IBOVESPA +0,36% | 144.061 Pontos
CÂMBIO -0,45% | 5,30/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa a terça-feira em alta de 0,4%, aos 144.062 pontos, renovando suas máximas históricas enquanto os investidores aguardam pela “superquarta”. No Brasil, a expectativa é de que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada em 15,00%, enquanto para os EUA o mercado projeta um corte de 0,25 p.p. pelo Federal Reserve.
Marfrig (MRFG3, +5,6%) e BRF (BRFS3, +5,3%) foram os destaques positivos do dia, em meio à expectativa pela data de conclusão da fusão entre as duas companhias, que passarão a ser negociadas sob o mesmo código a partir de 23 de setembro. Na ponta negativa, Natura (NATU3, -2,1%) recuou após a alta de 2,1% no pregão anterior, quando anunciou o primeiro passo do desinvestimento da Avon Internacional, firmando um acordo vinculante para a venda das operações na América Central e na República Dominicana (veja aqui o comentário dos nossos analistas).
Para o pregão desta quarta-feira, todas as atenções se voltam para as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. Nos Estados Unidos, os títulos soberanos recuaram em um dia sem grandes notícias, com o mercado antecipando um possível corte de juros na reunião do FOMC desta quarta-feira. No Brasil, a queda do dólar e a expectativa de flexibilização da política monetária impulsionaram os juros locais, com os indicadores de desemprego em baixa e as movimentações do senador Renan Calheiros sobre temas fiscais ficaram em segundo plano. Com isso, na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,8bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,95% (- 3,2bps); DI jan/29 em 13,07% (- 5,2bps); DI jan/31 em 13,26% (- 10,1bps). Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,50% (-3,35bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,03% (-0,96bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam próximos à estabilidade (S&P 500: estável; Nasdaq 100: estável) enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve. O mercado precifica em 96% um corte de 25 bps na reunião desta quarta-feira, mas a atenção estará voltada para o “dot plot” e para o discurso de Jerome Powell, que podem indicar o ritmo futuro dos juros.
Na Europa, as bolsas avançam levemente (Stoxx 600: +0,1%). Entre as ações, Marks & Spencer e Sainsbury’s lideram após dados de inflação do Reino Unido mostrarem alta anual de 3,8% em agosto, com alimentos e bebidas alcoólicas e tabaco pressionando. O setor de defesa também avança em meio a notícias de exercícios militares conjuntos entre Rússia, Belarus e Índia. O foco, no entanto, segue no Fed, cuja decisão de juros será divulgada ainda hoje.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,8%; CSI 300: +0,6%) em meio à expectativa pela decisão do rumo da política monetária norte-americana. Após o SAMR, orgão regulador chinês, informar que a Nvidia violou a lei antitruste do país em sua aquisição da Mellanox em 2020, a China proibiu que empresas de tecnologia nacional de comprar chips de inteligência artificial da Nvidia.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou o pregão de terça-feira com avanço 0,28%. Com isso, o índice acumula alta de 2,32% no mês de setembro e de 14,14% no ano. O movimento foi impulsionado pelo fechamento das curvas de juros, em meio às expectativas para a decisão do Copom.
No desempenho setorial, tanto os fundos de tijolo quanto os de papel registraram alta na semana, com variações médias de 0,36% e 0,17%, respectivamente. Entre as maiores valorizações, destacaram-se CACR11 (2,8%), XPSF11 (2,6%) e RBRP11 (2,5%). Já entre as principais quedas, figuraram JSAF11 (-1,4%), RBFF11 (-1,1%) e RCRB11 (-0,8%).
Economia
Dados de atividade econômica mostraram sinais positivos nos Estados Unidos. A produção industrial cresceu 0,2% em agosto, puxada pela produção de veículos automotores e bens não duráveis. Por sua vez, as vendas no varejo no mesmo mês mostraram alta de 0,6% ante o mês anterior, alta impulsionada em grande parte pelo comércio eletrônico. Embora positivos, esses resultados não alteram a perspectiva de desaceleração da atividade neste ano. Na Zona do Euro, a inflação se manteve praticamente estável em 2,0%. No Brasil, o desemprego atingiu a mínima histórica graças a estabilidade da população ocupada e queda na força de trabalho. Os salários reais cresceram pelo décimo mês consecutivo, impulsionando a massa de renda real.
Nesta quarta-feira teremos a decisão de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Lá fora, expectativa de corte de 25 pontos base, com atenções voltadas à coletiva pós-decisão, que podem indicar os próximos passos de política monetária do Fed. No Brasil, o Copom deve manter os juros em 15% e reforçar a comunicação de que os juros devem permanecer altos por um tempo prolongado – esperamos que o Copom só inicie o ciclo de afrouxamento monetário no início do não que vem.
Veja todos os detalhes
Economia
Superquarta-feira: Fed deve reduzir taxa de juros, Copom deve mantê-la inalterada
- A produção industrial dos EUA aumentou inesperadamente em agosto, em meio a uma recuperação na produção de veículos automotores e alguns bens não duráveis. A produção industrial cresceu 0,2% no mês passado, após uma queda revisada para baixo de 0,1% em julho, informou o Federal Reserve na terça-feira. Economistas previam que a produção do setor cairia 0,2%, após um resultado inalterado em julho. A produção nas fábricas aumentou 0,9% em relação ao ano anterior em agosto;
- As vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,6%, igualando o crescimento revisado para cima em julho e superando as expectativas dos economistas de um aumento de 0,2%, de acordo com dados do Departamento de Comércio divulgados na terça-feira. Em comparação com o ano anterior, as vendas cresceram 5,0%. O crescimento acima do esperado nas vendas no varejo em agosto foi parcialmente impulsionado pela demanda dos varejistas de comércio eletrônico. No entanto, a perspectiva de um enfraquecimento do mercado de trabalho permanece nas últimas semanas do terceiro trimestre;
- O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro subiu 2,0% ao ano no mês passado, igualando o resultado divulgado em julho e ficando ligeiramente abaixo do crescimento esperado de 2,1%. Em relação ao mês anterior, o índice registrou um aumento de 0,1% no mês passado, após permanecer estável em julho. Excluindo itens mais voláteis, como alimentos e combustíveis, o índice “básico” permaneceu em 2,3% nos doze meses até agosto, igualando o nível observado no mês anterior. De acordo com dados da LSEG, os traders estão agora precificando uma probabilidade superior a 80% de que o banco central mantenha as taxas estáveis até o final de 2025.
- No Brasil, a taxa de desemprego atingiu o menor nível histórico, caindo para 5,6% no trimestre móvel encerrado em julho, com a população empregada estável em 102,6 milhões e o emprego formal em crescimento, enquanto o emprego informal diminuiu ligeiramente. A força de trabalho diminuiu ligeiramente, mantendo a taxa de participação abaixo dos níveis pré-pandêmicos. Os salários reais aumentaram pelo décimo mês consecutivo, impulsionando a massa de renda real, o que mantém o mercado de trabalho aquecido e sem sinais de desaceleração da renda. Para 2025, projetamos que taxa de desemprego se encerre em 5,8% e o crescimento do PIB em 2,2%, com a renda real atuando como um amortecedor contra a desaceleração econômica em curso;
- Na Super Quarta-feira, a agenda de hoje destaca a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos, seguida de uma coletiva de imprensa com o presidente do banco central americano, Jerome Powell. O consenso do mercado é de um corte de 25 pontos-base, levando as taxas de juros dos EUA para a faixa de 4,0% a 4,25%. O foco estará no comunicado da decisão e, acima de tudo, na coletiva de imprensa pós-decisão, que deve indicar os próximos passos da política monetária — o mercado aposta em até três cortes nas taxas de juros este ano;
- No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também anunciará sua decisão sobre as taxas de juros. Destacamos que, pela segunda reunião consecutiva, os dados econômicos e o fluxo de notícias ao longo do período entre as reuniões foram, em sua maioria, benignos para as perspectivas de inflação. Como esperado, acreditamos que o Copom manterá a taxa Selic em 15,00% na quarta-feira. O comunicado pós-decisão deve reforçar a mensagem de que a taxa básica de juros permanecerá nos níveis atuais por um “período muito prolongado”. Perseverança deve ser a palavra de ordem do comunicado. Antecipamos um ciclo de flexibilização monetária a partir de janeiro, com a taxa Selic atingindo 12,00% no final de 2026.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Gold prices retreat from record high ahead of Fed rate verdict (Reuters);
- Com risco de fim de isenção, investidor corre para incentivado (Valor Econômico);
- Cogna deve desembolsar cerca de R$ 420 milhões para fechar capital da Vasta (Valor Econômico);
- Ratings da Vale S.A. elevados de ‘BBB-’para ‘BBB’ devido a melhores controles de risco; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Ações durante os ciclos de corte de juros nos EUA
- Analisamos o impacto do esperado corte de juros do FOMC sobre as ações brasileiras, com foco no desempenho após o início de ciclos de afrouxamento monetário;
- As ações brasileiras tipicamente tiveram fortes retornos tanto em reais (+32,1%) quanto em dólares (+41,2%) no período de um ano após o início do ciclo de corte de juros nos EUA. Também apresentaram retornos superiores ao MSCI Mercados Emergentes e ao MSCI ACWI exc.-EUA após ciclos de afrouxamento nos EUA;
- O MSCI Brasil apresentou retornos positivos em 5 dos 8 últimos ciclos de afrouxamento (62,5%);
- Setores ligados a commodities (Papel & Celulose, Óleo & Gás, Mineração & Siderurgia) tendem a apresentar desempenho inferior antes dos cortes, mas superam os setores domésticos (Propriedades Comerciais, Bens de Capital) depois que o ciclo de cortes começa;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- TRXF11 acerta compra de imóvel BTS locado ao Assaí em Goiás (FIIs);
- Fiagros atingem maior volume em 10 meses em meio a incertezas com tributação (InfoMoney);
- CVM unifica cadastro de administradores de FIDCs, FIIs e carteiras a partir de outubro (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Milei planeja privatizar operadora nuclear da Argentina visando promover o investimento privado | Café com ESG, 17/09
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,36% e 0,47%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou que o Fundo Nacional de Aviação Civil será usado de forma permanente como fonte de financiamento para as companhias aéreas – os recursos podem ser usados para a compra de querosene de aviação (QAV) e combustível sustentável de aviação (SAF); e (ii) a gigante chinesa de tecnologia Huawei informou que mantém conversas com a Vale para implantar um projeto de “minas inteligentes” conectadas em redes 5G Avançadas, ou 5,5G – essas redes prometem maior velocidade de transmissão de dados, menos tempo de resposta (latência), uma característica importante para o controle de veículos autônomos e maior eficiência energética em comparação com as redes 5G atuais;
- No internacional, o presidente da Argentina, Javier Milei, assinará um decreto para privatizar parcialmente a Nucleoelectrica Argentina, empresa que opera as três usinas nucleares em funcionamento no país, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni ontem – segundo ele, a ideia é promover o investimento privado para construir o primeiro reator modular da Argentina e impulsionar a mineração de urânio;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.

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