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O ruim é bom? China a conta gotas, bancos regionais, Dell, HP e Dollar General | 🌎 Top 5 temas globais da semana

1. O ruim que é bom 2. China: Estímulos a conta gotas 3. Novas exigências para bancos regionais americanos 4. Dell vs. HP 5. Dollar General decepciona no terceiro trimestre

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1. O ruim é bom?

Agosto foi um mês negativo para os mercados globais, em especial na primeira metade do mês, quando a alta dos juros mais longos nos EUA fez os investidores reprecificarem os ativos para incorporar os novos níveis da taxa livre de risco do mundo (veja mais sobre "a mãe de todas as curvas aqui). Porém, nas últimas duas semanas do mês, vimos uma recuperação dos preços após dados econômicos mais fracos que o esperado. Esse fenômeno, que chamamos de "ruim é bom", acontece pois os investidores começam a antecipar que o enfraquecimento da economia (o ruim) fará com que o Fed antecipe o final do periodo de política monetária restritiva, freando, assim, a alta das taxas de juros que vinha assustando os investidores (é bom).

Nessa semana, dados de emprego refletiram o tão esperado ajuste no mercado de trabalho. A criação de vagas de emprego (JOLTS) veio abaixo do esperado, os novos postos de trabalho vieram em linha com as expectativas (payroll) e a taxa de desemprego aumentou inesperadamente de 3,5% para 3,8% em agosto, impulsionada por um aumento considerável no número de desempregados de 5,8 milhões para 6,4 milhões.

Embora reconheçamos a importância das taxas de juros na precificação dos ativos, devemos nos atentar a dois pontos neste momento: i) as taxas de 10 anos dos EUA, apesar de terem recuado das máximas nas últimas semanas, subiram 14bps em agosto e já apresentam a 4ª alta mensal consecutiva, saindo de 3,42% no final de abril para 4,11%, na sexta-feira a taxa retomou sua tendência de alta e abriu mais 7bps para 4,18% e; ii) acreditamos que o fenômeno do “ruim é bom” não é sustentável no médio/longo prazos e, eventualmente, os dados econômicos mais fracos deveriam impactar negativamente as projeções de receitas e lucros das empresas.

2. China: Estímulos a conta-gotas

No início da semana o governo chinês anunciou medidas de suporte ao mercado de ações, incluindo cortes de taxas sobre a negociação de ações. A redução sobre esse tipo de tributo é a primeira desde 2008, e, de acordo com o regulador, teve como objetivo “revigorar o mercado de capitais e elevar a confiança do investidor”.

Outras medidas do governo também incluíram a redução da margem mínima que traders precisam manter depositada junto a seus brokers, assim como a determinação da diminuição do ritmo de IPOs, devido a "condições difíceis" de mercado e restrição de venda de ações por controladores de ações que caíram abaixo do preço do IPO.

Ao longo da semana, cinco dos principais bancos chineses cortaram suas taxas de juros sobre depósitos, como forma de estimular a economia. Entre os dados econômicos, os índices de índices de gerentes de compras (PMIs) Caixin vieram acima das expectativas, marcando 51 pontos e voltou a entrar no terreno de expansão (acima de 50).

Vemos as ações contínuas do governo chinês como medidas pontuais com o objetivo de corrigir eventuais desvios de rota que coloquem em risco a meta de crescimento de 5% ao ano. Acreditamos que o Partido Comunista Chinês seguirá adotando a estratégia dos estímulos a "conta-gotas" por um longo período de tempo, especialmente enquanto a economia global ainda se mantiver resiliente. A tão esperada "bazuca" de estímulos deverá ser guardada para uma eventual recessão global, caso ela venha.

Na semana, o FXI, ETF representativo das maiores empresas chinesas, teve alta de 4,7%.

3. Novas exigências para bancos regionais americanos

Nesta semana, o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), agência federal que garante os depósitos bancários, propôs regras mais rígidas para bancos regionais. A medida é parte de um esforço amplo para reforçar a resiliência do setor depois da quebra do Silicon Valley Bank, First Republic Bank e Signature Bank terem falido em março.

A nova proposta faria com que os bancos com mais de 100 bilhões de dólares em ativos tivessem regras similares à regra dos principais bancos nacionais, que possuem seus próprios requerimentos de capital mais elevados. Bancos regionais maiores, que se enquadrariam nessa regra, teriam de emitir cerca de 70 bilhões de dólares em dívidas novas.

As medidas vêm num momento difícil para os bancos de médio porte dos EUA que se viram obrigados a aumentar as taxas de remuneração dos depósitos à vista para estancar a onda de resgates vista em março e abril e, além disso, começam a ver aumento nas taxas de inadimplência dos seus clientes.

4. Dell vs. HP

Nesta semana, as fabricantes de computadores HP e Dell divulgaram seus resultados referentes ao segundo trimestre. Enquanto HP registrou queda de cerca de 10% em sua receita trimestral, Dell superou as estimativas do mercado de lucro e vendas e elevou seu guidance ante a crescente demanda por produtos de inteligência artificial.

As ações da Dell (Ticker: DELL) atingiram máxima histórica, US$ 69,24, subindo mais de 23% no pregão após a divulgação de seu balanço. HP (Ticker: HPQ) caiu cerca de 7% no pregão após seu resultado, e encerra a semana negociando a US$ 30,65.

A diferença gritante entre as duas fabricantes de computadores mostra a Dell como uma improvável beneficiada pela onda de investimentos em AI, com seus servidores e workstations sendo usados por grandes empresas para otimização das soluções de inteligência artificial. Já a HP decepcionou os investidores, em especial na linha de impressoras, cuja receita caiu 6,8% no comparativo anual e marca o sétimo trimestre consecutivo de queda.

5. Dollar General decepciona no terceiro trimestre

Nesta semana, as ações da varejista Dollar General (Ticker: DG) caíram 16,4% após a divulgação dos resultados do segundo trimestre. O resultado decepcionou devido ao fraco tráfego de clientes e mudança para produtos com margens mais baixas. A companhia sofre com um problema duplo nos estoques: por um lado, sofre perdas devido ao aumento de furtos e danos e, por outro, é deixada com diversos itens que não consegue vender.

O guidance de lucro e receita para o ano foi reduzido pela segunda vez em 2023. Dollar General já entrega resultados aquém das projeções de mercado há quatro trimestres consecutivos. A mudança de padrões de consumo, queda na renda, e estoque disfuncional contribuem para que a performance da companhia já seja uma das piores do índice S&P 500 neste ano (-46,8%).

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