Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado fechou a semana passada em território negativo, com o Ibovespa e o ISE recuando 0,86% e 1,86%, respectivamente. Já no pregão de sexta-feira, o Ibovespa avançou 0,17%, enquanto o ISE teve uma leve queda de 0,07%.
• No Brasil, a 30 dias da chegada de líderes mundiais a Belém, os dados mais recentes obtidos pelo Valor mostram que 87 países já confirmaram hospedagem em Belém e 86 seguem em contato e em processo de negociação, número preocupante diante do prazo, contudo, a confiança do governo é que esse número irá aumentar – “ainda precisamos de preços acessíveis para atrair quem a gente quer que venha”, disse o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.
• No internacional, (i) o governo do presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, está apresentando uma agenda que dobra a capacidade em energia renovável e rompe com a promessa de seu antecessor de acabar com a energia nuclear – como parte de uma reorganização governamental mais ampla, o recém-renomeado Ministério do Clima, Energia e Meio Ambiente foi criado na quarta-feira para supervisionar os esforços de redução de carbono; e (ii) a maior aliança climática do mundo por bancos, a Net-Zero Banking Alliance (NZBA), anunciou na sexta-feira que encerrou suas operações – no entanto, a orientação desenvolvida pela NZBA para ajudar os bancos a estabelecerem metas de redução de emissões continuará disponível publicamente, sendo possível que as instituições sigam utilizando esses recursos para desenvolver e cumprir seus próprios planos de transição para emissões líquidas zero.
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Brasil
Empresas
Serena tem OPA aprovada e prepara saída do Novo Mercado
“A Serena Energia informou, nesta sexta-feira (3), que foi aceito o registro da oferta pública de aquisição de ações ordinárias da companhia, realizada pela Ventos Alísios, sociedade de propósito específico controlada pelas acionistas Lambda II Energia e Lambda Energia, duas das acionistas controladoras da Serena, bem como pelo fundo Alpha Brazil, acionista vinculado aos acionistas controladores da Serena. A OPA tem como objetivo a conversão do registro da companhia de categoria “A” para categoria “B”, com a consequente saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3. A Serena ainda informou ter recebido da Ventos Alísios o edital da oferta para divulgação imediata ao mercado. Nos termos do edital, a oferta tem por objeto a aquisição, à vista, de ações ordinárias da companhia pelo preço de R$ 11,74 por ação. A oferta será efetivada por meio de leilão a ser realizado na B3 no dia 4 de novembro de 2025, às 15h, devendo os acionistas que assim desejarem habilitar-se para o leilão. A efetiva conversão de registro depende da manifestação favorável, no âmbito do leilão ou por meio de concordância expressa, de acionistas titulares de mais de dois terços das ações em circulação, conforme definido no edital.”
Fonte: Valor Econômico; 03/10/2025
Toyota retoma produção de híbridos no Brasil em novembro
“A Toyota comunicou nesta sexta-feira (3) que vai retomar gradualmente a produção nas fábricas de Sorocaba e Indaiatuba, no interior de São Paulo, no dia 3 de novembro. Já a fábrica de motores instalada em Porto Feliz (SP) ainda não tem previsão de retomada das atividades. As unidades da montadora japonesa foram afetadas pelo forte temporal que atingiu o interior paulista no dia 22 de setembro e, com isso, a produção foi suspensa. Com a unidade de Porto Feliz sem condições de produzir, a retomada em Sorocaba e Indaiatuba ocorrerá com motores e peças importadas, principalmente do Japão. A produção volta com a montagem dos modelos nas versões híbridas do Corolla e Corolla Cross, tanto para o mercado interno como para exportação. A montagem dos modelos com motor convencional só deve começar em janeiro e atingir a velocidade normal de produção em fevereiro. A Toyota acredita que até o fim do ano consegue recuperar o volume de híbridos que não foram produzidos durante o tempo de paralisação. Já a produção de modelos com motor convencional não será recuperada. “Entre novembro e dezembro estaremos produzindo apenas modelos híbridos, então teremos espaço nas linhas de produção para recuperar o volume perdido. Já a partir de janeiro, quando voltar a montagem dos modelos convencionais, não teremos esse espaço.”
Fonte: Valor Econômico; 03/10/2025
Re.green e TFFF estão entre finalistas do Earthshot, prêmio do príncipe William
“O Prêmio Earthshot 2025, fundado pelo príncipe William, da família real britânica, tem dois finalistas brasileiros: a Re.green, startup de restauração florestal, e o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), mecanismo financeiro para remunerar os países em desenvolvimento que preservam suas florestas tropicais. Ao todo, o prêmio possui 15 finalistas em cinco categorias diferentes. As duas iniciativas brasileiras concorrem na mesma categoria: “Proteger e Restaurar a Natureza”. Fundado em 2020, o Earthshot é um dos reconhecimentos mais prestigiados do mundo quando o assunto é impacto ambiental positivo. Os vencedores serão anunciados no dia 5 de novembro, no Rio de Janeiro, durante a Earthshot Week. O vencedor de cada categoria recebe 1 milhão de euros, aproximadamente R$ 6,3 milhões. “Sinto-me verdadeiramente inspirado pelos finalistas deste ano, que incorporam o otimismo urgente que está no cerne da nossa missão. Em apenas cinco anos, o Earthshot Prize mostrou que as respostas para os maiores desafios do nosso planeta não só já existem, mas estão, de fato, ao nosso alcance”, afirmou o príncipe William, que preside a iniciativa, em nota.”
Fonte: Capital Reset; 04/10/2025
Política
Mineração em terras indígenas avança no Senado
“A mineração em terras indígenas, bandeira do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que empacou no Congresso, avança agora no Senado com dois projetos que tramitam em comissões e um grupo de trabalho sobre o tema criado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). A expectativa, apesar das críticas de ambientalistas e instituições ligadas à defesa dos povos originários, é que o colegiado acelere a discussão nos próximos meses. Além das propostas que tramitam na Casa, o Valor apurou que Alcolumbre avisou a alguns senadores que vai prorrogar a vigência do grupo de trabalho instaurado em abril para elaborar uma proposta que libera essa atividade, mas que nunca se reuniu e iria expirar no fim do mês. O grupo teve 180 dias para discutir as várias propostas em tramitação na Casa e elaborar um texto de consenso que regulamente a pesquisa e a lavra de minérios em terras indígenas. No entanto, não chegou a se reunir, em meio às turbulências políticas dos últimos meses, com discussões sobre anistia, tarifaço e julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, o colegiado está previsto para ser instalado nesta semana. Há um plano de trabalho desenhado e parecer jurídico sobre as propostas.”
Fonte: Valor Econômico; 06/10/2025
Corrida contra o tempo a um mês da chegada dos líderes
“A 30 dias da chegada de líderes mundiais a Belém, a COP30 é uma fotografia desfocada. Pendências de infraestrutura e logística evoluíram, mas brechas importantes atrapalham a razão de ser da conferência: rotas para que o mundo enfrente a emergência climática. “Ainda precisamos de preços acessíveis para atrair quem a gente quer que venha”, disse o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, em Belém, na sexta-feira. “A questão de virem todos os países está equacionada”, explicou o diplomata. “Mas a questão de virem todos os atores que a gente quer que venham, ainda não”. Os dados mais recentes obtidos pelo Valor mostram que 87 países já confirmaram hospedagem em Belém e 86 seguem em contato e em processo de negociação. Segundo informações oficiais, a plataforma de hospedagem reúne mais de 4 mil quartos em Belém, com diárias entre US$ 200 e US$ 600 por quarto. Faltam só 30 dias para o início da cúpula de chefes de Estado e de governo (6 e 7 de novembro) e um pouco mais para a abertura da COP30, em 10 de novembro. Os países que fazem parte do Acordo de Paris são 195 (194 Estados e a União Europeia) e 87 confirmações é um número preocupante diante do prazo.A confiança do governo é que esse número irá aumentar e as delegações estarão todas em Belém. Traduzindo: o mínimo parece estar garantido.”
Fonte: Valor Econômico; 06/10/2025
País articula estrutura para integrar ciência e clima
“A pouco mais de um mês para o início da COP30, cientistas e autoridades formularam diretrizes que serão entregues à presidência da conferência climática, marcada para o período entre 10 e 21 de novembro, em Belém. No documento, sugerem a criação de uma estrutura que institucionalize a relação entre política e ciência climática. O documento foi elaborado em reunião no Rio na sexta-feira (3) por 50 instituições, 80 cientistas e gestores, e proposto pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Finep, agência de fomento vinculada à pasta, e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC). A versão final deve sair nesta segunda-feira (6). “É fundamental criar uma estrutura organizacional, uma autarquia pública com autonomia para atuar na gestão e governança da agenda”, diz a versão preliminar. “A ciência precisa ser transversal e integrada a todas as políticas públicas tratadas nos diferentes ministérios, com foco na agenda climática. Por isso tudo, conclamamos que a relação entre ciência política e climática seja institucionalizada.” A declaração destaca a vulnerabilidade do Brasil frente às mudanças climáticas e aponta como prioridades assegurar uma matriz energética limpa, zerar o desmatamento e garantir financiamento climático internacional. O documento também ressalta a necessidade de reduzir desigualdades regionais, proteger a Amazônia e integrar dados climáticos com indicadores socioeconômicos para medir o impacto real.”
Fonte: Valor Econômico; 06/10/2025
Internacional
Empresas
“A decisão do governo do presidente Donald Trump de interromper projetos de energia eólica offshore totalmente autorizados é “muito prejudicial” para os investimentos, afirmou Colette Hirstius, presidente da Shell nos EUA, ao Financial Times em reportagem publicada neste domingo. Ela declarou que projetos de energia com as permissões adequadas deveriam ser autorizados a continuar e alertou que o pêndulo político nos EUA pode eventualmente voltar a se mover contra o setor de petróleo e gás. “Acho que a incerteza no ambiente regulatório é muito prejudicial. Por mais que o pêndulo vá para um lado, é provável que ele vá igualmente para o outro,” disse ela ao jornal. “Certamente gostaria de ver esses projetos que já foram autorizados continuarem a ser desenvolvidos.” A Shell não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters. Em agosto, o governo Trump anunciou o cancelamento de 679 milhões de dólares em financiamento federal para 12 projetos de energia eólica offshore, um golpe para um setor que era central nas agendas climáticas e energéticas do ex-presidente Joe Biden. A Shell, listada em Londres, emprega mais de 11 mil pessoas nos EUA e é a maior produtora de petróleo e gás no Golfo do México.”
Fonte: Reuters; 03/10/2025
Política
Sob pressão de Trump, aliança climática global de bancos é encerrada oficialmente
“A maior aliança climática do mundo por bancos, a Net-Zero Banking Alliance (NZBA), anunciou na sexta-feira (3) que encerrou suas operações. A decisão marca o fim formal de um projeto que, há apenas quatro anos, havia atraído promessas de emissões líquidas zero de muitos dos maiores credores do mundo. A NZBA declarou por e-mail que seus signatários restantes aprovaram a proposta de dissolver a coalizão como uma “aliança baseada em membros”. No entanto, a orientação desenvolvida pela NZBA para ajudar os bancos a estabelecerem metas de redução de emissões continuará disponível publicamente. Os bancos poderão seguir utilizando esses recursos para desenvolver e cumprir seus próprios planos de transição para emissões líquidas zero. No auge, a NZBA representava mais de 40% dos ativos bancários globais, mas sofreu um duro golpe este ano com a saída em massa de seus maiores membros. Após a reeleição de Donald Trump em novembro de 2024, os principais bancos de Wall Street se retiraram, impulsionados pelas ameaças do Partido Republicano contra políticas de emissões líquidas zero. Posteriormente, bancos do Canadá, Japão, Austrália, Reino Unido e Suíça também se retiraram. Apesar disso, a maioria afirmou que continuará perseguindo metas internas de emissões.”
Fonte: Bloomberg Línea; 03/10/2025
Coreia do Sul reforça aposta em energias renováveis e descarta acabar com fonte nuclear
“O governo do presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, está apresentando uma agenda que dobra a capacidade em energia renovável e rompe com a promessa de seu antecessor de acabar com a energia nuclear. Como parte de uma reorganização governamental mais ampla, o recém-renomeado Ministério do Clima, Energia e Meio Ambiente foi criado na quarta-feira para supervisionar os esforços de redução de carbono. “A potência manufatureira da Coreia do Sul se tornará líder mundial em descarbonização”, disse Kim Sung-whan, que permaneceu à frente do ministério, em um discurso naquele dia. A adoção de energia renovável pela Coreia do Sul é a mais baixa entre os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Kim busca incentivar as autoridades a superarem essa situação. O Ministério do Clima, Energia e Meio Ambiente assumirá a política energética, incluindo a energia nuclear. A energia era responsabilidade do Ministério do Comércio, Indústria e Energia, agora renomeado Ministério da Indústria e Comércio. O Ministério do Clima, Energia e Meio Ambiente não apenas buscará metas de redução de carbono, mas também aumentará a eficiência econômica por meio da supervisão da oferta e da demanda de energia.”
Fonte: Valor Econômico; 03/10/2025
“Pelo menos 3 a 4 gigawatts de projetos solares na Índia podem ser cancelados após o governo ordenar que agências de energia limpa reemitam licitações que foram apressadas para evitar restrições de importação que entrarão em vigor no próximo ano, segundo uma fonte da indústria à Reuters. O Ministério de Energia Renovável da Índia, em uma circular divulgada na sexta-feira, pediu às agências que cancelem algumas licitações solares e as reemitam, sem nomear quais agências ou divulgar a capacidade de geração esperada desses projetos. Essas agências atuam como intermediárias entre o governo e os desenvolvedores de projetos de energia limpa, emitindo licitações e vendendo a eletricidade gerada para empresas estatais. A partir de junho de 2026, a política de energia limpa da Índia exigirá que os desenvolvedores usem apenas módulos e células solares fabricados localmente. Atualmente, muitas empresas indianas utilizam células solares mais baratas fabricadas na China. No entanto, em julho, o governo permitiu que projetos com propostas submetidas até 31 de agosto utilizassem células importadas. A Associação de Fabricantes de Energia Solar da Índia alegou que algumas agências abusaram dessa exceção, emitindo licitações com prazos extremamente curtos para garantir o uso de importações antes do prazo final.”
Fonte: Reuters; 03/10/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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