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Black Friday, dados de atividade na China e Zona do Euro e tarifas sobre aço e alumínio no Brasil

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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O que pode impactar o mercado hoje

Após o Ibovespa ter acumulado queda de 0,4% na semana passada, mercados internacionais iniciam a semana em alta, com as bolsas reagindo positivamente aos dados de atividade (PMI) melhores que o esperado na China e Zona do Euro.

O PMI do setor industrial da China avançou de 51,7 em outubro para 51,8 em novembro, maior nível desde dezembro de 2016. A leitura acima de 50 indicou expansão da atividade econômica chinesa pelo quarto mês consecutivo. Enquanto isso, na Zona do Euro e no Japão, o PMI do setor industrial permaneceu abaixo de 50, mas surpreendeu as expectativas em ambas as economias. Os dados reforçaram a mensagem de que o risco de recessão das principais economias globais tem se tornado cada vez menor.

Tais dados, juntamente a Black Friday recorde nos EUA, com US$ 7,4 bilhões em vendas online, adicionam otimismo nos mercados globais, que acumulam três meses seguidos de ganhos. Os investidores procurarão mais razões para continuarem otimistas nos dados de atividade e de empregos americanos que serão divulgados nesta semana, enquanto a falta de progresso em direção a um acordo comercial EUA-China ainda gera preocupação.

No Brasil, o governo federal começa a primeira semana de dezembro em busca de um ajuste com os congressistas, ainda em razão da aprovação da reforma da Previdência, para conseguir iniciar 2020 com perspectivas de avanços na pauta macro econômica. No Senado, é esperada a apresentação de relatórios de duas das PECs do programa Mais Brasil na Comissão de Constituição e Justiça, mas as votações devem acontecer apenas em 2020.

A semana deve ter ainda tentativa de votação do Marco Regulatório do Saneamento na Câmara e, no Congresso, as discussões sobre manter ou não vetos de Jair Bolsonaro à reforma eleitoral aprovada neste ano – o que pode ser um bom termômetro da relação do Planalto com os parlamentares.

Nesta manhã, destaque para tweet do presidente dos EUA, Donald Trump, retomando tarifas para aço e alumínio importados do Brasil e da Argentina. Vale relembrar que o Brasil operava no regime de cotas com teto na média exportada em 2018. Como o volume exportado em 2019 não foi muito diferente de 2018, o impacto das taxas foi pequeno. Com a retomada das tarifas integralmente, esperamos uma reação negativa das siderúrgicas na abertura do pregão de hoje. Gerdau deve sofrer um impacto menor, pois aproximadamente 25% do seu resultado vem dos EUA.

No setor de varejo, destacamos o sólido crescimento de 24% das vendas do e-commerce no Brasil durante a Black Friday desse ano, de acordo com os dados do Ebit. O faturamento de R$ 3,2 bilhões foi principalmente impulsionado por um aumento de 25% no número de pedidos. Além disso, as vendas feitas através de celulares cresceram 95% A/A, alcançando 52% do total (vs. 32% no ano anterior).

Além disso, notícias apontam quea Petrobras selecionou a petroleira chinesa Sinopec, o fundo de investimentos de Abu Dhabi Mubadala Investment e as brasileiras Ultrapar e Raízen para participar da segunda fase do processo de venda de quatro refinarias: RLAM, Refap, Repar e Rnest. A estatal brasileira teria recebido as ofertas não vinculantes para tais ativos em novembro, e as vinculantes devem ser apresentadas até meados de janeiro. Nas nossas estimativas, tais refinarias poderiam valer entre US$11,1 a US$12,2 bilhões, sendo peças fundamentais do plano de venda de ativos da Petrobras.

Por fim, publicamos nosso Panorama de Mercado para o mês de dezembro com as nossas Top 10 Ações XP e o que você precisa saber para investir este mês. Na carteira de dezembro, retiramos B2W (BTOW3), EDP (ENBR3) e Azul (AZUL4) e incluímos Via Varejo (VVAR3), Vale (VALE3) e Ecorodovias (ECOR3). Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Tópicos do dia

Panorama de Mercado XP

  1. Bolsa em dezembro – O que você precisa saber para investir

Brasil

  1. Política Brasil: Governo começa a semana tentando ajustar a relação com parlamentares para iniciar 2020 com possibilidade de avanços na pauta econômica
  2. Diretor do BC nega a possibilidade de teto de juros se aplicar a cartão de crédito
  3. Paulo Guedes diz que timing político retardou o avanço das reformas, que foi mal interpretado sobre AI-5 e defende medida de teto de juros sobre o cheque especial
  4. Mercado eleva marginalmente sua projeção de inflação para 2019

Internacional

  1. PMI Industrial da China, Zona do Euro e Japão reforçam a mensagem de que o risco de recessão das principais economias globais tem se tornado menor
  2. Petróleo: Queda significativa dos preços da commodity diante da reunião da OPEP, que ocorrerá nos dias 5 a 6 de dezembro

Empresas

  1. BNDES venderá R$ 38,8 bilhões em ações em 2020
  2. Petrobras (PETR4): Raízen, Ultrapar, Sinopec e Mubadala na 2ª fase de disputa das refinarias da Petrobras
  3. Varejo: Destaques da Black Friday de 2019
  4. Aço: Tweet do presidente dos EUA, Donald Trump, retoma tarifas sobre importações de aço do Brasil
  5. Magazine Luiza (MGLU3): Magalu pode adquirir Estante Virtual
  6. CCR (CCRO3): Redução de 53,94% no pedágio da MSVia suspensa
  7. Saneamento: Aegea vence leilão de PPP em Porto Alegre
  8. Bancos: Fintechs não devem incomodar grandes bancos em crédito
  9. EDP Energias do Brasil (ENBR3): Adquire participação adicional na CELESC

Renda Fixa

  1. Resumo semanal sobre o Tesouro Direto


Veja todos os detalhes

Panorama de Mercado XP

Bolsa em dezembro – O que você precisa saber para investir

  • O Ibovespa ficou praticamente estável em Novembro (+0,95%), recuperando-se das perdas dos primeiros 20 dias do mês, quando acumulou queda de 1,3% principalmente impactado por: (1) Incertezas quanto ao andamento das negociações comerciais entre EUA-China; (2) Maior percepção de risco na América Latina, principalmente com a escalada de manifestações no Chile; (3) Preocupações com a evolução da agenda de reformas no Brasil, em meio a um ambiente político turbulento;
  • O mês foi de bastante volatilidade, enquanto feriados nacionais e internacionais comprometeram a liquidez dos mercados. Nos últimos 10 dias de novembro, o Ibovespa subiu 2,2%. Na Carteira Top 10 ações XP para o mês de dezembro, retiramos B2W (BTOW3), EDP (ENBR3) e Azul (AZUL4) e incluímos Via Varejo (VVAR3), Vale (VALE3) e Ecorodovias (ECOR3). Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Brasil

Política Brasil: Governo começa a semana tentando ajustar a relação com parlamentares para iniciar 2020 com possibilidade de avanços na pauta econômica

  • O governo federal começa a primeira semana de dezembro em busca de um ajuste com os congressistas, ainda em razão da aprovação da reforma da Previdência, para conseguir iniciar 2020 com perspectivas de avanços na pauta macro econômica. No Senado, é esperada a apresentação relatórios de duas das PECs do programa Mais Brasil na Comissão de Constituição e Justiça, mas as votações devem acontecer apenas em 2020;
  • Em entrevista ao Globo, o ministro Paulo Guedes sustentou que há apoio do presidente Jair Bolsonaro para a continuidade das reformas, e que a decisão de deixar parte delas para o ano que vem foi em função de timing político;
  • A semana deve ter ainda tentativa de votação do Marco Regulatório do Saneamento na Câmara e, no Congresso, as discussões sobre manter ou não vetos de Jair Bolsonaro à reforma eleitoral aprovada neste ano – o que pode ser um bom termômetro da relação do Planalto com os parlamentares.

Diretor do BC nega a possibilidade de teto de juros se aplicar a cartão de crédito

  • Em entrevista ao Valor, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, disse que a imposição de um teto de preços para o cheque especial foi a “exceção da exceção” e que será avaliada pelo BC ao longo do tempo;
  • O diretor disse que as opiniões sobre a imposição de um teto aos juros do cheque especial não foi consensual dentro do governo, mas afirmou que isso faz parte do processo natural de debate e aperfeiçoamento das decisões;
  • Por fim, negou que o Banco Central esteja avaliando impor um teto de preços sobre outral linhas de crédito, tal como o cartão de crédito.

Paulo Guedes diz que timing político retardou o avanço das reformas, que foi mal interpretado sobre AI-5 e defende medida de teto de juros sobre o cheque especial

  • Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro da economia, Paulo Guedes, disse o timing político dificultou o avanço das reformas nesse ano, pois deu “pretexto para os outros fazerem bagunça” e que a confusão  na América Latina foi outro limitador. No entanto, disse que a proposta de reforma tributária deve ser apresentada nas próximas semanas;
  • Com relação à declaração sobre  AI-5, Guedes disse que foi mal-interpretado, mas insistiu que a fala do ex-presidente Lula poderia pressionar o Brasil a “fazer igual no Chile”;
  • Por fim, disse que sua postura inicial com relação à imposição de teto de juros sobre o cheque especial era negativa, mas que foi convencido pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos, de que havia uma disfuncionalidade grande nesse mercado. De acordo com Guedes, Campos teria dito que sabe “onde nós bancos estamos fazendo a maldade. Eu vou desmontar a maldade”.

Mercado eleva marginalmente sua projeção de inflação para 2019

  • No boletim Focus desta semana, o mercado elevou sua projeção de inflação para 2019 de 3,46% para 3,52%. Para 2020, entretanto, a projeção permaneceu estável em 3,60%;
  • A projeção de PIB para 2019 permaneceu estável em 0,99%. Para 2020, o mercado elevou sua projeção de 2,20% para 2,22%;
  • A projeção da taxa de câmbio para 2019 permaneceu estável em 4,10 e para 2020 foi elevada marginalmente de 4,00 para 4,01. Enquanto isso, a projeção da taxa Selic tanto para 2019 quanto para 2020 permaneceu estável em 4,50%. Clique aqui para acessar a nossa análise completa do resultado.

Internacional

PMI Industrial da China, Zona do Euro e Japão reforçam a mensagem de que o risco de recessão das principais economias globais tem se tornado menor

  • Na agenda de indicadores econômicos, o destaque desta manhã foi o PMI do setor industrial da China, que avançou de 51,7 em outubro para 51,8 em novembro, maior nível desde dezembro de 2016. A leitura acima de 50 indicou expansão da atividade econômica chinesa pelo quarto mês consecutivo;
  • Na Zona do Euro, o PMI do setor industrial subiu de 45,9 em outubro para 46,9 em novembro, atingindo o maior patamar em três meses. Enquanto isso, no Reino Unido, o indicador caiu de 49,6 em outubro para 48,9 em novembro, mas surpreendeu positivamente a expectativa de mercado (48,3). E no Japão, o PMI do setor industrial subiu de 48,4 em outubro para 48,9 em novembro, marcando o sétimo mês consecutivo de retração do setor industrial japonês;
  • Tanto na Zona do Euro quanto no Japão, os resultados abaixo de 50 indicaram contração da manufatura. Entretanto, os dados ainda assim reforçaram a mensagem de que o risco de recessão das principais economias globais tem se tornado cada vez menor.

Petróleo: Queda significativa dos preços da commodity diante da reunião da OPEP, que ocorrerá nos dias 5 a 6 de dezembro

  • Os preços do petróleo caíram significativamente na sexta-feira (-2,5% a -4% para Brent e WTI, respectivamente), refletindo as incertezas com relação as negociações comerciais, produção recorde nos EUA e dúvidas sobre uma possível extensão do acordo de corte de produção da OPEP+ diante da próxima reunião do grupo nos dias 5 a 6 de dezembro, em Viena;
  • O mercado está monitorando de perto se a OPEP+ estenderá seu atual contrato de corte de produção de 1,2 mbpd até meados de 2020, hoje o contrato vai até março de 2020. Se por um lado a Rússia está apoiando a pressão da Arábia Saudita por preços estáveis ​​do petróleo antes do IPO da Saudi Aramco, o ministro da Energia do país, Alexander Novak, também foi citado afirmando que preferiria que o grupo OPEP+ decidisse por uma possível extensão do acordo mais próximo do prazo de vencimento. Além disso, a Rússia também está pressionando para que sua produção de condensados (​​tipo muito leve de óleo encontrado em poços de petróleo ou gás natural) seja excluída dos acordos de produção;
  • Além disso, fontes da imprensa também apontam que a Arábia Saudita está pressionando pela extensão do acordo existente até julho de 2020 e também está menos disposta a tolerar o descumprimento das cotas de produção por membros da OPEP, como Iraque e Nigéria.

Empresas

BNDES venderá R$ 38,8 bilhões em ações em 2020

  • Segundo notícia do Valor, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) traçou um cronograma inicial das próximas quatro ofertas de ações que fará em 2020 como parte de seu programa de desinvestimento. O plano é reduzir a carteira de cerca de R$ 120 bilhões, chegando o mais perto de zero em três anos.
  • Frigoríficos: a venda de R$ 1 bilhão em ações da Marfrig foi acelerada e deverá ocorrer ainda na primeira quinze de dezembro. Quanto à JBS, a primeira tranche da venda das ações, inicialmente planejada para dezembro, pode ser postergada para janeiro; a segunda tranche, também de R$ 8 bilhões, deve ocorrer no primeiro semestre de 2020.
  • Petrobras: a oferta de R$ 18 bilhões também deve ocorrer no primeiro semestre de 2020 – a posição total do BNDESPar na estatal é de quase R$ 52 bilhões. No caso da petrolífera, há possibilidade de liquidar parte das ações das duas classes, preferenciais e ordinárias, e também ADRs.
  • Ofertas restritas: a venda de R$ 4 bilhões em ações da Copel deverá ocorrer no primeiro semestre, mas como oferta restrita. Já no segundo semestre, também como oferta restrita, o BNDES planeja a venda de R$ 800 milhões em ações da Tupy.

Petrobras (PETR4): Raízen, Ultrapar, Sinopec e Mubadala na 2ª fase de disputa das refinarias da Petrobras

  • Segundo a Reuters, a Petrobras selecionou a petroleira chinesa Sinopec, o fundo de investimentos de Abu Dhabi Mubadala Investment e as brasileiras Ultrapar e Raízen para participar da segunda fase do processo de venda de quatro refinarias. A estatal brasileira recebeu as ofertas não vinculantes no início de novembro para o primeiro bloco de refinarias que planeja desinvestir, e as propostas vinculantes devem ser entregues até meados de janeiro;
  • Fontes apontam que Ultrapar e Raízen devem entregar propostas para as duas refinarias da região sul, Refap e Repar e para a Rnest, em Pernambuco. Enquanto isso, a refinaria da Bahia RLAM seria alvo da disputa entre Sinopec e Mubadala. Está última é a refinaria mais antiga do Brasil, e necessitaria de reformas significativas. Para fazer frente a tais reformas, a petroleira chinesa estaria interessada em formar um consórcio com uma construtora chinesa, enquanto o Mubadala estaria estruturando sua proposta por meio da companhia espanhola de petróleo Cepsa;
  • De acordo com as regras estabelecidas pelo Cade, os licitantes podem apenas adquirir uma refinaria em cada região para evitar problemas de concentração. Além disso, as empresas aprovadas para a segunda rodada estão em tratativas para criar consórcios com traders de commodities como Glencore e Vitol, bem como operadores de gasodutos para operar os ativos logísticos associados às refinarias, como oleodutos e terminais de combustíveis;
  • Nas nossas estimativas, as refinarias Refap, Repar, Rnest e RLAM podem valer entre US$11,1 a US$12,2 bilhões, implicando adições de R$2,13 a R$2,35 a nossos preços-alvo das ações da Petrobras e uma redução entre (0,22)x a (0,24)x na razão Dívida Líquida / EBITDA. O processo de venda das refinarias da Petrobras é peça-chave do plano de venda de ativos da companhia, que por outro lado é um dos pontos principais de nossa tese de investimentos. Mantemos a recomendação de Compra das ações, com preços-alvo de R$36 e R$35 para PETR4 e PETR3, respectivamente.

Varejo: Destaques da Black Friday de 2019

  • As vendas do e-commerce no Brasil alcançaram R$ 3,2 bilhões na Black Friday desse ano entre quinta e sexta-feira, de acordo com os dados do Ebit. O faturamento foi 23,6% maior em relação ao mesmo período de 2018. Além disso, foram realizados 5,3 milhões de pedidos (+25% A/A), enquanto o ticket médio de R$608 foi 1% menor em relação àquele reportado no ano anterior. Destaques:
  • Vendas pelo celular continuam ganhando participação. O faturamento do mobile (pedidos feitos a partir de celulares e tablets) alcançou R$ 1,7 milhão (+95% A/A) e representou cerca de 52% do faturamento total do e-commerce no período (vs. 32% no ano anterior). O número de pedidos nesse canal apresentou crescimento de 103% A/A;
  • Desempenho sinaliza o potencial início de uma retomada. Segundo notícias publicadas no jornal Valor Econômico, a administração da Via Varejo e da Magazine Luiza mencionaram que o desempenho foi sólido tanto nas lojas quanto no canal online. Além disso, ambas acreditam que o evento tenha sinalizado o início de uma recuperação mais significativa do consumo;
  • Via Varejo (VVAR3; Compra) foi um dos destaques positivos. Segundo comentários da administração da Via Varejo, a empresa apresentou crescimento de vendas de 83% A/A no canal on-line durante a Black Friday, que teve participação de 48% das vendas. Vale ressaltar, no entanto, que a base de comparação era fácil dado que a Black Friday de 2018 foi muito fraca. Além disso, os sistemas operaram de maneira sólida – acalmando as preocupações do mercado em relação às instabilidades sistêmicas observadas em 2018;
  • Magazine Luiza (MGLU3; Neutro) apresentou algumas instabilidades. Segundo relatos de consumidores, registrados pelo jornal Valor Econômico, o site da Magazine Luiza apresentou algumas instabilidades temporárias ao longo da madrugada de sexta-feira. Entretanto, os problemas foram rapidamente endereçados e não acreditamos que eles tenham impactado o desempenho de vendas da companhia de maneira material.

Aço: Tweet do presidente dos EUA, Donald Trump, retoma tarifas sobre importações de aço do Brasil

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou retomada de tarifas para aço e alumínio importados do Brasil e da Argentina. Vale relembrar que o Brasil operava no regime de cotas com teto na média exportada em 2018. Como o volume exportado em 2019 não foi muito diferente de 2018, o impacto das taxas foi pequeno. Com a retomada das tarifas integralmente, esperamos uma reação negativa das siderúrgicas na abertura do pregão de hoje. Gerdau deve sofrer um impacto menor, pois aproximadamente 25% do seu resultado vem dos EUA;
  • Os impactos no pregão de hoje podem ser limitados por PMI melhor na China, o que beneficia CSN. Ainda, esperamos impactos menores sobre os papeis da Gerdau, que possui ~30% de suas operações nos EUA;
  • Mantemos nossa recomendação de Compra para Gerdau (preço-alvo de R$19/ação) e Neutra para CSN (preço-alvo de R$17/ação) e Usiminas (preço-alvo de R$8,50/ação).

Magazine Luiza (MGLU3): Magalu pode adquirir Estante Virtual

  • Uma notícia publicada no jornal “Valor Econômico” menciona que a Magazine Luiza teria interesse em adquirir a “Estante Virtual” por um valor final entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões. A Estante é uma loja virtual focada no segmento de livros que foi adquirida pela Livraria Cultura em 2017. Recentemente a Cultura entrou em processo de recuperação judicial e deu início a um plano de venda de ativos, com o fim de reduzir o endividamento da companhia;
  • Segundo a notícia, a Estante hoje conta com cerca de 4 milhões de clientes cadastrados. Dessa forma, além de expandir a base de usuários do Magalu, a aquisição também fortaleceria o sortimento da companhia na categoria de livros, na qual a empresa opera há apenas 8 meses.

CCR (CCRO3): Redução de 53,94% no pedágio da MSVia suspensa

  • A CCR informou sábado que foi proferida uma decisão que suspende a redução da tarifa de pedágio da MSVia até que os conflitos decorrentes do desequilíbrio contratual sejam apreciados pelo juízo arbitral. O pedágio retomou a cobrança anterior ontem (1/12);
  • Vale relembrar que a ANTT havia determinado redução de 53,94% na tarifa da MSVia a partir de 30/11, que refletia a aplicação do “Fator D” na tarifa de pedágio, aplicado conforme a execução (ou não) de obras conforme o cronograma. A rodovia representa ~3% do EBITDA de rodovias, não estando entre os principais ativos da companhia.

Saneamento: Aegea vence leilão de PPP em Porto Alegre

  • A Aegea venceu a licitação para execução da Parceria Público Privada (PPP) que tem como objetivo ampliar a universalização da coleta e do tratamento de esgoto na Região Metropolitana de Porto Alegre. A Aegea venceu o leilão ao oferecer um deságio de 37,92% em relação ao valor-teto de esgoto faturado;
  • O resultado da PPP ilustra uma rota de crescimento para a atuação de empresas privadas no setor. Em meio ao andamento no Congresso Nacional sobre o novo marco regulatório do saneamento, o leilão revelou o apetite de operadores privados em contratos de prestação de serviço em parceria com as empresas estatais estaduais, alternativa que pode impulsionar os investimentos e melhorar a qualidade do serviço para a população no curto e médio prazo;
  • Neste modelo, a empresa privada consegue ampliar suas operações por meio da prestação de serviço, enquanto a estatal se beneficia da eficiência operacional do setor privado. O resultado do leilão trouxe uma economia significativa para o governo do Rio Grande do Sul  e abre espaço para futuras expansões do setor privado na região.

Bancos: Fintechs não devem incomodar grandes bancos em crédito

  • De acordo com a ABFintech, a carteira das fintechs deve terminar o ano em R$ 1,7 bilhões, e a expectativa para 2020 é de um crescimento de 47% para R$ 2,5 bilhões;
  • Embora os números apresentem um crescimento relevante, o saldo ainda é tímido, comparado ao crédito do sistema financeiro nacional, que é de R$ 3,4 trilhões;
  • Nossa visão é de que estes números reforçam a tese de que, pelo menos nos próximos anos, fintechs serão competitivas apenas nos serviços e que os bancos não devem sofrer pressão neste campo.

EDP Energias do Brasil (ENBR3): Adquire participação adicional na CELESC

  • Em comunicado ao mercado, a EDP informou que adquiriu 671.700 ações preferenciais da CELESC pelo preço médio de R$41,15, totalizando o valor de R$28,46mn. Com isso, a EDP passa a deter 25,35% do capital da estatal de energia elétrica de Santa Catarina;
  • O preço da transação for abaixo do preço atual das ações da CELESC de R$47,80/ação, e também abaixo do preço de R$56,50/ação embutido em nosso modelo de Energias do Brasil. Apesar de pouco representativa, vemos a transação como positiva sobre uma perspectiva de retorno a acionistas. Mantemos recomendação de compra na EDP com preço-alvo de R$26/ação.

Renda Fixa

Resumo semanal sobre o Tesouro Direto

  • Na semana anterior, todos os títulos (com exceção do Tesouro Selic e Tesouro Prefixado 2022) apresentaram nova desvalorização, como resultado de nova abertura da curva DI futuro. Essa abertura, por sua vez, ocorreu devido a fortes desvalorizações no câmbio e medidas anunciadas pelo Banco Central vistas com cautela pelo mercado.
  • Para maiores detalhes, acesse nosso relatório aqui.
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O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. 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A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.

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