Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,36% e 0,47%, respectivamente.
• No Brasil, (i) o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou que o Fundo Nacional de Aviação Civil será usado de forma permanente como fonte de financiamento para as companhias aéreas – os recursos podem ser usados para a compra de querosene de aviação (QAV) e combustível sustentável de aviação (SAF); e (ii) a gigante chinesa de tecnologia Huawei informou que mantém conversas com a Vale para implantar um projeto de “minas inteligentes” conectadas em redes 5G Avançadas, ou 5,5G – essas redes prometem maior velocidade de transmissão de dados, menos tempo de resposta (latência), uma característica importante para o controle de veículos autônomos e maior eficiência energética em comparação com as redes 5G atuais.
• No internacional, o presidente da Argentina, Javier Milei, assinará um decreto para privatizar parcialmente a Nucleoelectrica Argentina, empresa que opera as três usinas nucleares em funcionamento no país, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni ontem – segundo ele, a ideia é promover o investimento privado para construir o primeiro reator modular da Argentina e impulsionar a mineração de urânio.
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Brasil
Empresas
Ambipar reforça governança em esforço para recuperar confiança do mercado, diz CEO
“A Ambipar Participações e Empreendimentos reformulou sua governança corporativa após um ano difícil nos mercados. A companhia ampliou seu conselho, reestruturou comitês e intensificou o diálogo com investidores — parte de um esforço para se distanciar do Banco Master e restaurar a confiança do mercado. Menos de dois anos após estrear nos mercados globais de crédito, a empresa de gestão de resíduos viu seus títulos caírem para níveis de estresse, em meio à crescente preocupação com uma investigação regulatória, dúvidas sobre sua governança e questionamentos sobre laços com o banco de Daniel Vorcaro — que se envolveu em uma complicada operação com o Banco de Brasília. O banco em dificuldades esteve envolvido, por meio de intermediários, em transações de ações da Ambipar, o que alimentou especulações de que a companhia detinha dívida do Master que poderia perder valor. Tércio Borlenghi Junior, CEO da Ambipar, afirmou que a empresa entendeu que precisava melhorar sua governança. Foram realizadas reuniões presenciais e virtuais para assegurar a investidores que os problemas do Banco Master não afetarão seu balanço. A Ambipar vai ampliar seu conselho de cinco para nove membros, após a nomeação de Sylvia Coutinho, ex-chefe do UBS no Brasil e América Latina, como conselheira de governança. A meta é chegar a 11 conselheiros, com metade independentes. Também serão incorporados Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, e Roberto Azevedo, ex-diretor da OMC.”
Fonte: Bloomberg Línea; 16/09/2025
Huawei e Vale avaliam mineração inteligente no Brasil
“A gigante chinesa de tecnologia Huawei informou na segunda-feira (15) que mantém conversas com a Vale para implantar um projeto de “minas inteligentes” conectadas em redes 5G Avançadas, ou 5,5G. A companhia chinesa participou de conferência com jornalistas latino-americanos na mina de carvão Yimin, na região autônoma da Mongólia Interior, no Nordeste da China. Localizada a 70 quilômetros de Hulunbuir – a cidade mais extensa do mundo com mais de 263,9 mil quilômetros quadrados -, Yimin é a maior mina de carvão a céu aberto da China. Em maio, a mina começou a operar com 100 caminhões elétricos autônomos, sem cabine de motorista, com capacidade de transportar 90 toneladas de carvão por viagem. Juntos, os veículos carregam e descarregam 252 mil toneladas de carvão mineral por dia. “Nossa intenção é selecionar algumas minas do México, Brasil e Chile para testar o sistema de integração veículo, rede e nuvem”, informou o gerente-geral da unidade de negócios de petróleo, gás e mineração da Huawei, Shao Qi. “Também estamos em conversas com a Vale, uma das maiores mineradoras de ferro”, completou. As redes 5,5G prometem maior velocidade de transmissão de dados, menos tempo de resposta (latência) – uma característica importante para o controle de veículos autônomos – e maior eficiência energética em comparação com as redes 5G atuais. No Brasil, as operadoras Claro, TIM e Vivo realizam testes de 5,5G desde meados de 2024, mas a nova geração das redes móveis ainda não tem previsão para entrar em operação comercial no país.”
Fonte: Valor Econômico; 17/09/2025
Política
Fundo que companhias aéreas podem usar para combustível de aviação e SAF passa a ser permanente
“O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) anunciou que o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) será usado de forma permanente como fonte de financiamento para as companhias aéreas. Os recursos podem ser usados para a compra de querosene de aviação (QAV) e combustível sustentável de aviação (SAF). Os valores também podem ser destinados para aquisição, manutenção e pagamento antecipado de aeronaves, implantação de infraestrutura logística de apoio e desenvolvimento de projetos de inovação. A política foi aprovada em 2024, mas ainda havia dúvidas sobre a duração. O fundo é abastecido pelas outorgas pagas pelas concessionárias dos aeroportos. Para 2025, estão previstos R$ 4 bilhões, que ainda dependem da finalização de regras burocráticas por parte do Conselho Monetário Nacional (CMN). Caso os recursos deste ano não sejam usados, não se acumulam para o próximo. Já para 2026, a previsão é que sejam destinados R$ 6 bilhões. O valor ainda precisa ser confirmado na Lei Orçamentária Anual (LOA). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) operacionalizará os empréstimos. Um comitê do governo federal debate as regras, que preveem que cada grupo econômico com participação superior a 1% no mercado de passageiros domésticos terá acesso a R$ 1,2 bilhão. As companhias com participação igual ou menor que 1% poderão pegar empréstimo de até R$ 200 milhões.”
Fonte: Eixos; 16/09/2025
Aneel prorroga concessões de usinas após leilão do risco hidrológico
“A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (16) a prorrogação dos contratos de concessões de usinas que participaram do leilão realizado em agosto para equalizar os passivos referentes ao chamado “risco hidrológico”. O mecanismo foi feito com base na Medida Provisória 1.300/2025, editada em maio pelo governo federal. O leilão buscou uma saída para os impactos de recursos que travavam o mercado de energia. Os geradores com valores não pagos por decisão judicial ofereceram seus créditos, abrindo mão das ações judiciais; já os compradores (outros agentes operadores de hidrelétricas no Mecanismo de Realocação de Energia) disputaram esses títulos por meio de lances, em troca de extensão de outorga. A iniciativa arrecadou, ao todo, R$ 1,34 bilhão. Deste valor, R$ 792,59 milhões foram incluídos na liquidação do mercado, liberando os valores até então represados. O valor remanescente, cerca de R$ 550,63 milhões correspondentes ao ágio do mecanismo concorrencial, foi destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), para modicidade tarifária. A realização do leilão, contudo, foi marcada por incertezas relacionadas a possíveis ilegalidades na portaria que norteou o certame. Poucos dias antes do leilão, o diretor da Aneel, Fernando Mosna, que também relata o processo sobre a extensão das outorgas, afirmou que as diretrizes do Ministério de Minas e Energia (MME) que regulamentam o leilão são ilegais.”
Fonte: Valor Econômico; 16/09/2025
Internacional
Empresas
Gigantes de tecnologia dos EUA prometem mais de US$ 40 bilhões em investimentos no Reino Unido
“Grandes empresas de tecnologia americanas disseram que vão investir mais de US$ 40 bilhões para expandir a infraestrutura de inteligência artificial no Reino Unido, um impulso para a nação recebe o presidente Trump em visita de Estado. A Microsoft disse, nesta terça-feira (16), que injetará US$ 30 bilhões em infraestrutura de IA e em operações existentes no Reino Unido até 2028, seu maior compromisso financeiro no país. A promessa da Microsoft veio horas depois de a Google, unidade da Alphabet, informar que vai investir cerca de US$ 6,8 bilhões em IA, pesquisa, desenvolvimento e engenharia relacionada no Reino Unido nos próximos dois anos. Enquanto isso, Nvidia, OpenAI e a empresa britânica Nscale estão unindo forças para montar infraestrutura de inteligência artificial que atenda às necessidades de energia da OpenAI no Reino Unido. Batizado de Stargate U.K., o projeto deve ficar baseado na região nordeste da Inglaterra. “Estamos no ‘big bang’ da era da IA — e o Reino Unido está em uma posição ‘goldilocks’ [ideal], onde talento, pesquisa e indústria de classe mundial convergem”, disse o diretor-presidente da Nvidia, Jensen Huang. Entre outros investimentos, a provedora de computação em nuvem de IA CoreWeave planeja gastar 1,5 bilhão de libras (US$ 2,04 bilhões) em capacidade e operações de centros de dados de inteligência artificial no Reino Unido. A Salesforce anunciou um investimento adicional de US$ 2 bilhões em seus negócios no Reino Unido até 2030, enquanto a BlackRock está destinando 500 milhões de libras a “data centers” por todo o país.”
Fonte: Valor Econômico; 16/09/2025
Política
Europa vai obrigar fast-fashion a pagar pelo destino de suas roupas
“A União Europeia aprovou uma nova lei para reduzir o desperdício da indústria da moda. Ela se aplica a todos os produtores têxteis – de marcas de luxo a marketplaces – mas tem como alvo especial o impacto ambiental da fast-fashion, responsável pela produção acelerada de roupas – tão acelerada que o termo já foi atualizado para ultra-fast-fashion para dar conta de definir o fenômeno. A medida é considerada uma das principais iniciativas para conter o descarte desenfreado de materiais desse setor e faz parte do plano da UE de alcançar uma economia circular até 2050. “A Europa está reescrevendo as regras do desperdício de moda”, disse o site The Fashion Law, que classificou a medida como “histórica”. A ideia é responsabilizar quem produz. O Parlamento Europeu aprovou na semana passada a adoção de um sistema chamado Responsabilidade Estendida do Produtor (EPR, na sigla em inglês), que abrange todo o ciclo de vida dos produtos. Com isso, os Estados-membros da UE são obrigados a estabelecer programas que garantam que os produtores, e não os contribuintes, paguem os custos para recolher, triar e reciclar seus produtos têxteis – entram nessa conta roupas, calçados, cobertores, cortinas e até colchões, em uma segunda etapa. Conhecida como “imposto da economia circular”, a proposta foi apresentada em 2023 e agora está prestes a ser assinada pelos presidentes do Parlamento e pelo Conselho da União Europeia, os dois colegisladores do bloco, para então ser publicada no Diário Oficial europeu.”
Fonte: Capital Reset; 16/09/2025
Milei vai privatizar parcialmente operadora de usinas nucleares na Argentina
“O presidente da Argentina, Javier Milei, assinará um decreto para privatizar parcialmente a Nucleoelectrica Argentina, a empresa que opera as três usinas nucleares em funcionamento no país, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni nesta terça-feira (16). O governo de Milei pretende vender 44% das ações da empresa, que opera as usinas de Atucha I, Atucha II e Embalse, por meio de uma licitação pública internacional, acrescentou Adorni. “A ideia é promover o investimento privado para construir o primeiro reator modular da Argentina e impulsionar a mineração de urânio”, disse ele, acrescentando que todas as empresas estatais estão sujeitas a potencial privatização.”
Fonte: Valor Econômico; 16/09/2025
Portugal: EDP pede licenciamento mais rápido e retorno maior para expandir rede elétrica
“A maior empresa de energia de Portugal, a EDP (Energias de Portugal), quer licenciamentos mais rápidos e retornos maiores sobre ativos para expandir sua rede elétrica — considerada crucial para viabilizar os projetos industriais verdes multibilionários planejados no país, segundo o CEO Miguel Stilwell de Andrade. “Sem mais redes elétricas, não há transição energética. A dificuldade de acesso à rede está criando incertezas sobre a viabilidade dos projetos industriais verdes”, disse Stilwell a jornalistas na noite de terça-feira. Um grande apagão que atingiu Espanha e Portugal em 28 de abril reacendeu debates sobre investimentos em redes de energia — e sua remuneração — para garantir que possam lidar com o aumento da eletrificação, da demanda por energia impulsionada por IA e data centers, e da integração de fontes renováveis. Stilwell afirmou que o governo precisa “simplificar procedimentos e encurtar os prazos de licenciamento”, que muitas vezes levam anos. Ele também pediu que o regulador ERSE permita uma “remuneração adequada” sobre a base de ativos da EDP em Portugal, atualmente baixa em comparação com seus pares europeus. Hoje, a taxa de retorno sobre os ativos da EDP é de cerca de 5,5%, mas a empresa quer que esse valor se alinhe com outros países europeus, onde os investimentos são recompensados com retornos de até 7,5%. A EDP é dona da maior rede de distribuição elétrica de Portugal, com mais de 228 mil quilômetros de linhas de alta, média e baixa tensão, atendendo mais de 6 milhões de clientes residenciais e industriais.”
Fonte: Reuters; 17/09/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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