o call, acesse nosso relatório no link.

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