IBOVESPA +0,17% | 144.200 Pontos
CÂMBIO -0,11% | 5,33/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em queda de 0,9% em reais e 0,7% em dólares, aos 144.201 pontos.
Entre os destaques positivos da semana, tivemos Eletrobras (ELET3, +3,4%; ELET6, +4,2%), que avançou após revisão positiva de preço-alvo por um banco de investimentos.
Na ponta negativa, Magazine Luiza (MGLU3, -18,2%) recuou em movimento de correção, após ter acumulado alta de 67,5% entre 21 de agosto e sua última máxima em 26 de setembro. Confira o resumo da Bolsa na semana.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura nos vértices longos da curva, refletindo a preocupação do mercado com a trajetória fiscal do país. As taxas de juro real também tiveram alta, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2032 terminando em 7,93% a.a. (vs. 7,77% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,6bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,11% (+9bps); DI jan/29 em 13,43% (+20bps); DI jan/31 em 13,62% (+18bps); DI jan/35 em 13,67% (+14,5bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,57% (-7,3bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,12% (-5,5bps). O dólar encerrou estável em R$/US$ 5,34. A moeda acumula queda de 13,6% no ano.
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os futuros em nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,5%), após uma semana positiva que levou os principais índices americanos a novas máximas históricas. O rali recente, impulsionado pelo setor de tecnologia e pela expectativa de cortes de juros, tem se sustentado apesar do prolongamento do shutdown do governo, que segue sem acordo no Congresso. Na agenda, o destaque da semana será o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na quinta-feira, além de resultados trimestrais de empresas como PepsiCo.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,2%) após cinco sessões consecutivas de alta, refletindo a renúncia do primeiro-ministro francês Sébastien Lecornu, que ficou menos de um mês no cargo e gerou nova instabilidade política em Paris. Entre as empresas, Aston Martin despenca -10% após alertar para menor lucratividade, e a Renault cai -1% com planos de cortar 3 mil vagas. No lado positivo, Stellantis sobe +2% após anunciar investimento de US$ 10 bilhões nos EUA.
Na China, o CSI 300 permaneceu fechado devido feriado da “semana dourada”, mas o índice em Hong Kong apresentou queda no dia (HSI: -0,7%). No Japão, as bolsas dispararam (Nikkei: +4,8%; Topix: +3,1%) e atingiram recordes históricos após a eleição de Sanae Takaichi como nova líder do Partido Liberal Democrata, que deve se tornar a primeira premiê mulher do país. O resultado impulsionou o iene, que rompeu a marca de 150 por dólar, e elevou ações de empresas industriais e tecnológicas. O mercado espera continuidade da política monetária expansionista do Banco do Japão sob Takaichi.
IFIX
A semana foi marcada pela abertura da curva de juros no Brasil, influenciada principalmente pelo aumento na percepção de risco fiscal após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil, além das discussões sobre novos benefícios sem contrapartidas claras. Ainda assim, o IFIX encerrou a semana em alta, com valorização de 0,17%, impulsionado principalmente pelos fundos de papel, que registraram valorização média de 0,21%. Os fundos de tijolos, por sua vez, apresentaram desempenho médio de 0,10%, devido à maior sensibilidade à curva de juros futura.
Economia
Nos Estados Unidos, o embate entre republicanos e democratas em torno de garantias na área da saúde mantém o impasse político e aumenta o risco de demissões em massa no funcionalismo público, segundo um funcionário da Casa Branca.
Semana movimentada na agenda internacional. Nos Estados Unidos, apenas indicadores privados serão divulgados, uma vez que a paralisação do governo mantém suspensa a publicação dos dados oficiais. Destaque para a ata da última reunião de política monetária do banco central (quarta-feira). Ademais, os dirigentes da autoridade monetária discursarão ao longo da semana. No Japão, será divulgado o índice de preços ao produtor (quinta-feira). No Brasil, destaque para a divulgação do IPCA de setembro (quinta-feira). Por fim, a balança comercial de setembro será divulgada hoje.
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Economia
Paralisação do governo dos EUA mantém suspensa a divulgação de dados oficiais
- Nos Estados Unidos, o embate entre republicanos e democratas em torno de garantias na área da saúde mantém o impasse político e aumenta o risco de demissões em massa no funcionalismo público, segundo um funcionário da Casa Branca. A paralisação parcial do governo está afetando a divulgação de dados econômicos relevantes, como o relatório de emprego (Nonfarm Payroll). A ausência de dados oficiais ganha ainda mais relevância diante da decisão de política monetária que o Fed, banco central dos Estados Unidos, deverá anunciar em outubro.
- No Japão, Sanae Takaichi venceu a disputa pela liderança do Partido Liberal Democrata (PLD) e agora está prestes a se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra. Takaichi defende uma política fiscal mais expansionista, com aumento de gastos públicos e redução de impostos para sustentar uma economia que considera frágil, além de adotar uma postura contrária a novos aumentos de juros pelo Banco do Japão.
- Na França, o primeiro-ministro Sébastien Lecornu renunciou ao cargo poucas horas após anunciar a formação de um novo gabinete. Lecornu, nomeado em 9 de setembro e quinto primeiro-ministro em dois anos, enfrentava forte pressão política de diferentes espectros, inclusive da própria coalizão governista, após divulgar a nova composição ministerial. Sua saída ocorre em meio a um ambiente político altamente fragmentado, marcado por sucessivos impasses em torno das contas públicas.
- Semana movimentada na agenda internacional. Nos Estados Unidos, apenas indicadores privados serão divulgados, uma vez que a paralisação do governo mantém suspensa a publicação dos dados oficiais. Destaque para a ata da última reunião de política monetária do banco central (4ª-feira). Ademais, os dirigentes da autoridade monetária discursarão ao longo da semana. No Japão, será divulgado o índice de preços ao produtor (5ª-feira).
- No Brasil, destaque para a divulgação do IPCA de setembro (5ª-feira). Por fim, a balança comercial de setembro será divulgada hoje.
Commodities
Mineração e Siderurgia| Papel e Celulose: Preços de minério de ferro e de ouro sugerem Vale, CMIN e Aura como destaques
Prévia dos resultados do 3T25E
- Esperamos resultados mistos no 3T25 para as ações de Mineração e Siderurgia e Papel e Celulose (Vale, CMIN e Aura como destaques);
- Para (i) Vale e CMIN, prevemos melhora nos resultados sustentados por preços de referência mais altos de minério de ferro a 62% Fe, melhores prêmios, volumes crescentes e custos controlados, impulsionando um sólido desempenho trimestral;
- Para (ii) a Suzano, esperamos resultados mais fracos devido aos preços mais baixos da celulose, ao BRL mais forte e à redução dos volumes de celulose (de sua estratégia de corte de produção em 12 meses), embora os aumentos de preços anunciados possam sustentar melhores números no 4T25E;
- Para (iii) a Gerdau, esperamos outro trimestre relativamente sólido, liderado pela BD da América do Norte, enquanto a BD do Brasil pode enfrentar pressão de preços, parcialmente compensada por custos mais baixos.
- Para (iv) a Usiminas, esperamos um desempenho prejudicado do aço em meio ao desafiador mercado siderúrgico brasileiro, parcialmente compensado pela melhoria dos resultados da mineração;
- Por fim, (v) a Aura deverá beneficiar de preços mais elevados do ouro e de maiores volumes, na sequência do ramp-up do projeto Borborema;
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Empresas
WEG (WEGE3): Colhendo os frutos da flexibilidade operacional como uma empresa orientada para soluções
- A WEG sediou o Investor Day 2025, realizado em sua sede em Jaraguá do Sul na última sexta-feira, contando com a presença de vários executivos importantes;
- Vemos com bons olhos a flexibilidade operacional e a presença global da WEG, reforçadas como alavancas estratégicas da LT para navegar pelas incertezas globais, enquanto a inovação continua sendo um pilar fundamental para a expansão do portfólio;
- O crescimento orgânico permaneceu em destaque, com investimentos em capacidade (por exemplo: investimentos de ~R$ 2,2 bilhões em T&D) esperados para suportar a aceleração da receita a partir de 2027, com foco na expansão da capacidade e diversificação do portfólio (com destaque para aplicações maiores e mais complexas);
- A WEG também destacou as principais avenidas de crescimento estrutural impulsionadas pela transição energética (como mobilidade elétrica, microgrids e BESS), com foco especial em serviços, consolidando-se como uma empresa “orientada para soluções”;
- No geral, embora continuemos a ver um upside limitado para WEGE3 em uma desaceleração do crescimento dos lucros de curto prazo, vemos com bons olhos a visibilidade mais clara da empresa sobre os impulsionadores do crescimento estrutural daqui para frente, com os lucros esperados para acelerar novamente com o ramp-up dos investimentos atuais;
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Japan’s bond vigilantes brace for looser fiscal stance after Sanae Takaichi wins party vote (CNBC);
- Acesso ao CRA por pequenas e médias empresas do agro está mais restrito (Globo Rural);
- Sabesp compra o controle da Emae por R$ 1,1 bilhão (Valor Econômico);
- Moody’s Local Brasil afirma os Ratings do Inter em AA+.br e altera perspectiva para positiva (Moody’s Local);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- BTLG11 paga dividendos mais altos em 8 meses e detalha movimentos na carteira (Suno);
- Grande ABC lidera previsão de alta em galpões logísticos (ClubeFII);
- Acesso ao CRA por pequenas e médias empresas do agro está mais restrito (Globo Rural);
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ESG
87 países já confirmaram presença na COP30, enquanto 86 seguem em negociação, apura pesquisa do Valor | Café com ESG, 06/10
- O mercado fechou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa e o ISE recuando 0,86% e 1,86%, respectivamente. Já no pregão de sexta-feira, o Ibovespa avançou 0,17%, enquanto o ISE teve uma leve queda de 0,07%;
- No Brasil, a 30 dias da chegada de líderes mundiais a Belém, os dados mais recentes obtidos pelo Valor mostram que 87 países já confirmaram hospedagem em Belém e 86 seguem em contato e em processo de negociação, número preocupante diante do prazo, contudo, a confiança do governo é que esse número irá aumentar – “ainda precisamos de preços acessíveis para atrair quem a gente quer que venha”, disse o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30;
- No internacional, (i) o governo do presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, está apresentando uma agenda que dobra a capacidade em energia renovável e rompe com a promessa de seu antecessor de acabar com a energia nuclear – como parte de uma reorganização governamental mais ampla, o recém-renomeado Ministério do Clima, Energia e Meio Ambiente foi criado na quarta-feira para supervisionar os esforços de redução de carbono; e (ii) a maior aliança climática do mundo por bancos, a Net-Zero Banking Alliance (NZBA), anunciou na sexta-feira que encerrou suas operações – no entanto, a orientação desenvolvida pela NZBA para ajudar os bancos a estabelecerem metas de redução de emissões continuará disponível publicamente, sendo possível que as instituições sigam utilizando esses recursos para desenvolver e cumprir seus próprios planos de transição para emissões líquidas zero;
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Brasil em foco: Governo revisa viabilidade de Angra 3; Legislação impulsiona produção de biometano | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado todos os domingos pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Nesta semana, destacamos: (i) decisão sobre Angra 3 é adiada enquanto CNPE solicita atualização dos estudos de viabilidade;e (ii) lei do Combustível do Futuro desperta otimismo nos investimentos em biometano;
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